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Embriologia 1a prova caderno

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Oi, gente :P Só pra lembrar vocês de que eu ainda nem comecei a estudar embrio, então sejam críticos com as anotações. É mais pra vocês terem noção do que ele disse em aula mesmo. Não tem nenhuma figura, provavelmente tem coisa escrita errada – gramática e ortografia –, mas relevem e atentem para o que é importante. Ah, e onde tem “(...)” significa que eu não consegui pegar o que ele falou.
Espero que seja útil!
Beijocas!
16/08
A fecundação ou fertilização dá inicio ao processo embrionário. É o processo no qual o espermatozóide deve atravessar as membranas que envolvem o ovócito e transferir seu material genético para ele. Ou seja, as duas estruturas que participam desse processo são imaturas, e terminam essa maturação dentro do trato genital feminino (mais especificamente na ampola da trompa uterina). É claro que isso se refere a fertilização natural, já que a artificial ocorre in vitro.
O espermatozóide tem que enfrentar muitas barreiras no caminho até a trompa uterina. Por isso é que tantos espermatozóides são liberados na ejaculação: cerca de 1 milhão entra na vagina e apenas 200 chegam até o local da fertilização. 
A durabilidade dessas estruturas é muito curta, o ovócito deve ser fecundado até 12h depois da ovulação. Depois disso não é mais fértil, e depois de 24h começa a sofrer degeneração e é liberado junto com a menstruação. A vida do espermatozóide dura de 18h a 24h no trato genital feminino. Ou seja: as duas células são “destinadas” a morrer, a menos que se encontrem e possam gerar um novo ser.
A fertilização humana é dita interna por ocorrer na ampola da trompa uterina. Como o ovócito não tem de enfrentar adversidades, não há necessidade de se liberar mais de um por vez (apesar de acontecer), ao contrario do ocorre com o espermatozóide
O ovócito possui envoltórios: a zona pelúcida e pelas células do cumulus oophurus (corona radiata). Esse complexo é ovulado (seria mais correto dizer ovocitar) e mede de 120 a 160 micrometros. 
A membrana plasmática do ovócito possui microvilosidades que permitem a troca de nutrientes com as células foliculares. As vezes essa membrana é chamada de membrana vitelínica (como a membrana que recobre a gema do ovo, que é uma grande célula com muito material nutritivo, o vitelo). Os nutrientes fornecidos pelas células foliculares são absorvidos da trompa uterina
O ovócito está parado na metáfase da segunda divisão meiótica (ovócito II), por isso não possui núcleo.
O ovócito ativa/estimula o espermatozóide a penetrá-lo, e o espermatozóide estimula o ovócito a terminar sua divisão. 
O citoplasma periférico (córtex) do ovócito é mais denso e possui os chamados grãos corticais, derivado do complexo de Golgi. Existem grãos derivados do REL, na parte mais central, que acumulam cálcio. 
O RNA e os ribossomos também são armazenados no citoplasma no processo de ovogênese. Após a fertilização, ocorrem muitos processos metabólicos, onde se utilizam esses RNA e ribossomos, já que não daria tempo de transcrever o DNA, etc...
O citoplasma também contém fatores morfogeneticos. Quando ocorrem as divisões do zigoto, esses fatores são distribuídos randomicamente. Eles agiriam sobre o genoma desbloqueando determinadas regiões, o que determinaria a diferenciação das células em tecidos, etc. 
Existem, ainda, histonas produzidas na ovogênese, dispersas, que são utilizadas no núcleo do espermatozóide, já que as suas histonas são trocadas por protaminas para diminuir seu tamanho. 
O vitelo é (...). 
Em volta do ovócito também podem existir substancias protetoras, que evitem, por exemplo, que um predador o coma ou a irradiação solar. No caso do homem, como o desenvolvimento é interno, não existe isso. 
Esses envoltórios são fundamentais, sem eles não ocorre a fecundação. Eles desempenham uma função protetora e nutritiva. As células foliculares da corona radiata são unidas por acido hialurônico.
 A zona pelúcida é translúcida; mede de 6 a 12 micrometros, é PAS+; é constituída principalmente por glicoproteinas (ZP1, ZP2 e ZP3), possui uma regiao de interdigitacoes entre o ovócito e as células foliculares. As glicoproteinas ZP2 e ZP3 formam um filamento intercalando as duas, formando uma rede em volta de todo o ovócito, e esses filamentos são unidos pelas ZP1. A ZP3 é que reconhece, de fato, o espermatozóide, e sua parte protéica inicia a reação acrossomica. A ZP2 (...)
Ela também cumpre a função de proteção mecânica, regula a entrada de substancias, evita a adesão em lugar errado (mantém a estrutura do ovócito ‘boiando’ na trompa), evita a adesão de embriões, reconhece que o espermatozóide é da sua própria espécie, provoca a reação acrossômica, evita a polispermia (ou seja, que mais de um espermatozóide consiga entrar)
18/08
O ovócito não possui movimento próprio. As fimbrias “massageiam” o ovário para facilitar a expulsão do ovócito, influenciadas por hormônios, principalmente a progesterona. Depois, a pressão com que o ovócito sai do ovário também o impulsiona para frente, e a corrente de liquido folicular (que é expulso junto com ele) também facilita a movimentação desse complexo. A tuba uterina possui contrações peristálticas que também facilitam esse transporte.
O estrogênio aumenta a secreção das células mucosas, a espessura da parede e a movimentação dos cílios da tuba uterina
Resumindo, o que ajuda no transporte do complexo do ovócito é 
	Corrente liquida
	O ambiente líquido
	Movimento ciliar
	Contrações peristálticas da tuba uterina
Depois da fertilização, o zigoto leva 5 dias para se implantar, que é o tempo quase exato que ele leva para sair da tuba e chegar ao útero.
O ovócito vive de 12h a 24h sem ser fecundado, depois disso, seu citoplasma começa a se tornar granular e ele é eliminado junto com a secreção vaginal.
Espermatozóides e o ovócito são liberados ainda imaturos. A maturação dos espermatozóides acontece no trato genital masculino, enquanto percorre o caminho até a uretra (passa de 4 a 6 dias no epidídimo). Ele possui uma cabeça com um núcleo extremamente condensado e uma cauda. Os 2/3 anteriores do núcleo estão rodeados pelo acrossomo, derivado do Complexo de Golgi. Na região caudal da cabeça, existe um centríolo, responsável pela formação da cauda (axonema – dois microtúbulos centrais rodeados por nove pares de microtúbulos) 
*antigamente se pensava que o espermatozóide era um parasita do sêmen.
O espermatozóide só consegue atravessar as membranas do ovócito depois da maturação (que acontece no trato genital masculino) e a capacitação (que acontece no trato genital feminino, principalmente na trompa uterina)
Todos esses processos também são importantes para se analisar causas de infertilidade.
Maturação:
	Membrana plasmática – incorporação dos fatores de descapacitação
	Nuclear – máxima condensação
	Acrossomo – acomodação
	Gota citoplasmática – eliminação
	Motilidade.
	No epidídimo, são encontradas diversas glicoproteínas ácidas, que são os fatores de descapacitação/incapacitação. Elas se unem a receptores que se encontram nos 2/3 anteriores da cabeça e estabilizam a membrana plasmática ali. (acontece para evitar que o acrossomo destrua a própria membrana?)
	No túbulo seminífero, as histonas do DNA já foram trocadas por protaminas. Na fase de maturação, ocorre a máxima condensação nuclear, que ocorre para facilitar a movimentação dele, tornando-o mais funcional. Além disso, o espermatozóide passa por muitos ambientes inóspitos, então essa condensação também serve para evitar mutações do DNA
	O acrossomo vai se ajeitando, se acomodando acima do núcleo, nos 2/3 anteriores.
	Para que o espermatozóide assuma a forma final dele, que facilita a sua movimentação, ele deve eliminar grande parte do citoplasma nas fases de espermiogênese. Nesse processo, se forma uma bolsa, perto da cauda, chamada gota citoplasmática, que normalmente ocorre ainda no túbulo seminífero. As que sobramdevem ser eliminadas na maturação. O espermatozóide que seja liberado ainda com essa gota não consegue chegar a tuba uterina, sendo uma causa de infertilidade, quando em grande numero.
	No epidídimo, há a capacitação de algumas moléculas do axonema. A dineína adquire sua capacidade atpasica, permitindo a movimentação do flagelo. A máxima movimentação do espermatozóide se torna possível com a liberação das secreções das glândulas anexas, que possuem frutose (a cauda está cheia de mitocôndrias).
*indivíduos que tem a deficiência na produção de dineina são estéreis e possuem alterações em todo o sistema de cílios e flagelos.
Inseminação é a deposição do sêmen, que pode ser natural (quando ocorre através do coito, o veiculo para a inseminação é o próprio penis) ou artificial (quando se faz uso de uma cânula)
Sêmen é constituído pelos espermatozóides maduros (10%) e pelo liquido seminal (que vem da próstata e das vesículas seminais).
A infertilidade masculina é muito mais fácil de ser analisada do que a feminina. O próprio sêmen permite essa analise. É necessária a abstenção sexual de uns 4 a 5 dias, e depois a extração é feita por meio da masturbação. 
	O sêmen de boa qualidade é aquele que possui
		- volume de 2,5-3,5 mL
		- um número de espermatozóides de 200-300 milhões por ejaculado (ou 80-100 milhões/mL), sendo considerado infértil abaixo de 20 milhões
		- pH entre 7,8 e 8,2, já que o ambiente da vagina é ácido e é necessário neutralizá-lo
		- cor branca opalina. Alterações da cor podem indicar infecções no trato genital masculino
		- morfologia (faz-se um esfregaço e se analisa no microscópio) – até 10% podem possuir alterações, acima disso, se considera infertilidade.
		- motilidade e vitalidade – espermatozóides que se movem com uma certa rapidez, agilidade, a vista no microscópio
		- viscosidade e liquefação – ele deve possuir a capacidade de liquefazer depois de um determinado tempo para facilitar a passagem pelo cérvice 
*quando o sêmen não possui espermatozóides, diz-se que há a asospermia?
Somente de 100 a 200 espermatozóides chegam à ampola da tuba uterina. Alguns deles não conseguem atravessar o cérvix, outros ficam presos nas pregas do cervix. O útero possui contrações peristálticas que ajudam na movimentação. Alguns espermatozóides entram nas glândulas do útero. Os que sobram devem “escolher” uma trompa para entrar, e passam por uma abertura estreita, através da movimentação do seu próprio flagelo. Acredita-se, ainda, que o complexo do ovócito e o liquido folicular possuam substancias quimiotáticas que atrairiam os espermatozóides.
	*estudos sugerem, em alguns animais, que quando o espermatozóide se aproxima do ovócito, o liquido folicular hiperativa o mesmo.
*as contrações dadas pelo útero no orgasmo feminino podem ajudar.
O processo de capacitação consiste em:
	- perda de fatores de descapacitação (proteases produzidas pelo trato genital feminino). Esse processo libera hialuronidase, que digere o acido hialuronico que une as células da corona radiata, permitindo a aproximação do espermatozóide 
	- reação acrossômica1
1 Os receptores que tinham sido bloqueados pelos fatores de descapacitação reconhecem a porção glicídica da molécula de ZP3 da zona pelúcida. Eles ficam unidos e ocorre uma reação cruzada da porção protéica da ZP3 com a membrana do ovócito, liberando o cálcio acumulado nos grânulos. Esse cálcio entra no citoplasma do espermatozóide. Isso faz com que a membrana externa do acrossomo se uma a membrana plasmática do espermatozóide e se inicia um processo de degeneração, aparecendo perfurações na membrana. Com esses buracos, há liberação da enzima e a membrana desaparece totalmente. – Isso é a reação acrossômica. Quem provoca essa reação é o próprio ovócito
O sitio de união, então, muda: a ZP2 se liga a membrana interna do acrossomo, que possui uma enzima proteolítica chamada acrosina. Essa enzima começa a digerir a zona pelúcida. A cauda é quem vai empurrando o espermatozóide para dentro da zona pelúcida, até encontrar o ovócito. Ele vai se deitando no espaço perivitelino 
23/08
Somente o terço posterior da membrana plasmática da cabeça do espermatozóide é que se funde com o ovócito. Então começam a ocorrer reações que promovem a “degradação” dessa membrana, que já está fusionada. Os poros que vão aparecendo promovem a comunicação do citoplasma do ovócito e do espermatozóide.
O contato do espermatozóide promove a ativação do ovócito, causando varias modificações no citoplasma deste, de forma que ele “puxa” o núcleo do espermatozóide para dentro.
O ovócito absorve os elementos componentes do espermatozóide para uso, exceto pelas mitocôndrias.
Esse processo de fertilização leva em torno de 24 horas.
Retomando: o ovócito possui grãos corticais, grãos de cálcio e está estacionada em meiose II. Não é apenas um espermatozóide que tenta fecundar o ovócito, mas apenas um deles consegue e transfere seu núcleo para dentro dele. Depois que o núcleo entra no ovócito, ele perde seu envoltório nuclear, portanto seu DNA esta contato com o citoplasma. Nesse ponto, ele perde as protaminas, que são trocadas por histonas maternas. Depois disso, o envoltório se forma novamente, sendo chamado de pró-núcleo masculino.
Uma das ativações que o espermatozóide promove no núcleo é a liberação do cálcio dos grãos, aumentando sua concentração no citoplasma do ovócito. Esse cálcio age sobre uma proteína chamada ciclina (proteínas que mantêm a divisão celular em metáfase), destruindo-a. Isso permite que o ciclo celular do ovócito continue – os cromossomos vão para os pólos na anáfase e, na telófase, uma parte dos cromossomos sai do ovócito com um pouco de citoplasma, formando o 2º corpúsculo polar, e a outra forma o pró-núcleo feminino.
Conseqüências da fertilização
	Formação dos pró-núcleos masculino e feminino
	Consumação da 2ª divisão meiótica
	Obtenção da diploidia
	Determinação primaria do sexo (considerando que o cromossomo sexual do ovócito é sempre x, mas o do espermatozóide pode ser x ou y)
	Variação da espécie
	Bloqueio da polispermia
		Modo rápido – muda o potencial elétrico da membrana, não permitindo que outro espermatozóide se fusione. Também serve para que se acione o processo lento, mas definitivo.
		Modo lento* – os grãos corticais migram mais para a periferia quando ocorre a liberação do cálcio, sua membrana se fusiona com a plasmática ele libera seu conteúdo para o espaço perivitelino (reação cortical). As enzimas que se encontram nele modificam a estrutura das proteínas ZP2 e ZP3, impossibilitando a união do espermatozóide com a zona pelúcida (reação de zona)
	Inicio da segmentação
O pró-núcleo feminino se aproxima do masculino, e ambos estão duplicando seu DNA. Depois que duplicam, eles perdem seus envoltórios e o material genético já se arranja em interfase da primeira segmentação 
SEGMENTAÇÃO OU CLIVAGEM
Consiste em uma serie de divisões mitóticas muito rápidas, que levam ao aumento de células (e de quantidade de DNA), sem aumentar o tamanho ou o volume total. Esse conjunto é delimitado ainda pela zona pelúcida. 
No caso do homem, a segmentação é total e igual – todas as células de dividem em outras de mesmo tamanho.
O “produto” da divisão, ou seja, cada célula filha, é chamado blastômera (?). 
Quando a divisão atinge o numero de 8 a 16 blastomeros, temos o estagio de mórula.
No começo da segmentação, não há síntese de proteínas, apenas de DNA.
Como o citoplasma é repartido durante a segmentação, cada célula filha possui fatores citoplasmáticos diferentes, podendo produzir fenótipos diferentes (?)
A segmentação para quando se atinge uma relação núcleo/citoplasma especifica para cada espécie. Depois disso, ocorre a divisão celular comum.
A segmentação ocorre nos 3, 4 dias que sucedem a fertilização. Nesse tempo (?), não há movimento proprio das células ou da estrutura. Os movimentosperistálticos e os cílios da tuba uterina é que são responsáveis por locomove-las.
Durante a segmentação, ocorre:
	Compactação – no microscópio óptico, já não é possível distinguir as células, a partir de 8 blastomeros, mais ou menos.
		Proteínas chamadas caderinas são moléculas de adesão celular. Elas se reconhecem entre si e se aderem uma a outra. Elas ficam distriibuidas aleatoriamente na superfície dos blastômeros. Quando começa a o processo de compactação, ela passa a se localizar apenas entre as células, onde há contato.
		Alem da adesão, também ocorre união celular, que pode ser estreita (mantém as células periféricas mais unidas) ou comunicante (ocorre entre as células centrais e periféricas)
	Cavitação – ocorre como conseqüência do processo de compactação.
Há formação de bomba de sódio e potássio na célula periférica, que joga sódio no interstício. Como conseqüência do aumento da concentração de sódio na mórula, a água entra na célula, o que acaba separando as células centrais, formando pequenas cavidades. Por apresentarem caderina, essas células acabam se agrupando de outra forma, em algum pólo (pólo animal), de modo que as cavidades se unam e formem uma grande cavidade, chamada de blastocele.
		Essa estrutura chamamos de blastocisto, que ocorre em cerca de 4 ou 5 dias.
		A zona pelúcida mantém o blastocisto livre na cavidade uterina
As células centrais (massa celular interna – embrioblasto) e periféricas (trofoblastos) estão relacionadas com estruturas do embrião e estruturas extra-embrionárias (responsáveis por nutrição, anexos embrionários), por isso são “diferenciadas”. Essa diferenciação não pode ser feita morfologicamente
	Trofoblastos – relacionado a placenta, relacionamento do embrião com o tecido materna
	Massa celular interna – forma o embrião e estruturas anexas (extra-embrionárias)
Teoria de dentro fora – a diferenciação das células se deveria não pela morfologia da célula em si, mas pela sua localização.
A membrana dos trofoblastos possui microvilosidades que permitem a nutrição do ovo. Quanto maior a necessidade de nutrientes ou quanto menor a disponibilidade no meio, mais microvilosidades aparecem.
Pólo embrionário é o que está com o embrioblasto, o outro pólo é o vegetativo.
25/08
No 5º ou 6º dia após a fertilização, a estrutura chega ao útero e começa a perder a zona pelúcida que o protege. Isso permite a implantação ou nidação, quando o ovo invade a mucosa uterina, que está bem desenvolvida por estar na fase progesteronica (glândulas reconhecem o blastocisto)
Após a 2ª semana, o blastocisto já está totalmente implantado. Ele faz isso para conseguir sua nutrição.
O epitélio uterino, nessa fase, está altamente secretante, possuindo muitas glândulas e muitos vasos. O contato entre o blastocisto e o útero não pode acontecer em qualquer lugar do primeiro – ocorre no trofoblasto (epitélio simples cúbico) do pólo embrionário. Depois, essas células se dividem e se fusionam, perdem sua membrana plasmática (massa protoplasmática), que é enfim capaz de invadir a mucosa uter vnina. O trofoblasto que não se fusionou passa a se chamar citotrofoblasto e separa a massa protoplasmática do embriolasto. A massa protoplasmática passa a se chamar sinciciotrofoblasto. Ele se movimenta até se incluir na mucosa.
Nesse processo, durante a 2ª semana, ocorre reação do tecido materno e o desenvolvimento de estruturas extra-embrionárias que vão manter a relação do embrião com a mãe, de nutrição, excreção, etc.
A medida que o blastocisto vai penetrando, o sincíciotrofoblasto vai passando a rodeá-lo completamente, além de se diferenciar.
A laminina permite que o blastocisto fique grudado e a fibronectina (?) ajuda na locomoção dele para dentro.
Durante a segmentação, as células adquirem a capacidade de migrar. Esse movimento pode ser em massa ou individual.
No final da primeira semana (7º dia), se inicia o movimento chamado delaminação. A porção mais inferior de células do embrioblasto (as que estão em contato com o blastocele) se delamina que passa a se chamar hipoblasto. Essas células se diferenciam, adquirindo um aspecto epitelial.
Começam a surgir pequenas cavidades no embrioblasto onde se acumula liquido. Essas pequenas cavidades vão se juntando até se formar uma cavidade única (cavidade amniótica), dividindo a massa celular interna em duas partes: uma que fica em contado com o hipoblasto (que se assemelha a um epitélio cilíndrico) e outra que fica em contato com o trofoblasto (que se assemelha a um epitélio com células achatadas). 
	O que fica em contado com o trofoblasto passa a se chamar o ectoderma amniogênico.
	O que fica em contado com o hipoblasto é o epiblasto, de onde vai se originar o embrião. 
O hipoblasto começa a crescer, rodeando todo o blastocele, que forma o endoderma extra-embrionário. A cavidade passa a se chamar cavidade vitelina
Disco embrionário bilaminar: constituído pelo epi e pelo hipoblasto. Antigamente se acreditava que o embrião surgisse dele, mas hoje se sabe que ele surge do epiblasto.
O endoderma extra-embrionário produz uma população nova de células que se coloca entre ele e o trofoblasto e preenche todo o espaço entre eles e entre o trofoblasto e o ectoderma amniogênico. Essa população de células se chama mesoderma extra-embrionário e é composta de células estreladas e matriz celular altamente hidratada, adquirindo aspecto mesenquimal. A movimentação dessas células se dá pelo reconhecimento da MB
	Nesse mesoderma as células começam a adquirir estrutura epitelial e começam a aparecer cavidades preenchidas por liquido. Essas cavidades se chamam celomáticas.
	Todas essas cavidades se fusionam, se modo que o mesoderma extra-embrionário se divide em uma porção em contato com o trofoblasto e um em contato com o endoderma extra-embrionário e com o ectoderma amniogênico. Essa grande cavidade se chama celoma extra-embrionário.
O folheto de mesoderma que ficou mais externo, em contato com o trofoblasto, se chama mesoderma extra-embrionário somático, assim como a porção que está em contato com o ectoderma amniogênico. A parte que está em contato com o endoderma extra-embrionário se chama mesoderma esplâncnico.
O âmnio é a junção do mesoderma extra-embrionário e do ectoderma amniogênico.
A junção do mesoderma esplâncnico e o endoderma extra-embrionário formam o saco vitelínico.
A membrana formada pela união do trofoblasto com o mesoderma extra-embrionário somático é o córion.
	Esses três são anexos embrionários
Existe uma região de mesoderma extra-embrionério que não se separou nos dois folhetos, que se chama películo embrionário. Ele é a união do córion com as estruturas internas, e formará parte do cordão umbilical, unindo o embrião com a placenta.
Esse blastocisto está completamente implantado no 14º dia. O embrião ainda nem começou a ser formado, mas todas as estruturas anexas importantes para relacionar o embrião com o tecido materno já foram formadas.
É formado um divertículo no saco vitelínico para dentro do pedículo embrionário, que é o alantóide. Ou seja, o alantóide é formado pelo mesoderma extra-embrionário e pelo endoderma extra-embrionário.
O endoderma tem a função de sinalizar a formação de vasos sanguineos, portanto os anexos que terão vasos inicialmente serão o alantóide e o saco vitelínico.
	No âmnio e no corion, a formação de vasos sanguineos é dada posteriormente, por outros processos.
Somatopleura é uma membrana que formará corpo. Formada pelo ectoderma e pelo mesoderma. Ela pode ser extra embrionária (ectoderma amniogenico e mesoderma extra-embrionário somático). Os anexos derivados dela são o amnio e o corion
Esplancnopleura é formada pelo endoderma e pelo mesoderma. Quando extra-embrionária, é mesoderma e endoderma extra-embrionários. Os anexos derivados dela são o saco vitelínico e o alantóide.
30/08
O período até a terceira semana é chamado pré-embrionario.O período embrionário é dado da quarta a oitava semana, com a formação de todos os sistemas e aparelhos – organogênese. A interação entre os tecidos é que promove a diferenciação.
	Esse é o pior período para que ocorram as malformações congenitas
O pedículo embrionário determina a parte posterior do embrião.
O desenvolvimento do embrião se dá de acordo com a posição no disco embrionário – quem está “em cima” vira o embrião em si –, e não apenas as características químicas do vitelo, etc. Sabe-se que o embrião se desenvolve do epiblasto embrionário.
Mórula
	Massa celular interna -> embrioblasto -> epiblasto -> ectoderma embrionário / epiblasto embrionário
						 -> hipoblasto -> endoderma extra embrionário -> mesoderma extra embrionário
	Massa celular externa -> trofoblasto -> citotrofoblasto
						 -> sincitotrofoblasto
Na terceira semana, tem inicio a gastrulação. Ocorre uma movimentação das células, onde o epiblasto se reorganiza de forma que entre em contato com células com as quais não possuía antes. Esse novo contato é necessário para que haja prosseguimento no desenvolvimento do embrião.
	O disco embrionário bilaminar passa a ser trilaminar, sendo constituído pelo ectoderma, o mesoderma e o endoderma intra embrionários, que derivam do hipoblasto.
O ectoderma está relacionado com a formação da pele e do sistema nervoso (central e periférico?)
Mesoderma origina tecido conjuntivo, muscular, sistema uro-genital, sangue
Endoderma origina o epitélio de revestimento e glandular dos tubos digestivos e respiratórios.
A posição de cada célula é importante para a formação dos tecidos, células fora do lugar podem levar a erros de desenvolvimento.
Na região caudal/posterior do disco bilaminar aparece uma elevação, um aglomerado de células, que forma uma massa opaca, chamada complexo da linha primitiva. Na parte mais anterior desse complexo, encontramos o nó primitivo e, na parte mais posterior, a linha primitiva em si.
	Fica localizado próximo ao pedículo embrionário.
A essa altura, a segmentação já terminou, então o embrião começa a crescer 
O complexo começa a crescer, de acordo com o crescimento do epiblasto.
	*se utilizava tinta nanquim para marcação, já que as células fagocitavam, mas não conseguiam degradar. Notava-se que as células da região anterior e lateral migravam para a região caudal, de modo a formar/aumentar o complexo da linha primitiva
	Todo o complexo de linha primitiva passa a apresentar uma depressão longitudinal. O que era linha primitiva passa a ser chamado sulco primitivo, e o que era nó passa a ser fosseta primitiva
		Na região apical das células do complexo de linha priitiva, aparecem anéis de microfilamentos que estreitam essa parte da célula, fazendo com que elas assumam uma forma piramidal e surja a depressão da linha primitiva
	e-caderinas unem as células que formam o epiblasto. A perda dessas moléculas e a abertura da membrana basal permite a saída de celulas
As células do complexo, que possuem caráter epitelial, começam a se desprender. As primeiras células a se soltarem são as da fosseta primitiva.
	As células que saem da fosseta passam a se localizar entre as células do hipoblasto, empurrando-as para as laterais e substituindo-as. Essa nova camada de células, que é derivada do complexo de linha primitiva, forma, enfim, o endoderma intra-embrionário. 
	As outras células da fosseta primitiva que se desprendem permanecem entre o epiblasto embrionário e o agora endoderma intra-embrionário. Elas se agrupam, formando um cordão epitelial de células, rodeado por uma membrana basal, chamado notocorda ou mesoderma axial (porque forma o eixo do embrião). O crescimento da notocorda se dá para trás, mas não é dependente de divisão dela própria, e sim da diminuição da fosseta primitiva
	Algumas outras células, ainda, se soltam do sulco primitivo e permanecem soltas no espaço entre o epiblasto e o endoderma ie. Elas se deslocam lateralmente, formando o mesoderma lateral.
		O mesoderma lateral se continua com o mesoderma extra-embrionário. Ele possui um aspecto de tecido conjuntivo frouxo.
Depois de originar o endoderma e o mesoderma intra-embrionários, as células que restaram do epiblasto formam o ectoderma ie.
O processos de maturação cefalo caudais não são simultâneos – acontece mais rapidamente na região cefálica. Ou seja, enquanto na região cefálica já começa a haver diferenciação do sistema nervoso central, a região caudal ainda está gastrulando.
As células, por terem migrado e adquirido novas posições, assumem outras funções no desenvolvimento
Existem duas regiões, uma na região cefálica e outra na região caudal onde o endoderma e o ectoderma estão muito ligados, fusionados, sendo a cefálica a membrana bucofaringea e a caudal, a membrana cloacal.
O disco embrionário trilaminar já está totalmente formado ao final da terceira semana
As células mais anteriores do sulco primitivo (após a separação das células da fosseta) se deslocam para a região mais cefálica, enquanto as mais caudais migram de forma a saírem do disco embrionário (para substituir o mesoderma extra-embrionário). As intermediarias ocupam as regiões mais laterais (quanto mais posterior, mais lateral)
	(a parte mais interna e cefálica forma o sistema muscular esquelético)
	(a região mais lateral e caudal forma os sistemas genital e urinário) 
01/09
Padrão de diferenciação: a cabeça se desenvolve primeiro – desenvolvimento céfalo-caudal. As regiões dorsais (principalmente o sistema nervoso central) também se desenvolvem precocemente – desenvolvimento dorso-ventral.
Quarta semana do desenvolvimento: neurulação (já considerado dentro da organogênese.
O primeiro indicio de relações celulares é das células da notocorda com o ectoderma supra adjacente, o que estimula uma diferenciação das células do ectoderma, onde surge um espessamento. Esse espessamento passa a ser chamado de placa neural. Essas células são mais estreitas e mais altas.
Depois, onde existia o espessamento, surge um sulco, ao longo de toda a placa neural, o que se chama sulco neural. As bordas superiores desse sulco vão se aproximando até se juntarem, formando um tubo, que se solta do ectoderma. Essa estrutura se chama tubo neural.
*foram feitas experiências, onde se retirava a notocorda do seu lugar, não havia diferenciação da placa neural, o ectoderma passava a ser simplesmente cutâneo.
	se a notocorda fosse implantada em outro local, se induzia a formação da placa neural neste novo local.
Foram feitas teorias para explicar essa diferenciação da placa neural.
	Clássica: a notocorda produz substancias que dizem as células do ectoderma que elas devem se diferenciar. Ou seja, uma estrutura indutora (notocorda) produz substancias indutoras que agem sobre um tecido induzido (ectoderma). O tecido que se forma é o neuroectoderma. (a placa neural é a manifestação morfológica do neuroectoderma)
		Substâncias: cordina, nogina, folistatina...
		O tecido induzido tem que ter competência para receber a mensagem do indutor, não pode se restringir para desbloquear as partes do genoma. Essa indução também esta limitada a um determinado período do desenvolvimento (tanto pela produção das substancias indutoras quanto pela competência do ectoderma)
	Ausência: BMP4 (proteína morfógena de osso 4) sai do endoderma e age no ectoderma, que tem receptores para ela. Quando ocorre a ligação, ela estimula a diferenciação em epiderme (fator epidermizante). Essa teoria diz que o ectoderma já se diferenciaria naturalmente em neuroectoderma, mas isso é bloqueado pela BMP4. A notocorda bloquearia os receptores de BMP4 na região de ectoderma imediatamente acima dela, o que permitiria que o ectoderma seguisse o caminho normal de diferenciação. Então, a notocorda não seria responsável pela diferenciação do ectoderma, propriamente, e sim por impedir que ele se transformasse em epiderme.
A diferenciaçãonada mais é do que o desbloqueio de determinada parte do genoma.
A placa neural não é homogênea em todo o seu trajeto: ela é mais larga na região cefálica e mais estreita nas porções média e caudal (forma de buraco de fechadura). Isso acontece porque a região cefálica formará o encéfalo e a porção caudal formará a medula espinhal. Portanto, já existe um esboço do futuro SNC.
O fechamento do tubo também não é uniforme. Ele ocorre primeiramente na região média (entre o encéfalo e a medula espinhal), depois vai fechando simultaneamente para cima e para baixo. 
As extremidades que permanecem abertas se chamam neuróporos (anterior e posterior). O neuróporo anterior se fecha primeiro, e cerca de 3 dias depois o posterior também se fecha. Portanto, ao final da quarta semana, o tubo neural já está totalmente separado do ectoderma. Existem malformações causadas por problemas de fechamento.
A notocorda não tem influência na formação do sulco e do tubo neural. São fatores intrínsecos que levam a esse movimento morfogenético.
Ponto de dobradiça mediano / articulação media: há uma modificação do citoesqueleto das células da placa neural, fazendo com que as células da região central se dobrem e surja o sulco.
Existe também a teoria de que existem diversos filamentos que unem as membranas basais da placa neural e da notocorda que servem como ponto de ancoragem para a formação da depressão.
Surge uma população celular onde há a ligação entre as células do ectoderma cutâneo e do ectoderma neural, que passa a se chamar crista neural. Ela evolui juntamente com o sulco e com o tubo neural. 
A borda que se forma durante o processo de formação do sulco e do tubo neural (que inclui o ectoderma cutâneo, o ectoderma neural e as células da crista neural – seu ápice) é a prega neural.
	Todas essas células se ligam e se reconhecem pela e-caderina.
Antes de se formar o tubo, as células da crista neural na região cefálica se separam da estrutura. Na região medular, elas permanecem, chegando a pertencer ao tubo neural por um tempo.
Na região dorso-lateral, também existem pontos de dobradiça, que permitem o fechamento do sulco. As pregas neurais se juntam, os tecidos iguais se reconhecem (modificação das moléculas de adesão celular: e-caderinas para N-CAM e n-caderinas) e se unem, formando o tubo.
	*as e-caderinas passam a pertencer apenas ao ectoderma cutâneo.
Existe também atração mutua entre tecidos semelhantes, no caso, as pregas neurais, que também facilitam o fechamento do tubo neural e a separação do mesmo.
Outro fator que auxilia é o acido fólico (inclusive, deficiência de acido fólico na gestante leva a problema de fechamento de tubo). O colesterol também é importante.
*anencefalia deveria se chamar meroanencefalia, já que deve existir o tronco encefálico (caso contrario, o bebe não respiraria, etc)
Alguns autores consideram que as cristas neurais são um quarto folheto embrionário, porque elas geram diversas estruturas (ex: melanócitos). Ela possui um potencial de migração muito grande (por isso que melanomas são altamente metastáticos). 
	Acredita-se que elas já “sabem” o que vão gerar, mesmo antes de migrarem (se as células para formar mandíbula pararem em um local onde não deveria haver mandíbula, elas vão continuar se diferenciando nesse tipo celular). 
	Outra teoria diz que, dependendo do tempo do desenvolvimento, elas se diferenciam em determinadas células. 
	Outros autores ainda dizem que o meio induz a diferenciação delas.
As células da crista neural que se desprendem (região do encéfalo) assumem uma forma estrelada. Elas cobrem toda a região anterior do encéfalo, como um lenço.
As células da crista neural na região medular se desprendem depois da formação do tubo, formando uma camada de células acima do tubo neural.
	Elas sofrem divisão, gerando duas populações de células supero-lateralmente ao tubo neural (dois cordões). Depois, elas se metamerizam, formando “bolinhas” de células, ainda na linha dos cordões 
As células da crista neural podem originas
	Gânglios espinhais sensitivos (medula)
	Gânglios de nervos cranianos, também sensitivos (V, VII, IX e X)
	Gânglios simpáticos e parassimpáticos
	Células da medula adrenal
	Melanócitos
	Células de Schwann
	Odontoblastos
	Células para-foliculares da tireóide 
	Ossos do crânio
	Meninges 
	Parte do coração (septação do bulbo arterial – saída do coração, que origina a aorta e as aa pulmonares)
*existe uma correlação de malformações da face com malformações do coração, por serem originadas por modificações células da crista neural
Existe um contato entre o telencéfalo, o diencéfalo e o mielencéfalo e o ectoderma, o que forma placodios, que são placas espessadas de ectoderma.
	São três pares de placódios, cada um relacionado a um órgão do sentido: olfatórios, cristalinianos e óticos
		O telencéfalo está relacionado ao placódio olfatório, onde se desenvolve o epitélio olfatório
		O diencéfalo está relacionado ao placódio cristaliniano, onde se desenvolve o cristalino
		O mielencéfalo está relacionado ao placódio ótico, onde se desenvolve o labirinto membranoso
06/09
A pele é derivada do ectoderma e do mesoderma
Estruturas que já foram desenvolvidas induzem a formação de outras.
A notocorda só tem função durante o período embrionário, que é a função indutora da formação do sistema nervoso. Ela involui depois, permanecendo apenas como o núcleo bulboso do disco intervertebral
O mesoderma embrionário se continua com o mesoderma extra-embrionário do saco vitelínico e do âmnio. O ectoderma embrionério se continua com o ectoderma do âmnio e o endoderma embrionário se continua com o do saco vitelínico.
	O mesoderma extra-embrionário forma o âmnio, o córion, o saco vitelínico, o alantóide e o pedículo embrionário – e tudo isso forma o cordão umbilical, posteriormente (?)
	O mesoderma intra-embrionário forma o axial (notocorda), que é originado da fosseta primitiva, e o lateral, originado do sulco primitivo, que se divide em: paraaxial (do lado do eixo do embrião), intermediário e da lamina lateral. 
A localização dele no disco determina o tipo de tecido que ele ira formar.
Mesênquima é um tecido embrionário constituído por células estreladas ou fusiformes com grande capacidade de diferenciação e de movimentação, independente de sua origem embriológica; pouca quantidade de matriz extra-celular. A maior parte dele tem origem no mesoderma lateral, mas uma parte se origina de células do ectoderma da crista neural da região da cabeça (nesse caso, chamada de ectomesenquima)
Evolução do mesoderma para axial
	Na região mais cefálica começa a aparecer um aumento do numero de células e um empacotamento das mesmas. Elas se condensam devido a produção de moléculas de adesão celular. Essa condensação vai acontecendo cefalo-caudalmente.
	Começam a surgir constrições, estreitamentos nesse amontoado de células. Essas pequenas populações de células condensadas se chamam somitômeros.
	Até o 7º somitomero, eles ainda são estruturas unidas, apesar de conseguir fazer a diferenciação. O 8º somitomero se separa como uma estrutura individual no momento em que surge o 10º, 11º... Ele possui característica epitelial, possuindo até membrana basal, que é quando passa a se chamar somito. À medida que os somitomeros vão surgindo, mais para baixo, os somitos vão se separando os somitos.
		É possível saber a idade do embrião a partir do numero de somitos.
	Quando na linha primitiva desaparece (?), termina a formação de somitomeros e de somitos.
	No fim, surgem 4 pares de somitos occipitais, 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacros, 8 a 10 coccígeos. Dorsalmente, os somitos tem uma forma quadrada, mas em corte transversal, sua forma é triangular (sendo a base dele próximo ao eixo do embrião.
	É uma propriedade intrínseca do mesoderma para axial de se separar em somitos, independentede onde estejam localizados (já foram feitos experimentos). Já a evolução do somito para um tecido específico depende de sua localização.
 
	O somitomero se separa em somito quando há produção de membrana basal. Inclusive, a parte basal da célula quando ela ainda era parte do sulco primitivo é a que forma a parte basal no somito, conduzindo a movimentação para a formação do condensado.
	O somito pode estar em contato com várias estruturas, como tubo neural, notocorda, mesoderma intermediário, endoderma, ectoderma. Isso é que determina em que vão se diferenciar.
	O somito é subdividido em varias partes, de acordo com o que vão originar:
		Esclerótomo, que é a região mais ventral
		Dermomiótomo, que é a região mais dorsal e ainda pode ser divida em três outras partes:
			Miótomo medial – parte mais interna, mais medial
			Miótomo lateral – mais lateral (duh!)
			Dermátomo – parte intermédia 
	A notocorda e a região ventral do tubo neural influenciam o esclerótomo		a região dorsal do tubo neural influencia o miótomo medial
	A região dorsal do teto do tubo neural influencia o dermátomo
	O ectoderma cutâneo e o mesoderma da lamina lateral influenciam o miótomo lateral
	As células do esclerótomo perdem a membrana basal por influencia da notocorda e se transformam em mesenquima secundário. Essas células migram e passam a rodear a notocorda, ao mesmo tempo em que ocorre um surto de mitose. Elas se diferenciam em condroblasto, que começam a produzir matriz extracelular, que é o colágeno tipo II. Com isso, há a formação do tecido cartilaginoso.
		A ação do tubo neural no esclerotomo é induzir uma região especifica do esclerotomo para que esse tecido migre dorso-lateralmente para constituir os arcos vertebrais
O tecido muscular estriado é formado devido a indução do tubo neural no miotomo medial, havendo a separação das células dessa região, que adquirem forma estrelada para depois passarem a uma forma fusiforme (mioblasto). Essas células se fundem, formando um miotubulo, quando seus núcleos se deslocam para a periferia, formando a fibra muscular. Do miotomo medial, saem, particularmente, os músculos extensores da coluna vertebral.
As células do dermatomo se desprendem devido a influencia do tubo neural, ficando alojadas em toda aquela região dorsal, formando a derme da pele dorsal do embrião.
As células do miotomo lateral vão migrar como células mesenquimais secundárias para os brotos dos membros, formando tecido muscular dos membros e da parede do corpo 
Em principio, o mesoderma intermediário é metamerizado, mas depois ele se solta do lateral e se fusiona em dois cordões, chamados cordões nefrogênicos. Esse cordão vai da região cervical até a região caudal.
	Existem teorias que dizem que a notocorda produz substancias que agem na região mais cefálica desse cordão, originando um rim primitivo cervical, chamado pró-néfron. Ele não é funcional no homem, mas a partir dele surge uma estrutura em forma cordonal que cresce em direção caudal. Quando essa estrutura passa na região torácica, induz a formação, no cordão nefrogênico, de um grande rim, chamado mesonefrons. 
	Aquele ducto originado do pronefro, ainda, continua crescendo em sentido caudal (tendo uma parcela no mesonefro) e desemboca na cloaca. Na cloca, esse ducto emite um broto, que age sobre a região caudal do cordão nefrogenico induzido a formação do rim definitivo, o metanefro (só surge em animais terrestres)
		O mesonefro é funcional em animais aquatidos, não tem alça de henle
	Essas estruturas têm um período de coexistência
	Pode acontecer de o broto não encontrar o cordao nefro, ocasionando a não formação do rim. A criança se desenvolve normalmente na gestação, porque a excreção é feita por outras estruturas (liquido amniótico) mas morre após o parto
A formação das gônadas também está relacionada ao mesoderma intermediário
08/09
A notocorda não permanece na região cefálica
O mesoderma da lamina lateral nas bordas se continua com o mesoderma extra-embrionário (âmnio e saco vitelínico). Ele forma um arco, como uma ferradura, da parte lateral até a parte cefálica, passando anteriormente a membrana buco-faríngea. Na região caudal, ele se continua com o pedículo embrionário.
Começam a surgir cavidades ao longo de todo o mesoderma da lamina lateral, que vai se tornar o celoma intra-embrionário, que se junta ao celoma extra-embrionário. Isso acaba por dividir o mesoderma em dois folhetos – um que se une ao ectoderma (mesoderma somático) e outro que se une ao endoderma (mesoderma esplâncnico)
	A junção do mesoderma com o ectoderma se chama somatopleura intra-embrionária – que se continua com a extra-embrionária – e a junção dele com o endoderma se chama esplancnopleura intra-embrionária – que também se continua com o extra.
Há uma migração de células que surge na região cefálica da linha primitiva indo em direção ao mesoderma da lamina lateral, principalmente para a parte mais cefálica do disco. Essas células passam a formar o mesoderma cardiogênico, e são responsáveis por formar o coração. Elas já estão comprometidas com a formação de partes determinadas do coração (átrio, ventrículo, septo, etc).
O celoma intra-embrionário não se comunica com o extra-embrionário na região cefálica do disco. Esse celoma se denomina canal pericárdico pleuro peritonial.
	A parte visceral (pleura, pericárdio, peritônio) se origina da esplancnopleura.
Os vasos sanguíneos têm origem no mesoderma esplâncnico. As primeiras células que surgem, na verdade, surgem do extra-embrionário (do saco vitelínico). Isso é importante porque o embrião ainda não tem capacidade para produzir células sanguíneas, então o vaso surgindo do espaço extra-embrionário garante a chegada delas ao embrião. 
	Vasculogenese – formação de células endoteliais a partir do mesoderma que se agrupam em forma de tubo e são rodeadas por células mesenquimais que formarão tecido conjuntivo, muscular, etc. é a formação de vasos do zero
	Angiogenese – formação de vasos a partir de vasos pré-existentes
A somatopleura forma a parede do corpo (ectoderma forma a epiderme e o mesoderma forma a derme).
A esplancnopleura forma o tubo digestivo, as glândulas, etc. O endoderma forma a parte endotelial desse tubo e dessas glândulas e o mesoderma forma o tecido conjuntivo e muscular.
A evolução do endoderma tem vários passos. No primeiro momento, a evolução depende de mecanismos passivos, ou seja, por influencia da formação de outras estruturas. Por exemplo, com a formação do tubo neural, o endoderma se dobra, acompanhando o movimento de todo o disco embrionário – isso inclui o endoderma e parte do saco vitelínico dentro do embrião. Esse dobramento acaba por formar o intestino primitivo.
	Depois disso, começam a haver interações entre regiões desse endoderma que permitem a diferenciação regional (esôfago, estômago, intestino, etc). Ocorre, ainda, uma diferenciação histológica, adquirindo funções diferentes.
A região cefálica se dobra primeiro, como todo o desenvolvimento, que é cefalo caudal. O encéfalo primitivo se desenvolve muito (5 vesículas) e ultrapassa o extremo anterior da notocorda, forçando o resto do tubo neural para dentro da cavidade amniótica, passando a ser mais ventral do que o resto do tubo. Isso acaba empurrando também o coração mais para baixo, mais ventralmente.
O teto do saco vitelínico é incorporado ao embrião, mais propriamente ao intestino primitivo. Esse dobramento é causado pela ventralização das membranas buco-faríngea e cloacal e forma dois recessos – um maior, que é o intestino primitivo anterior, e outro menor, que é o intestino primitivo posterior. A parte do saco vitelínico que está aberta para a cavidade vitelínica passa a se chamar intestino primitivo médio. 
O dobramento se dá de forma que as estruturas que eram mais laterais de tornam mais ventrais.
O intestino primitivo anterior vai se alongando, sendo quea membrana buco-faríngea forma o seu limite anterior. A parte ectodérmica dessa membrana possui uma proeminência, que se chama estomodeo. Nessa fase, o coração e o celoma cefálico ficam exatamente “abaixo” do IPA. 
O pedículo começa a se aproximar do saco vitelínico e o alantóide se torna ventral, se localizando logo abaixo do IPP.
Começam a se formar pregas, que delimitam a comunicação do IPM com o saco vitelínico, até se formar um tubo, e do celoma intra-embrionário com o extra, até que não haja mais.
Enquanto o dobramento continua, o coração passa a assumir uma posição mais dorsal em relação ao celoma.
A faringe primitiva é a parte mais cefálica do IPA, que está relacionada com a formação da face do embrião e do seu pescoço. A parte caudal do IPA forma o esôfago, o estomago, o fígado, o pâncreas.
A porção mais posterior do IPP possui uma dilatação chamada de cloaca (porque tem a parte digestiva, mas também possui comunicação com o ducto mesonefrico?). A porção ectodérmica da membrana cloacal forma o proctodeo. 
Quando a junção entre o IPM e o saco vitelínico se estreita muito, ela passa a se chamar pedículo vitelínico, que se junta ao pedículo embrionário (?), o mesoderma do âmnio e do saco vitelínico (que se fundem, de forma que não existe mais comunicação do intra com o extra), o alantóide e para formar o cordão umbilical. O alantóide orienta a formação de vasos do cordão umbilical e da placenta.
*existem malformações devido a pouca quantidade de liquido amniótico, já que as forças do liquido auxiliam no seu desenvolvimento harmônico.
Notocorda tem função motorizante (ela influencia a formação de neurônios motores)
No final da oitava semana, já é possível reconhecer formas/estruturas (?) humanas no embrião.
O crescimento do embrião é o aumento de tamanho e de peso (de 140 micrometros para 50 cm e de fração de micrograma para 3kg). Isso se dá pelo aumento do numero de células e do aumento no tamanho das células. Outra coisa que ajuda o crescimento do embrião é o aumento da quantidade de matriz extra-celular.
Só o crescimento não é indicativo de que se originará uma criança. É necessário que haja diferenciação celular. Num primeiro momento, a diferenciação é química, quando elas começam a produzir substâncias características do seu tipo celular. A outra fase é morfológica, que normalmente é derivada dessa produção de substancias características (por exemplo, actina e miosina dão a característica da célula muscular estriada). Por ultimo, a diferenciação é funcional.

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