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GABARITO AP1 de Educação e Trabalho 2018.1 (2)

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PRIMEIRA AVALIAÇÃO PRESENCIAL – 2018.1 
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E TRABALHO 
Prof. Dr. Dalton Alves 
Profª. Drª Fátima Chaves 
Profª. Ms. Roberta Guimarães 
 
Nome: 
Matrícula: Polo: 
 
Orientações: 
 Procure responder às questões usando suas próprias palavras com criatividade e demonstrando coerência 
expositiva e argumentativa ao redigir o seu texto, escreva fazendo sempre uma introdução, desenvolvimento e 
conclusão. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS: 
QUESTÃO 01: [2.0 Pontos] 
 Acerca do processo de trabalho como exploração no Capitalismo (trabalho alienado, 
estranhado, desumanizador): 
“Chega-se, por conseguinte, ao resultado de que o homem (o trabalhador) só se sente como ser 
livre e ativo em suas funções animais, comer, beber e procriar, quando muito ainda habitação, 
adornos etc., e em suas funções humanas só se sente como animal. [...] O trabalhador só se 
sente, por conseguinte e em primeiro lugar, junto de si quando fora do trabalho e fora de si quando 
no trabalho. Está em casa quando não trabalha e, quando trabalha, não está em casa. O seu 
trabalho não é, portanto, voluntário, mas forçado, trabalho obrigatório. O trabalho não é, por isso, 
a satisfação de uma carência, mas somente um meio para satisfazer necessidades fora dele”. 
(MARX apud ALVES e RODRIGUES, Texto 04, p.67). 
 Por que e como isto ocorre no Capitalismo? 
 Assinale (V) Verdadeiro ou (F) Falso nas alternativas a seguir: 
a) ( ) No modo capitalista de produção a organização do trabalho se faz de modo que a classe trabalhadora 
não seja proprietária de nenhum meio de produção; 
b) ( ) Os trabalhadores só possuem a sua força de trabalho, física e mental a qual ele vende ao capitalista 
em troca de um salário; 
c) ( ) O capitalismo é um sistema socioeconômico em que os meios de produção são propriedade duma 
classe social em cooperação e harmonia com a classe de trabalhadores não-proprietários; 
d) ( ) No capitalismo opera-se uma expropriação do trabalhador, que retira dele o domínio sobre as decisões 
em relação ao conjunto do processo produtivo, passando este controle para as mãos do capitalista; 
e) ( ) Sob a lógica o capital o trabalhador é um indivíduo que, ao vender sua força de trabalho, se transforma 
em fator de produção, perdendo, junto com o controle do processo e do produto do trabalho, o controle 
sobre si mesmo. 
GABARITO: V, V, F, V, V 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
QUESTÃO 02: [2.0 Pontos] 
 
Considerando a noção de dualidade educacional como fundamento da escola para a 
classe trabalhadora, Textos 05 e 07 do cronograma, faça o que se pede a seguir. 
Assinale (V) Verdadeiro ou (F) Falso nas alternativas abaixo: 
a) ( ) A dualidade educacional consiste na manutenção de dois tipos de escola, uma de excelência 
e de formação intelectual para as classes ricas e outra minimalista, imediatista, de formação 
manual e prática para a classe trabalhadora; 
b) ( ) As capacitações apresentadas para os trabalhadores estarão restritas à sua capacitação 
profissional ou formação para o trabalho nos seus diferentes campos; 
c) ( ) A burguesia apresenta uma proposta que concebe a escola para o oferecimento de uma 
educação geral, igualitária e qualidade para todos; 
d) ( ) Para a classe trabalhadora é oferecida uma educação específica, prático-operacional, para 
ingressar no mercado de trabalho, nas funções de produção e execução de trabalhos simples e 
manuais; 
e) ( ) Decerto, para os industriais mesquinhamente burgueses, pode ser mais útil ter operários-
máquinas em vez de operários-homens; 
GABARITO: V, V, F, V, V. 
 
 
QUESTÓES DISCURSIVAS: 
 
QUESTÃO 03: [2.0 Pontos] 
Segundo Dermeval Saviani (Textos 01, 02 e Vídeo 01) em que período histórico a escola 
torna-se uma necessidade geral convertendo-se na modalidade principal de educação para 
todos? Cite as causas dessas necessidades. 
 
GABARITO: 
A escola torna-se uma necessidade geral e a modalidade principal de educação no Período Moderno e 
Contemporâneo, sobretudo, depois da Revolução Industrial e da Revolução Francesa, também conhecidas 
como Revoluções Burguesas. O surgimento da indústria no Século XVIII, a expulsão dos camponeses de suas 
terras, o crescimento das cidades, a vida urbana, a invenção da imprensa, dentre outros fatores, são algumas 
das causas da necessidade de as pessoas dominarem os códigos escritos desenvolvidos pela escola. Após a 
Revolução Francesa e a instituição da República como forma de governo, centrada na observância da Lei 
escrita (Constituição), no direito positivo, nos contratos, casamento civil etc. evidenciou o problema do 
analfabetismo. Como cobrar a observância da Lei se as pessoas não sabem ler e escrever? A indústria tendo 
o seu processo produtivo centrado nas máquinas e não mais no trabalho humano direto e sendo a máquina 
resultado de conhecimentos científicos da física, da mecânica, da matemática etc., passou a exigir 
gradativamente dos trabalhadores que as operavam algum nível de conhecimento científico-tecnológico, mas, 
estes conhecimentos, teóricos, não podiam ser desenvolvidos somente pela observação empírica, como antes 
no trabalho manual, precisavam de estudos mais complexos que só eram acessíveis e veiculados por 
instituições específicas conhecidas como escolas ou academias. Assim, neste contexto, aos poucos é que a 
escola irá se converter na principal forma de educação da maioria em substituição a educação empírica e 
espontânea das épocas anteriores, nas quais a educação escolar estava restrita aos nobres e a aristocracia. 
Atualmente a educação escolar é tão natural e óbvia que muitos nem têm a noção de que nem sempre ela foi 
uma necessidade para todos da sociedade. 
 
QUESTÃO 04: [2.0 Pontos] 
Marise Ramos, Texto 03, desenvolve em seu texto a noção do trabalho como base da formação 
humana e de que a “essência humana” é produzida historicamente no processo de trabalho, “(...) ela 
é produzida pelos próprios homens na busca da satisfação de suas necessidades” (RAMOS, p.94). 
Considerando essas ideias, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: 
O papel do processo de trabalho na transformação do 
“homem ser biológico-natural” em “homem ser social-cultural”. 
GABARITO: 
O que diferencia o homem dos animais é que os animais apenas podem utilizar a natureza e modificá-la pelo 
mero fato de sua presença nela. O homem, ao contrário, modifica a natureza e a obriga a servir-lhe, domina-
a. E estas diferenças resultam do trabalho, dessa atividade do homem sobre a natureza para transformá-la em 
benefício da sua existência, ou seja, os animais se adaptam à natureza enquanto o homem adapta a natureza 
a si conforme as suas necessidades. 
Em outros termos, o homem é um ser natural mais ser social, ele não é somente ser natural. O que ele é não 
o é naturalmente. O que ele é resulta do que ele fez (faz) e transforma na natureza e em si mesmo, e isto é o 
que conhecemos pelo nome de “trabalho”. Neste sentido, o “trabalho” não se confunde com “emprego”, que 
nada mais é que a forma capitalista atual de trabalho, e sim, se compreende pelo potencial de criação e de 
transformação da natureza que a capacidade humana pode atingir. O pensar humanos, as suas ideias foram 
surgindo e se desenvolvendo para responder a certas necessidades básicas de sobrevivência. Conforme a 
humanidade foi avançando no seu conhecimento da natureza e de si mesmo, foi aumentando também a sua 
capacidade de intervir em seu meio para transformá-lo e adaptá-lo àquilo de que precisava naquele momento 
para viver, mas, são as suas necessidades básicas (alimentar-se, proteger-se, procriar etc.) que dão o impulso 
inicial do pensamento.A capacidade de o homem pensar é inata, mas o conhecimento é adquirido e 
desenvolvido pela experiência e no seu contato com o mundo exterior. Tal necessidade é aquilo que irá levar 
os primeiros grupos humanos a criarem as primeiras formas do existir do homem na terra, as primeiras formas 
de cultura até surgir a forma mais complexa de vida humana: a sociedade. 
Então, o tema sugerido se explica entendendo que o processo de trabalho tem o papel de prover a própria 
existência humana e na sua transformação de um ser apenas biológico-natural, que como um animal qualquer, 
buscava suprir as suas necessidades vitais de sobrevivência diárias para tornar-se um ser social e cultural que 
agora trabalha não somente para sobreviver, mas para viver. O homem nasce, por assim dizer, inacabado e 
se faz ser homem pela cultura. O que é cultura? Cultura é tudo aquilo que é feito pelo homem, que não é fruto 
de geração espontânea. 
 
 
QUESTÃO 05: [2.0 Pontos] 
 A organização da formação PARA a classe trabalhadora no capitalismo nasce marcada por uma 
divisão entre trabalho intelectual e trabalho manual. 
“Se diz “para a” classe trabalhadora pois se trata de uma formação pensada para os 
trabalhadores por quem não é trabalhador, mas dele precisa. Por isto, essa educação 
é planejada e oferecida aos trabalhadores, em sua forma e conteúdo, de acordo com 
as necessidades dos seus idealizadores”. (ALVES, Texto 07, p.15). 
 Com base nessas ideias, redija um texto dissertativo sobre o seguinte tema: 
O modelo de escola “PARA” a classe trabalhadora que surgiu no contexto 
das Revoluções Burgueses (Revolução Industrial e Revolução Francesa). 
 
GABARITO 
O modelo de escola para a classe trabalhadora surgiu no contexto das Revoluções Burgueses, no Período 
Moderno, e surgiu a partir da própria compreensão do papel da escola, que ao contrário do período anterior, 
na Idade Média, no qual a escola se configurava como uma educação restrita a pequenos grupos, mormente 
a nobreza, o clero e a aristocracia agrária, para se tornar a principal forma de educação. A escola surge, assim, 
durante o Período Moderno como a modalidade principal de educação para todos, inclusive para os operários. 
Tese e conquista da Burguesia revolucionária que alterou significativa e positivamente a situação da classe 
trabalhadora a partir de então. Todavia, não obstante o avanço que isto representou para a classe trabalhadora 
em relação à sua situação de antes, isto não ocorreu sem contradições e distorções. Apesar do princípio e da 
defesa de uma escola pública, laica e para todos, o que ocorre foi a constituição de dois tipos de escolas muito 
distintas, consubstanciadas na ideia de “dualidade educacional”, o que já vimos em outras partes dos nossos 
estudos. Conforme ALVES (Texto 07, p.05), “A burguesia apresenta uma proposta que concebe a educação 
dividida em dois sistemas de ensino distintos, sendo um voltado para o oferecimento de uma educação geral, 
intelectual, para o ingresso no ensino superior, voltado para a formação das classes ricas e médias, para 
ocupar os cargos de direção, comando e controle; e outro que oferece uma educação específica, unilateral, 
prático-operacional, voltada para a formação dos filhos da classe trabalhadora (dos pobres), para ingressar no 
mercado de trabalho, nas funções de produção e execução de trabalhos simples e manuais”. O que também 
é confirmado por autores liberais, como Destutt de Tracy, que no século XIX chegou a afirmar, nestes termos: 
“(...) os filhos da classe operária precisam adquirir desde cedo o conhecimento, as habilidades e destrezas a 
que estão predestinados pela própria condição de classe, ao passo que os filhos da classe erudita, em 
especial os filhos dos donos dos meios de produção, devem dedicar-se a estudar durante muito tempo, nas 
escolas de renome, para que seja assegurada a continuidade dos bens e do poder. [...] Concluamos, 
então, que em todo Estado bem administrado e no qual se dá a devida atenção à educação dos cidadãos, 
deve haver dois sistemas completos de instrução, um não tendo nada em comum com o outro”. 
(CAMPELLO, Texto 05, 136, grifos nossos). Ademais, outro fator preponderante e determinante para a 
concepção de um modelo de escola para a classe trabalhadora distinto daquele destinado à burguesia se deve 
à não participação dos trabalhadores na elaboração do modelo de educação escolar que melhor lhes convinha. 
De forma que na concretização do princípio de “uma escola pública, laica, para todos” a participação dos 
trabalhadores foi completamente desconsiderada, ignorada, ficando os trabalhadores excluídos deste 
processo. Em nenhum momento foram convocados para serem ouvidos sobre a educação geral e/ou 
profissional que melhor atenderia às suas necessidades. Daí se explica que o modelo de escola “para” a classe 
trabalhadora que surgiu no contexto das Revoluções Burguesas. Se diz “para” “porque foi pensado por quem 
não é trabalhador, mas dele precisa”, ou seja, foi pensada a partir dos interesses dos capitalistas, para atender 
às suas necessidades de acumulação ampliada do capital, pouco interessando a formação humana e 
intelectual do trabalhador. Sobre isto pode-se afirmar ainda que o objetivo de fato foi pensar uma escola para 
a formação do trabalhador e não uma escola de formação humana do trabalhador, ao se conceber o homem 
no trabalho apenas como mão-de-obra útil ao capital.