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2 Crimes de Perigo Comum

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CRIMES DE PERIGO COMUM
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 1) INCÊNDIO
 2) EXPLOSÃO
 3) USO DE GÁS TÓXICO OU ASFIXIANTE
 4) INUNDAÇÃO
 5) DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO
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1) INCÊNDIO
*
*
INCÊNDIO
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
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INCÊNDIO
1.1) BEM JURÍDICO
Incolumidade pública
Segurança da sociedade
*
*
INCÊNDIO
1.2) SUJEITOS
Ativo: qualquer pessoa
Passivo: a coletividade e, eventualmente, aqueles que têm a sua integridade pessoal ou patrimonial lesada ou ameaçada pelo incêndio.
Pessoas ou coisas não determinadas.
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INCÊNDIO
1.3) TIPO SUBJETIVO
Dolo
1.4) CONSUMAÇÃO
Com o efetivo estabelecimento da situação 
Crime de perigo concreto
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*
INCÊNDIO
1.5) PROVA
Art. 173 do CPP
É indispensável que o perigo seja comprovado
O laudo técnico é indispensável para a comprovação da materialidade do crime de incêndio, pois, é através da perícia que verifica-se o motivo e o local em que iniciou o fogo, o perigo que possa ter ocorrido para a vida e para o patrimônio alheios, bem como a extensão do dano e seu valor, além de outras circunstâncias que possam interessar ao esclarecimento dos fatos.
*
*
INCÊNDIO
STJ - HABEAS CORPUS HC 283368 RS 2013/0392929-6 (STJ)
Data de publicação: 10/11/2014
Ementa: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. WRIT SUBSTITUTIVO DE REVISÃO CRIMINAL. INVIABILIDADE. VIA INADEQUADA. CRIME DE INCÊNDIO. AUSÊNCIA DE EXAME PERICIAL. NECESSIDADE. ARTS. 167 E 173 DO CPP . INEXISTÊNCIA DE JUSTIFICATIVA PARA A NÃO REALIZAÇÃO DA PERÍCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. NÃO CONHECIMENTO. ORDEM DE OFÍCIO. 
 
As provas testemunhais e o boletim de atendimento do corpo de bombeiros - atestando apenas a ocorrência do incêndio e os objetos danificados -, não bastam para alicerçar a condenação. É imprescindível o laudo pericial para a configuração do crime de incêndio, eis que a delineação de sua causa é decisiva para se concluir se houve ação proposital. Esclareça-se que não houve qualquer justificativa para a não realização da perícia.
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INCÊNDIO
É admissível o crime de incêndio por omissão.
Exemplo: Alysson deixa de apagar o fogo que ele próprio, por acidente, provocou, quando podia fazê-lo sem risco pessoal. 
O dever de agir deriva, in casu, de uma atuação precedente, criadora de uma situação de perigo para o bem jurídico.
Fato atípico: Não há crime se o agente causa incêndio em coisa própria, sem a produção de perigo comum. 
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INCÊNDIO
Sem risco de perigo comum: Entretanto, se o fim do agente é obter indenização ou valor de seguro, ele será punido de acordo com o crime de estelionato, do art. 171, §2º, V, do CP.
Configurada, a situação de perigo comum: art. 250, §1º, I, do CP. 
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INCÊNDIO
E se a coisa for alheia, mas não apresentar risco para outras pessoas? Aperfeiçoa-se o delito de dano (art. 163, par. Único, II).
Resta configurada a prática do crime de dano qualificado (art. 163, par. Único, II, do CP), se o incêndio limitou-se a atingir a motocicleta da vítima, visando o agente somente à destruição daquele bem – TJMG
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INCÊNDIO
Se o fim do sujeito ativo é matar ou ofender a integridade física ou a saúde de pessoa determinada, pode responder pelo crime de homicídio qualificado (art. 121, §2º, III) ou de lesão corporal (art. 129), consumados ou tentados, em concurso formal com o crime previsto no art. 250.
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INCÊNDIO
1.6) Causas de aumento de pena
     § 1º - As penas aumentam-se de um terço:
    I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio;
 II - se o incêndio é:
A) em casa habitada ou destinada a habitação;
É desnecessária a presença de pessoas dentro dela no momento da conduta. 
  b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura;
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INCÊNDIO
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
 d) em estação ferroviária ou aeródromo;
 e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
  f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
 g) em poço petrolífico ou galeria de mineração;
 h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
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*
INCÊNDIO
 1.7) INCÊNDIO CULPOSO
 Decorre da inobservância, pelo agente, do cuidado objetivamente devido, exigido pelas circunstâncias, com a consequente produção de um estado de perigo coletivo.       
 § 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos.
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2) EXPLOSÃO
*
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EXPLOSÃO
Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
*
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EXPLOSÃO
2.1) BEM JURÍDICO
Incolumidade pública
2.2) SUJEITOS
Ativo: qualquer pessoa
Passivo: a coletividade e, eventualmente, aqueles que têm a sua integridade pessoal ou patrimonial lesada ou ameaçada pela explosão
*
*
EXPLOSÃO
2.3) TIPO OBJETIVO
A explosão é o ato ou efeito de rebentar, com violência, estrondo e deslocamento de ar; 
O arremesso é o lançamento a distância de artefato feito de substância explosiva;
A colocação é o ato de pôr o engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos em determinado lugar.
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*
EXPLOSÃO
2.4) CONSUMAÇÃO 
Com a instalação da situação de iminente e concreto perigo.
Crime de perigo concreto – Comprovação da existência de perigo
Se o fim do sujeito ativo é matar ou ofender a integridade física ou saúde de pessoa determinada, responde pelo crime de homicídio qualificado (art. 121, § 2º, III) ou de lesão corporal (art. 129), consumados ou tentados, em concurso formal com o crime de explosão. 
*
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EXPLOSÃO
2.5) FORMA PRIVILEGIADA
Verifica-se quando a substância utilizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos – Art. 251, §1º, do CP.
Ex. Pólvora
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
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EXPLOSÃO
2.6) CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
§ 2º - As penas aumentam-se de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses previstas no § 1º, I, do artigo anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas enumeradas no nº II do mesmo parágrafo.
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*
EXPLOSÃO
2.7) EXPLOSÃO CULPOSA
Art. 251, §3º, do CP 
Decorre da inobservância, pelo agente, do cuidado objetivamente devido, exigido pelas circunstâncias, com a consequente produção de um estado de perigo coletivo.
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EXPLOSÃO
2.8) FORMAS QUALIFICADAS
Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
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EXPLOSÃO
APELAÇÃO CRIMINAL - RECURSO DA DEFESA - CRIME DE EXPLOSÃO CULPOSA - ABSOLVIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - ROBUSTAS PROVAS DA AUTORIA E MATERIALIDADE - NEGLIGÊNCIA E IMPRUDÊNCIA COMPROVADAS - RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - CONDENAÇÃO DE CORRÉU - AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE - ABSOLVIÇÃO MANTIDA - - Se a acusada é responsável pela execução do show pirotécnico e os fogos de artifícios vieram a explodir sobre a população, causando lesões corporais, ela responde pelo delito de explosão, diante da comprovação de que agira de forma negligente e imprudente, por montar os fogos em local próximo dos expectadores. - Ausentes provas de que o corréu tenha contribuído de alguma forma para o delito, impõe-se a manutenção de sua absolvição.
(TJ-MG - APR: 10056040734669001 MG , Relator: Denise Pinho da Costa Val, Data de Julgamento: 26/03/2013, Câmaras Criminais / 6ª CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 12/04/2013)
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EXPLOSÃO
 PERIGO COMUM - EXPLOSÃO - BOMBA IMPLANTADA EM COLÉGIO POR ALUNO- SUFICIÊNCIA DE PROVAS - CERTEZA DE AUTORIA COMPROVADA PELO CONJUNTO PROBATÓRIO - ABSOLVIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - RECURSO IMPROVIDO - DE OFÍCIO, NOVO CÁLCULO DA PENA - REDUÇÃO DA PENA AO MÍNIMO LEGAL, DO PERÍODO SEMANAL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE E DA PENA DE MULTA. A bomba colocada ao lado da janela da sala de aula com o objetivo de atingir desafeto faz com que seja imputado ao agente causador do perigo as sanções cominadas no art. 251, § 1º, do CP.
(TJ-PR - ACR: 2032866 PR Apelação Crime - 0203286-6, Relator: Rubens Oliveira Fontoura, Data de Julgamento: 17/12/2002, Terceira Câmara Criminal (extinto TA), Data de Publicação: 07/02/2003 DJ: 6305)
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 3) USO DE GÁS TÓXICO OU ASFIXIANTE 
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USO DE GÁS TÓXICO 
OU ASFIXIANTE 
Art. 252 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, usando de gás tóxico ou asfixiante:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
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USO DE GÁS TÓXICO 
OU ASFIXIANTE 
3.1) BEM JURÍDICO
Incolumidade pública
3.2) SUJEITOS
Ativo: qualquer pessoa
Passivo: sociedade, incluindo-se nesse conceito aquelas pessoas que, especificamente, tiveram sua vida, integridade física ou mesmo o patrimônio expostos ao perigo.
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USO DE GÁS TÓXICO 
OU ASFIXIANTE 
3.3) CONSUMAÇÃO 
Ocorre quando após a utilização do gás tóxico ou asfixiante, houver a efetiva exposição de perigo para a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, tendo em vista cuidar-se de um crime de perigo concreto. 
3.4) TENTATIVA
Admissível
3.5) ELEMENTO SUBJETIVO
Dolo
*
*
USO DE GÁS TÓXICO 
OU ASFIXIANTE 
3.6) MODALIDADE CULPOSA 
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
 Pena - detenção, de três meses a um ano
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USO DE GÁS TÓXICO 
OU ASFIXIANTE
3.7)HOMICÍDIO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE GÁS ASFIXIANTE 
Se o agente utilizar gás asfixiante sem que exponha a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem que não a vítima do homicídio, somente será responsabilizado por este crime. Caso contrário, poderá ocorrer o concurso formal de crimes, se, com a utilização do gás, vier a produzir a morte da vítima, bem como ocasionar perigo de dano aos bens juridicamente protegidos pelo crime do art. 252 do CP. 
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USO DE GÁS TÓXICO 
OU ASFIXIANTE
3.8) UTILIZAÇÃO DE GÁS LACRIMOGÊNEO PELA POLÍCIA
Se o uso de gás lacrimogêneo foi levado a efeito sem a mínima necessidade, simplesmente por ato abusivo da autoridade, entendemos deva ela ser responsabilizada pelo crime do art. 252 do CP se, em virtude do seu comportamento, houve a criação de perigo para a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem.
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4) INUNDAÇÃO
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INUNDAÇÃO
 Art. 254 - Causar inundação, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
 Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa, no caso de dolo, ou detenção, de seis meses a dois anos, no caso de culpa.
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INUNDAÇÃO
4.1) BEM JURÍDICO
Incolumidade pública
4.2) SUJEITOS
Ativo: qualquer pessoa
Passivo: É a coletividade, bem como as pessoas que têm sua vida integridade física e patrimonial expostas a perigo pela inundação.
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INUNDAÇÃO
4.3) TIPO SUBJETIVO
Dolo
4.4) CONSUMAÇÃO
Efetiva inundação
4.5) TENTATIVA
Admissível
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INUNDAÇÃO
4.6) FORMAS QUALIFICADAS
 Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
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5) DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO
*
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DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO
Art. 256 - Causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
   Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
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DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO
5.1) BEM JURÍDICO
Incolumidade pública
5.2) SUJEITOS
Ativo: qualquer pessoa, até mesmo o proprietário do imóvel que sofre o desabamento.
Passivo: É a coletividade, bem como as pessoas que têm sua vida integridade física e patrimonial expostas a perigo pelo desabamento ou desmoronamento.
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DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO
5.3) TIPO SUBJETIVO
Dolo
5.4) CONSUMAÇÃO
Criação da situação de perigo concreto e comum, quer pelo desabamento, quer pelo desmoronamento.
5.5) TENTATIVA
Admissível
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DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO
5.6) FORMA QUALIFICADA
 Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
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DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO
CRIME DE DESABAMENTO. AÇÃO DOLOSA. VERIFICANDO, PELA PROVA TESTEMUNHAL, QUE O APELANTE QUIS CAUSAR O DESMORONAMENTO DO IMÓVEL, CONTRA ELE ATIRANDO UM CAMINHÃO, EM MARCHA-A-RÉ, TANTO ASSIM QUE DELAROU "HAVER FEITO E FARIA DE NOVO", PROMETENDO VOLTAR A DERRUBAR A CASA QUANDO SAÍSSE DA PRISÃO, NÃO SE PODE FALAR EM AÇÃO CULPOSA.
(TJ-DF - ACR: 848687 DF , Relator: PAULO GARCIA, Data de Julgamento: 12/08/1987, Turma Criminal, Data de Publicação: DJU 12/08/1987 Pág. : 1)
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DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. CRIME DE DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO NA MODALIDADE CULPOSA. REJEICÃO DA DENÚNCIA, POR AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA, EM RELAÇÃO AOS ORA RECORRIDOS. INSURGÊNCIA DO PARQUET QUE PRETENDE O RECEBIMENTO DA PREAMBULAR ACUSATÓRIA EM TODOS OS SEUS TERMOS. Rejeição parcial da denúncia que se mantém. Ausência de previsibilidade do resultado por parte dos ora recorridos, pessoas de parca formação e sem nenhum conhecimento técnico. Ademais, a eles, reles trabalhadores braçais, cabia apenas a execução das obras a serem realizadas conforme o croquis que lhes fora apresentado, no qual constavam os pontos a serem alterados. Desta forma, não pode ser-lhes atribuída a responsabilidade sobre a conveniência, ou não, de se solicitar um engenheiro ou arquiteto e sequer a de solicitar o alvará da Prefeitura. Ausência de justa causa para a deflagração da persecutio criminis em relação aos ora recorridos. Acerto no decisum. RECURSO MINISTERIAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 
(TJ-RJ , Relator: DES. MARIA ANGELICA GUIMARAES GUERRA GUEDES, Data de Julgamento: 19/11/2013, SÉTIMA CAMARA CRIMINAL)

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