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Práticas Corporais Não Convencionais e Alternativas

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Prévia do material em texto

DESIRRÉE CRISTINE CHAVES MOREIRA
RA 8037751
Centro Universitário Claretiano
Licenciatura em Educação Física
Práticas Corporais Não Convencionais e Alternativas
Tutor: Alex Fabricio Borges
BELO HORIZONTE/MG
2017
Descrição da atividade
Com base nos estudos das semanas anteriores, pesquise no material didático de Prática Corporais Alternativas sobre as seguintes questões:
1) Qual o significado de Práticas Corporais Alternativas (PCAs)?
As Práticas Corporais Alternativas (PCAs) visam que o corpo seja visto de forma individual e holística, contrapondo-se a uma visão das práticas corporais mecanizadas e insensíveis. Assim, as PCAs buscam uma visão inovadora de corpo, priorizando sua subjetividade, sensibilidade, capacidade de comunicar-se e expressar-se, questionando assim os dualismos como razão-emoção, que marcam nossa sociedade atual. (LORENZETTO e TERRA, 2013)
2) Conceitue holismo e pluralidade.
Holismo, que vem da palavra holos, é entendido como a percepção na sua totalidade, seja de um fato, uma ideia, algo ou alguém. E pluralidade se opõe ao conceito de unidade, ou seja, é a percepção do fato por vários pontos de vista. O holismo entende que é necessário analisar o todo, defendendo que o comportamento pode ser contraditório, pode esconder ou mostrar fatos excusos e não deve ser analisado isoladamente. O processo holístico busca a integração de todos os aspectos do intelecto humano. (LORENZETTO e TERRA, 2013)
3) Cite os percussores das PCAs abordando brevemente sobre cada um deles.
Émile Jaques-Dalcroze (1865-1950): De Viena, Áustria. Trabalhou para mudar o método tradicional de formação de atores e bailarinos, rompendo os padrões da dança clássica e influenciando profissionais da dança moderna. Chamou seu método de eurritmia, cujo objetivo era desenvolver e aperfeiçoar a sensibilidade corporal de atores e bailarinos ao som, através da coordenação musical dos movimentos corporais. Para Jaques-Dalcroze, professor de música, adepto da dimensão do prazer, o corpo só poderia desenvolver uma atividade estética com o amadurecimento do sentido muscular, para que o movimento proviesse das sensações.
François Delsarte (1811-1871): Da França. Seus fundamentos são baseados na transdisciplinaridade entre movimento, voz, expressão, sentido, respiração e emoção, com exercícios que buscavam despertar a criatividade dos alunos. Acreditava a união de corpo, alma, mente e movimento, já que todos esses fatores são parte de uma mesma dimensão.
Wilhelm Reich (1897-1957): Da Ucrânia. Médico e psicanalista, Reich atuou na área da saúde. Acreditava que as neuroses advinham das questões sociais, da repressão e da falta de prazer. Ele descobriu, com uma leitura minuciosa da linguagem corporal, que o comportamento humano pode ser influenciado significativamente pela postura, movimento, atitudes reprimidas e limitadas. Chamou essa descoberta de análise da couraça muscular do caráter. Se preocupava em manter com o paciente uma proximidade, tanto no olhar quanto no toque e criou a vegetoterapia. Aplicou no seu trabalho conceito de equilíbrio energético, da medicina oriental, que acredita que o equilíbrio é fundamental para a vida saudável. 
Elsa Gindler (1885-1961): Da Alemanha. Uma das criadoras da ginástica harmônica, Gindler visava desenvolver o potencial tanto físico quanto mental dos indivíduos, para que alcançassem o bom desempenho das atividades cotidianas. Sua visão do corpo era humanista e não acreditava que exercícios feitos de forma mecânica traziam mudanças significativas e permanentes para o organismo. 
Alexander Lowen (1910-2008): Dos EUA. Criou à bioenergética, visando desfazer as tensões musculares crônicas, decorrentes em alguns momentos de questões inconscientes. Ele aplicava uma pressão manual sobre alguns músculos, para favorecer o aparecimento de sensações e sentimentos, com isso facilitando o processo terapêutico.
Moshe Feldenkrais (1904-1984): Da Rússia. Criou seu método de cura para evitar uma cirurgia pessoal. Trabalhou a ativação do sistema nervoso através de movimentos lentos, não mecanizados, incentivando movimentos espontâneos e fuga dos padrões sociais estabelecidos. Atentava para as consequências negativas que o ritmo acelerado de vida pode gerar. Para ele, o centro da corporeidade está no movimento, sentimento, pensamento e na sensação. Seu método ganhou o nome de consciência pelo movimento e integração funcional.
Gerda Alexander (1908-1994): Da Alemanha. Criadora da eutonia, na qual a proposta era trabalhar com o equilíbrio da tensão muscular e emocional. Baseando-se nos estudos de Henri Wallon, trabalhou com uma proposta nas práticas corporais, que visava entender e valorizar o individuo na sua pluralidade e totalidade. (LORENZETTO e TERRA, 2013)
4) Por que a sistematização das PCAs exige, inicialmente, o conhecimento do próprio corpo?
É necessário conhecer o próprio corpo, em suas formas diferentes, a fim de quebrar estereótipos comparativos, competitivos, radicais, midiáticos e permitir assim, vivenciar a experiência das PCAs de forma produtiva, lúdica, criativa, livre, prazerosa. Conhecendo o próprio corpo é possível vivenciar um momento novo, com esforços dosados de acordo com a plasticidade, a diversidade, a pluralidade e a individualidade de cada um. Com isso, os movimentos se tornam cada vez mais fluidas, diversificadas e elásticas. (LORENZETTO e TERRA, 2013)
5) De que maneira podemos aprender o próprio corpo nas suas várias dimensões?
Para aprender o próprio corpo é necessário perceber que nós somos formados por um conjunto de ações conectadas, como nossos esforços (mecânicos e afetivos), convicções, amizade, sensibilidade, crenças e desejos, assim como nossos defeitos e teimosias. O conjunto de identificações e intenções, configuram o movimento a cada instante, regulam os nossos gestos, e mostram e definem o que realmente somos. (LORENZETTO e TERRA, 2013)
Em seguida, a partir de suas respostas, elabore um texto, de no máximo três laudas, abordando os dados da sua pesquisa.
As práticas corporais alternativas
As Práticas Corporais Alternativas (PCAs) tem como objetivo uma visão holística e plural do corpo, questionando a ideia de que as práticas corporais devem ser mecanizadas, insensíveis e massantes. Desta forma, as PCAs visam a valorização da pluralidade, da sensibilidade, da subjetividade, da inovação e da criatividade do corpo. 
O conceito de holismo é, de forma simplicada, a ideia de que o corpo deve ser entendido como um todo, em sua completude, considerando todos os aspectos sociais, físicos, mentais e empíricos de cada indivíduo. Assim sendo, o indivíduo pode apresentar desempenhos insatisfatórios, influenciado por outros aspectos da sua totalidade mesmo tendo, em outro momento, apresentado resultado opostos quando o todo era favorável ao seu bom desempenho. Um exemplo disso é o grande jogador de um determinado esporte, que tendo sofrido algum problema familiar, ou esteja se sentindo pressionado em um determinado jogo decisivo, apresenta rendimento bem inferior ao já outrora apresentado por ele. O conceito de pluralidade, que caminha juntamente com o conceito holístico, se opõe a unidade, ou seja, o corpo deve ser entendido considerando vários pontos de vista. 
Vários foram os precursores das PCAs na história, e vale citar a contribuição de cada um deles para a evolução das práticas corporais alternativas. Émile Jaques-Dalcroze, por exemplo, trabalhou duro para mudar o método tradicional de formação de atores e bailarinos, focado em romper com os padrões clássicos e inovar a dança moderna. Seu método foi batizado por ele mesmo de eurritmia, e tinha o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar a sensibilidade corporal de atores e bailarinos, através da coordenação musical dos movimentos corporais, em resposta ao som. Dalcroze era professor de música, adepto da dimensão do prazer, o corpo só poderia desenvolver uma atividade estética com o amadurecimento do sentido muscular, e as sensações eram as raízes dosmovimentos. François Delsarte baseava seus fundamentos transdisciplinaridade entre movimento, voz, expressão, sentido, respiração e emoção. Ele acreditava na união de corpo, alma, mente e movimento e que todos esses fatores faziam parte de uma mesma dimensão e influenciavam diretamente um ao outro. Nascido no final do século XIX, na Ucrânia, Wilhelm Reich era médico psicanalista e acreditava que as neuroses tinham raiz nas questões sociais, na falta de prazer e repressão. Ele descobriu, com uma leitura minuciosa da linguagem corporal, que o comportamento humano pode ser influenciado significativamente pela postura, movimento, atitudes reprimidas e limitadas. Deu o nome de análise da couraça muscular do caráter a esta descoberta. Mantinha com o paciente uma relação de proximidade e criou a vegetoterapia. A alemã Elsa Gindler tem sua obra voltada para o desenvolvimento do potencial tanto físico quanto mental dos indivíduos, com o objetivo de melhorar o desempenho das atividades cotidianas. Ela não acreditava na forma mecanizada de realizar exercícios para alcançar mudanças significativas e permanentes para o organismo. O americano Alexandre Lowen, discípulo de Reich, foi o criador da bioenergética, que visava desfazer as tensões musculares crônicas, decorrentes de questões inconscientes. Evoluindo o método de Reich, ele aplicava pressão manual sobre determinados músculos, para despertar o aparecimento de sensações e sentimentos, buscando facilitar o processo terapêutico. 
Moshe Feldenkrais, da Rússia, em busca de evitar uma cirurgia pessoal, criou seu método de cura. Seu trabalho consistia na ativação do sistema nervoso através de movimentos lentos, não mecanizados, incentivando movimentos espontâneos e fuga dos padrões sociais estabelecidos. Sempre preocupado com as consequências negativas que o ritmo acelerado de vida pode gerar, buscava consicentizar a necessidade de tornar o ritmo cotidiano mais lento. Segundo ele, o centro da corporeidade está no movimento, sentimento, pensamento e na sensação. Gerda Alexander, criadora da eutonia, que propunha trabalhar com o equilíbrio da tensão muscular e emocional. baseou-se nos estudos de Henri Wallon e visava entender e valorizar o individuo na sua pluralidade e totalidade. 
Conhecer o próprio corpo, em suas formas diferentes, é imprescindível para sistematizar as PCAs, pois é possível romper com os estereótipos estabelecidos, sempre competitivos, comparativos, radicais, midiáticos e entender o corpo como instrumento de ludicidade, criatividade, liberdade, prazer e sentimento. 
Conhecer o próprio corpo e, sobretudo aceitá-lo, é ponto inicial para elevar a autoestima, ser autoconfiante, respeitar os próprios limites e vivenciar um momento novo, com esforços dosados de acordo com a plasticidade, a diversidade, a pluralidade e a individualidade de cada um. 
Todas as ações que vivenciamos, tais quais nossos esforços e convicções, convivências, sentimentos, qualidades e defeitos e conjunto de identificações e intenções, ajustam os nossos gestos, e mostram e definem o que realmente somos e como é definido nosso corpo. É preciso aprender sobre nosso corpo de forma plural e holística para que as práticas corporais alternativas desempenhem o papel desejado e proposto para elas. (LORENZETTO e TERRA, 2013).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
TERRA, J. D.; LORENZETTO, L. A. Práticas corporais alternativas. Claretiano. Batatais, SP, 2013.

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