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Prévia do material em texto

Direito Internacional 
Público e Privado
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Reinaldo Zychan de Moraes
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Introdução ao Direito Internacional Público 
• Introdução
• Definição e Objeto de Estudo
• Direito Interno e Direito Internacional 
• Denominação da Disciplina
• Fontes do Direito Internacional
 · Entender o que é o Direito Internacional Público e qual é o seu ob-
jeto de estudo. Em seguida, conhecer cada uma de suas fontes, utili-
zando, em especial, aquelas indicadas no Estatuto da Corte Interna-
cional de Justiça.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Introdução ao Direito
Internacional Público
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Introdução ao Direito Internacional Público
Introdução
Em geral, as questões de nosso cotidiano e os litígios que inevitavelmente nele 
ocorrem são regidos pelo nosso sistema jurídico interno (Constituição Federal, leis, 
decretos e diversos outros atos normativos), sendo que, em nossa falha percepção 
da realidade, desconhecemos a existência de uma ordem jurídica internacional que 
tem importantes reflexos em nossas vidas.
É essa jurídica internacional, que rege as relações entre os estados e as 
organizações internacionais e que traz uma série de reflexos na vida de todos nós, 
o objeto de estudo do Direito Internacional Público.
Definição e Objeto de Estudo
Podemos definir o Direito Internacional Público como:
O conjunto de normas jurídicas que rege a comunidade internacional, 
determina direitos e obrigações dos sujeitos, especialmente, nas relações 
mútuas dos Estados e, subsidiariamente, das demais pessoas internacionais, 
como determinadas organizações, bem como dos indivíduos (ACCIOLY, 
2014, p. 28).
O Direito Internacional Público surgiu com a preocupação de reger as relações 
que envolviam os estados, sendo que, com o surgimento da Sociedade das Nações 
(ou Liga das Nações), em 1919, as organizações internacionais também passaram 
a ser objeto de especial interesse desse ramo da Ciência Jurídica. Isso se deu, em 
especial, pela importância que essas organizações, pouco a pouco, foram ganhando 
nas relações internacional, pois elas se tornaram um importante canal institucional 
para o trato de questões que envolvem interesses conjuntos dos estados.
Embora as relações internacionais tragam importantes reflexos para a vida dos 
indivíduos, o Direito Internacional Público, originalmente, não reconhecia a pessoa 
humana como sujeito de direitos internacionais. Nessa visão, as pessoas integram os 
estados e esses é que podem ser sujeitos de obrigações das relações internacionais.
Essa concepção começa a se modificar com a sucessão de situações decorrentes 
do término da Segunda Guerra Mundial, quando se viu a necessidade de que o 
Direito Internacional Público deixasse de ter como objeto somente as relações 
interestatais, passando a se preocupar com os indivíduos.
Nesse Direito Internacional da Pós-Modernidade, o ser humano tem um 
crescente papel, especialmente, em razão da preocupação em se estabelecer e 
proteger direitos a ele inerentes, os quais devem ser universalmente observados.
Há, contudo, uma série de importantes autores que não reconhecem os 
indivíduos como sujeitos de direito internacional, é essa a posição, por exemplo, 
de Rezek (2000, p. 146):
8
9
Não têm personalidade jurídica de direito internacional os indivíduos, 
e tampouco as empresas, privadas ou públicas. A proposição, hoje 
frequente, do indivíduo como sujeito do direito das gentes pretende 
fundar-se na assertiva de que certas normas internacionais criam direitos 
para as pessoas comuns, ou lhes impõem deveres. É preciso lembrar, 
porém, que os indivíduos – diversamente dos estados e das organizações 
– não se envolvem, a título próprio, na produção do acervo normativo 
internacional, nem guardam qualquer relação direta e imediata com esse 
corpo de normas. Muitos são os textos internacionais voltados à proteção 
do indivíduo. Entretanto, a flora e a fauna também constituem objeto 
de proteção por normas de direito das gentes, sem que se lhes tenha 
pretendido, por isso, atribuir personalidade jurídica.
Direito Interno e Direito Internacional
Podemos afirmar que as relações jurídicas internas em nosso sistema são regidas, 
sobretudo, pela lei e pelo importante papel do Estado na pacificação dos conflitos. 
Precisamos entender que os conflitos são inevitáveis nas sociedades humanas, 
tendo o Estado o importante papel de resolvê-los aplicando o direito interno, o 
que, em muitos casos, acarreta a aplicação de sanções e a imposição de obrigações 
não desejadas pelas partes – mesmo que, para isso, seja necessário o uso da força. 
Nesse particular, é destacado o papel do Poder Judiciário que atua por meio de 
juízes e tribunais em diversas áreas.
Na ordem internacional, contudo, os mecanismos são diferentes. Em primeiro 
lugar, precisamos destacar os seguintes elementos:
• Nas relações internacionais sempre deve ser respeitada a soberania dos estados;
• Os organismos internacionais não são um poder central. Eles não têm 
características que possibilitem que suas decisões sejam impostas, pois isso 
afetaria a soberania dos Estados envolvidos;
• Nesses organismos internacionais, os estados possuem todos o mesmo poder 
de decisão. Dessa forma, por exemplo nas votações, o voto de um Estado 
possui o mesmo poder que o voto de qualquer outro Estado;
• Os principais mecanismos de decisão estão voltados para a negociação
e o consenso.
Podemos encontrar situações que excetuam os elementos acima apontados, 
mas, em geral, eles são respeitados.
No Direito Internacional, os tratados e outras fontes são importantes instrumentos 
para a solução de controvérsias, sendo que, em alguns casos, também podem ser 
utilizados tribunais 
9
UNIDADE Introdução ao Direito Internacional Público
Muitos de nós têm uma grande dificuldade de entender o funcionamento da solução 
de controvérsias sem que haja uma “lei” para regeras relações envolvidas; mas não 
podemos confundir “lei” e “Direito”. Como veremos, o Direito Internacional possui 
outras fontes que podem e devem ser exploradas!
Com isso, podemos afirmar que:
• O Direito Interno é marcado por uma hierarquia de normas (constituição, 
normas legais, normas infralegais etc.), as quais formam um sistema que se 
destaca pela sua verticalização. Já o Direito Internacional, caracteriza-se 
pela horizontalização de seu sistema normativo, sem que haja uma noção de 
subordinação, em uma verdadeira coordenação normativa;
• As condutas interestatais são reguladas difusamente por acordos negociados 
e firmados bilateral ou multilateralmente entre os sujeitos de Direito 
Internacional, bem como por outras fontes, em especial, os costumes e 
princípios gerais. Há, contudo, nas últimas décadas, uma particular situação 
na Europa com a criação de seu bloco regional (União Europeia), que, dentre 
outras características, desenvolveu um órgão legislativo comum (para algumas 
questões), o Parlamento Europeu.
Pode o Direito Internacional interferir no Direito Interno de cada Estado?
Ex
pl
or
Essa é umas das questões mais complexas de nossa disciplina e que enseja dúvidas 
práticas e teóricas! Para respondê-la, é interessante examinar o que disciplina a 
Carta das Nações Unidas1 de 1945 sobre o tema:
Carta das Nações Unidas
Artigo 2º. A Organização e seus Membros, para a realização dos 
propósitos mencionados no Artigo 1º, agirão de acordo com os seguintes 
princípios: 
[...]
7. nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as Nações Unidas a 
intervirem em assuntos que dependam essencialmente da jurisdição de qual-
quer Estado ou obrigará os Membros a submeterem tais assuntos a uma 
solução, nos termos da presente Carta; este princípio, porém, não prejudi-
cará a aplicação das medidas coercitivas constantes do Capitulo VII. 
Dessa forma, qualquer medida de Direito Internacional deve respeitar a ordem 
interna de cada Estado, ou seja, a soberania de cada Estado, mesmo que, com isso, 
ele esteja sujeito a sanções estabelecidas em tratados e acordos internacionais.
1 Disponível em <https://goo.gl/FV9xHj>.
10
11
Denominação da Disciplina
Historicamente devemos destacar a denominação Direito de Gentes2 (Law of 
Nations ou Völkerrecht) cunhada por Richard Zouch (1650), que é ainda mantida 
em uso por alguns autores. Já a expressão internacional foi criada por Jeremias 
Bentham, em seu Plano para a Paz Perpétua e Universal, publicado em 1831.
Embora haja críticas, a denominação Direito Internacional se firmou como 
a mais comum e de uso corrente, sendo que, em algumas situações, modifica-se 
para Direito Internacional Público, quando necessário fazer um confronto com o 
Direito Internacional Privado.
Fontes do Direito Internacional
Antes de esclarecer quais são as fontes do Direito Internacional, convém 
esclarecer o que essa expressão significa.
Por fontes do direito internacional, entendam-se os documentos ou 
pronunciamentos de que emanam direitos e deveres das pessoas 
internacionais, configurando os modos formais de constatação do direito 
internacional (ACCIOLY, 2014, p. 144).
As fontes do direito Internacional estabelecem padrões de comportamentos 
(direitos e deveres), servindo, em várias situações, como importante elemento nas 
decisões de controvérsias. O principal órgão judiciário da Organização das Nações 
Unidas (ONU) é a Corte Internacional de Justiça (CIJ)3, cujo estatuto está anexo à 
Carta da ONU4. Nele, especificamente em seu artigo 38, encontraremos quais são 
as principais fontes do Direito Internacional.
Estatuto da Corte Internacional de Justiça
Artigo 38. 1. A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito 
internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:
a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que 
estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos estados litigantes;
b) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como 
sendo o direito;
c) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas;
2 Ou na sua variação Direitos das Gentes.
3 O sítio da CIJ na internet está disponível em <http://www.icj-cij.org/en>.
4 Em nosso país, o Estatuto da Corte Internacional de Justiça foi promulgado, como anexo da Carta da ONU, pelo 
Decreto n. 19.841, de 22 de outubro de 1945. Disponível em: <https://goo.gl/9yMYWu>.
11
UNIDADE Introdução ao Direito Internacional Público
d) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina 
dos publicistas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar 
para a determinação das regras de direito.
2. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir 
sobre uma questão ex aeque et bano, se as partes com isso concordarem.
Simplificando, podemos afirmar que essas fontes são as seguintes:
• Tratados e convenções internacionais;
• Costume internacional;
• Princípios gerais do direito; 
• Decisões judiciais das cortes internacionais;
• Doutrina dos juristas de maior competência de todas as nações.
Nessa listagem, devemos destacar que as duas últimas fontes são, na verdade, meios 
auxiliares para a determinação das regras de direito, ou seja, são fontes auxiliares.
Também deve ser destacado que o artigo 38.2 do estatuto permite que a Corte 
decida em uma questão ex aeque et bano, ou seja, “segundo a equidade e o 
bem” (SILVA, 1998), mas desde que as partes com isso concordem.
Julgar por equidade significa que o julgador deve se aproximar da consciência 
coletiva e percepção de justiça, sem buscar fundamento em outras fontes do Direito.
Sobre o emprego da equidade, menciona Rezek (2000, p. 141) que:
Parece generalizada a convicção de que a equidade pode operar tanto na 
hipótese de insuficiência da norma de direito positivo aplicável quanto 
naquela em que a norma, embora bastante, traz ao caso concreto solução 
inaceitável pelo senso de justiça do intérprete.
Embora haja essa diversidade de fontes indicadas pelo Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça (além de outras indicadas pela doutrina, tais como as 
resoluções emanadas de organizações internacionais e os atos unilaterais), não há 
entre elas qualquer forma de hierarquia.
Conheceremos cada uma dessas fontes.
Tratados Internacionais
Se nos afastarmos das definições apresentadas pela doutrina, podemos encon-
trar na Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1986 uma escla-
recedora conceituação.
12
13
Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, de 1986
ARTIGO 2º - Expressões empregadas
1. Para os fins da presente Convenção:
a) “tratado” significa um acordo internacional regido pelo Direito 
Internacional e celebrado por escrito i) entre um ou mais Estados e uma ou 
mais organizações internacionais; ou ii) entre organizações internacionais, 
quer este acordo conste de um único instrumento ou de dois ou mais 
instrumentos conexos e qualquer que seja sua denominação específica;
Em 1969, foi firmada a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados5, 
sendo que essa norma somente reconhecia o direito de participação dos estados 
na formulação desse instrumento. Essa convenção, em razão de sua importância 
para disciplinar essa fonte elementar do Direito Internacional, é conhecida como 
Lei dos Tratados, Código dos Tratados ou Tratado dos Tratados. 
Em 1986, foi realizada uma segunda convenção na mesma cidade de Viena, 
que, complementando a primeira, expressamente, reconheceu a possibilidade de 
participação de organizações internacionais na formulação dos tratados. Também 
ficou estabelecida a possibilidade de que tratados sejam criados tendo por signatários 
somente organizações internacionais.
A grande vantagem dos tratados em relação às outras fontes é que eles possuem 
maior estabilidadee segurança. Isso porque pressupõem uma participação mais 
ativa e consensual dos pactuantes (em razão da oportunidade de ampla negociação 
e exercício da vontade livre), além de constituírem normas escritas (que permitem 
maior facilidade de comprovação de seu conteúdo).
Podemos apontar três fundamentos para a formação dos tratados:
• Princípio do Livre Consentimento;
• Princípio da Boa-fé;
• A regra pacta sunt servanda6.
Esses três fundamentos são apresentados expressamente no preâmbulo da 
Convenção de Viena de 1969.
Convenção de Viena de 1969
Os Estados Partes na presente Convenção,
[...]
Constatando que os princípios do livre consentimento e da boa-fé e a 
regra pacta sunt servanda são universalmente reconhecidos,
[...]
5 Promulgada em nosso país pelo Decreto n. 7.030, de 14 de dezembro de 2009. 
Disponível em: <https://goo.gl/9eSKBJ>.
6 Essa regra se fundamenta no princípio de que as partes são livres para estabelecerem acordos (pactos), contudo, após 
esses serem estabelecidos, precisam ser respeitados.
13
UNIDADE Introdução ao Direito Internacional Público
Deve ser destacado que a definição de tratado apresentada por essa convenção, 
em sua parte final, utiliza a expressão “qualquer que seja a sua denominação 
específica”, indicando que a denominação tratado é um termo genérico. 
Esse gênero possui diversas espécies, com variadas denominações usualmente 
empregadas; contudo, não há muita precisão técnica na escolha desses nomes:
• A expressão Carta indica os tratados mais relevantes, tais como a Carta das 
Nações Unidas;
• Já a expressão Estatuto acabou sendo utilizada para denominar as normas de 
regência da Corte Internacional de Justiça;
• Tem sido bastante comum o uso da denominação Convenção em tratados 
multilaterais, em especial aqueles que estabelecem codificações7;
• Já a expressão Concordata é utilizada em tratados assinados pela Santa Sé 
com estados que possuem população católica.
Condições de validade
As condições de validade dos tratados internacionais são as seguintes: 
• Capacidade das partes pactuantes;
• Os agentes que participam de sua elaboração devem estar habilitados; 
• Consentimento;
• Objeto lícito e juridicamente possível.
Capacidade das partes pactuantes
Seguindo as Convenções de Viena de 1969 e 1986, temos que os estados 
e as organizações internacionais têm capacidade para concluir tratados, ou seja, 
comprometerem-se a cumprir o pactuado nesse instrumento.
Convenção de Viena de 1969
SEÇÃO 1 - Conclusão de Tratados
Artigo 6º - Capacidade dos Estados para Concluir Tratados.
Todo Estado tem capacidade para concluir tratados.
Convenção de Viena de 1986
SEÇÃO 1 - CONCLUSÃO DE TRATADOS
ARTIGO 6º - Capacidade das organizações internacionais para concluir 
tratados
A capacidade de uma organização internacional para concluir tratados é 
regida pelas regras da organização.
7 Como exemplo, temos a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu 
Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007, que foi incorporado ao Direito brasileiro 
pelo Decreto n. 6.949/09. Disponível em <https://goo.gl/iEpMpc>.
14
15
Habilitação dos agentes
Os representantes dos estados ou das organizações internacionais que participa-
rão da confecção do tratado ou a ele irão aderir precisam possuir habilitação, sendo 
essa dada pela chamada carta de plenos poderes, assinada pelo Chefe de Estado 
ou pelo seu Ministro das Relações Exteriores.
As Convenções de Viena de 1969 e 1986 apresentam situações em que a 
apresentação da carta de plenos poderes é dispensada, abrangendo, por 
exemplo, atos praticados pelos chefes de Estado, chefes de Governo e Ministros 
das Relações Exteriores.
Convenção de Viena de 1969
Artigo 7º - Plenos Poderes 
1. Uma pessoa é considerada representante de um Estado para a adoção 
ou autenticação do texto de um tratado ou para expressar o consentimento 
do Estado em obrigar-se por um tratado se: 
a) apresentar plenos poderes apropriados; ou 
b) a prática dos Estados interessados ou outras circunstâncias indicarem 
que a intenção do Estado era considerar essa pessoa seu representante 
para esses fins e dispensar os plenos poderes. 
2. Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de 
plenos poderes, são considerados representantes do seu Estado: 
a) os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações 
Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de
um tratado; 
b) os Chefes de missão diplomática, para a adoção do texto de um tratado 
entre o Estado acreditante e o Estado junto ao qual estão acreditados; 
c) os representantes acreditados pelos Estados perante uma conferência 
ou organização internacional ou um de seus órgãos, para a adoção do 
texto de um tratado em tal conferência, organização ou órgão.
Convenção de Viena de 1986
ARTIGO 7º - Plenos poderes
[...]
3. Uma pessoa é considerada representante de uma organização 
internacional para a adoção ou autenticação do texto de um tratado ou 
para expressar o consentimento da organização em obrigar-se por um 
tratado se:
a) apresentar plenos poderes apropriados; ou
b) as circunstâncias indicarem que a intenção dos Estados e organizações 
internacionais era considerar esta pessoa como representante da 
organização para esses fins, de acordo com as regras da organização, e 
dispensar os plenos poderes.
15
UNIDADE Introdução ao Direito Internacional Público
Consentimento
Nos tratados bilaterais, o consentimento dos Estados e das organizações 
internacionais participantes é essencial para a formulação e adoção de um tratado. 
Dessa forma, todos aqueles que participam de sua elaboração devem consentir 
seus termos.
Já se o tratado é formulado em uma conferência mundial (tratado multilateral), a 
adoção de seu texto se faz se houver o consentimento pela maioria de dois terços 
dos estados presentes e votantes.
Convenção de Viena de 1969
Artigo 9º - Adoção do Texto
1. A adoção do texto do tratado efetua-se pelo consentimento de todos 
os Estados que participam da sua elaboração, exceto quando se aplica o 
disposto no parágrafo 2. 
2. A adoção do texto de um tratado numa conferência internacional efetua-
-se pela maioria de dois terços dos Estados presentes e votantes, salvo se 
esses Estados, pela mesma maioria, decidirem aplicar uma regra diversa.
Segundo o artigo 11 da Convenção de 1969, esse consentimento é demonstra-
do pela:
• Pela assinatura de seu representante habilitado;
• Pela troca dos instrumentos constitutivos do tratado;
• Aceitação;
• Aprovação;
• Adesão;
• Qualquer outro meio, se assim for acordado.
Em razão da necessidade de consentimento dos pactuantes, não pode um tratado 
criar obrigações para um Estado ou Organização Internacional que não participou 
de sua elaboração ou a ele não aderiu.
Objeto lícito e possível
Tal como ocorre em outras áreas do Direito, na formação dos tratados se 
faz necessária a presença do objeto lícito e possível, muito embora não haja 
disposição expressa na Convenção de Viena sobre esse ponto em particular.
16
17
Ratificação do tratado
Após o consentimento de um Estado a obrigar-se por um tratado, em geral, faz-
-se necessário realizar a sua ratificação.
A ratificação é o ato administrativo mediante o qual o chefe de estado 
confirma tratado firmado em seu nome ou em nome do estado, declarando 
aceito o que foi convencionado pelo agente signatário. Geralmente, só 
ocorre a ratificação depois que o tratado foi aprovado pelo Parlamento, 
a exemplo do que ocorre no Brasil, onde essa faculdade é do Congresso 
Nacional (ACCIOLY, 2014, p. 165).
Em nosso país, a ratificação decorre de duas disposições constitucionais:
• Em primeiro lugar, devemos destacaro artigo 84, inciso VIII:
Constituição Federal
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
[...]
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a 
referendo do Congresso Nacional;
Como vimos, é comum que um tratado seja adotado por um Estado mediante 
a ação de alguém que recebeu a carta de plenos poderes (denominada de 
ministro plenipotenciário), que tem a função de representar os interesses desse 
Estado naquele ato. Contudo, nos termos constitucionais, a celebração de atos 
dessa natureza cabe ao Presidente da República. Assim, dentre outras funções, 
a ratificação tem o condão de ajustar essa questão ao dispositivo constitucional. 
Ocorre, contudo, que, em muitos casos, esse ato do Chefe do Poder Executivo 
precisa ser precedido de referendo do Congresso Nacional.
• Sobre o referendo dado pelo Congresso Nacional, é necessário observar o 
artigo 49, inciso I:
Constituição Federal
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que 
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
De forma esquemática, temos o seguinte procedimento:
17
UNIDADE Introdução ao Direito Internacional Público
ADOÇÃO DO 
TRATADO
REMESSA 
PARA O 
PRESIDENTE 
DA 
REPÚBLICA
ENCAMINHAMENTO 
AO CONGRESSO 
NACIONAL
POR MEIO 
DE UMA 
"EXPOSIÇÃO 
DE MOTIVOS"
APROVAÇÃO 
PELO 
CONGRESSO 
NACIONAL
APROVAÇÃO PELA 
CÂMARA DOS DEPUTADOS
APROVAÇÃO PELO 
SENADO FEDERAL
DECRETO LEGISLATIVO
ENCAMINHAMENTO 
AO PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA
RATIFICAÇÃO 
DO TRATADO
POR MEIO 
DE DECRETO
Figura 1
Após a adoção do tratado, o Presidente da República, por meio de uma 
Exposição de Motivos, encaminha o instrumento para o Congresso Nacional 
para referendo.
No Congresso Nacional, é elaborado um Projeto de Decreto Legislativo, que 
inicia a sua tramitação pela Câmara dos Deputados. Após a aprovação por essa 
Casa Legislativa, o projeto é remetido para o Senado Federal.
Com a aprovação do Senado, o Decreto Legislativo é promulgado pelo 
Presidente do Congresso Nacional (função essa desempenhada pelo Presidente do 
Senado Federal) e remetido para o Presidente da República que, por meio de um 
Decreto, ratifica o tratado.
Após essas providências, segue-se o depósito do instrumento de ratificação.
Depósito e Registro na Organização das Nações Unidades
Em geral, após a ratificação, os tratados são depositados e registrados na 
Secretaria da Organização das Nações Unidas. Nesse particular, dispõe a Carta da 
ONU o seguinte:
Carta das Nações Unidas
Artigo 102
1. Todo tratado e todo acordo internacional, concluídos por qualquer 
Membro das Nações Unidas depois da entrada em vigor da presente 
Carta, deverão, dentro do mais breve prazo possível, ser registrados e 
publicados pelo Secretariado.
2. Nenhuma parte em qualquer tratado ou acordo internacional que não 
tenha sido registrado de conformidade com as disposições do parágrafo 
1º deste Artigo poderá invocar tal tratado ou acordo perante qualquer 
órgão das Nações Unidas.
18
19
Como exemplo da necessidade de ratificação e de depósito na Organização das 
Nações Unidas, temos a Convenção de Viena de 1969.
Convenção de Viena de 1969
Artigo 82 - Ratificação 
A presente Convenção é sujeita à ratificação. Os instrumentos de ratificação 
serão depositados junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas.
Há a possibilidade de que esse depósito e registro ocorra em outras organizações 
internacionais, tal como a Organização dos Estados Americanos – OEA.
Hierarquia dos Tratados Internacionais no Direito Interno Brasileiro
Os tratados são instrumentos próprios do Direito Internacional, estabelecendo 
regras e princípios que devem ser observados pelos estados e pelas organizações 
internacionais em suas relações. Contudo, em nosso sistema jurídico, essas normas 
podem passar por um processo de internalização e estabelecer direitos e obrigações 
no Direito Interno.
Especialmente após o julgamento do Recurso Extraordinário n. 466.343, 
o Supremo Tribunal Federal passou a entender que a hierarquia dos tratados 
internacionais (após a sua ratificação e internalização), dentro do ordenamento 
jurídico brasileiro, pode apresentar três situações distintas:
• Regra geral:
 » o decreto legislativo deve ser aprovado por maioria simples em cada uma 
das duas casas do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado 
Federal);
 » o tratado é incorporado ao Direito Interno com hierarquia Infraconstitucional, 
ou seja, equivalente à legislação federal ordinária.
• Se a matéria do tratado ou convenção se refere a direitos humanos, pode 
ocorrer duas situações diferentes:
 » Se o Decreto Legislativo foi aprovado por maioria simples em cada 
uma das duas casas do Congresso Nacional, o tratado é incorporado ao 
Direito Interno com hierarquia supralegal, ou seja, está acima das normas 
infraconstitucionais, mas ainda abaixo da Constituição Federal;
 » Se o Decreto Legislativo foi aprovado, em dois turnos de votação, pelo 
quórum de 3/5, em cada uma das duas casas do Congresso Nacional, o 
tratado é incorporado ao Direito Interno com hierarquia constitucional 
(norma constitucional).
Essa diferença em relação aos tratados de direitos humanos ocorre em razão de 
modificações no tratamento dessa questão em nossa Constituição Federal realizadas 
pela Emenda Constitucional n. 45/04, dessa forma:
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UNIDADE Introdução ao Direito Internacional Público
• Os tratados de direitos humanos ratificados e internalizados antes dessa 
Emenda Constitucional somente necessitarão de decisão da maioria simples 
dos membros das casas do nosso Congresso;
• Após a Emenda Constitucional, esse tipo de procedimento precisa de um 
maior quórum de ratificação.
O primeiro tratado internacional que passou por esse procedimento estabelecido 
pela Emenda Constitucional n. 45/04 foi a Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados pelo Congresso 
Nacional por meio do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008.
Reservas
Durante as negociações de um tratado multilateral, o Estado pode divergir de 
determinado dispositivo, formulando uma reserva, desde que admitida por esse 
instrumento internacional. Da mesma forma, essa reserva pode ser inserida na 
tramitação do referendo perante o Congresso Nacional.
Em tratados bilaterais, esse direito não existe, em razão da necessidade de mútuo 
consenso de todas as cláusulas.
Na Convenção de Viena de 1986, encontramos a seguinte definição:
Convenção de Viena de 1969
ARTIGO 2º - Expressões empregadas
1. Para os fins da presente Convenção:
[...]
d) “reserva” significa uma declaração unilateral, feita por um Estado 
ou por uma organização internacional, seja qual for a sua redação ou 
denominação, ao assinar, ratificar, confirmar formalmente, aceitar, 
aprovar um tratado ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar 
o efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua aplicação a este 
Estado ou a esta organização;
Costume Internacional
O costume é uma prática geral e constante, aceita como sendo de direito, adotada 
em determinada situação de fato pelos sujeitos de Direito Internacional em razão da 
convicção de sua obrigatoriedade. O costume apresenta dois elementos constitutivos: 
• Elemento material (ou externo): são procedimentos repetidos, ou seja, realizados 
reiteradamente pela sociedade ao longo do tempo. O costume é mais amplo que 
o mero uso (que é um de seus elementos constitutivos) e tem natureza obrigató-
ria, pois é prática consagrada de longa data nas relações internacionais;
• Elemento subjetivo (ou psicológico): a opinio juris vel necessitatis, ou seja, 
a convicção de que tal prática funcionacomo lei, sendo jurídica e justa. 
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Accioly (2014, p. 153), ao referir-se ao entendimento da Corte Internacional de 
Justiça sobre os costumes, menciona:
A Corte Internacional de Justiça teve oportunidade de exprimir seu entendi-
mento a respeito do costume, ao afirmar ser a base deste a prática reiterada 
acompanhada da convicção quanto a ser obrigatória essa prática, em razão 
da existência de norma jurídica, em que “os estados devem ter consciência 
de se conformarem ao que equivale a uma obrigação jurídica” [...].
Os costumes foram e continuam a ser uma importante fonte do Direito Inter-
nacional, não sendo incomum que tratados façam expressa menção a eles. Nesse 
particular, observe o que consta do preâmbulo da Convenção de Viena de 1969:
Convenção de Viena de 1969
Os Estados Partes na presente Convenção, 
[...]
Afirmando que as regras do Direito Internacional consuetudinário8 
continuarão a reger as questões não reguladas pelas disposições da 
presente Convenção [...]
Princípios Gerais do Direito
Tratando desses princípios, menciona Accioly (2014, p. 174-175):
Dentre as fontes de direito internacional, enumeradas pelo Estatuto da 
CIJ, os princípios gerais do direito, se considerados enquanto fonte formal, 
seriam os mais vagos, os de mais difícil caracterização, com consideráveis 
variações, desde autores que negam o seu valor, enquanto outros julgam 
que se trata, em última análise, de aspecto do costume internacional, ao 
passo que, considerados como fonte real, constituem o eixo de valores e 
princípios que poderá nortear a consolidação e interpretação das normas, 
por serem a fonte verdadeira ou fundamental, e a que pode fornecer 
elementos para a interpretação dos tratados e dos costumes, as duas 
grandes fontes incontestadas do direito internacional positivo, enquanto 
fontes formais ou positivas.
A doutrina e a jurisprudência internacional atuais consideram os princípios gerais 
do direito elemento importante para a interpretação dos tratados e a aplicação dos 
costumes. Particularmente no Direito brasileiro, o artigo 4º da Constituição Federal 
brasileira consagra os princípios que devem nortear as relações internacionais do 
Brasil. Apesar de serem considerados como fonte interna, o conteúdo desses 
princípios acabam por nortear as nossas relações internacionais.
8 Direito consuetudinário é o direito formado com base nos costumes.
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UNIDADE Introdução ao Direito Internacional Público
Constituição Federal
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando 
à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Decisões Judiciais das Cortes Internacionais
A jurisprudência internacional e a doutrina são classificadas como fontes 
auxiliares de Direito Internacional Público. 
Como a própria terminologia sugere, não é somente a jurisprudência da Corte 
Internacional de Justiça que se considera fonte do Direito Internacional, sendo 
também considera aquela proveniente de outras cortes desse tipo.
Doutrina dos Juristas de Maior Competência de Todas as Nações
A doutrina é composta pelo trabalho dos profissionais que se dedicam ao estudo 
dos fenômenos jurídicos, buscando interpretar e aplicar o Direito para as diversas 
situações que se apresentam.
No caso do Direito Internacional, a doutrina daqueles autores notoriamente 
reconhecidos no âmbito internacional deve ser aplicada como meio auxiliar para a 
solução de litígios. 
Além desses trabalhos individuais, desenvolveu-se também a ideia de uma doutrina 
coletiva. Trata-se de trabalhos de caráter científico que são expedidas por organizações 
destinadas ao estudo e desenvolvimento desse ramo do Direito, tais como: o Institut 
du Droit International9 e a International Law Association10, as quais são 
formadas por professores, advogados e diplomatas de todo o mundo, tendo como 
principal atividade o estudo científico dos grandes temas do Direito Internacional.
9 Cujo site é o seguinte: <http://www.idi-iil.org/en/>.
10 Cujo site na internet encontra-se no seguinte endereço eletrônico: <http://www.ila-hq.org>.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Carta das Nações Unidas e Estatuto da Corte Internacional de Justiça
https://goo.gl/FV9xHj
Sítio da Corte Internacional de Justiça (CIJ) na Internet
https://goo.gl/nyeoMA
Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados
https://goo.gl/9eSKBJ
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo 
https://goo.gl/iEpMpc
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UNIDADE Introdução ao Direito Internacional Público
Referências
ACCIOLY, Hildebrando; SILVA, G.E. do Nascimento; CASELLA, Paulo Borba. 
Manual de direito internacional público. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
ARAÚJO, Luís Ivani de Amorim. Curso de direito internacional público. 10. ed. 
Rio de Janeiro: Forense, 2002.
HUSEK, Carlos Roberto. Curso de Direito Internacional Público. 14. ed. São 
Paulo: LTr, 2017.
REZEK, J.F. Direito internacional público. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
SEITENFUS, Ricardo. Manual das organizações internacionais. 3. ed. Porto 
Alegre: Livraria do Advogado, 2003.
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
VARELLA, Marcelo Dias. Direito Internacional Público. 4. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2012.
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