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Patrimônio Imaterial IPHAN

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Professora Msc Sonia Guerra 
 
Caros alunos. O material abaixo foi extraído das páginas do IPHAN. Boa leitura. 
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=10852&retorno=paginaIp
han 
Patrimônio Imaterial 
A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de 
patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material 
e imaterial e, também, ao estabelecer outras formas de preservação – como o 
Registro e o Inventário – além do Tombamento, instituído pelo Decreto-Lei nº. 25, 
de 30/11/1937, que é adequado, principalmente, à proteção de edificações, 
paisagens e conjuntos históricos urbanos. Os Bens Culturais de Natureza Imaterial 
dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em 
saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, 
plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários 
que abrigam práticas culturais coletivas). 
Nesses artigos da Constituição, reconhece-se a inclusão, no patrimônio a ser 
preservado pelo Estado em parceria com a sociedade, dos bens culturais que sejam 
referências dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. O Patrimônio 
Cultural Imaterial é transmitido de geração a geração, constantemente recriado 
pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a 
natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, 
contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade 
humana. É apropriado por indivíduos e grupos sociais como importantes elementos 
de sua identidade 
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) 
define como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações, expressões, 
conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares 
culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns 
casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural." 
Esta definição está de acordo com a Convenção da Unesco para a Salvaguarda 
do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em março de 2006. 
Para atender às determinações legais e criar instrumentos adequados ao 
reconhecimento e à preservação de Bens Culturais Imateriais, o IPHAN coordenou 
os estudos que resultaram na edição do Decreto nº. 3.551, de 04/08/2000 - que 
instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial e criou o Programa 
Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI) - e consolidou o Inventário Nacional de 
Referências Culturais (INCR). 
Em 2004, uma política de salvaguarda mais estruturada e sistemática começou a ser 
implementada pelo IPHAN a partir da criação do Departamento do Patrimônio 
Imaterial (DPI). Os princípios, ações e resultados da política de salvaguarda do 
Patrimônio Cultural Imaterial no Brasil podem ser consultados no documento Os 
Sambas, as Rodas, os Bumbas, os Meus e os Bois. 
Em 2010, um novo instrumento - o Inventário Nacional da Diversidade Linguística 
Professora Msc Sonia Guerra 
 
(INDL), instituído pelo Decreto nº. 7.387, de 09/12/2010 - passou a ser utilizado 
para reconhecimento e valorização das línguas portadoras de referência à 
identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade 
brasileira. 
 
 
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=12308&sigla=Institucional&re
torno=detalheInstitucional 
 
Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial 
 
Em 4 de agosto de 2000, o Decreto nº 3.551, que institui o 
Registro de Bens Culturaisde Natureza Imaterial, define um 
programa voltado especialmente para estes bens. O decreto 
rege o processo de reconhecimento de bens culturais como 
patrimônio imaterial, institui o registro e, com ele, o 
compromisso do Estado em inventariar, documentar, produzir 
conhecimento e apoiar a dinâmica dessas práticas 
socioculturais. Vem favorecer um amplo processo de 
conhecimento, comunicação, expressão de aspirações e 
reivindicações entre diversos grupos sociais. 
 
O registro é, antes de tudo, uma forma de reconhecimento e busca a valorização 
desses bens, sendo visto mesmo como um instrumento legal. Registram-se saberes 
e celebrações, rituais e formas de expressão e os espaços onde essas práticas se 
desenvolvem (IPHAN, 2006b, p. 22). 
 
Na visão do Iphan, o registro: 
 
[...] corresponde à identificação e à produção de conhecimento sobre o bem cultural. 
Isso significa documentar, pelos meios técnicos mais adequados, o Patrimônio 
Imaterial no Brasil: legislação e políticas estaduais passado e o presente da 
manifestação e suas diferentes versões, tornando essas informações amplamente 
acessíveis ao público – mediante a utilização dos recursos proporcionados pelas 
novas tecnologias de informação. (Iphan, 2006b, p. 22). 
 
A criação pelo Decreto nº 3.551/2000 dos diferentes Livros de Registro sugere a 
percepção de distintos domínios na composição da dimensão imaterial do patrimônio 
cultural. 
 
Os bens culturais de natureza imaterial estão incluídos, ou contextualizados, nas 
seguintes categorias que constituem os distintos Livros do Registro: 
 
1) Saberes: conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das 
comunidades. 
 
2) Formas de expressão: manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e 
lúdicas. 
 
3) Celebrações: rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da 
religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social. 
Professora Msc Sonia Guerra 
 
4) Lugares: mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se 
concentram e se reproduzem práticas culturais coletivas. 
 
O envio de pedidos de registro deve seguir as seguintes regras (conforme os 
artigos 2 a 4 da Resolução 001/06): 
 
Art. 2º - O requerimento para instauração do processo administrativo de Registro 
poderá ser apresentado pelo Ministro de Estado da Cultura, pelas instituições 
vinculadas ao Ministério da Cultura, pelas Secretarias Estaduais, Municipais e do 
Distrito Federal e por associações da sociedade civil. 
 
Art. 3º - O requerimento para instauração do processo administrativo de Registro 
será sempre dirigido ao Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional - IPHAN, podendo ser encaminhado diretamente a este ou por intermédio 
das demais Unidades da instituição. 
 
Art. 4º - O requerimento será apresentado em documento original, datado e 
assinado, acompanhado das seguintes informações e documentos: 
 
I. identificação do proponente (nome, endereço, telefone, e-mail etc.); 
 
II. justificativa do pedido; 
 
III. denominação e descrição sumária do bem proposto para Registro, com indicação 
da participação e/ou atuação dos grupos sociais envolvidos, de onde ocorre ou se 
situa, do período e da forma em que ocorre; 
 
IV. informações históricas básicas sobre o bem; 
 
V.documentação mínima disponível, adequada à natureza do bem, tais como 
fotografias, desenhos, vídeos, gravações sonoras ou filmes; 
 
VI.referências documentais e bibliográficas disponíveis; 
 
VII. declaração formal de representante da comunidade produtora do bem ou de 
seus membros, expressando o interesse e anuência com a instauração do processo 
de Registro.

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