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estudo de caso raças

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Problema:
A professora do 5º ano da educação básica estava trabalhando a disciplina Diversidade étnico racial. Para isso, trouxe para a sala de aula um caso que havia acontecido em São Paulo.
Patrícia, mulher negra de 19 anos, trabalhava como maquiadora autônoma. Contudo, resolveu encontrar um emprego fixo que lhe desse carteira assinada e todos os direitos pertinentes a este vínculo empregatício. Viu no jornal o seguinte anúncio:
“Contrata-se atendente de loja de maquiagem. Necessita que tenha conhecimentos em maquiagem, boa aparência e disponibilidade para trabalhar aos sábados e domingos. Interessados comparecer munidos de currículo no Shopping Noel.”
Como Patrícia preenchia todos os requisitos, foi até o local descrito. Chegando lá, ouviu o seguinte comentário:
Patrícia, você realmente tem uma longa experiência com maquiagem e a disponibilidade necessária, porém, gostaríamos que você alisasse seu cabelo para fazer jus a imagem da loja.
Patrícia recusou, pois entendeu que se aceitasse a proposta, estaria indo contra a sua cultura e seus valores.
Após a apresentação deste caso, a turma ficou dividida, ou seja, alguns concordaram com a postura de Patrícia e outros com a empresa. Como a professora poderia dar sequência a sua aula, instigando os alunos a refletirem sobre a questão étnico racial?
Questão orientadora:
1) Como a professora pode abordar a cultura afro neste contexto?
2) De que forma a professora deve abordar em sala de aula que as diferenças devem ser respeitadas e promovidas e não utilizadas como critérios de exclusão social e política?
A professora pode dar exemplos de como nosso país é rico nas diferentes culturas como o samba, capoeira, pode abordar assuntos relacionados aos negros em posição de sucesso, também falar com seus alunos sobre o sistema de reserva de vagas para o acesso à universidades federais do Brasil, explicando para eles a política de cotas que apresenta três características como: trajetória escolar em rede publica, renda familiar e ainda dentro de cada categoria de renda, vagas reservadas para pretos, pardos, índios e pessoas com deficiência, amparados pela Lei de Cotas n° 12,711 de 29 de agosto de 2012. 
Acredito que através desse texto, a professora pode dividir a turma em grupos, e oralmente a professora expôe algumas ideias sobre a história da discriminação racial aqui no Brasil. Leva para esta aula gravuras sobre diferentes pessoas, e deixa nos grupos para eles visualizarem...Após isso começa a questionar se todos somos iguais....observando as fotos. Começa a elucidar a trajetória do negro aqui no Brasil, desde o Brasil colônia onde eram explorados em sua força de trabalho e serviam de mercadoria para seus senhores...Que com a migração de diferentes povos no país aconteceu uma misceginação racial, e que a nossa população é uma mistura desses diferentes povos que aqui chegaram....Que a maioria da população têm descendência negra neste país...Que as diferenças em nosso país ainda é forte, pessoas com cor de pele diferentes, pessoas pobres, pessoas que têm poder aquisitivo maior que o nosso, pessoas com deficiência também sofrem discriminação por serem diferentes. Explicar que a diferença faz parte de um processo de democratização de direitos em nosso país...Que para mudar isso devemos refletir sobre se realmente somos diferentes, e que ninguém tem o direito de discriminar ninguém...Perguntar se na sala de aula somos todos iguais, ou possuímos diferenças.... Que o que realmente faz uma pessoa ser melhor que a outra, é os seu carácter, sua dignidade, o respeito com as outras pessoas....a solidariedade com as pessoas...Somos uma mescla de várias descendências e que não é porque a moça do problema em questão tem cabelo liso ou enrolado que faz ela diferente de nós...O preconceito,aqui no Brasil existe, isso não podemos negar, e cabe a nós terminar com isso, respeitando as diferenças,e fazendo um país melhor para se viver. 
Oralmente cada grupo dará sua opinião, a professora anota no quadro as melhores ideias de como acabar com a discriminação aqui no país. Monta-se um texto coletivo no quadro, e cada grupo através desse texto recorta gravuras sobre preconceito e as diferenças aqui no Brasil. O mural com esse tema pode ser exposto para toda a escola. Pode-se pedir que criem frases sobre o preconceito e as diferenças de como acabar com isso, para colocar junto no mural....
A professora primeiramente fara a leitura do conteúdo proposto, e em uma roda de conversar colocar aos alunos sobre a importância de respeitarmos uns aos outros ,nossas diferenças,culturas,valores,ela deve de alguma forma tentar promover a igualdade entre eles .''acho que a descriminação pode afetar a aprendizagem do aluno''.
Uma vez que a professora traz para sala de aula uma abordagem crítica para a nossa sociedade que ainda é defasada em respeito as culturas, e que envolve costumes familiares, exclusão social, racismo, diversidade, etc; a mesma tem que ter várias cartas na manga e aproveitar o momento para fazer várias representações, experimentando reações e estimulando debates e reflexões.
 A professora, deixaria que cada aluno trouxesse para o dia seguinte um texto dissertativo a respeito da sua posição e propositadamente eu pintaria meus cabelos com uma cor diferente da costumeira, do tipo vermelho, rosa, azul, branco, enfim quaisquer, que mudasse a minha aparência e que chamasse mais atenção das pessoas em relação a minha pessoa através do cabelo e modo de vestir, ao entrar na escola ou sala de aula, com certeza deixaria todos espantados, assustados, pois mudei a rotina, me transformando numa personagem da minha aula, para que eu sofresse as críticas e consequentemente a reação dos alunos seria maior que da apresentação feita pela professora anteriormente. E daí? Eu iria perguntar. No mesmo instante colocaria a linda música de Sandra de Sá, Olhos Coloridos. Eu faria muitas perguntas, logo após ouvirem e cantarem a canção. E daí, o que você tem com isso? O que te fere ou interfere na sua vida? Que brasileiro sou ou quero ser? Que tipo de ser humano estou me transformando? Vivo somente em função dos outros, o que os outros querem que eu seja?
 Refletir que todos somos diferentes, nossos pensamentos, sentimentos, valores, pele, cabelo e olhos. E não importa o tipo que apresento, como me visto , basta eu respeitar as escolhas. só poderei respeitar alguém se em primeiro lugar eu me respeitar, se ao invés de criticar os outros eu olhar pra mim mesma e ver as minhas diferenças. 
Neste momento, poderia trazer um espelho e, mostrar para cada um dos alunos que o que nós vemos ali não é o que os outros são e tampouco o que os outros gostariam que nós fossemos; não podemos nos espelhar nos outros, cada um é único e especial. Posso até aproveitar e mostrar uns vídeos que circulam na internet, de pessoas que são exemplos de vida, pessoas que nasceram sem seus membros superiores e inferiores. E vivem felizes, são palestrantes de autoestima ou superação e dão uma verdadeira lição àqueles que se acham melhores que os outros, ou acham que um cabelo, a cor da pele, ou a falta de uma parte do corpo, vão dizer o que você é como ser humano. Os alunos vão entregar ou refazer seus textos; debater e concluir o tema apresentado. Não há no mundo uma pessoa igual a outra, e só o respeito e o amor poderão modificar o nosso ponto de vista e transformar nossa dignidade..
sugeria uma aula sobre a posição da mulher negra no meio social e cultural, em grupos com os alunos realizar uma pesquisa voltada para o racismo em que o foco principal é a presença da mulher negra na sociedade, e junto as alunos realizava uma feira cultural voltada a cultura afro brasileira, onde os alunos se vestissem como os personagens do trabalho que eles pesquisaram, apresentando grupos de danças, comida tipicas da cultura negra e outros, lembrando que esses conceitos de racismo e preconceito deve ser trabalhado de inicio no meio familiar, os pais devem começar a partir da fase em que as crianças começam a ter o convívio commeio social em vivem.
Mandaria os alunos a sala de informática e com a ajuda deles pediria que cada um deles pesquisasse sobre uma personalidade negra que pode ser nacional e internacional , e de forma proposital colocaria a foto do cantor EMINEM . E separaria por categoria música , esporte , politia , entretenimento ( novela , futebol , moda , etc . colocaria apenas músicas negras ao fundo . E caso não houvesse alguém que gostasse desse estilo de música , perderia que ele pesquisasse sobre a origem do hip hop , pop , gospel . Que o Brasil é um país , pois bonito e admirado por pessoas de outras raças por conta da diversidade ( de cultura , raça e religião ) , que de acordo com a constituição todos somos iguais perante a lei . Aprofundaria na questão em que Patrícia não aceitou alisar o cabelo e impor que uma pessoa mude características pertinentes a sua raça configura injuria racial que é ofensa a hora valendo - se da questão de pertencer as uma raça diferente .( artigo 40 do código penal ) Diria que raça é uma imposição social , que todas elas contribuíram para a riqueza do país Torna - se desnecessária essa separação por raças ,pois em nossas veias corre o mesmo sangue e problematizaria uma outra questão e ao final pediria para que refletissem sobre a música " olhos coloridos ¨ Independente de ser negro , amarelo , índio , todos nós pertencemos a uma única raça : HUMANA .

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