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AMANDA FERREIRA Ciclo Cardíaco: ● Inclui todos os eventos relacionados ao fluxo sanguíneo através do coração durante um batimento cardíaco completo. ● É dividido em dois grandes eventos: (focado nos ventrículos) ○ Sístole: contração ■ Contração isovolumétrica: ● O ventrículo esquerdo vai começar a contrair (está cheio de sangue). ● É uma contração ventricular em que não há ejeção de sangue. ● Fechamento da válvula mitral para que não haja refluxo sanguíneo para os átrios. ● Essa força que o ventrículo fez ainda não foi suficiente para abrir a válvula aórtica. ■ Ejeção rápida e lenta: ● O ventrículo aumenta sua força de contração, vencendo a resistência da aorta ● Obs: Durante a diástole, tem sangue na aorta que ainda está sendo escoado (do batimento anterior) e exerce uma pressão de mais ou menos 80 mmHg. ● Ocorrência da ejeção rápida. ● Em seguida ele continua contraindo, porém o volume sanguíneo escoado passa a ser menor. Essa é a ejeção lenta, é o restante do sangue. ● Abertura da válvula semilunar aórtica. ● Obs: depois da ejeção a pressão da aorta passa a ser 120 mmHg. ● Obs: mesmo depois de ter sido “esvaziado”, ainda resta um certo volume (+/- 50 ml) de sangue nos ventrículos porque as paredes não conseguem contrair de modo a ejetar tudo. ● Obs: o sangue flui de um local de maior pressão para um de menor pressão. ● Obs: o controle da abertura e do fechamento das válvulas se dá por diferenças de pressão no interior das câmaras cardíacas, não havendo outro mecanismo. ○ Diástole: Relaxamento ■ Relaxamento isovolumétrico: ● Diminuição da pressão ventricular (chega a 0mmHg). ● Fechamento da válvula aórtica. ● Não entra sangue, graças à válvula aórtica e a mitral, que permanece fechada. Ainda tem os 50 ml. ● Enchimento dos átrios. Assim, a pressão dos átrios é maior que a dos ventrículos. ■ Enchimento ventricular rápido: AMANDA FERREIRA ● Abertura da válvula mitral (as outras continuam fechadas) e enchimento do ventrículo esquerdo. ● A pressão do sangue é maior no átrio que no ventrículo. Essa pressão que causa a abertura da válvula, fazendo o sangue escoar do átrio para o ventrículo. Ainda não há contração atrial. ■ Enchimento ventricular lento: ● Escoamento de sangue de forma mais lenta do átrio para o ventrículo. ■ Sítole atrial: ● Contração do átrio depois que 80% de sangue já entrou no ventrículo pela escoação. ● A contração serve para terminar de encher os ventrículos (20%). ○ Obs: há diferença entre a pressão na artéria aorta e na pulmonar. Na aorta é 120/80 mmHg, já na pulmonar é 20/10 mmHg. Isso é explicado pelo fato de o ventrículo esquerdo precisar ejetar sangue para o corpo todo, fazendo para isso uma força maior. A força que o ventrículo direito faz é apenas para ejetar o sangue para o pulmão, assim é necessário uma força menor. ● ● ○ Relação do eletrocardiograma com o ciclo cardíaco: ■ Onda P: causada pela disseminação da despolarização pelos átrios, e isso é seguido pela contração atrial. AMANDA FERREIRA ■ Complexo QRS: despolarização dos ventrículos -> contração ventricular (aumento da pressão). O complexo começa pouco antes da sístole ventricular. ■ Onda T: repolarização dos ventrículos -> relaxamento. Ocorre um pouco antes do final da contração ventricular. ○ Linha vermelha: ventrículo esquerdo. ○ Linha tracejada superior: Aorta ■ Na diástole tem +/- 80 mmHg. ■ Quando o ventrículo esquerdo ejeta sangue na aorta, ou seja, quando a válvula aórtica se abre e o sangue é ejetado lá dentro, há o aumento dessa pressão para mais ou menos 120 mmHg. ■ Depois começa o relaxamento. ■ Incisura pressão aórtica: quando a válvula aórtica se fecha (o sangue ta na aorta), o ventrículo ta começando a relaxar. Então, quando ela se fecha, ela volta um pouco para dentro do ventrículo, aumentando um pouco a pressão. ■ Depois, a musculatura do vaso começa a “voltar pro lugar”, diminuindo a pressão. ○ Linha tracejada inferior: átrio esquerdo ■ Quando o átrio vai contrair, essa pressão que ele faz pelo movimento de contração para ejetar o sangue faz a pressão dentro do átrio aumentar (sístole atrial). ■ Logo em seguida há a contração isovolumétrica. O ventrículo começou a contrair e fechou a válvula mitral. ■ Obs: há um refluxo fisiológico do ventrículo para o átrio. ■ Da mesma forma que ocorre no ventrículo, há uma incisura no gráfico do átrio que mostra o fechamento da válvula mitral e, por um momento, o aumento da pressão dentro dele. Por mais que ele esteja relaxado, volta um pouco de sangue para dentro e há o fechamento da válvula, embaulando para dentro dele. ■ Depois ocorre a abertura da válvula mitral e o escoamento de sangue para o ventrículo. O átrio está relaxado e há a diminuição da pressão. ■ Onda a: sístole atrial. ■ Onda c: contração dos ventrículos decorrente do abaulamento das vávulas quando a válvula já está fechada e há um pequeno refluxo de sangue. ■ Onda v: enchimento do átrio enquanto a válvula av está fechada. ● Volume diastólico final: É quando o ventrículo esquerdo está cheio. Final da diástole. 110 - 120 ml ● Volume sistólico final: É o volume que ficou dentro do ventrículo depois da sístole, ou seja, depois que o sangue foi ejetado. 40 - 50ml. ● Débito sistólico: O volume que realmente foi ejetado. 70ml AMANDA FERREIRA ● Fração de ejeção: Porcentagem do que foi ejetado em relação ao volume diastólico final. Qualquer alteração dessa porcentagem é indício de insuficiência cardíaca. 30%: paciente precisa de transplante cardíaco. Enquanto isso, o coração está se enchendo de sangue já que o que não é ejetado permanece lá; depois chega mais, só ejeta um pouco e aumenta ainda mais o volume da câmara cardíaca, enfraquecendo a parede muscular. Obs: hipertensão arterial e infarto do miocárdio causam diminuição da fração de ejeção. Isso acontece porque o coração começa a bombear contra uma pressão muito alta, assim, ele tem que fazer muita força para conseguir abrir a válvula aórtica e ejetar o sangue. Isso causa hipertrofia cardíaca de uma formapatológica, chamada de hipertrofia concênctrica. Nesse caso, a parede cresce de fora para dentro, então a câmara cardíaca ventricular será reduzida. Esse aumento da camada muscular contribui pro infarto também porque é mais músculo para ser nutrido pelas coronárias e elas não conseguem suprir a demanda. No caso do infarto do miocárdio, se perde uma parte do ventrículo. Então a força de ejeção será menor, o que caracteriza o infarto. Obs: a hipertrofia cardíaca do atleta é excêntrica, a parede do coração cresce de dentro pra fora. Ou seja, o tamanho do ventrículo esquerdo se torna maior, podendo receber mais sangue e bombeando com uma força maior. Por isso que a FC é menor, já que uma bombeada ejeta muito mais sangue. Além disso, o exercício físico aumenta a angiogênese, formação de novos vasos para suprir todo o tecido. ● Débito cardíaco: é o volume de sangue que o coração bombeia num dado intervalo de tempo (1 min) na pequena ou na grande circulação. ○ DC = PA/ RPT … em qualquer ocasião em que ocorra variação do nível da resistência periférica a longo prazo (porém sem outras alterações da função circulatória), o débito cardíaco varia quantitativamente precisamente em direção oposta. ○ Depende da FC e do volume de cada ejeção. ( DC= FC x volume sistólico) A FC é determinada pelo simpático e parassimpático. O VS é determinado pela força de contração do miocárdio e pelo volume diastólico final porque quanto mais se enche o ventrículo mais força ele terá para ejetar, até um certo limite. Obs: quando em atividade física, o volume sistólico aumenta porque o simpático faz venoconstrição na parede das veias. Como as veias são o grande reservatório de sangue do corpo, ao serem contraídas, o sangue vai para o coração, então o retorno venoso aumenta. Obs: no músculo é receptor B2, que faz vasodilatação dos vasos do músculo esqueléticos. Nos demais órgãos outros receptores fazem vasoconstrição. Assim, a maior parte do sangue é direcionada para os músculos. Além disso, a própria atividade do músculo liberando CO2 e captando O2 já é um estímulo para que ocorra a vasodilatação. Qualquer órgão que estiver com o metabolismo aumentado vai ter, em seus vasos, estímulo para a vasodilatação. AMANDA FERREIRA ○ Pré-carga: Força do sangue que está chegando ao coração, pressão durante o enchimento ventricular. ○ Pós-carga: Força exercida pelo ventrículo para ejetar o sangue. “Pressão arterial contra a qual o ventrículo deve contrair-se.” Obs: PA elevada (aumento da resistência) - aumento da pós-carga Obs: Exercício físico -> venoconstrição -> aumento da ejeção de sangue para o coração -> aumento da pré-carga (enche mais o ventrículo). Obs:se um aumenta o outro tende a aumentar também, mas em casos patológicos isso não acontece. ○ Além da venoconstrição, outra coisa que contribui para o retorno venoso é a bomba muscular do m. gastroquinêmio contraindo as veias, e a bomba respiratória (pulmões. Quando se enchem, comprimem a veia cava) que contrai a veia cava. ○ Débito cardíaco baixo: É denominado choque cardíaco. Os tecidos começam a ter deficiência nutricional. ■ Causado por fatores cardíacos ● Bloqueio grave de vaso sanguíneo conronário ● Cardiopatia valvular grave ● Miocardite ● Tamponamento cardíaco ● Distúrbios metabólicos cardíacos. ■ Por fatores periféricos não cardíacos ● Volume sanguíneo diminuido: Não existe sangue suficiente nos vasos periféricos para gerar pressões vasculares periféricas suficientemente altas para impulsionar o sangue de volta ao coração. ● Dilatação venosa aguda: Geralmente devido a inativação do simpático. Diminui a pressão de enchimento do sistema vascular, pois o volume de sangue não pode mais gerar pressão adequada nos vasos sanguíneos periféricos flácidos. Como resultado, o sangue se acumula nos vasos e não retorna ao coração. ● Obstrução das veias maiores. ● Massa tecidual diminuida: Pelo avanço da idade ou por longos períodos de inatividade física. Há a redução das dimensões do músculo esquelético. Isso, por sua vez, diminui o consumo de oxigênio total e as necessidades de fluxo sanguíneo muscular esquelético e débito cardíaco. AMANDA FERREIRA ● ○ 1: percebe-se o aumento do volume ventricular. Enchimento ventricular rápido/lento ○ 2: Contração isovolumétrica - há a manutenção do volume e aumento da pressão. ○ 3: Ejeção - diminuição do volume e manutenção da pressão intraventricular alta, ou seja, o ventrículo continua a ejetar. ○ 4: Relaxamento - redução da pressão e manutenção de um volume baixo. ○ As válvulas se abrem: ■ De 2 pra 3: abertura da aórtica ■ De 4 pra 1: abertura da mitral ○ As válvulas se fecham: ■ De 1 pra 2: fechamento da mitral (aórtica também está fechada) ■ De 3 pra 4 : fechamento da aórtica (mitral tamém está fechada) ○ Em atividade física, há alteração do volume e da pressão. ● Sons cardíacos: AMANDA FERREIRA ○ Primeiro som cardíco/ bulha: fechamento das valvas A-V. Timbre baixo e duração relativamente longa. ○ Segundo som cardíaco/ bulha: Fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Duração curta - estalido. ● Fatores que podem alterar o bombeamento cardíaco: ○ Simpático e prassimpático. ○ Mecanismo de Frank-Starling: ■ “Capacidade intrínseca do coração de se adaptar a volumes crescentes de afluxo sanguíneo”. ■ O tamanho ideal do sarcômero gera uma força maior. ■ Só com o retorno venoso é possível alterar o bombeamento cardíaco, sem ação de simpático ou parassimpático. É uma característica do músculo cardíaco. ■ Quanto mais o sangue preencher o ventrículo maior será a força de contração. Isso acontece porque quanto mais sangue preenche mais alongado fica o sarcômero, chegando ao seu tamanho ideal, no ideal de interação. No repouso não está no ideal. ■ Porém tem um limite. Nesse caso, a força gerada será insuficiente para ejetar o sangue (insuficiência cardíaca). ■ “Qualquer fator que faça aumentar o retorno venoso produz um maior enchimento ventricular (pré-carga) durante a fase diastólica do ciclo cardíaco. Um aumento no volume diastólico terminal distende as fibras miocárdicas e desencadeia uma poderosa forçade ejeção durante a contração. Quanto mais o miocárdio for distendido durante seu enchimento, maior será a força de contração.” ○ “A distensão das paredes do átrio esquerdo aumenta diretamente a frequência cardíaca em 10% a 20%”