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Inventário e partilha

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Inventário e partilha
O inventário é uma das consequências da morte da pessoa natutal, é a abertura as sucessão com a transmissão dos bens deixados aos sucessores legítimos e testamentários, essa transmissão ocorre em razão do princípio da saisine “art. 1784 do código civil, consistente em uma ficção jurídica que proporciona aos herdeiros a posse indireta do patrimônio deixado causa mortis pelo falecido”. É onde se define quais bens integram a cumulação hereditária e qual sina pertencerá a cada herdeiro.
Para esse fim, existe o procedimento especial do inventário e partilha ( no novo CPC o procedimento especial para a ação de inventário e partilha está regulado , portanto, no livro I , da parte especial, título III – dos procedimentos especiais , capítulo VI – do inventário e da partilha arts. 610 a 673 do NCPC). Conta também com a figura do inventariante que é uma pessoa nomeada pelo juiz para administrar o acervo hereditário e promover o inventário e partilha.
O inventário e partilha tratam- se de procedimento especial de jurisdição contenciosa obrigatória para a regularização da sucessão, salvo na hipótese em que todas as partes forem maiores, capazes, estiverem de acordo com a partilha dos bens e não houver testamento (art. 610, parágrafo 1º do NCPC), pois neste caso podera fazer o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá documento hábilpara qualquer ato de registro, bem como para levantemento de importância depositada em instituições financeiras. O procedimento especial do inventário se divide em três modalidades: tradicional ou solene (arts. 610 a 658 do NCPC) , arrolamento comum (arts. 659 a 663 do NCPC) e arrolamento sumário (arts 664 666 do NCPC), além do inventário administrativo ou extrajudicial, previsto nos parágrafos 1º e 2º, do art. 610, do NCPC.
ALGUMAS PRINCIPAIS MUDANÇAS: 	
CPC / 73 : Previa apenas o foro da situação dos bens, e trata-se de inovação, previa para a hipótese, o foro do lugar onde ocorreu o óbito.
A abertura do inventário era ex officio pelo juiz.
Não era previsto a figura do herdeiro menor e dos homoafetivos serem inventariantes. 
O companheiro , os herdeiros, os legatários, que antes era feita por oficial de justiça para aqueles que residissem na comarca onde tramitava o inventário, sendo todos os demais citados por edital. Concluidas as citações o prazo era de 10 dias para se manifestar sobre as primeiras declarações e apresentar impugnação.
CPC /2015: O foro competente para abertura e processamento do inventário é do último domicílio do autor da herença (art. 48, NCPC ), se o autor da herança não possuia domicílio certo , o foro competente será o da situação dos imóveis, e havendo bens imóveis em mais de um lugar , quaisquer destes será competente para o processamento do inventário e da partilha, o foro de qualquer dos bens do espólio.
O inventário será aberto por meio de petição inicial instruida com a certidão de óbito do autor da herença (art. 615, parágrafo único), que deverá ser proposta por quem estiver na posse e administração do espólio (art. 615) e / ou pelas pessoas legitimadas previstas no art. 616, o referido rol reproduz praticamente os mesmos legitimados previstos no art. 988 do CPC/73, com a inserção do companheiro. O rol do art. 616 do NCPC, não é taxativo, valendo dizer que qualquer interessado patrimonial no processamento do inventário e partilha, está legitimado a requerer a abertura do inventário.
Introduziu o herdeiro menor entre os legitimados a serem nomeados inventariante, a regra visa dar agilidade ao processo e também diante das recentes decisões sobre a união homoafetiva, admite-se o parceiro dessa união como inventariante.
O conjugê, o companheiro, os herdeiros , os legatários serão citados pelo correio, independentemente de seu domicílio consoante as regras previstas no art. 247, utilizando –se a citção por edital , de forma genérica, apenas para se dar conhecimento do inventário aos potenciais interessados , e aqueles cujos o endereço seja desconhecido, na forma do inciso III, do art. 259. 
Concluídas as citações o prazo é de 15 dias para se manifestarem sobre as primeiras declarações e apresentar impugnação (art. 627 NCPC).
PARTILHA
A partilha é o segundo estágio do procedimento e vem a ser a atividade desenvolvida para ultimar a divisão do acervo entre os diversos sucessores, estabelecendo e a cada um deles um destino certo e definido sobre os bens deixados pelo morto. Será realizada após o pagamento da dívidas do espólio “conjunto de bens que intregra o patrimônio deixado pelo “de cujos” e que será partilhado noinventário”. E recairá sobre os bens que remanescerem ao acervo, excluída a meação o cônjuge sobrevivente.
A legislação brasileira conhece três modalidades de partilha para solucionar a sucessão hereditária: a amigável , a judicial , a partilha em vida (código civil , arts. 1773 a 1776 e arts. 2015 a 2018). A partilha amigável é a que se faz por acordo de vontade entre todos os sucessores . a partilha em vida ocorre quando o ascendente toma a iniciativa de realizar a repartição de seus bens entre os descendentes mediante ato entre vivos ou de ultima vontade. Na partilha judicial existe a figura do partidor , ao qual ficará designado a elaborar o esboço da partilha. 
O NCPC também inovou ao cuidar do quinhão sucessório do nascituro, no art. 650. A despeito da personalidade civil começar do nascimento com vida, a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro, assim que o nascituro possui direitos sucessórios, desde que tenha sido concebido antes do falecimento do autor da herença, nos termos do art. 1798 do CC. O art. 650 do NCPC da tratamento processual a matéria, ao dispor que “se um dos interessados for nascituro, o quinhão que lhe caberá será reservado em poder do inventariante até o seu nascimento”. Obviamente o inventariante, neste caso, funcionará como depositário até o nascimento do nascituro, ocasião, em que referido quinhão deverá ser entregue aos cuidados do responsável legal do herdeiro.

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