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Resumo pra Prova - Goiânia

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Goiânia foi planejada para ser uma cidade-jardim, propondo uma perfeita convivência entre o cidadão e o meio ambiente. Quando o homem é considerado como parte integrante da natureza e esta relação é alterada, a cidade devolve aos habitantes, às vezes em forma de solidão, às vezes em forma de violência, as agressões que contra ela são praticadas. A cidade que é edificada para o carro dificilmente terá como prioridade o homem, e vice-versa.
Goiânia foi construída em meio a grandes transformações políticas e culturais no país. O movimento de renovação das forças políticas assumiu a mudança da capital como fator fundamental para se atingir os objetivos dentro do programa Marcha para o Oeste (buscando desenvolver e penetrar para o interior do país). Goiânia seria ponto político, geográfico e ideológico desse projeto.
Decidida sua construção, teve o local definido para a sua instalação baseado em relatórios da comissão encarregada de escolher o local da nova cidade capital. Teve o território formado a partir de doações, vendas e trocas de terras. As obras foram iniciadas através de empréstimos realizados pelo Governo e doações de verbas.
Attílio Corrêa Lima foi contratado para o projeto da nova capital de Goiás. Escolhe um traçado radiocêntrico que, além de permitir uma visibilidade maior e mais estratégica do Palácio, facilitaria o acesso aos setores habitacionais e comerciais por intermédio das avenidas que começavam ali. No plano urbanístico original, previu-se a divisão de Goiânia em zonas e subzonas de atividades, parques para preservar as matas ciliares, zonas de esportes e divertimento. Os prédios foram projetados de acordo com a arquitetura Art Dèco, com fachadas limpas, retilíneas, funcionais e claras.
Como Attílio faleceu em um acidente aéreo, Augusto de Godoy deu seguimento ao projeto. Godoy revisou o plano e estabeleceu etapas de implantação: primeiro os setores central e norte, seis anos depois o setor sul e só posteriormente o setor oeste; regulamentou o desenvolvimento; produziu a legislação urbana e fez previsão de cidades satélites. 
Godoy estabeleceu uma nova praça: a Praça do Cruzeiro, em contraponto com a Praça Cívica, com avenidas convergentes em “asterisco” e quadras orgânicas acomodadas à topografia, com amplos espaços livres para áreas de lazer, liberando-se as tradicionais ruas para o sistema viário, que ele antevia como intenso.
Com a transferência do distrito federal para terras então pertencentes ao estado de Goiás, ocorreu a explosão demográfica e a expansão urbana. O resultado de tais processos vem sendo a periferização do espaço urbano de Goiânia. Prejudicando, então, a qualidade de vida e a urbanização. Os novos bairros surgidos na periferia de Goiânia não desfrutaram dos ideais urbanísticos e da qualidade de vida projetada para seus moradores. Em consequência dessa explosão demográfica, também, o trânsito de Goiânia ficou seriamente prejudicado.
Novos bairros e loteamentos foram se esparramando ao longo das avenidas, reproduzindo o conceito de centro em “asterisco”, com o parcelamento em lotes e quadras convencionais dentro de um traçado de tabuleiro de xadrez.
O crescimento do número de automóveis, por a cidade não ser dotada de um transporte coletivo eficiente, trouxe novos problemas. Foram estabelecidas, então, mudanças estabelecendo dois eixos principais de transporte, norte-sul e leste-oeste, proposta não desenvolvida completamente.
Com a aprovação do Novo Plano Diretor de Goiânia, através da lei complementar nº 171, foi criada a Região de Desenvolvimento Integrado de Goiânia, na forma de microrregiões compostas por sete municípios: Bela Vista, Bonfinópolis, Braz Abrantes, Caturaí, Inhumas, Nova Veneza e Terezópolis de Goiás. 
Apesar de ainda não ter decolado, parece existir a possibilidade de se resgatar o planejamento estruturante, tanto para as cidades como para as áreas metropolitanas e para a economia em geral.
Setor Sul – as alterações se consolidarm de forma mais forte, buscando um tratamento mais efetivo de cidade-jardim. O tratamento do interior das quadras do setor Sul foi um passo na direção da vizinhança das quadras, com parques acolhedores para lazer e que conduzem as pessoas aos equipamentos de bairro, permitindo a circulação com independência do automóvel. Nas mudanças de Godoy, busca referências em Welwin de Luís Soissons.
Centro – boa parte das edificações do centro de Goiânia foram construídas com o estilo Art Dèco e constituem um acervo histórico significativo que em algumas partes se tornou patrimônio histórico e artístico nacional. O centro de Goiânia exibe um desenho aristocrático e barroco de Versailles e Letchworth
Mudanças feitas por Godoy: criação de 'park-way' em torno da represa do Jaó; criação de novas zonas, divisões no Setor Central, Zona Universitária entre a Zona de Diversões e Pq. Buritis; Zona Militar entre a Ferroviária e campo de aviação; Zona Residencial de luxo junto à represa do Jaó; redefinição dos limites intra-urbanos (setores) e suburbanos; redefinição das áreas livres; criação do anel verde contornando o núcleo urbano; criação do cemitério 'Jardim dos Mortos', com reestruturação do cemitério de Campinas; e o Setor Sul.

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