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Manual de dietas

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Março 
2012 
 
 
 
 
 
Universidade Lúrio – Faculdade de 
Ciências da Saúde 
Curso de Nutrição 
Março 2012 
Manual de dietas do Hospital 
Central de Nampula 
 
 
DIETAS HOSPITALARES 
 
 Universidade Lúrio – Faculdade de Ciências da Saúde 
 Março 2012 
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 2 
Periodicidade Anual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREFÁCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de dietas do Hospital Central de Nampula 
N.° 1 – Março 2012 
 
FICHA TÉCNICA 
Propriedade: Estudantes de Nutrição do IV ano (estagiários) da Faculdade de Ciências da Saúde – 
Universidade Lúrio 
Coordenadora: 
 Dra. Carla Marques Ganhão 
 
Autores: 
Momade Lourenço Simões • Artur Fernando dos Santos • Cecília João Boaventura 
 
Colaboraram neste Manual de dietas do Hospital Central de Nampula 
Dra. Dulce Z. A. Viola 
 
Os artigos publicados são da exclusiva responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução dos artigos 
publicados para fins não comerciais, desde que indicada a fonte e informada à Universidade Lúrio. 
 
Tiragem: 6 exemplares 
Periodicidade: Indefinida 
 
 
 
 
 
DIETAS HOSPITALARES 
 
 Universidade Lúrio – Faculdade de Ciências da Saúde 
 Março 2012 
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 3 
PREFÁCIO 
 
Aos irmãos que, por livre espontânea vontade, resolveram seguir esta 
carreira de ciência que acaba de emergir, desejamos que nunca desistam 
e tenham espírito de inovação, investigação e criatividade para que 
possam contribuir de forma significativa na expansão dos conhecimentos 
da ciência de nutrição à população e comunidade em geral e se apartam 
de tentações corruptas e teorias sem fundamento. Este manual é um 
instrumento que surge com o intuito de ajudar a melhorar os cuidados de 
atendimento sobre a terapia nutricional aos doentes internados no 
Hospital Central de Nampula com perspectiva de melhorar o 
prognóstico dos pacientes daquela unidade sanitária de acordo com as 
patologias de base verificadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIETAS HOSPITALARES 
 
 Universidade Lúrio – Faculdade de Ciências da Saúde 
 Março 2012 
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ABREVIATURAS 
 
HC = Hidratos de carbono 
SAND = Serviço de Alimentação Nutrição, e Dietética 
a.a = aminoácido 
AVB = alto valor biológico 
cc = 
ml = mililitros 
Ca = cálcio 
Fe = ferro 
TGI = trato gastro intestinal 
GEB = gasto de energia basal 
GET = gasto de energia total 
VCT = valor calórico total 
DPOC = doença pulmonar obstrutiva crónica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIETAS HOSPITALARES 
 
 Universidade Lúrio – Faculdade de Ciências da Saúde 
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INTRODUÇÃO 
 
anual de Dietas – é um instrumento de trabalho que reúne um conjunto 
de opções dietéticas (programadas, codificadas e tipificadas), resultante 
das necessidades nutricionais dos diferentes utentes internados numa 
instituição hospitalar. 
A alimentação fornecida é baseada na aplicação dos conceitos de uma alimentação 
saudável e/ou de prescrições dietéticas. É confeccionada segundo os preceitos da culinária 
saudável e o sabor deve ser suficientemente agradável e apetitoso de modo a proporcionar prazer 
e fidelizar os utentes, evitando os desperdícios e/ou a sua substituição por comida trazida do 
exterior pelos seus familiares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cada tipo de dieta apresentada no manual deverá reunir informações relevantes à 
denominação genérica: características gerais; indicações; adequação nutricional; métodos de 
confecção permitidos; alimentos proibidos, composição nutricional média da dieta especificada. 
Por norma as dietas deverão satisfazer 6 refeições diárias: pequeno – almoço; meio da manhã; 
almoço; lanche; jantar; ceia. Deve ter identificação adequada, bem como nome do paciente, 
número do quarto, número do leito e dieta. Os pacientes devem ter suas preferências alimentares 
preservadas mediante operacionalização do serviço e prescrição dietética. 
 
 
 
 
 
M 
Alimentação saudável, Alimentação 
equilibrada. Padrão alimentar adequado 
às necessidades biológicas e sociais dos 
indivíduos e de acordo com as fases do 
curso da vida. 
 
 
 
DIETAS HOSPITALARES 
 
 Universidade Lúrio – Faculdade de Ciências da Saúde 
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DIETAS HOSPITALARES 
Pensando em técnicas de hospitalidade, são aplicados no dia-a-dia do paciente conceitos 
não comuns aos hospitais para que eles se sintam como hóspedes em relação a alimentação. A 
gastronomia hospitalar é baseada na arte de bem servir. Prima-se pelo aroma, sabor, apresentação 
de seus pratos, tendo o paciente atendimento individualizado, respeitando as preferências, 
aversões alimentares e hábitos regionais. 
 
DIETAS DE ROTINA 
Dietas modificadas quanto a consistência dos alimentos e preparações que as compõem, tendo 
como objectivo principal facilitar o processo de mastigação, deglutição, e digestão, sendo 
classificadas para as várias dietas as seguintes variantes: 
 
Dieta Líquida Completa 
Como o nome indica compõe-se exclusivamente por alimentos líquidos, embora possam 
incluir-se substâncias dissolvidas ou emulsionadas pouco concentradas. Constitui uma dieta de 
transição que se utiliza em períodos limitados ou em situações em que se suspende a alimentação 
oral por motivos cirúrgicos (após cirurgia), digestivos, neurológicos ou de qualquer natureza que 
obrigue a interromper o normal consumo de alimentos. Nalguns casos, pode ser durante um 
longo tempo. 
É um tipo de dieta que facilita o reinício da alimentação no caso de estados ou situações de muita 
debilidade, assim como na anorexia profunda, pois é de fácil digestão, não necessita de 
mastigação, a sua digestão é rápida, o seu aproveitamento é elevado e além disso tem pouco 
resíduo. 
 
Deve ser administrada em curtos intervalos de tempo, cada 2 a 4 horas e quando é mais 
espessa, em 5 porções ao dia com um volume total de 2 a 2,5 litros, quantidade suficiente para 
cobrir as necessidades hídricas. É importante ter em conta que esta dieta geralmente é 
hipocalórica, pouco equilibrada e incompleta do ponto de vista dos micronutrientes. 
 
 
 
 
 
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Características 
Dieta completa modificada na textura e na consistência. Todos os alimentos são 
triturados e batidos de forma a serem transformados num líquido não muito espesso e sem 
grumos. Esta dieta poderá ou não ter uma ementa pré-estabelecida podendo ter ou não adição de 
sal. 
 
Indicações 
Destina-se a indivíduos debilitados ou incapacitados de ingerir alimentos sólidos ou 
cremosos. Também está indicada na transição entre a dieta líquida ligeira e a dieta mole ou 
ligeira. 
 
Adequação nutricional 
Não satisfaz as necessidades nutricionais e calóricas. Deve ser administrada o menos 
tempo possível (2 a 3 dias) para evitar emagrecimento e carências múltiplas, caso contrário deve 
ser suplementada com produtos 
comerciais. 
 
Alimentos não permitidos 
Leite gordo 
 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 1700 a 1900 Kcal 
Proteínas: 20% 
Lípidos: 20% 
HC: 60% 
Sugestões: Deve ser suplementada com produtos comerciais, principalmente,se for administrada 
por muito tempo. 
 
Observação 
Todas as preparações devem ser liquidificadas e posteriormente coadas por pelo menos duas 
vezes. Todas as preparações liquidas podem ser acrescidas de açúcar. 
 
 
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Dieta Líquida Ligeira ou restrita 
Características 
Dieta incompleta e desequilibrada. Isenta de resíduos como fibras alimentares, leite e derivados, 
fonte oral de líquidos de rápida absorção e minimiza a estimulação do tracto gastrointestinal e 
deixa o mínimo de resíduos. 
 
Indicações 
Destina-se a indivíduos que necessitem de preparação cólica para cirurgia ou exame, ou 
como primeiro passo da introdução da dieta (no pós-operatório imediato ou como transição entre 
o jejum prolongado e a dieta líquida), cirurgia do trato gastrointestinal. 
 
Adequação nutricional 
É inadequada em energia e na maioria dos nutrientes. Não deve ser usada por mais de 1 a 
3 dias, caso seja necessário, deve ser suplementada com produtos comerciais. 
 
Alimentos não permitidos 
Leite 
 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 600 Kcal 
Proteínas: 6% 
Gorduras: 5% 
HC: 89% 
 
 
Observações 
Todas as preparações devem ser liquidificadas e posteriormente coadas por pelo menos duas 
vezes. O fraccionamento deve ser de 6 a 8 refeições. 
 
 
 
 
 
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Dieta Líquida Completa Diabética 
Características 
Dieta completa e modificada na textura e na consistência. Todos os alimentos são 
triturados e batidos de forma a serem transformados num líquido não muito espesso e sem 
grumos. Esta dieta é semelhante à dieta líquida, mas sem açúcar e outros produtos que o 
contenham, pode ou não ter uma ementa pré-estabelecida, podendo ter ou não adição de sal. 
 
Indicações 
Destina-se a indivíduos debilitados ou incapacitados de ingerir alimentos sólidos ou 
cremosos, com perturbações do metabolismo dos HC, ou como transição entre a dieta líquida e a 
dieta mole ou ligeira. 
 
Adequação nutricional 
Não satisfaz as necessidades nutricionais e calóricas. Deve ser administrada o menos 
tempo possível (2 a 3 dias) para evitar emagrecimento e carências múltiplas, caso contrário deve 
ser suplementada com produtos comerciais. 
 
Alimentos não permitidos 
Leite gordo 
 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 1700 a 1900 Kcal 
Proteínas: 20% 
Lípidos: 20% 
HC: 60% 
 
 
 
Sugestões: Deve ser suplementada com produtos comerciais principalmente, se for administrada 
durante muito tempo. 
 
 
 
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Dieta mole/leve 
Características 
Dieta completa modificada na textura e na consistência. Predominantemente constituída 
por alimentos moles ou de consistência modificada devido a maior cocção e/ou fraccionamento 
dos alimentos. Esta dieta deverá possuir uma ementa pré-estabelecida, podendo ter ou não adição 
de sal. 
 
Indicações 
Destina-se a indivíduos com problemas de mastigação, deglutição e/ou digestão. Também 
pode ser indicada na transição para a dieta geral. 
Adequação nutricional 
Pode ser pobre em vitamina C e fibra. 
 
Métodos de confecção permitidos 
Métodos culinários simples tipo cozidos, grelhados, assados ao natural e estufados em cru. 
Alimentos proibidos 
Carne ou equivalentes duros e/ou fibrosos, pão ou equivalentes duros, produtos de 
salsicharia, charcutaria, natas e banha, vegetais crus ou muito fibrosos e saladas, fruta 
cristalizada, frutos secos e frutos crus com excepção de banana e de sumos 
 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 2200 a 2400 kcal ou 2000 a 2200 
kcal 
Proteínas: 15 a 20% 
Lípidos: 20 a 25% 
HC: 55 a 60% 
 
Observações 
Os alimentos não precisam ser liquidificados, o valor calórico dessa dieta é bem diminuído, por 
isso é necessário a adição de suplementos, farináceos com o objectivo de aumentá-lo. 
 
 
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Dieta mole diabética 
Características 
Dieta completa modificada na textura e na consistência. Predominantemente constituída 
por alimentos semilíquidos ou de consistência modificada devido a uma maior cocção e/ou 
fraccionamento. Esta dieta é semelhante à da dieta mole com redução da capitação dos 
farináceos, podendo ter ou não adição de sal 
 
Indicações 
Destina-se a indivíduos com comprometimento do metabolismo glicídico e com 
problemas de mastigação, deglutição e/ou digestão. Também indicada na transição para a dieta 
geral; 
Adequação nutricional 
Pode ser pobre em vitamina C e fibra. 
 
Métodos de confecção permitidos 
Métodos culinários simples tipo cozidos, grelhados, assados ao natural e estufados em cru; 
Alimentos proibidos 
Açúcar e produtos açucarados, carne ou equivalentes duros e/ou fibrosos, pão ou 
equivalentes duros, produtos de salsicharia e charcutaria, natas e banha, vegetais crus ou muito 
fibrosos e saladas, fruta cristalizada, frutos secos e frutos crus com excepção de banana e sumos. 
 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 1800 a 2000 Kcal 
Proteínas: 15 a 20% 
Lípidos: 20 a 25% 
HC: 55 a 60% 
 
 
 
 
 
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Dieta Pastosa 
Características 
Dieta completa modificada na textura e consistência. É constituída por alimentos de 
consistência modificada pelo facto de serem completamente triturados e envoltos em molho, de 
modo à consistência ser completamente pastosa. Esta dieta possui uma ementa pré-estabelecida, 
podendo ou não ter adição de sal. 
 
Indicações 
Destina-se a indivíduos com sérias dificuldades de mastigação, deglutição e/ou digestão. 
 
Adequação nutricional 
Pode ser pobre em vitamina C e fibra 
 
Métodos de confecção permitidos 
Métodos culinários simples tipo cozidos, grelhados, assados ao natural e estufados em cru 
 
Alimentos proibidos 
Carne ou equivalentes duros e/ou fibrosos, pão ou equivalentes duros, produtos de 
salsicharia e charcutaria, natas e banha, pegetais crus ou muito fibrosos e saladas, fruta 
cristalizada, frutos secos e frutos crus c/ excepção de banana e sumos. 
 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 2000 a 2200 Kcal 
Proteínas: 15 a 20% 
Lípidos: 20 a 25% 
HC: 55 a 60% 
 
Observações 
Todos os alimentos devem ser cozidos, os farináceos são uma alternativa para aumentar o valor 
calórico da dieta, não liquidificar todos os alimentos juntos transformando-o em sopa, modificar 
 
 
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a consistência para pastosa separadamente. Os biscoitos, pães de forma podem ser molhados no 
leite para formar papas e facilitar a mastigação e deglutição do paciente. 
 
Dieta Pastosa Diabética 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 1800 a 2000 Kcal 
Proteínas: 15 a 20% 
Lípidos: 20 a 25% 
HC: 55 a 60% 
 
NOTA: Prescrição idêntica à dieta pastosa, retirando o açúcar, as sobremesas doces e 
acrescentando 1 dose de vegetais B nas refeições principais. 
 
Dieta branda 
Característicasgerais 
Nessa dieta as fibras são abrandadas pela cocção e alimentos considerados fermentáveis devem 
ser restritos. 
 
Indicações 
Pacientes com relativa dificuldade de mastigação e deglutição, paciente com gastrite e úlcera. 
 
Observações 
Alimentos e temperos picantes, embutidos, enlatados, conservas, hortaliças cruas, leguminosas 
(somente utilizar o caldo), doces concentrados, café, álcool, mostarda, catchup, refrigerantes e 
sucos artificiais devem ser excluídos da dieta branda. 
Todos os alimentos devem ser cozidos; frutas com casca e não cozidos (salvo aquelas de 
consistência mole) devem ser proibidos. Os biscoitos, pães de forma podem ser molhados no 
leite para também facilitar a mastigação e deglutição do paciente. 
 
 
 
 
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Dieta Geral 
Características Gerais 
Dieta completa e equilibrada segundo os princípios da alimentação saudável. Esta dieta por 
norma, apresenta uma ementa pré-estabelecida podendo ter ou não adição de sal; 
 
Variante 
 Dieta Geral para grávidas e puérperas 
 
Indicações 
Destina-se a indivíduos que não requeiram modificações dietéticas específicas. Não existem 
reacções adversas nem contra-indicações; 
 
Adequação Nutricional 
Esta dieta é constituída de modo a satisfazer as necessidades nutricionais médias de um 
indivíduo adulto e os hábitos alimentares da população em geral; 
 
Confecções permitidas 
Todas as preparações são permitidas. 
 
Alimentos não permitidos 
Todos os alimentos são permitidos. 
 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 2200 a 2400 Kcal 
% de Proteínas: 15 a 20% 
% de lípidos: 25 a 30% 
% de HC: 55 a 60% 
 
Observações 
Frituras, condimentos em excesso devem ser 
evitadas. 
 
 
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SUGESTÃO DE REFEIÇÕES/HORÁRIOS UTILIZADO NOS HOSPITAIS 
Refeições Observações Exemplo de alimento Horários 
Pequeno-almoço Primeira refeição 
servida no dia 
1chávena almoçadeira de leite ½ gordo 
ou cevada ou chá, 1 pacote de açúcar ou 
adoçante, 1 pão, 1 pacote de manteiga 
(10g) ou de compota (20g). 
 
 
7:00h 
 
Meio da Manha Pequena refeição 
servida entre o 
pequeno-almoço 
e almoço 
Fruta, suco, iogurte. 
9:00h 
Almoço 
Grande refeição 
servida 
 
 Sopa de vegetais da dieta geral (250 
ml), prato – 160g de batatas ou 
equivalente em arroz ou massa ou 
leguminosas; 120g de carne ou peixe; 
150g de legumes/hortaliça/salada 
1 peça de fruta ou doce 
 
12:00h 
Meio da tarde Pequena refeição 
servida entre 
almoço e jantar 
Leite, iogurte, pão, margarina, frutas e 
leite batido com fruta. 
 
15:00h 
Jantar 
Grande refeição 
servida 
 
Salada, acompanhado do prato 
principal, sobremesa e bebida. 
18:00h 
Ceia 
Pequena refeição 
servida após o 
jantar 
 
1 chávena almoçadeira de leite ½ gordo 
(240 ml), 1 pacote de açúcar ou 
adoçante 
1 pacote individual de bolachas de água 
e sal ou Maria. 
 
21:00h 
 
Nota: Na dieta sem sal, o pão, a manteiga e as bolachas deverão ser sem sal. 
 
 
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Dieta Ligeira 
Características: 
Dieta completa com restrição lipídica e de fibras alimentares. Esta dieta deverá possuir uma 
ementa pré-estabelecida podendo ter ou não adição de sal; 
 
Indicações 
Está indicada em doentes com patologia hepática, cardíaca, obesidade, alterações do perfil 
lipídico. Também pode ser utilizada em todas as situações em que seja necessário facilitar o 
processo digestivo, e/ou transição para a dieta geral; 
 
Adequação nutricional 
Esta dieta é constituída de modo a satisfazer as necessidades nutricionais médias de um 
indivíduo adulto e os hábitos alimentares da população em geral. A ingestão de vitaminas 
lipossolúveis e de vitamina C podem ser insuficientes; 
 
Métodos de confecção permitidos 
Métodos culinários simples tipo cozidos, grelhados, estufados em cru e assados ao natural, com 
restrição de gordura de adição; 
 
Alimentos proibidos 
Leite e derivados gordos e meio-gordos, produtos de salsicharia, charcutaria e vísceras, molhos 
preparados comercialmente e caldos de carne, conservas em óleo, gorduras de adição e natas, 
frutas e vegetais crus (brócolos, couve-flor, pepino, rabanete, pimento e alho francês), 
leguminosas secas (feijão, grão e favas). 
 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 2200 a 2400 kcal 
Proteínas: 15 a 20% 
Gorduras: 20 a 25% (máx. 60g) 
HC: 55 a 60% 
 
 
 
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Dieta ligeira diabética 
Características 
Dieta completa e equilibrada, com elevado teor de fibras, concebida segundo os princípios da 
alimentação saudável. Esta dieta não possui uma ementa pré-estabelecida (mas poderá possuir), 
sendo igual à da dieta ligeira mas com redução da capitação de farináceos, podendo ter ou não 
adição de sal. 
 
Indicações 
Destina-se a indivíduos com comprometimento do metabolismo glícidico, nomeadamente, com 
diabetes mellitus. Também está indicada em situações em que seja necessário restringir o aporte 
energético total (principalmente na obesidade e na hipertrigliceridemia) e/ou incremento de 
fibras (obstipação). 
 
Adequação nutricional 
Satisfaz as necessidades dietéticas individuais. É restrita em HC de absorção rápida. A ingestão 
de vitaminas lipossolúveis pode ser insuficiente. 
 
Métodos de confecção permitidos 
Métodos culinários simples tipo cozidos, grelhados, estufados em cru e assados ao natural, com 
restrição de gorduras de adição. 
 
Alimentos proibidos 
Açúcar e todos os produtos açucarados, leite e derivados gordos, produtos de salsicharia, 
charcutaria e vísceras, molhos preparados comercialmente, caldos de carne, conservas em óleo, 
gorduras de adição e natas, frutos desidratados, em calda ou cristalizados. 
 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 1600 a 1800 kcal 
Proteínas: 15 a 20% 
Lípidos: 25 a 30% 
HC: 55 a 60% 
 
 
DIETAS HOSPITALARES 
 
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DIETAS MODIFICADAS 
Dietas modificadas quanto ao numero e volume das refeições, temperatura e composição dos 
nutrientes, sendo associadas as diferentes consistências de acordo com as necessidades do caso. 
 
MODIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO E VOLUME DAS REFEIÇÕES 
Todos hospitais possuem padronizações de dietas de rotina, planejadas em função do poder 
aquisitivo do hospital e estrutura do serviço de alimentação nutrição e dietética (SAND). O 
número de refeições servidas no hospital pode variar de 4 a 6 refeições por dia na dieta 
modificada. 
 
Dieta normal 
São oferecidas 4 a 6 refeições/dia de acordo com o padrão hospitalar, sendo: 
 
Refeição para uma dieta normal 
4 Refeições 5 Refeições 6 Refeições 
Pequeno-almoço Pequeno-almoço Pequeno-almoço 
Almoço Almoço Meio da manha 
Meio da tarde Meio da tarde Almoço 
Jantar Jantar Maio da tarde 
 Ceia Jantar 
 Ceia 
 
MODIFICAÇÃO QUANTO A TEMPERATURA DOS ALIMENTOS E 
PREPARAÇÕES 
Podemos associar as dietas modificadas quanto a consistência, as temperaturas que sãodivididas em: quente, morna, ambiente, fria ou gelada de acordo com cada caso. Geralmente a 
modificação quanto a temperatura dos alimentos e preparações oferecidas é indicada aos 
pacientes com patologias ou situações que comprometem a cavidade oral. 
 
 
 
 
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 As dietas quentes são oferecidas aqueles pacientes que não possuem nenhuma alteração oral, 
 Dietas mornas a ambiente são indicadas aos pacientes que apresentam infecções ou 
inflamação causadas por vírus, bactérias, fungos como herpes, blastomicose lingual ou 
candidiase, que provocam a presença de ulcerações na cavidade oral denominadas aftas. 
 No caso das dietas frias a geladas são indicadas aos paciente que sofrem trauma de 
mandíbula e ou cirurgias bucomaxilares, quando há presença de sangramento, sendo 
diminuído com a dieta gelada devido a vasoconstrição. 
 
MODIFICAÇÃO QUANTO AO VALOR CALÓRICO 
 
Dieta hipercalórica 
Indicação 
Paciente que apresenta hipoalimentação, anorexia, desnutrição e estados hipercatabolicos como 
doenças infecciosas, neoplasias, hipertiroidismo, SIDA, queimaduras, etc. pois aumentam o 
metabolismo basal. 
 
Características 
Dieta em há aumento de calorias, quando o valor calórico total encontra-se acima das 
necessidades energéticas do paciente. 
 
Alimentos e preparações 
Aumenta-se o volume da dieta, oferecendo alimentos com maior valor calórico como: 
Pães, biscoitos, massas enriquecidas com recheios; leite e derivados integrais, frutas secas, 
açucares e doces, uso de suplementos calóricos. 
 
Dieta hipocalórica 
Indicações 
Pacientes obesos e/ou hipotiroidismo. 
 
 
 
 
 
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Características 
Dieta com restrição de calorias. O valor calórico da dieta deve ser suficientemente baixo para 
que ocorra uma perda de peso perceptível, porem a necessidade energética do individuo deve ser 
determinado individualmente de acordo com o sexo, idade, estatura, e actividade física a fim de 
adequar a redução calórica entre os parâmetros de gasto de energia basal (GEB) e gasto de 
energia total (GET), em que o valor oferecido não deve ser inferior ao (GEB). 
As dietas são classificadas em: 
 Hipocalórica 1000 kcal 
 Hipocalórica 1200 kcal 
 Hipocalórica 1500 kcal 
 Hipocalórica 1800 kcal. 
 
Alimento e preparações 
Dieta fraccionada, em que são oferecidas alimentos de menor valor calórico como: 
Verduras, legumes, frutas, leites e derivados desnatados, substitui-se açúcar por edulcorante. 
 
MODIFICAÇÃO QUANTO AO TEOR DE PROTEÍNA 
 
Dieta hiperprotéica 
Indicações 
Pacientes que apresentam hipoalimentação, anorexia, desnutrição, pré e pós-operatório e estados 
hipercatabolicos como doenças infecciosas, neoplasias, SIDA, queimaduras politraumas. 
 
Características 
Deita em que há acréscimo de proteínas, que normalmente estão acima da recomendação, 
ultrapassa 15% do valor calórico total (VCT). 
Alimentos e preparações 
São adicionados e aumenta-se as porções dos alimentos ricos em proteínas como: 
Carnes, aves, peixes, ovos, leite e derivados, uso de suplementos proteicos. 
 
 
 
 
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Observações 
Enriquecer sopas e sucos com leite em pó, creme de leite, leite condensado. Utilizar a vontade no 
pequeno-almoço e ceia, evitando substitui-lo pelo chá ou sucos sem adicionais. 
 
Dieta Hipoprotéica 
Uma dieta denomina-se hipoprotéica quando dentro do valor calórico total, as proteínas 
representam 10%; Um exemplo de uma dieta hipoprotéica seria uma dieta que contém 9% de 
proteínas sobre um total de 1800 Kcal, ou seja 40g. 
O principal motivo que leva a uma restrição proteica é a acumulação dos resíduos do 
metabolismo intermediário destas substâncias no organismo pela dificuldade para a sua excreção 
renal. 
As dietas são classificadas em: 
 Hipoproteica 20g/dia 
 Hipoproteica 30g/dia 
 Hipoproteica 40g/dia 
 Hipoproteica 50g/dia 
 
Indicações 
Na insuficiência renal, nos diferentes graus e etiologias e também na insuficiência hepática. 
Também nos casos de acidose se recomenda esta dieta. Segundo as necessidades do caso em 
questão, esta restrição pode acompanhar-se de outras limitações dietéticas de acordo com a 
situação fisiopatológica que pode ser de líquidos, sódio ou de potássio. 
 
No decurso da restrição proteica é necessário ter em conta dois princípios: 
As necessidades energéticas devem ser correctamente cobertas por HC ou gorduras para evitar o 
catabolismo das proteínas tecidulares. Deve assegurar-se que o fornecimento proteico permitido 
seja maioritariamente constituído por alimentos com proteína de AVB, assegurando uma 
adequada ingestão em energia e a.a essenciais. A dieta ovolactovegetariana pode ser útil, em 
conjunto com um suplemento vitamínico (vitaminas do complexo B). 
 
 
 
 
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Alimentos e preparações 
São restritos e diminuem-se as porções dos alimentos ricos em proteínas como: 
Carnes, aves, peixes, ovos, leites e derivados. 
 
Observações 
Utilizar leite e derivados com moderação no pequeno-almoço, Maio da manha, meio da tarde e 
ceia, substituindo-os por chás ou sucos bem como preparações e sobremesas a base de leite e 
derivados por serem isentos do produto. 
 
Dieta sem glúten 
Características gerais 
Dieta completa e equilibrada segundo os princípios da alimentação saudável, esta dieta 
não possui uma ementa pré-estabelecida, é semelhante à dieta geral, com as devidas correcções 
em termos de alimentos fornecidos. 
 
Indicações 
Destina-se a doentes celíacos, em que há uma intolerância ao glúten. A doença celíaca 
também pode ser denominada de sprue não tropical. Caracteriza-se pela reacção à gliadina que 
se encontra em cereais como o trigo, o centeio, a cevada e a aveia. 
 
Adequação nutricional 
Fornece a energia e nutrientes em quantidades adequadas. 
 
Confecções permitidas 
Todas 
 
Alimentos não permitidos 
Todos os alimentos que tenham na sua constituição os cereais de trigo, centeio, cevada e aveia 
 
 
 
 
 
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Podem ser substituídos por 
 Farinha de milho 
 Amido de milho 
 Farinha de batata 
 Farinha de arroz 
 Farinha de soja 
 Farinha de fécula de trigo 
 
Leitura atenta dos rótulos 
Existem alimentos que na sua composição podem ter gliadina “camuflada”: 
 Farinhas de trigo, cevada, aveia e centeio e todos os alimentos que as contenham (pão, 
massas, bolachas, etc…) 
 Preparados de carne (salsichas, hamburgueres, croquetes, etc…) 
 Bebidas como: whisky, cerveja, vodka e gin 
 
 Existem alimentos que na sua composição podem ter gliadina “camuflada”: 
 Molhos (whisky, cerveja, farinhas) 
 Chás (alguns contêm extracto de cevada) 
 Alguns chocolates para adicionar ao leite 
 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 2000 a 2200 Kcal 
Proteínas: 15 a 20% 
Lípidos: 25 a 30% 
HC: 55 a 60% 
 
 
 
 
 
Livres de gliadina 
 
 
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MODIFICAÇÕES QUANTO AO TEOR DE LÍPIDOS 
 
Dieta hiperlipídica 
Indicações 
Pacientes que apresentam doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) descompensada na 
epilepsia. A DPOC se caracteriza pela obstrução das vias áreas, com limitação do fluxo de ar 
para os pulmões e retenção de CO2. 
E a epilepsia é definida como uma desorganização do sistema nervoso devido a descarga 
eléctrica desordenada súbita e excessiva dos neurónios cerebrais. Essa descarga eléctrica causa 
convulsões, distúrbio de sensação, perda de consciência ou combinações desses efeitos. 
 
Características 
Dieta com acréscimo de lípidos que normalmente estão acima da recomendação ultrapassando 
35% do valor calórico total. O metabolismo de nutrientes energéticos tem importante papel na 
DPOC devido a produção de CO2, pois é medido pelo coeficiente respiratório (QR), avaliado 
pela relação entre CO2 formado para cada O2 utilizado, ou seja, o QR do hidrato de carbono é 
igual a 1 (para cada O2 utilizado é formada 0,8 CO2) e o QR do lípido é igual a 0,7 (para cada O2 
utilizado é formado 0,7 CO2), assim podemos verificar que quanto menor o QR menor é a 
produção de CO2. 
Os hidratos de carbono possuem função energética e devem atingir a recomendação de 50 a 70% 
do valor calórico total, porem quando consumimos esse nutriente em quantidades inferiores, o 
organismo supre essas necessidades através de energia fornecida pelos outros nutrientes como 
proteínas e lípidos. Assim entramos em um processo denominado gliconeogénese, caracterizado 
pela transformação da gordura armazenada como fonte de energia para o organismo. Durante 
esse processo produz-se uma substância chamada corpos cetónicos, que em portadores de 
epilepsia causa efeito benéfico devido a uma mudança no metabolismo neural, em que o corpo 
cetónicos comporta-se como um neurotransmissor inibidor, produzindo um efeito 
anticonvulsivante no organismo. 
 
 
 
 
 
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Alimentos e preparações 
São restringidos os alimentos ricos em hidratos de carbono e adicionados alimentos ricos em 
gorduras, preferencialmente gorduras insaturadas como: 
Azeite, óleo de canola, girassol, milho, soja, margarina, abacate, nozes, amêndoa, avelã, leite e 
derivados integrais. 
 
Observações 
Deve se evitar o uso de hidratos de carbono simples, dando preferência aos complexos. Substituir 
açúcar por edulcorantes, dando preferência ao uso de produtos diet, acrescidos de gordura. 
 
Dieta hipolipídica 
Indicações 
Pacientes com comprometimento de digestão de gordura como alterações hepáticas, 
pancreáticas, e vesícula biliar. 
 
Características 
Dieta com restrição de gorduras de adição e presentes nos alimentos, oferecendo em torno de 15 
a 20% do VCT, contendo quantidades diferenciadas de acordo com o estágio da doença e a 
presença de complicações (30, 50 e 70g/dia). As dietas classificam-se em: 
 Hiperlipídica 30g/dia; 
 Hiperlipídica 50g/dia; 
 Hiperlipídica 70g/dia. 
 
Alimentos e preparações 
São restritos os alimentos ricos em gorduras como: 
 Gorduras de adição (azeite, banha, creme de leite, gordura vegetal, margarina, manteiga, 
óleos). 
 Carnes gordas, bem como aves com pele devem ser consumidas preferencialmente grelhadas, 
assadas ou cozidas, evitando frituras. 
 Leite e derivados integrais, substituindo-os por desnatados 
Tortas e biscoitos preparados a base de gordura como folhados e amanteigados 
 
 
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 Molhos e preparações ricos em gordura como: chantilly, maionese, molhos prontos, patês, 
etc. 
 Frutas como: abacate, amêndoa, amendoim, castanha de caju, coco, nozes. 
 
MODIFICAÇÃO QUANTO AO TEOR DE HIDRATOS DE CARBONO 
 
Dieta reduzida em triglicerídios 
Indicações 
Pacientes em hipertriglicemia, caracterizado por aumento dos níveis do triglicerídios sanguíneo. 
Os níveis normais ˂ 200mg/dl. O triglicerídio é uma gordura produzida no fígado a partir dos 
hidratos de carbono vindos da dieta e alimentação rica em gordura, transportados por 
lipoproteinas como a VLDL (lipoproteina de muito baixa intensidade) responsável pelo 
transporte dos triglicerídio exógeno. Níveis elevados podem levar a formação da placa de 
aterona, definida como depósito de placas de gordura nas artérias, tendo como consequência a 
formação de coágulos. 
 
Características 
Geralmente dieta normo a hipocalórica, dependendo do estado nutricional do individuo, 
hipolipídica isenta de hidratos de carbono simples, sendo semelhante a dieta do diabético. 
 
Alimentos e preparações 
Dieta com características da dieta hipolipídica, porem associadas a adequação de alguns 
alimentos como: 
Substituir açúcar por edulcorantes, bem como sobremesa comuns por diet; evitar consumo de 
pães, biscoitos, massas; rica em alimentos fontes de fibra como verdura, legumes (com excepção 
da batata, cenoura, mandioca, beterraba), frutas (três porções/dia) e leguminosas; substituir o 
leite e derivados por desnatados. 
 
 
 
 
 
 
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Dieta para diabetes mellitus 
Indicações 
Pacientes portadores de diabetes mellitus definida como distúrbio metabólico que se caracteriza 
pela ausência parcial ou total de insulina devido a uma disfunção pancreática, ocasionando o 
acumulo de glicose na corrente sanguínea. 
 
Características 
A dieta deve ser individualizada com o intuito de definir o valor calórico de acordo com o sexo, 
idade, estatura, e actividade física com o objectivo de manutenção do índice glicémico através da 
distribuição dessas calorias em uma dieta fraccionada (seis a oito refeições/dia). É preciso manter 
o total de calorias e nutrientes constantes em cada refeição, sendo proteína 20% do VCT, lípidos 
até 30% do VCT, priorizando as gorduras polinsaturadas e evitando as saturadas e hidratos de 
carbono 50 a 60% do VCT com restrição dos hidratos de carbono simples. As dietas calcificam-
se em: 
 Dieta para diabetes mellitus 1000kcal; 
 Dieta para diabetes mellitus 1200kcal; 
 Dieta para diabetes mellitus 1500kcal; 
 Dieta para diabetes mellitus 1800kcal; 
 Dieta para diabetes mellitus 2000kacl. 
 
Alimentos e preparações 
Restringir os hidratos de carbono e seus derivados. 
Substituir açúcar por edulcorantes. 
Consumir alimentos dietéticos com moderação. 
Dar preferência aos alimentos ricos em fibras alimentares e/ou hidratos de carbono complexos 
como cereais integrais e seus derivados, leguminosas, hortaliças e frutas. Não há restrição quanto 
a qualidade de fruta mas sim a quantidade, sendo recomendado três a quatro porções/dia em 
refeições distintas, evitando o excesso. Consumir gordura com moderação, dando preferência as 
carnes magras, leite e derivados desnatados e preparar os alimentos assados, cozidos ou 
grelhados. Alimentos fontes de proteínas (leite, queijo, iogurtes, etc.) ingeridos ao deitar, 
auxiliam na prevenção de hipoglicemia (queda de açúcar no sangue) nocturna. 
 
 
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Dieta isenta de lactose 
Indicações 
Pacientes intolerantes a lactose, caracterizada pela ausência parcial ou total da dissacaridase 
denominada lactase, enzima responsável pela hidrolise da lactose, componente presente noleite e 
seus derivados, que após hidrolise atinge sua forma simples na qual poderá ser absorvida pelo 
organismo, sendo dividida em dois monossacaridos classificados em glicose e galactose. Na 
ausência dessa enzima o que caracteriza a patologia, a lactose não será digerida e 
consequentemente não absorvida, acarretando fermentação, cólicas, distensão abdominal, 
diarreia, e consequentemente desnutrição. 
 
Características 
Dieta com exclusão parcial ou total da lactose de acordo com nível de tolerância do paciente. 
 
Alimentos e preparações 
Retirar parcialmente ou totalmente leite e derivados. Alguns derivados do leite como queijo e 
iogurtes possuem menor concentração de lactose, sendo melhor tolerados. Utilizar leite e 
derivados da soja. Utilizar leite de vaca com teor reduzido de lactose ou deslactosado, hoje há 
disponível no mercado, porem com maior custo em relação ao leite de vaca comum. 
 
MODIFICAÇÃO QUANTO AO TEOR DE FIBRA ALIMENTAR 
 
Dieta laxativa ou com resíduo 
Indicação 
Paciente com obstipação intestinal, caracterizada pela frequência e quantidade de defecação 
reduzida. 
 
Características 
São acrescidos alimentos ricos em fibra alimentares e com poder laxativo. 
 
 
 
 
 
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Alimentos e preparações 
Legumes, verduras e frutas com casca, líquidos, produtos e preparações enriquecidos com fibras 
como: pães, biscoitos; suco laxativo: composto por suco de laranja, papaia e ameixa preta seca. 
 
Dieta Obstipante ou Pobre em Resíduos 
Resíduo 
Refere-se aos materiais que permanecem no TGI após o processo digestivo e inclui, para 
além da fibra indeferível, resíduos bacterianos e células de descamação (minerais Fe, Ca, amidos 
indeferíveis e açúcar-lactose). 
 
Características 
Dieta completa com alimentos com capacidade adstringente. Esta dieta normalmente não 
possui uma ementa pré-estabelecida, é por norma semelhante à dieta ligeira, mas com restrição 
de fibras alimentares, podendo ter ou não adição de sal. 
 
Indicações 
Destina-se a indivíduos que apresentem uma rapidez anómala do trânsito intestinal, que 
beneficiem da reposição da flora bacteriana e/ou redução do volume fecal. Está indicada no 
período que antecede ou precede cirurgias intestinais e no tratamento da obstrução parcial da 
região inferior do intestino delgado e/ou grosso. 
Adequação nutricional 
É uma dieta pobre em cálcio, vitamina A e C. Quando utilizada por um longo período 
deve ser suplementada em vitaminas e sais minerais. 
 
Métodos de confecção permitidos 
Métodos culinários simples tipo cozidos, grelhados, estufados em cru e assados ao natural. 
Alimentos proibidos 
Leite e seus derivados (excepto iogurte, o leite sem lactose e o leite de digestão fácil), 
vegetais, fruta crua ou em calda, frutos secos ou cristalizados, bebidas com gás, produtos 
estimulantes (especiarias, café, chá), cereais e seus derivados integrais. 
 
 
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Composição nutricional média 
Valor calórico total: 2200 a 2400 Kcal 
Proteínas: 15 a 20% 
Lípidos: 25 a 30% 
HC: 55 a 60% 
MODIFICAÇÃO QUANTO AO TEOR DE SÓDIO 
 
Dieta hipossódica 
Indicações 
Paciente com edema, ascite ou hipertensão arterial sistémica, provocados por insuficiência renal, 
hepáticos ou cardíaca. 
 
Características 
Dieta pobre em sódio total, sendo reduzido no sódio intrínseco, ou seja, o sódio presente nos 
alimentos e reduzida de sódio extrínseco classificado como sódio de adição como sal de cozinha, 
fornecendo até 2500mg de sódio/dia. 
 
Alimentos e preparações 
Todos os alimentos devem ser preparados sem adição de sal, que deve ser acrescentado após o 
preparo, oferecendo ao paciente um sache contendo um grama de sal nas principais refeições 
almoço e jantar. As preparações acrescidas de sódio devem ser excluídas do cardápio como: 
 
 Biscoitos agua e sal, substituindo por biscoito agua; margarina com sal, substituindo por 
margarina sem sal; enlatados e conservas (ervilha, milho, palmito, azeitona, picles, etc.); 
embutidos (salsichas, linguiça, presunto, mortadela, queijo, e salame.); molhos prontos 
(catchup, inglês, mostarda); carne seca bacalhau; adoçantes artificiais ou produtos diet ou 
ligth que contenham em sua composição sacarina de sódio e/ou ciclamato de sódio. 
 
 
 
 
 
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MODIFICAÇÃO QUANTO AO TEOR DE POTÁSSIO 
 
Dieta hipercalêmica 
Indicações 
Paciente com hipocalémia, caracterizada pela diminuição dos níveis sericos de potássio, 
ocasionando geralmente pelo uso prolongado de diuréticos, desnutrição, desidratação e câncer. 
 
Características 
Dista rica em potássio. 
 
Alimentos e preparações 
Deve-se acrescentar alimentos ricos em potássio como: 
Verduras, legumes, e frutas preferencialmente cruas; leguminosas, sucos de frutas naturais. 
 
Dieta hopocalêmica 
Indicações 
Paciente com hipercalémia, caracterizada pelo aumento dos níveis sericos de potássio, 
normalmente associado a pacientes com insuficiência renal. 
 
Características 
Dieta pobre em potássio, com restrição no consumo de verduras e frutas cruas. 
 
Alimentos e preparações 
Legumes, verduras e frutas devem ser cozidas três vezes em aguas diferentes para a retirada do 
potássio. Deve-se excluir as leguminosas e deve-se excluir o suco de fruta natural. 
 
 
 
 
 
 
 
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Assistência nutricional intensiva ao doente hospitalizado 
A assistência nutricional intensiva, aplicada através de técnicas de alimentação enteral e 
parenteral constitui hoje o método mais apropriado para recuperar a curto prazo, o estado 
nutricional dos doentes severamente desnutridos; 
 
Nutrição entérica e parentérica 
Os sistemas de alimentação que contêm elementos sintetizados para a administração em 
situações peculiares e para patologias específicas são denominados sistemas de alimentação 
artificial que, podem realizar-se através de várias vias de acesso. Dependendo desta e dos 
nutrientes que a compõem, podemos falar em alimentação entérica e parentérica. 
 
Alimentação ou nutrição entérica ou dieta por sonda 
A nutrição entérica pretende basicamente alimentar o doente, por meio de sonda, sem 
alterar o aparelho digestivo, adaptando os nutrientes às necessidades do paciente, através de 
diversas técnicas. 
 
Indicações 
Doentes severamente desnutridos e/ou com certo grau de hipermetabolismo; Baixa 
ingestão nutricional (anorexia de diferentes etiologias), alterações da deglutição (patologias da 
cabeça e pescoço), obstruções altas, inflamações crónicas, fístulas intestinais baixas, 
queimaduras, politraumatismo, quimioterapia, radioterapia, cirurgia oral, doentes em estado de 
coma. 
 
Indicações 
Segundo as condições ou quadro clínico do doente, a sonda de entubação pode ser 
colocada nos diferentes segmentos do tubo digestivo, isto é, o esófago, estômago, duodeno ou 
jejuno: 
 Sonda nasogástrica ou por gastrostomia 
 Sonda nasoduodenal ou por duodenostomia 
 Sonda gastrojejunal ou jejunostomia 
 
 
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Actualmente,as que produzem menos complicações de aspiração bronquial são as colocadas no 
duodeno e jejuno. 
 
Alimentos 
Os alimentos mais utilizados são os vegetais, frutas e carnes soba a forma de sopas e 
sumos. Para aumentar o valor nutritivo pode-se adicionar leite magro ou leite diluído, ovos, 
açúcar e óleo sob a forma de sopas ou sumos, utilizando um liquidificador para misturar bem. 
 
Administração 
Deve ser progressiva, dependendo da tolerância do doente. Geralmente inicia-se com um 
volume de 500 cc c/ baixas concentrações de nutrientes e aumenta-se até atingir 1500 cc e 
posteriormente a 2500 cc de maneira a que este volume venha a ser administrado diariamente. 
 
Administração 
O volume da primeira alimentação deverá ser restringido a 40 a 60 ml administrados 
numa hora. Se for bem aceite pelo paciente e não existirem problemas, a próxima administração 
pode ser de 50 a 100 ml. Por norma, administram-se 300 a 400 ml em 3 a 4 horas. 
 
Administração 
A maioria dos adultos estando desnutridos têm recomendações de 40 a 60 Kcal e de 1,5 a 
3 g de proteína/kg peso/dia. Também devem receber suplementos adicionais de vitaminas e 
minerais por via entérica. 
 
 
Problemas e cuidados com a alimentação por sonda 
1. Contaminação dos alimentos, podendo provocar uma infecção gastrointestinal; 
2. Alimentos muito concentrados (hipertónicos) com proteína e sódio; 
3. Diarreia e outros problemas por intolerância à lactose; 
Para prevenir a contaminação, a preparação deverá ser feita diariamente e em condições 
higiénicas adequadas e guardada em frigorífico em recipientes esterilizados; 
 
 
 
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 Uma ingestão excessiva de proteínas e sódio poderá provocar desidratação e uma elevação 
nos níveis de ureia no sangue (especialmente em pessoas com problemas renais). Se ocorrer 
diarreia aquosa num paciente que esteja a ser alimentado por sonda, a mesma pode ser devida ao 
teor de HC (glicose) na dieta. Quantidades excessivas de leite e de lactose poderão provocar 
diarreia. 
 
Exemplos de preparações para dieta por sonda 
1. Preparado com leite em pó desnatado 
Quantidades de alimentos para preparar: 2200 ml (24 horas) 
Leite em pó 225g, açúcar 150g, 2 ovos (100 a 110g), óleo 70 ml, água 1800 ml. 
 
Modo de preparação 
 Medir num jarro a quantidade de água fervida quando estiver morna (1800 ml). Pôr numa 
tigela o leite em pó e o açúcar e misturar. Juntar esta mistura com metade da água (pouco a 
pouco), até formar um creme suave. Bater os ovos juntamente com o óleo noutra tigela e 
misturar ao leite. Misturar bem e aumentar o resto da água sempre mexendo. 
 
2. Preparado com leite inteiro 
Quantidades de alimentos para preparar 2150 cc (24 horas) 
Valor calórico: 1840 kcal 
Proteínas: 82 g 
Lípidos: 88 g 
HC: 180 g 
 
Nota: Leite inteiro 1000 ml, ovos (4), 100 g de banana, 100 g de açúcar, 50 g de 
manteiga/margarina, 200 g de arroz cozido e cerca de 1250 ml de água. 
 
 
 
 
 
 
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Dieta por Sonda 
 
Características 
Dieta completa, modificada na textura e na consistência. Todos os alimentos são 
triturados e batidos de forma a serem reduzidos a um líquido fino e perfeitamente homogéneo; 
 
Indicações 
Destina-se a indivíduos com sonda de alimentação 
 
Adequação nutricional 
Não satisfaz as necessidades nutricionais e calóricas. Deve ser administrada o menos 
tempo possível (2 a 3 dias) para evitar emagrecimento e carências múltiplas, caso contrário deve 
ser suplementada com produtos comerciais; 
 
Contra-indicações 
Indivíduos com intolerância à lactose podem apresentar diarreias, distensão abdominal, 
náuseas e vómitos. As temperaturas extremas não são bem toleradas; 
 
Alimentos permitidos 
Sopa com carne ou equivalentes muito bem passadas 
Todos os tipos de pão e cereais que se possam liquidificar, incluindo farinha láctea tipo 
“Cérelac” e farinha não láctea tipo “Nestum” 
Vegetais passados, frutas cruas ou cozidas sob a forma de sumos, bebidas que não contenham 
ovo cru. 
 
Composição nutricional média 
Valor calórico total: 1500 a 1700 Kcal 
Proteínas: 18 a 20% 
Lípidos: 20 a 25% 
HC: 55 a 60% 
 
 
 
DIETAS HOSPITALARES 
 
 Universidade Lúrio – Faculdade de Ciências da Saúde 
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Sugestões 
 Deve ser suplementada com produtos comerciais principalmente, se for administrada durante 
muito tempo. 
 
Dieta por Sonda Diabética 
Dieta idêntica à Sonda – ter atenção ao açúcar; 
O iogurte da merenda da manhã deverá ser sem açúcar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
Para o sucesso de tratamento de diversas enfermidades que se verificam ao nível do pais 
e no mundo em geral principalmente em unidades hospitalares e até em regimes ambulatórias 
deve-se associar o tratamento terapêuticos na base de fármacos e sobretudo sem deixar de lado a 
terapia nutricional que é um suporte indispensável nos indivíduos enfermos, sendo assim deve se 
ter em conta a patologia em causa e parâmetros como a idade, sexo, actividade física e a doença 
em causa para prevenir a desnutrição que acontece com muita frequência em unidades 
hospitalares por vários factores (negligencia dos profissionais de saúde; a não valorização da 
terapia nutricional, instituição de uma terapia inadequada para a patologia, a anorexia) no entanto 
este manual ajudara a unidade a se guiar na elaboração das dietas hospitalares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
1. LEI, D. L. M.; RAMOS, R. G.; Garcia S. CH. Dietas Hospitalares – secretaria de 
estado de saúde. São Paulo: Instituto de Saude, 1977. 22, 35, 36, 40, 41, 42 p. 
2. PEMBERTON, E. M., CLIFFORD, F., GARTINEAU. Manual de Dietas ad Clinca 
Mayo. São Paulo: Roca. 49, 54, 119, 145, 151, 152, 153, 198 p.

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