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Barras Carregadas Transversalmente FLEXÃOFLEXÃO Prof. Helio F. Vieira Barras Flexionadas Cargas Externas: • Transversais – Cargas Concentradas, Distribuídas, Momentos com Vetor Transversal Cargas Internas: • Momento Fletor → Tensões Normais na Flexão • Esforço Cortante → Tensões Tangenciais na Flexão Prof. Helio F. Vieira Competências: • Esforços solicitantes internos na flexão: Cortantes e Fletores • Equação matemática para cálculo das Tensões Normais (σx) e Tensões Tangenciais (τ)Tangenciais (τ) • Distribuição das tensões normais e tangenciais nos corpos solicitados a flexão • Superfície neutra e Linha Neutra Prof. Helio F. Vieira Esforços Solicitantes na Flexão Normal (N) e Cortante (V)Normal (N) e Cortante (V) Expressões e Diagrama Prof. Helio F. Vieira Expressões e Diagrama Normal (N) e Cortante (V) • A determinação das tensões normais e tangenciais requer a identificação dos esforços internos cortantes e fletores nas seções. • Inicialmente, identificam-se pontos de descontinuidades, posteriormente, analisa-se as expressões de Vx e Mx para uma seção genérica da barra distante de “x” da extremidadeuma seção genérica da barra distante de “x” da extremidade analisada. • Os esforços internos cortantes e fletores num ponto podem ser determinados seccionando a viga pela secção transversal correspondente e realizando uma análise de equilíbrio estático na porção da viga à esquerda ou à direita desse ponto, tal como ilustrado nas figuras (a) e (b) (Método das Secções). • Convenção de sinais positivos para os esforços cortantes V e V’ e esforços de flexãoM eM’: Prof. Helio F. Vieira Relação entre Carregamento, Esforço Cortante e Mto Fletor ( ) qdxdV qdxdVVVFy −= =−+−=∑ 0:0 qdV −= ( ) ( )221 0 2 :0 dxqdxVdM dxqdxdxVMdMMMC −= =+−−+=∑ ′ q dx dV −= V dx dM = q dVV + dMM + Prof. Helio F. Vieira Resumindo: exemplo prático Procedimento: Método das Seções • Considerando a viga como um corpo rígido, determine as forças reativas nos apoios. • Considere seções genéricas entre descontinuidades de cargas (ativas e reativas). • Aplique as equações de equilíbrio estático nos• Aplique as equações de equilíbrio estático nos diagramas de corpo livre assim obtidos. • Serão determinadas as funções matemáticas de “x” que fornecem os esforços internos cortantes e fletor a cada ponto da seção (cada valor de x). • Represente graficamente a distribuição dos esforços internos cortantes e fletor em função da variável “x” eixo da barra (atribuindo valores a x). Prof. Helio F. Vieira Para a viga com o carregamento indicado, desenhe os diagramas de esforços internos cortante e fletor. Método das Seções • Inicialmente, determine as forças reativas nos apoios A e D. • Identifique na viga os vãos entre Exercício Resolvido • Represente graficamente a distribuição dos esforços internos cortantes e fletor em função das expressões encontradas. • Identifique na viga os vãos entre descontinuidades de cargas. • Aplique as equações de equilíbrio nos diagramas de corpo livre de cada vão analisado, de modo determinar as expressões do cortante e fletor para cada vão. Prof. Helio F. Vieira Análise dos solicitantes em pontos específicos • Cálculo das reacções nos apoios: • Análise de equilíbrio em seções específicas dos vãos ( )( ) kN200kN200 11 ==+∑ = −==−−∑ = VVFy ∑ ∑ ==== N14kN46:00 kRRMF DBBy ( )( ) 00m0kN200 111 ==+∑ = MMM ( )( ) mkN500m5.2kN200 kN200kN200 222 22 ⋅−==+∑ = −==−−∑ = MMM VVFy 0kN14 mkN28kN14 mkN28kN26 mkN50kN26 66 55 44 33 =−= ⋅+=−= ⋅+=+= ⋅−=+= MV MV MV MV Prof. Helio F. Vieira Análise genérica dos solicitantes em cada vão Análise genérica do vão AB 0 < X < 2,5 Análise genérica do vão BC 2,5 < X < 5,5 01 =∑ SF 020 =+ABV 20−=ABV 01 =∑ SM 020 =+ xM AB xM AB 20−= 02 =∑ SF 04620 =−+BCV 26=BCV Análise genérica do vão CD 5,5 < X < 7,5 02 =∑ SM ( ) 05,24620 =−−+ xxM BC ( ) xxM BC 205,246 −−= 03 =∑ SF 03 =∑ SM 0464020 =−++CDV 14−=CDV ( ) ( ) 05,2465,54020 =−−−++ xxxM CD ( ) ( )5,540205,246 −−−−= xxxM CD Prof. Helio F. Vieira Construção do diagrama Representação gráfica dos esforços internos cortantes e de flexão: Prof. Helio F. Vieira Exemplos com respostas Prof. Helio F. Vieira Prof. Helio F. Vieira Prof. Helio F. Vieira Prof. Helio F. Vieira Prof. Helio F. Vieira Prof. Helio F. Vieira Tensões Normais na Flexão (σx) Esforço Solicitante Momento Fletor (M) Prof. Helio F. Vieira Obtenção da Grandeza das Tensões Normais Para analisar as tensões normais vamos considerar a barra AB abaixo com o carregamento mostrado: Prof. Helio F. Vieira Podemos observar que os momentos fletores ao longo de todo o vão da barra AB são sempre momentos positivos (tracionam fibras superiores e comprimem as inferiores): Vamos analisar a seção transversal no ponto C, supondo que o solicitante fletor já tenha sido calculado neste ponto: Prof. Helio F. Vieira Como o momento é positivo, sabe-se que as fibras superiores da barra são comprimidas (tensões de compressão) enquanto que as inferiores são tracionadas (tensões de tração), proporcionando uma distribuição como é mostrado abaixo: xσ− neutra linha Eixo horizontal – Linha Neutra Como a distribuição das tensões passam de uma região comprimida para uma tracionada, em um ponto (ou eixo) intermediário teremos certamente tensões nulas. xσ+ Prof. Helio F. Vieira Prof. Helio F. Vieira Vamos considerar uma área infinitesimal “dA” distante “y” da Linha neutra: Sabemos que se multiplicarmos uma tensão pela área onde ela atua, neutra linha dA Sabemos que se multiplicarmos uma tensão pela área onde ela atua, teremos uma força concentrada atuando nessa área: *N = é uma força Sendo assim: *Se fizermos o somatório de todas as forças na seção e tendo a seção duas regiões, uma comprimida e outra tracionada, esse somatório será: AN A N xx .σσ =→= dAdF x .σ= Prof. Helio F. Vieira Eq. Eq. Estático: Sabendo que: E que a deformação numa barra fletida apresenta a seguinte relação: ∫ ∫ ∫=→== dAFdAdF xx .0. σσ HookedeLeiE xx ... →= εσ ∑ = 0HF Com isso: ρ ε y x = curvaturaraio.=ρ ρ σ yE x . = Prof. Helio F. Vieira Prof. Helio F. Vieira Sendo assim: , obtém-se: sendo “E” e “ρ” = Ctes Para que o produto seja igual a zero, é necessário que: ∫ == 0.dAF xσ ρ σ yE x . = ∫ == 0. . dAyEF ρ ∫ = 0. ydAE ρ ∫ = 0.dAy A condição para que o Momento Estático de uma área em relação a um eixo seja zero, é necessário que esse eixo de referência passe pelo CG da área. Com essa análise conclui-se que: “A linha neutra da seção transversal de uma barra submetida a uma flexão simples passa sempre no centro de gravidade dessa seção.” ∫ = 0.dAy Prof. Helio F. Vieira Obtenção da Fórmula da Tensão Normal Inicialmente, utilizaremos a eq. eq. Estático e obtemos a expressão: Como a barra está em equilíbrio externa e internamente, efetuamos ∑ = 0LNM ydAdM x ..σ= Como a barra está em equilíbrio externa e internamente, efetuamos o somatório dos momentos internos em toda a seção. Este é o momento resistente interno que irá equilibras o momento fletor na seção (devido às cargas externas). ∫ ∫= ydAdM x ..σ ∫= dAy yEM ... ρ ∫= dA EM y 2ρ Prof. Helio F. Vieira → este é o momento retangular de inércia da seção transversal em relação a linha neutra. Portanto: → LNIdAy =∫ 2 ρ LNIEM . = M IE LN. =ρ M IEyE LN x .. = σ⇒ → Fórmula da Tensão Normal:* d → distância da LN ao ponto em que está sendo analisada a tensão (y) na seção. * M→ momento fletor na seção analisada. ρ σ yE x . = x yE σ ρ .= Mxσ LN x I dM .±=σ Prof. Helio F. Vieira Tensões Tangenciais na Flexão (τ) Esforço Solicitante Cortante (V) Prof. Helio F. Vieira Obtenção da Grandeza das Tensões Tangenciais Para analisar as tensões tangenciais vamos considerar a barra abaixo com o carregamento transversal, ou seja, uma viga com seção transversal retangular, de largura b e altura h, sujeita à carga distribuída q sujeita a solicitação de flexão. Sob a ação do carregamento, surgem esforços cortantes e momentos fletores nas seções transversais e, conseqüentemente, tensões normais e Tensões Tangenciais (cisalhantes), esta última objetivo da análise. Prof. Helio F. Vieira Analisando um elemento mn retirado da barra carregada, nota-se que, devido à presença do esforço cortante, haverá distribuição uniforme das tensões tangenciais verticais ao longo da largura mn do elemento. Conforme as propriedades das tensões tangenciais , conclui-se que as tensões de cisalhamento verticais são acompanhadas por tensões tangenciais horizontais de mesma intensidade (na face perpendicular). A existência de tensões de cisalhamento horizontais em vigas pode serA existência de tensões de cisalhamento horizontais em vigas pode ser demonstrada experimentalmente. Uma pilha de tábuas sobrepostas submetida à carga concentrada P. Observa-se que a flexão de uma será diferente da outra: cada uma sofrerá compressão nas fibras superiores e tração nas inferiores. Se as tábuas forem colada impedido escorregamento entre elas, surgiriam tensões tangenciais na cola. Prof. Helio F. Vieira As Tensões Tangenciais podem ser obtidas pela condição de equilíbrio de um elemento pn p1n1, cortado da viga por duas seções transversais adjacentes, mn e m1n1, à distância dx uma da outra. Observamos que o elemento analisado tem sua face superior distante y1 da LN e a inferior é a própria face da viga. 1NF 2NF TdF Prof. Helio F. Vieira Pela condição de equilíbrio do elemento analisado, temos: A grandeza de cada uma das forças da expressão acima será obtida em função dos esforços internos resistentes atuantes – Tensões. ∑ = 0HF 21 NNT FFdF =+ xT dbdF ..τ= Como a tensão normal σx1 atua na área infinitesimal, teremos uma força infinitesimal. Efetuando o somatório em toda a seção do elemento analisado, ou seja, dentro dos limites de y1 e h/2, teremos: dA I yMdAdF LN xN . . .11 ==σ ∫= 2/ 1 1 . . h y LN N dAI yMF Prof. Helio F. Vieira A mesma consideração anterior vale para análise da força F2. Sendo assim, teremos: Efetuando o somatório das forças horizontais que atuam em todo ( ) dA I ydMMdAdF LN xN ..22 + ==σ ( ) ∫ + = 2/ 2 1 . h y LN N dAI ydMMF Efetuando o somatório das forças horizontais que atuam em todo elemento analisado teremos: ∫ ∫ ∫+=+ 2/ 2/ 2/ 1 1 1 . . . . . . .. h y h y h y LNLNLN dA I ydMdA I yMdA I yMdxbτ Prof. Helio F. Vieira Efetuando a expressão anterior, obtemos: esforço cortante (V) ∫ ∫== 2/ 2/ 1 1 ... . .. h y h yLNLN dAy I dMdA I ydMdxbτ ∫= 2/ 1 .. . 1 . h yLN dAy Ibdx dM τ →dx dM 2/h momento estático da seção (QLN) Fórmula da Tensão Tangencial é, portanto: 1 →∫ 2/ 1 . h y dAy LN LN Ib QV . . =τ Prof. Helio F. Vieira Na expressão anterior, tem-se que: QLN → é o momento estático da área da seção transversal, área esta compreendida entre o ponto onde está sendo calculada a tensão e a face externa da seção, em relação a linha neutra; b → é a largura da seção transversal no ponto em que se desejab → é a largura da seção transversal no ponto em que se deseja determinar a tensão tangencial; ILN → é o momento de inércia da seção transversal da barra em relação a linha neutra; V → é o esforço cortante na seção transversal em estudo. Prof. Helio F. Vieira Distribuição de Tensões Normais e Tangenciais em Seções Prof. Helio F. Vieira Exemplo 01 – tensões tangenciais Prof. Helio F. Vieira Exemplo 01 – tensões tangenciais Prof. Helio F. Vieira Exemplo 02 – tensões tangenciais Prof. Helio F. Vieira Exemplo 02 – tensões tangenciais Prof. Helio F. Vieira Fluxo de Cisalhamento (f)(f) Força Cisalhante por Unidade de Comprimento Prof. Helio F. Vieira FLUXO DE CISALHAMENTO Em engenharia alguns elementos estruturais são construídos a partir da união de diferentes peças para poderem resistir as cargas. Nestes casos, a união das diferentes peças do elemento é feita através de cola, pregos, parafusos, ou seja, elementos de ligação, constituindo as Vigas Compostas. Vigas compostas são vigas com uma seção transversal definida, formada pela composição de diversas peças. Esta composição é, geralmente obtida através de soldagem, cola, prego, parafuso, etc. Para o projeto destes elementos é necessário o conhecimento dos esforços que ocorrem nas ligações dos elementos constituintes. Prof. Helio F. Vieira O cálculo de uma viga composta consiste nas seguintes considerações: • Considera-se a viga como uma peça única; • Dimensionam-se os Elementos de Ligação (parafusos, pregos, cola, solda, etc) de modo a suportar os esforços que ocorrem na ligação, assegurando o comportamento como viga única;assegurando o comportamento como viga única; • As fórmulas utilizadas são as mesmas utilizadas como peça única, vistas até agora; • O cálculo dos elementos de ligação baseia-se na Força Cortante Horizontal por unidade de comprimento – Fluxo de Cisalhamento (f) que é transmitida nas ligações das peças que constituem a viga. Prof. Helio F. Vieira Vamos Imaginar a seção abaixo é uma viga compostas por várias tábuas coladas umas as outras. Vamos supor que iremos analisar apenas a tábua mais inferior. TdF Nosso objetivo é determinar a grandeza da força horizontal infinitesimal “dFT” por unidade de comprimento. Conforme já foi analisado anteriormente, essa força é dada pela fórmula: TdF Prof. Helio F. Vieira Em lugar de trabalhar com uma força diferencial dFT que se desenvolve ∫ ∫ ∫ ∫=−+= 2/ 2/ 2/ 2/ 1 1 1 1 .. . . . . . h y h y h y h yLNLNLNLN T dAyI dMdA I yMdA I ydMdA I yMdF 21 NNT FFdF =+ 12 NNT FFdF −= Em lugar de trabalhar com uma força diferencial dFT que se desenvolve numa distância dx, é mais significativo trabalharmos com uma força similar por unidade de comprimento da barra, a qual será chamada de Fluxo de Cisalhamento (f). LN LN h yLN T Q I VfdAy Idx dM dx dF === ∫ 2/ 1 .. 1 . LN LN I QVf .= Prof. Helio F. Vieira Materiais Massa Específ. (ton/m3) Módulo Elast.Long. (GPa) Módulo El.Transv. (GPa) σσσσ (Tração) (MPa) σσσσ Compres (MPa) ττττ Cisalh. (MPa) σσσσ (Tração) (MPa) σσσσ Compres (MPa) ττττ Cisalh. (MPa) Elong. Percent (%) Coef. Dil.Tér. (10-6C-1) Aço Estrutural 7,87 200 76 250 250 150 450 450 270 28 11,7 Aço 1020 (temp) 7,87 210 80 230 230 138 620 620 370 22 11,7 Aço 1040(lamn) 7,87 210 80 360 360 215 580 580 350 29 11,7 AçoInox (recoz) 7,92 190 78 510 510 305 1300 1300 780 12 11,7 ρ GE Tensão Limite Escoamento Tensão Limite Ruptura ε α AçoInox (recoz) 7,92 190 78 510 510 305 1300 1300 780 12 11,7 Ferro Fundido 7,37 165 69 - - - 210 800 - 4 12,1 Alumínio trab. 2,77 70 28 300 300 215 410 410 240 20 23,6 Latão 8,75 105 39 100 100 60 270 270 130 50 17,6 Bronze 8,86 100 45 140 140 85 340 340 200 50 16,9 Concreto2,41 24 - - - - - 25 - - 10 Vidro 2,50 75 27 - - - 5 10 - - 950 Madeira(Pinho) 0,55 13 - - - - - 51 7,6 - - Carvalho 0,69 12 - - - - - 48 13 - - Polietileno 0,91 3 - - - - 48 90 55 - - Prof. Helio F. Vieira Determine a quantidade de pregos necessária para manter os elementos da viga abaixo de 3m de comprimento, unidos quando submetida a um cortante de 2kN. A tensão admissível dos pregos de diâmetro d = 2 mm é τadm = 225Mpa. f f Prof. Helio F. Vieira A viga abaixo é formada pela união de diferentes perfis parafusados entre si. Determine a máxima força cortante que a viga pode suportar se os parafusos resistem a uma força cortante de 11 kN e estão espaçados de 200 mm. f f Prof. Helio F. Vieira
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