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diário de campo sobre inclusão


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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
ANDREIA MARTINS RIBEIRO, RU: 1094659
PORTFÓLIO
UTA EDUCAÇÃO E TRABALHO
MÓDULO A – FASE I
GRAVATAÍ
2018
DIÁRIO DE CAMPO DE UMA ESCOLA DE GRAVATAÍ SOBRE INCLUSÃO
Este diário de campo foi realizado em uma escola municipal na cidade de Gravataí/RS, tendo como intuito observar como a escola trata a inclusão de alunos com deficiência, foram realizadas entrevistas com a direção, supervisão, orientação, professores, funcionários, pais e alunos, também foram realizadas observações na escola e em salas de aula que possuíam alunos com algum tipo de deficiência. As visitações ocorreram do dia 05/03/2018 à 09/03/2018 das 13h às 16h. Sendo muito bem recebida, pois, a escola afirma que sempre ajuda futuras colegas e professores em formação. 
A escola possui 1107 alunos matriculados, desses alunos 31 encontram-se em processo de inclusão, a escola possui uma área ampla, a infraestrutura conta com 20 salas de aula amplas e bem arejadas, todas as salas possuem ar- condicionado, são bem decoradas e limpas, tem 4 banheiros para os alunos e 2 para os professores, tem biblioteca, sala de informática, direção, orientação, supervisão, secretaria, cozinha, refeitório, despensa, sala dos professores, 2 pracinhas, uma quadra de vôlei, uma de futebol e uma de basquete, está sendo construído um ginásio com previsão de entrega para este ano, e uma sala de recursos muito bem equipada.
No dia 5 de março de 2018 ocorreram as entrevistas com: a direção, a supervisão e a orientação que afirmam que a escola segue todas as leis sobre inclusão, realizando diversos trabalhos para melhor atender a essa clientela específica e toda sua família, fazendo com que estes alunos tenham uma aprendizagem com qualidade e possam participar de todos os projetos realizados pela escola, ou seja, eles estão totalmente incluídos. Já no dia 6 de março as entrevistas foram feitas com os professores que afirmam que a escola poderia oferecer mais a esses alunos, pois, boa parte dos professores não obteve formação específica para este fim, dizendo-se despreparados quando se deparam com a inclusão em sua sala de aula, a escola conta com agentes de apoio para este fim, porém são tão despreparados quanto estes professores, são funcionários concursados com ensino médio completo.
Acredito que quando uma instituição de ensino possui em seu alunado pessoas com deficiência, ela deve se adequar a esta realidade, e seus professores também, um bom professor nunca deixa de se aperfeiçoar, as desculpas são sempre as mesmas, falta de tempo, cursos caros, mas há muitos cursos que são gratuitos, e a educação a distância está ai justamente para nos ajudar com o tempo, podemos estudar nos momentos livres e continuar nossa formação basta um pouco de força de vontade, não é fácil, mas também não é impossível. Segundo Glat e Fernandes (2005, p. 39), “(...) a Educação Especial não é mais concebida como um sistema educacional paralelo e segregado, mas como um conjunto de recursos que a escola regular deverá dispor para atender à diversidade de seus alunos”. Vivemos em uma época com tanta facilidade de informações, sendo dessa forma até certo desleixo por parte de algumas instituições em somente matricular esses alunos sem dar-lhes o mínimo de condições para a aprendizagem.
A própria escola pode oferecer cursos de formação para seus professores, para que a escola possa oferecer uma educação de qualidade para todos, como afirma Carvalho (2010, p. 173), “O sistema educacional escolar precisa oferecer educação de qualidade para todos, inclusive para os que são portadores de deficiência, seja na sala de aula no ensino regular, seja sob a forma de apoio ao aluno, aos seus professores, aos seus familiares”. 
Na entrevista com a professora da sala de recursos (AEE), no dia 7 de março ela confidenciou que a escola não oferece o mínimo suporte a esses alunos, que a progressão é automática e que aprendem muito pouco, diz que tenta marcar formações para todos os setores da escola, mas dizem não ter tempo e ficam deixando para depois, e que certa vez foi marcada a formação, porém compareceu somente uma professora. Não percebendo como afirma Marchesi (2004, p. 44), “É muito difícil avançar no sentido das escolas inclusivas se os professores em seu conjunto, e não apenas professores especialistas em educação especial, não adquirirem uma competência suficiente para ensinar todos os alunos”. 
Observei três turmas com alunos de inclusão no dia 8 de março, em duas turmas as professoras deixavam tudo a cargo dos agentes de apoio como se o aluno não fosse também seu, na outra turma a professora deu total atenção para o aluno, explicando-lhe a matéria e trabalhando junto com o agente de apoio, incluindo o aluno em todas as atividades com a turma. 
Durante o recreio os alunos de inclusão na sua maioria ficam sozinhos somente caminhando pelo pátio, os demais alunos ditos normais não mantêm um contato muito grande com os de inclusão, conversei com alguns alunos sobre os colegas de inclusão, ouvi deles, “tanto faz”, “não me importo às atividades deles são outras”, “não gostaria de ter na minha turma”, “não gosto quando a professora coloca no meu grupo ele atrapalha o trabalho” e outros que dizem gostar, nenhum tinha uma opinião bem formada sobre o assunto, a escola deveria conversar com seus alunos sobre o processo de inclusão, explicar-lhes que são alunos da escola como eles com os mesmos direitos e deveres, até mesmo para ensinar a diversidade tanto humana quanto cultural, que se faz tão presente nas escolas de ensino regular tanto humana quanto cultural.
Dos pais com quem conversei no dia 9 de março, foram seis no total, só querem o diploma do ensino fundamental, não pareceram interessados em aprendizagens e metodologias, o que é lamentável, pois há meu ver deveriam esperar e querer mais para seus filhos.
Dessa forma concluo que escolas que possuem alunos de inclusão precisam mudar para contribuir de forma significativa com a sociedade, pois vivemos em um mundo vasto em diversidade, que clama por respeito, igualdade e ações não discriminatórias, deve ser uma ação conjunta de todas as esferas governamentais e sociais por uma educação de qualidade para todos os alunos de inclusão ou ditos normais em classes regulares, fazendo valer todas as leis criadas, porque em muitos casos não saiu do papel. Precisamos fazer com que a escola e os profissionais da educação passem por, de acordo com Kupfer e Petri (2000, p. 112), uma “revolução que ponha do avesso em sua razão de existir, com seu ideário político- ideológico”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, E. R. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre, RS: Mediação, 2010.
GLAT, R.; FERNANDES, E. M. Da Educação Segregada à Educação Inclusiva: uma Breve Reflexão sobre os Paradigmas Educacionais no Contexto da Educação Especial Brasileira. Revista Inclusão. Brasília, DF. Ano 1, n. 1, p. 35-39, out. 2005.
KUPFER, C. M.; PETRI, R. Por que ensinar a quem não aprende? In: Estilos da Clínica. Revista sobre a infância com problemas. USP. Vol. Nº 9, p. 109-117, 2000.
MARCHESI, Álvaro. Da linguagem da deficiência às escolas inclusivas. In: COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús; (Orgs.). Desenvolvimento psicológico e educação. Trad. Fátima Murad, Porto Alegre: Artmed, 2004.