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Gerenciamento de Estresse na vida cotidiana ALTERADO GABI

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA CATARINA
PSICOLOGIA DA MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO
PROFESSOR: ALEX SIMON LODETTI
ALUNOS: ANTÔNIO CARLOS FRAGA MACHADO (MAT: 2017.03.02196-7)
GABRIELLA VANDERLINDE FERNANDES (MAT: 2017.02.00342-6 )
GICELE MARIA DE CHRISTO (MAT: 2017.02.49476-4)
MARINEIS VAES PINHEIRO DA SILVA (MAT: 2017.01.19608-5)
GERENCIAMENTO DE ESTRESSE NA VIDA COTIDIANA
	RESUMO
	O presente trabalho acadêmico trata da ocorrência de estresse nas atividades e relacionamentos na vida cotidiana, sua forma de gerenciamento e controle. Foi procedido um estudo de caso com uma paciente voluntária, nominada como Sra. P, a partir do qual procede-se a elaboração de estratégias de gerenciamento do estresse e de seus elementos estressores.
	Palavras chave: estresse, estudo de caso de estresse na vida cotidiana, estressores, gerenciamento de estresse, controle de estresse.
	Abstract
	This academic paper is about routine life stress, its management and control. We show a case study of a volunteer: Mrs. P, and propose management way of control of stress and stress agents of her routine life.
	Key words: stress, case study of routine life stress, stress management, stress control.
As situações causadoras de estresse emocional na vida cotidiana são fontes de desequilíbrio emocional que vêm se tornando cada vez mais relevantes na vida das pessoas. 
Os principais fatores estressantes geralmente são de natureza física, biológica, psicológica ou social.
O termo estresse foi pela primeira vez definido pelo estudioso Selye (1959) que, atentando-se à sua dimensão biológica, definiu que o estresse é um elemento inerente a toda doença, que produz determinadas modificações na estrutura e na composição química do corpo, as quais podem ser observadas e mensuradas. A terapia moderna vem dando atenção aos fatores estressores e a sua influencia na vida dos pacientes, no auxílio de controle e gerenciamento das emoções.
No presente trabalho, procedemos a um estudo de caso com uma paciente voluntária, nominada como Sra. P, a partir do qual se procedeu a elaboração de estratégias de gerenciamento do estresse e de seus elementos estressores. 
1. ESTRESSE, CONTROLE DE ESTRESSE E GERENCIAMENTO DE ESTRESSE.
Conforme Selye (1959), o estresse é um elemento inerente a toda doença, que produz determinadas modificações na estrutura e na composição química do corpo, as quais podem ser observadas e mensuradas. De acordo com Selye (1959), o estresse é o estado que se manifesta através da Síndrome Geral de Adaptação (SGA). Há diversas vertentes no conceito de estresse. A visão mais comum entre os pesquisadores, a mesma compartilhada por Selye (1959), é a que estresse é um estado manifestado por uma síndrome específica, produzida num sistema biológico, frente a qualquer demanda. É uma reação que o indivíduo experimenta, resultante de seu esforço para lidar com determinada dificuldade (SELYE, 1959; ZEGANS, 1986). Estas dificuldades podem ser compreendidas como situações gerais ou específicas do ser humano, tais como eventos da vida cotidiana, transtornos agudos e crônicos, vivências singulares ou situações a que um grupo específico está submetido, e que pode ocorrer num único momento, num período restrito de tempo ou ainda por tempo indeterminado. Esta síndrome é um conjunto de respostas não específicas que se desenvolve em três fases: 1) fase de alarme, caracterizada por manifestações agudas; 2) fase de resistência, quando as manifestações agudas desaparecem e; 3) fase de exaustão, quando ocorre a volta das reações da primeira fase e pode haver o colapso do organismo. Selye (1959) ainda esclarece que estresse não é uma tensão nervosa nem o resultado específico de uma lesão. 
Além disso, não é nada que cause uma reação de alarme (neste caso o causador seria o estressor), nem é um desequilíbrio da homeostase. É uma reação que o indivíduo experimenta, resultante de seu esforço para lidar com determinada dificuldade (SELYE, 1959; ZEGANS, 1986). Estas dificuldades podem ser compreendidas como situações gerais ou específicas do ser humano, tais como eventos da vida cotidiana, transtornos agudos e crônicos, vivências singulares ou situações a que um grupo específico está submetido, e que pode ocorrer num único momento, num período restrito de tempo ou ainda por tempo indeterminado (CHAVES, 1994; MAURAT et al., 1996; SEIJAS, 1995).
O evento, situação ou agente causador de estresse é denominado estressor. De acordo com Bachion et al. (1998) o chamado estressor pode apresentar natureza pode ser física (extremos de temperatura, radiação), química (falta de oxigênio, uso de crack, intoxicação por metano), biológica (hemorragia, intervenção cirúrgica), psicológica (ser chefe de seção, executivo, separação de casais, andar de montanha russa, morte na família), social (ganhar na loteria, ser sorteado com um carro zero, falta de finanças para suprir as necessidades da família) e pode ser tanto de origem intrínseca quanto extrínseca do sujeito que sofre estresse.
2. ESTUDO DE CASO
	Para corroborarmos o estudo de estresse, seus agentes causadores, na busca de uma proposta de seu gerenciamento, procedemos a um estudo de caso com uma pessoa voluntária, a qual denominamos com Sra. P, para preservar seu sigilo. Todavia, a Sra. P autorizou que a descrevêssemos como aluna de psicologia, sendo esta cátedra sua segunda experiência acadêmica, pois ela é formada em outro curso superior. Decidiu trocar de profissão, pois não se sentia profissionalmente satisfeita. É casada, sem filhos e trabalha como estagiária numa escola que atende alunos autistas. A Sra. P registrou um rol de ocorrências estressantes em sua vida cotidiana e ofereceu ao grupo para estudo. A seguir transcrevemos este rol.
2.1. Rol de eventos estressores da Sra. P
1) Dia 24/03: Fomos para Itajaí e tinha muito trânsito. Meu marido reclama muito do trânsito e dos motoristas lentos e estas reclamações  me deixa irritada.
2) Dia 25/03: Fui pintar cabelo cedo porque tinha compromisso ao meio dia e o cabeleireiro se enrolou todo e atrasou, está desorganização dele me estressou porque não gosto de atrasos.
3) Dia 27/03: Como mudamos de apartamento tivemos que contratar outra internet e ficou marcado para instalar das 8hs até às 11hs, passei a manhã toda esperando por eles e não compareceram. A falta de compromisso é algo que me irrita.
4) Dia 28/03: Moro em Florianópolis e vou todas as noites para Estácio; as imprudências no trânsito, motoqueiros, até carros que vão pela via rápida e depois querem entram na minha frente, tem dias que eu deixo, mas hoje me estressou muito estas atitudes (estava de TPM).
5) Dia 29/03:  Faço estágio até 18hs e chego todos os dias atrasada na aula. Hoje me estressou muito, além da conta, pois sabia que não conseguiria acompanhar, pois era assunto novo.
6) Dia 30/03: O pessoal que deveria instalar a internet não compareceu novamente, isso que meu marido já havia reclamado na ouvidoria e deixado todos os nossos contatos, fiquei muito irritada.
7) Dia 02/04: Havia enviado, há três semanas, a minha parte do trabalho de Desenvolvimento infantil para minha dupla e ela não fazia a parte dela, era último dia para terminar e ela veio me questionar sobre o que precisa fazer, sendo que já tinha explicado tudo duas vezes, está falta de interesse e deixar tudo para última hora me irrita muito, pois sou acostumada a planejar tudo.
8) Sem data - Este mês entrou uma professora nova onde faço estágio, ela muito agitada, esquecida e sempre coloca a culpa em mim com muita grosseria, este tom de agressividade me irrita e estressa.
9) Sem data - Não consigo ter paciência para assistir uma aula que um dos professores da Estácio. Apenas lê os slides sem ter uma boa  didática, dá impressão que não domina o assunto.
10) Sem data- As AV1 caíram todas na mesma semana, como era muito conteúdo fiquei superestressada.
11) Sem data - Fui para serra do Rio do Rastro no feriado e tinha caminhões descendo a Serra, tivemos que volta na metadeda serra, pois o trânsito congestionou. Para resumir não conseguimos local para comer e ficamos todos cansados com fome e estressados.
12) Sem data- Ajudo em um projeto social. A pessoa responsável financeira já havia reservado hotel faz três meses para nosso grupo, mas como esqueceu de reservar para um grupo americano que vem ajudar também, ela, de última hora, passou nossas reservas a eles e ainda tentou nos enrolar   achando que não iríamos perceber, isso me deixou muito irritada.
A análise destes relatos indica que os elementos estressores da Sra. P podem ser classificados no grupo social, sendo subdivididos em: a) problemas relacionados ao trânsito; b) problemas relacionados à deficiência na prestação de serviços, c) problemas profissionais/acadêmicos.
2.2. Estratégias de enfrentamento de estresses e de gerenciamento de estresse e estressores do caso em estudo
A partir da análise do rol da Sra. P e do estudo da classificação de seus estressores, o grupo elaborou uma estratégia de enfrentamento e gerenciamento de estresses. A teoria de Lewin-Dembo (slide apresentado pelo Professor Alex em sala de aula no Centro Educacional Estácio – SC, no dia 31/05/2017) ensina que o conflito de emoções promove tensões com escoamento com as seguintes alternativas: a) solução adequada, b)comportamento substitutivo ou c) respostas emocionais. A partir deste conceito, as estratégia discutidas com a Sra. P e para ela recomendadas, foram:
Com relação aos problemas de trânsito: a estratégia é disponibilizar mais tempo para deslocamentos em horários de menor fluxo de veículos para evitar horários de fluxo mais intensos. Uma atitude adotada pela Sra. P foi mudar seu horário na faculdade para o horário matutino, de fluxo no trânsito mais ameno.
Com relação ao problema relacionados à deficiência na prestação de serviços, a Sra. P preferiu adotar comportamento substitutivo, que seria ir para academia, ao invés de aguardar a prestação de serviço. O seu marido concordou em tratar das questões relativas aos prestadores de serviço.
Com relação aos problemas profissionais/acadêmicos, a Sra. P decidiu se desligar do estágio e alterar seu horário de aulas. Também decidiu que, quando defrontar com uma situação que entenda desequilibrada em relação a colegas de aula ou trabalho, vai expor com clareza para dar vazão à sua tensão emocional.
 A estratégia foi construída de comum acordo com à Sra. P e passa a ser uma ferramenta que ela pode utilizar na presença de estressores em sua vida cotidiana.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A ocorrência de situações estressoras na vida moderna é uma constante no cotidiano das pessoas. O estudo de caso, confrontado com a teoria pesquisa, permitiu constatar que á possível uma estratégia (ou estratégias alternativas) para o gerenciamento de estresse. Para isto, é fundamental identificar os elementos estressores, como atuam e afetam a emoção do paciente. Feito isto, com medidas, às vezes bastante simples, é possível mitigar o efeito dos agentes estressantes na produção das situações que causam estresses. Mesmo em casos agudos, a estratégia deve levar em conta quais dos três fatores (solução adequada, comportamento substitutivo ou resposta emocional) o paciente está propenso e disposto a adotar. De toda maneira, o conhecimento dos estressores e a forma como enfrentá-los vão capacitar o paciente e, progressivamente, construir hábitos sólidos para gerenciamento de seus estresses emocionais na vida cotidiana. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACHION, Maria Márcia et al. Estresse, ansiedade e coping: uma revisão dos conceitos, medidas e estratégias de intervenção voltadas para a prática de enfermagem. Reme, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p.33-39, jan. 1998. Semestral.
CHAVES, Eliane Correa. Stress e trabalho do enfermeiro: a influência de características individuaisno ajustamento e tolerância ao turno noturno. 1994. 163 f. Tese (Doutorado) - Curso de Doutorado em Psicologia, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994.
MAURAT, Ana Maria et al. Transtorno de estresse pós-traumático não relacionado à guerra. Jornal Brasileiro de Psiquiatria. São Paulo, p. 55-56. set. 1996.
SEIJAS, M. H; RODRIGUEZ R. A. El estrés em los alunos de enfermeria. Enf. Cient. 1995 nov./dec. (164/165): 69 – 72.
SELYE, Hans. A Tensão da Vida. 2. ed. São Paulo: Ibrasa, 1959.
ZEGANS, L S. Stress and the development of somatic disorders. In: GOLDERGER, L; BREZNITZ, S. Handbook of stress - theoretical and clinical aspects. New York: The Free Dress, 1986. p. 134-152.

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