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CIRROSE HEPÁTICA INVESTIGAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DIAGNÓSTICA POR IMAGEM

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CIRROSE HEPÁTICA: INVESTIGAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DIAGNÓSTICA POR 
IMAGEM 
 
LIVER CIRRHOSIS: RESEARCH AND DIAGNOSTIC IMAGING INTERPRETATION 
 
MATEUS SANTOS RIBEIRO¹ 
ROSALINA GUEDES DONATO SANTOS² 
 
Resumo 
A Cirrose Hepática é uma doença crônica do fígado que altera as funções das suas células e dos 
sistemas de canais biliares e sanguíneos, resultando em dano irreversível, e como consequências o 
fígado deixa de desempenhar suas funções normais como produzir bile, auxiliar na manutenção dos 
níveis normais de açúcar no sangue, produzir proteínas, metabolizar o colesterol, o álcool e alguns 
medicamentos. É um processo patológico irreversível, com progressão para fibrose hepática. No 
diagnóstico existe uma combinação de fatores como anamnese, exames bioquímicos, exames de 
imagem e biópsia. Este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica sobre o assunto, e tem como 
objetivo demonstrar a importância e auxílio dos exames de imagem (ultrassonografia, ressonância 
magnética e tomografia computadorizada) no diagnóstico da cirrose hepática, bem como analisar o 
impacto positivo do uso desses exames na identificação e intervenção do estágio da patologia. 
Observa-se então que o rastreamento destas doenças por exames de imagem tem diminuído o 
número de lesões e aumentado a acurácia diagnóstica das hepatopatias. E que a Ressonância 
Magnética é considerada, ainda, como o melhor método de imagem para avaliar as lesões hepáticas. 
E ainda em casos mais graves o transplante de fígado é inevitável nas hepatopatias consideradas 
avançadas. 
 
Palvras-chaves: Cirrose Hepática. Diagnóstico. Exames de imagem. 
 
Abstract 
Liver cirrhosis is a chronic liver disease that alters the functions of their cells and systems of bile ducts 
and blood vessels, resulting in irreversible damage, and as a consequence the liver ceases to perform 
its normal functions as producing bile, assist in the maintenance of normal blood sugar levels, produce 
proteins metabolize cholesterol, alcohol and certain medicines. Is a pathological process irreversible, 
with progression to liver fibrosis. The diagnosis there is a combination of factors such as anamnesis, 
biochemical tests, Imaging tests, and biopsies. This article deals with a literature review on the 
subject, and aims to demonstrate the importance and assistance of Imaging tests (ultrasound, 
magnetic resonance imaging and computed tomography) in the liver cirrhosis’ diagnosis, and how to 
analyze the positive impact of the use of these tests in the identification and intervention of the stage 
of disease too. It’s observed so that the trace of these diseases by Imaging tests has decreased the 
number of lesions and increased the liver diseases' diagnostic accuracy; and that the Magnetic 
Resonance is considered some of the best imaging method for assessing liver damage. In severe 
cases, when the liver diseases are considered advanced, liver’s transplantation is inevitable. 
 
Key words: hepatic cirrhosis. Diagnosis. Imaging tests. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________________ 
1 – Graduando do curso de Biomedicina da Faculdade de Tecnologia e Ciências 
2 – Professora Mestre em Imunologia pela Universidade Federal da Bahia 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A Cirrose Hepática é uma doença crônica que altera as funções das células 
hepáticas e dos sistemas e canais biliares e sanguíneos, resultando na produção de 
um tecido fibroso não funcionante. O que leva ao não desempenho de suas funções 
normais como produzir bile, manutenção dos níveis normais de açúcar no sangue, 
produção de proteínas, metabolismo do colesterol, álcool e alguns medicamentos 
(VARELLA, 2015). 
Acomete mais homens acima dos 45 anos e mulheres sem idade prévia. Segundo 
Portugal (2014) nos últimos anos o número de portadores da doença cresceu 
consideravelmente devido ao uso abusivo de álcool. O uso nocivo e a dependência 
(uso/dependência do álcool) são uns importantes fatores de risco para diversas 
doenças e lesões que ameaçam a saúde. É responsável, aproximadamente por 25 
milhões de mortes por ano, sendo que de 20% a 50% evoluem para a cirrose 
hepática (PORTUGAL, et al., 2014). Outros fatores que podem levar à fibrose são 
doenças hepáticas causadas pelo vírus da hepatite B e C, e hepatite autoimune, 
assim como a esteatose hepática. 
 O fígado é um órgão vital, o maior órgão sólido e a maior glândula do corpo 
localizado no quadrante superior direito da cavidade abdominal, logo abaixo do 
diafragma com aproximadamente 20 cm de diâmetro, 17 cm de altura e peso médio 
de 1,4 quilos. Muito vascularizado recebe a cerca de 1,5 litro de sangue por minuto, 
através de duas vias: artéria hepática (20 a 40%) e veia porta (60 a 80%), possui 
importante característica de se regenerar (TOSTES, 2006). Apresenta duas faces: a 
diafragmática voltada para o diafragma, e outra voltada para as vísceras 
abdominais, face visceral. Divide-se em lobos anatômicos (D e E) separados pelo 
ligamento falciforme. Cirurgicamente, esta divisão é feita ao nível do porta-hepatis 
(local onde a artéria hepática e veia porta se dividem em ramos D e E). Os lobos D e 
E cirúrgicos podem ser subdivididos em 8 segmentos os quais são usados para 
orientar as ressecções (TRIVINO, 2003). 
 O fígado possui posição privilegiada para metabolizar e acumular nutrientes, 
neutralizar e eliminar substâncias tóxicas absorvidas, armazena nutrientes e outras 
substâncias úteis e produz proteínas e vitaminas essenciais para nossa saúde. 
Suas funções são: 1- metabolização dos nutrientes digeridos (gordura, proteínas e 
glicose); 2- metabolização de substâncias tóxicas; 3- produção de bile; 4- produção 
 
de substâncias essenciais ao organismo; 5- destruição de bactérias e outros 
microorganismos (MOTTA, 2009 APUD GOUVEIA, 2015). 
 Sousa e Silva (2010) afirmam que vários são os fatores associados à 
formação de cirrose hepática, como infecções, autoimunidade, alterações 
metabólicas, medicamentos, colestase e álcool. 
 A doença se desenvolve lentamente, dificilmente causa sintomas no seu 
início, porém, com a evolução para estágios mais avançados, o mau funcionamento 
do fígado leva ao aparecimento de diversas manifestações; dentre elas estão 
alterações relacionadas à hipertensão da veia porta que levam ao aumento do baço, 
ascite, acúmulo de bile na corrente sanguínea gerando icterícia, inchaço das pernas, 
desnutrição, escurecimento da pele, facilidade de sangramento, náuseas, vômito, 
dor abdominal, constipação, urina escura, e também sofre com alterações cerebrais 
decorrente da má função hepática como dificuldade de dormir a noite e sonolência 
durante o dia, agitação ou agressividade no comportamento, dificuldade de escrever, 
falar e até mesmo dirigir (TEODORO, et al., 2008). 
 Existe uma combinação de fatores que ajudam no diagnóstico dessa doença: 
a anamnese; exames complementares como Aminotransferases (AST/TGO e 
ALT/TGP), a Fosfatase Alcalina, a Gama Glutamiltransferase (GGT), a Bilirrubina, a 
albumina, o Tempo de Protrombina. E os exames de imagem que avaliam a doença 
são: a Ultrassonografia muito utilizada devido ao seu baixo custo e apresenta grande 
sensibilidade e baixa especificidade, a Tomografia Computadorizada geralmente 
considerada um exame complementar à ultrassonografia que avalia o fluxo 
sanguíneo e tamanho do órgão, a Ressonância Magnética que é um exame mais 
complexo e indicado para análise de lesões focais hepáticas. 
Atualmente tem-se utilizado um novo método para a detecção da cirrose 
hepática: a Elastografia usando Fibroscan, exame útil para monitorização da fibrose 
hepática e para detecção precoce da cirrose. É um novo método considerado não 
invasivo para determinar a presença de fibrose hepática. Com um equipamento 
chamado Fibroscan é possível avaliar a fibrose e cirrose com sensibilidade e 
especificidadede 87% e 91%, respectivamente. Por outro lado, vários fatores 
comprometem a acurácia diagnóstica deste método como ascite e obesidade 
(SOUSA E SILVA, 2014). E ainda temos a Biópsia Hepática um procedimento 
invasivo, que identifica as causas ou analisa o estágio de evolução de uma doença 
hepática. 
 
 Rodrigues (2015) afirma que o Hcor – Hospital do Coração 
acaba de adquirir um software de imagem para ressonância magnética, 
chamado de elastografia, que tem como objetivo diagnosticar 
precocemente a fibrose hepática, que pode estar presente em várias 
doenças do fígado, como por exemplo, a cirrose e o câncer. Além de 
mensurar a rigidez do fígado em pacientes de forma não invasiva, este 
exame é feito sem o uso de contraste e radiação ionizante (utilizada em 
estudos de radiografia e tomografia computadorizada). 
 
Desta forma é importante fazer o diagnóstico precoce para iniciar o mais 
depressa possível o tratamento que pode impedir o surgimento de complicações 
mais graves como hemorragias, comprometimento funcional do órgão e até mesmo 
a morte. 
Assim, diante do contexto apresentado, este trabalho tem como objetivo geral 
demonstrar a importância e auxílio dos exames de imagem (ultrassonografia, 
ressonância magnética e tomografia computadorizada) no diagnóstico da cirrose 
hepática, e como objetivos específicos observar a utilidade do exame de imagem na 
avaliação do estágio e evolução da patologia; avaliar a existência de benefícios dos 
exames de imagem, considerando aquele menos informativo até o mais informativo 
em termos de localização e caracterização das lesões hepáticas; e identificar aquele 
exame de imagem que melhor detecta lesões no fígado, bem como perceber qual é 
o menos invasivo, que relate mais informações dos pacientes e que também cause 
menos radiação possível. Dessa forma, qual o impacto positivo do uso dos referidos 
exames na identificação e intervenção do estágio da patologia? 
 
METODOLOGIA 
 
 Este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica. Foram selecionados 
artigos disponíveis em suporte eletrônico no idioma português. A busca ocorreu nas 
bases de dados Scientific Eletronic Library On Line (SCIELO), Revista Brasileira de 
Medicina (RBM) e PUBMED; publicados após o ano de 2000. Inicialmente foi feito 
um levantamento de artigos totalizando 23 artigos, posteriormente excluídos alguns 
destes. Os termos descritores utilizados foram: Cirrose Hepática, Doença Hepática, 
Fibrose Hepática, diagnóstico da cirrose hepática, bioimagem. 
 
 
 
 
RESULTADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
 Carga de 
doença no 
Brasil: um 
olhar sobre 
o álcool e a 
cirrose não 
viral 
 Portugal et 
al 
2014 Descrever e 
analisar 
comparativamente 
O DALY 
 Avaliou a 
morbidade de 
100 agravos 
classificados 
em 3 grupos, 
obtidos no 
sistema de 
informação 
de 
mortalidade 
(SIM) 
 70% da carga 
de doença no 
pais foram 
atribuídas ao 
grupo II e o 
DALY de 
uso/dependência 
de álcool 
 As doenças 
não 
transmissíveis 
(grupo II) 
foram 
responsáveis 
pela maior 
parcela de 
DALLY 
 O uso do 
álcool é um 
importante fator 
de risco para 
doenças 
hepáticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
 Anatomia 
cirúrgica do 
fígado 
 Trivinot, 
Abib SCV 
 2003 Estudar a 
anatomia 
funcional do 
fígado, sua 
segmentação, 
tendo como 
referência às 
estruturas 
vasculares, 
venosas, no 
interior do 
parênquima 
 Dissecção 
em 
fígados de 
cadáveres 
recentes 
 Caracterização 
anatômica dos 
segmentos 
hepáticos, em 
número de 8, 
suas estruturas 
vasculares 
aferentes e 
eferentes, 
orientando 
ressecções 
anatômicas, 
regradas, 
preservando a 
vitalidade e 
função dos 
segmentos 
remanescentes 
 Funcionalidade 
do fígado 
 O 
conhecimento 
da anatomia 
funcional 
do fígado, 
baseada na sua 
segmentação, 
constitui a base 
para a moderna 
cirurgia 
hepática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
 Aporte do 
exame físico 
para o 
diagnóstico 
de 
hepatopatia 
crônica em 
pacientes 
internados 
em um 
hospital 
universitário 
 Sousa 
Muñoz RL 
 
 
 
 
 
2014 
 
 Avaliar a 
correlação da 
observação 
de sinais 
clínicos de 
insuficiência 
hepática 
crônica com 
diagnóstico 
médico de 
hepatopatia 
crônica em 
pacientes 
internados 
 Estudo 
observacional 
e transversal, 
com 80 
pacientes 
internados 
 Observou-se 
que 58 (72,5%) 
pacientes 
apresentavam 
diagnóstico 
clínico, 
laboratorial e/ou 
ultrassonográfico 
de hepatopatia 
crônica 
 Dados 
clínicos, 
testes 
laboratoriais e 
dos métodos 
diagnósticos 
por imagem, 
estes não 
levam ao 
diagnóstico 
acurado de 
doença 
hepática 
crônica, 
 Verificaram-se 
sinais de 
insuficiência 
hepática com 
elevada 
sensibilidade e 
outros com 
elevada 
especificidade 
para o 
diagnóstico de 
hepatopatia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
 Contraste 
hepatobiliar: 
diagnóstico 
diferencial 
das lesões 
hepáticas 
focais, 
armadilhas e 
outras 
indicações* 
 FRANCISCO, 
Flávia A.F. 
et.al 
 2014 Apresentar 
a importância 
da RM nas 
lesões 
hepáticas 
 Revisão de 
literatura 
A utilização 
dos contrastes 
hepatobiliares 
pode reduzir a 
necessidade de 
procedimentos 
diagnósticos 
invasivos e de 
avaliação 
complementar por 
outros exames de 
imagem, além de 
diminuir a 
necessidade de 
exames de 
acompanhamento. 
. 
 
 A 
caracterização 
das lesões 
hepáticas 
focais é muito 
importante. A 
ressonância 
magnética é 
considerada o 
melhor 
método de 
imagem 
Para a 
avaliação 
destas lesões, 
mas não 
permite o 
diagnóstico 
em todos os 
casos 
. 
 
 o contraste 
hepatobiliar 
aumenta a 
acurácia 
diagnóstica da 
RM e diminui o 
número de 
lesões hepá- 
ticas indefinidas 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
 
 Principais 
Patologias 
E 
Biomarcadores 
das 
alterações 
hepáticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JESUS, 
Gisleide 
Cardoso et 
al. 
 
2014 
Avaliar as 
diversas 
funções que 
o fígado 
realiza e 
propiciar um 
diagnóstico 
precoce das 
patologias. 
 Revisão de 
literatura 
Os 
biomarcadores 
Utilizados 
como triagem 
básica de 
disfunção 
hepática são a 
AST, ALT, 
GGT, FA, 
albumina, 
bilirrubina e 
plaquetas. 
 O fígado é um 
órgão 
essencialmente 
metabólico de 
fundamental 
importância nos 
processos 
patológicos. Em 
seu 
acometimento 
ocorre 
disfunção 
hepática, sendo 
que nas 
patologias 
hepatocelulares, 
há predomínio 
do danocelular 
e nas 
colestáticas, 
sobressai à 
inibição do fluxo 
biliar 
 
O fígado é um 
órgão crucial, 
responsável por 
diversas 
funções vitais 
do nosso 
organismo, 
sendo assim é 
de extrema 
importância o 
estudo de suas 
vias 
metabólicas 
e, dos 
bimarcadores 
básicos 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
 Complicações 
Agudas Das 
Doenças 
Hepáticas 
Crônicas 
 MARTINELLI 
ALC; et.al 
 2003 São 
discutidas as 
principais 
complicações 
das doenças 
hepáticas 
crônicasEstudo de 
caso 
 Contudo, é difícil 
explicar toda a 
variabilidade do 
quadro clínico 
com apenas 
uma teoria e, por 
isso, acredita-se 
que a 
patogênese 
da encefalopatia 
hepática seja 
multifatorial e 
envolva 
fatores 
interdependentes 
Fundamentação 
de 3 teorias 
para explicar a 
EH 
 São 
apresentados 
os aspectos 
importantes, na 
prática médica, 
dessas 
três condições 
clínicas, com 
ênfase na 
abordagem 
diagnóstica e 
terapêutica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do artigo Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações finais 
Hipertensão 
portal não 
cirrótica em 
adolescente 
infectado pelo 
vírus da 
imunodeficiência 
humana 
(HIV): relato de 
caso 
Gouvêa 
AFTB, et 
al 
2015 Alertar o 
pediatra sobre 
a ocorrência 
de hipertensão 
portal não 
cirrótica 
(HPNC) na 
faixa etária 
pediátrica, no 
sentido de 
evitar as 
consequências 
catastróficas 
dessa doença, 
como 
o sangramento 
de varizes de 
esôfago. 
Relato de 
caso 
Diante desses 
exames 
laboratoriais, foi 
aventada a 
hipótese de 
hipertensão 
portal devido à 
toxicidade 
hepá- 
tica 
medicamentosa 
pela didanosina 
(ddI) 
Paciente de 13 
anos, infectado 
pelo HIV por via 
vertical 
O exame 
físico detectou 
esplenomegalia, 
que 
desencadeou o 
processo de 
investigação e 
culminou no 
diagnóstico de 
fibrose hepática 
Considerar 
como sinais de alerta a 
apresentação de 
plaquetopenia e 
hepatoesplenomegalia, 
independentemente da 
elevação de 
enzimas hepáticas. 
Investigar fibrose 
hepática nesses 
pacientes, além de 
identificar 
precocemente a 
doença, pode 
prevenir suas graves 
consequências, como 
o sangramento 
de varizes de esôfago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
Alcoolismo: 
Consequencias 
Fisiopatológicas 
Na Cirrose 
Hepática 
BASSOTTO, 
Maria Julia 
Stoever.et al. 
 Discutir 
Sobre Os 
Efeitos Do 
Alcoolismo 
Ea Evolução 
Desta 
Patologia 
Para Cirrose 
Hepática. 
Pesquisa 
Bibliográfica 
 O 
Entendimento 
Sobre Os 
Processos 
Fisiopatológicos 
Da Cirrose 
Hepática São 
Importantes 
Para A Prática 
Do Enfermeiro, 
Tendo Em Vista 
Os 
Sinais E 
Sintomas Na 
Assistência De 
Enfermagem À 
Pacientes 
Valorizando 
Sua História De 
Vida 
Considera-Se 
De Extrema 
Relevância Que 
Os Acadêmicos 
De 
Enfermagem E 
Profissionais 
Da Saúde 
Sejam 
Instigados A 
Cuidarem Da 
Pessoa Doente 
Na Sua 
Integralidade, 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
Hipertensão 
Portal Uma 
Revisão De 
Literatura 
VECCHI, Igor 
Cardoso et. Al 
2014 Apresentar 
hipertensão 
porta como 
complicações 
de várias 
doenças 
Revisão 
bibliográfica 
 A hipertensão 
portal é 
resultante 
principalmente 
do 
aumento da 
resistência ao 
fluxo de 
sangue na 
veia porta. 
Causas 
comuns dessa 
resistência 
são as 
doenças intra-
hepáticas. 
O diagnóstico é 
baseado em 
critérios 
clínicos, 
frequentemente 
com conjunto 
com exames de 
imagem 
e endoscopia. 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
Neoplasias 
hepáticas: 
caracterização 
por método de 
imagem 
Tiferes Da, 
D’ippolito G. 
2008 Rever os 
principais 
aspectos 
De imagem 
dos tumores 
hepáticos 
benignos e 
malignos mais 
comumente 
encontrados 
no fígado 
adulto. 
Revisão de 
literatura 
 Reconhecer 
Os principais 
aspectos de 
imagem dos 
tumores 
Hepáticos 
mais comuns 
e algumas 
Das suas 
características 
pode ajudar o 
Radiologista a 
contribuir 
concreta e 
positivamente 
Na 
abordagem 
diagnóstica e 
no 
Manejo deste 
grupo de 
pacientes. 
Embora a 
caracterização 
de lesões 
hepáticas 
focais possa 
ser um 
desafio para o 
radiologista, a 
maioria das 
lesões se 
apresenta 
com 
características 
de imagem 
que permitem 
o seu 
diagnóstico. 
A evolução 
tecnológica 
destes 
Equipamentos 
tem permitido 
detectar lesões 
Cada vez 
menores, 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
Esteatose 
hepática na 
obesidade 
infantil: 
investigação 
por imagem 
Soder rb 2009 Revisar a 
esteatose 
hepática em 
crianças 
obesas, com 
ênfase na sua 
investigação 
por imagem 
Revisão de 
literatura 
Apesar disso, 
a 
investigação 
Por imagem 
poderá ser 
iniciada com 
um método 
Diagnóstico 
menos 
sofisticado, tal 
como o 
Ultrassom, 
que é uma 
alternativa 
mais 
acessível 
e econômica 
Importância 
Do diagnóstico 
precoce e não 
invasivo dessa 
doença, através 
dos diferentes 
métodos de 
imagem 
existentes, entre 
Os quais 
destacamos a 
ultrassonografia, 
a tomografia 
computadorizada 
e a ressonância 
magnética. 
Dentre as 
vantagens e 
desvantagens 
próprias de 
cada método 
de imagem, a 
ressonância 
magnética 
É considerada 
a melhor 
modalidade no 
diagnóstico e 
quantificação 
da infiltração 
gordurosa 
hepática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
Álcool e 
fígado 
Mincis, e 
Mincis 
2011 Comenta 
rfundamentados em 
revisões 
sistemáticas, 
metanálises e em sua 
própria experiência, 
principalmente 
os aspectos clínicos 
relacionados com o 
tema 
álcool e o fígado. 
Revisão de 
literatura 
A hepatopatia 
induzida pelo 
etanol e/ou seus 
metabólitos, 
representa 
protótipo de 
doença em que 
convergem 
fatores 
biológicos, 
clínicos, 
epidemiológicos 
e psicológicos. 
 
A DHA 
representa o 
modelo de 
doença 
humana 
desencadead
a pelo próprio 
homem e 
modulada 
por diversos 
fatore 
O diagnóstico 
deve se basear 
na anamnese, 
exame físico, 
exames 
laboratoriais , 
métodos 
diagnósticos por 
imagens, exames 
histológicos em 
alguns casos e 
resposta 
terapêutica à 
abstenção 
alcoólica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
Cirrose 
hepática 
Ivonete S. 
Sousa e 
Silva 
2014 Definir cirrose 
e sua 
avaliação 
diagnostica 
Artigo de 
publicação 
cientifica 
 
A cirrose é o 
estágio final 
da fibrose 
hepática 
avançada 
que resulta 
na perda da 
arquitetura 
normal do 
órgão e que 
tem inúmeras 
causas, 
sendo as 
principais 
hepatite B e 
C crônicas e 
alcoolismo 
A vacinação 
contra hepatite A 
e B pode 
prevenir lesão 
adicional ao 
fígado e deve ser 
recomendada, 
especialmente 
naqueles 
cirróticos com 
pouca reserva 
funcional onde o 
risco de 
descompensação 
é elevado 
O diagnóstico 
inclui avaliação 
laboratorial, 
métodos de 
imagem, 
endoscopia 
digestiva alta e 
biópsia 
hepática. As 
principais 
complicações 
da cirrose 
ocorrem em 
decorrência da 
hipertensão 
porta que se 
instala no 
processo 
evolutivo. 
 
 
 
 
 
 
 
Título do artigo Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
Peritonite 
encapsulante: 
tomografia 
computadorizada 
e correlação 
cirúrgica 
Kadow 2014 enfatizar a 
importância da 
tomografia 
computadorizada 
no diagnóstico 
desta doença, 
com confirmação 
por correlação 
cirúrgica. 
Relato de 
caso 
Apresenta 
quadro 
clínico 
inespecífico 
de obstruçãointestinal, 
exigindo 
diagnóstico 
por imagem 
preciso para 
orientação do 
tratamento. 
Paciente 37 
anos 
queixando-se 
de dor 
abdominal 
difusa e 
massa 
abdominal 
palpável há 
cerca de um 
ano, com 
provável 
diagnóstico 
de hérnia 
umbilical. 
O presente 
relato enfatiza a 
importância da 
tomografia 
computadorizada 
no diagnóstico 
desta doença, 
com confirmação 
por correlação 
cirúrgica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
Doença 
Hepática 
Gordurosa 
Não 
Alcoólica e 
Síndrome 
Metabólica: 
aspectos 
nutricionais 
 
Gomes, 
Jardim e 
Alves 
2015 levantar junto 
à 
literatura 
científica a 
associação 
entre DHGNA 
e fatores 
relacionados 
à Síndrome 
Metabólica ( 
 
Revisão de 
literatura 
Os artigos 
selecionados 
comprovam a 
relação entre 
hiperlipidemia, 
resistência à 
insulina, 
obesidade e 
outros 
fatores da 
Síndrome 
Metabólica 
com a 
DHGNA. 
Estima-se que 
mais de 70% 
dos indivíduos 
obesos 
apresentem 
alguma forma 
de DHGNA, 
afetando 
homens e 
mulheres 
igualmente. 
 
Deve-se, 
portanto, 
considerar um 
rastreamento 
mais direto da 
DHGNA em 
portadores da 
síndrome 
metabólica pela 
determinação 
de 
aminotransfe 
rases, 
proporcionando 
diagnóstico 
precoce e curo 
benigno da 
doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Consideraç
ões finais 
Avaliação dos 
potenciais 
evocados 
relacionados a 
eventos (ERP-
P300) em 
pacientes com 
cirrose hepática 
sem 
encefalopatia 
 
Teodoro 
et. al 
2008 Estudar a 
utilidade do 
potencial 
evocado 
relacionado a 
eventos (ERP), 
para avaliar 
distúrbios 
cognitivos em 
pacientes com 
cirrose hepática 
e como auxiliar 
no diagnóstico 
da encefalopatia 
hepática 
mínima. 
Pesquisa 
Foram selecionados 
50 pacientes, 
diagnosticados com 
cirrose hepática sem 
sinais clínicos de 
encefalopatia 
hepática e 35 
voluntários saudáveis 
de idades e sexo 
semelhantes. Em 
todos os pacientes 
foram realizados 
exames clínico-
neurológico e 
laboratoriais. Para 
identificação do 
prejuízo cognitivo foi 
utilizado o ERP-P300 
e obtida a média da 
latência da onda 
P300. 
Houve 
diferença 
significativa 
entre as 
médias da 
latência do 
ERP-P300 
do grupo 
cirrótico e 
controle. 
Os diversos 
estudos 
apresentados 
valorizam o 
resultado do ERP-
P300, entretanto a 
variação nos 
critérios de 
inclusão e 
exclusão 
utilizados, bem 
como do modelo 
do experimento, 
levou ao número 
alto na variação 
das percentagens 
de pacientes 
cirróticos sem 
sintomas clínicos 
de EH, mas com 
alteração no ERP-
P300 
A realização 
do ERP-P300 
é simples, 
depende de 
fatores 
controláveis 
de variação e 
tem fácil 
reprodutibilid
ade, podendo 
ser útil para o 
rastreio de 
distúrbios 
cognitivos em 
pacientes 
com cirrose e 
auxiliar no 
diagnóstico 
de 
encefalopatia 
hepática 
mínima. 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
Doença 
hepática 
alcoólica 
mincis 2005 Conceituar 
DHA 
Artigo de 
publicação 
 O aspecto 
mais 
importante, 
fundamental 
do tratamento 
é a abstenção 
alcoólica, 
assim como 
sua 
manutenção 
através dos 
programas de 
reabilitação 
O estudo 
diagnóstico 
dessa 
hepatopatia 
deve basear-
se na 
anamnese, 
exame físico, 
exames 
laboratoriais, 
métodos 
diagnósticos 
por imagem, 
Diferentemente 
de algumas 
outras doenças, 
a doença 
hepática 
alcoólica (DHA) 
pode ser 
evitada desde 
que a ingestão 
alcoólica não 
ultrapasse 
determinados 
limites e 
permaneça 
estacionada ou 
mesmo regrida 
após a 
abstenção 
alcoólica. 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodolog
ia 
Resultado Discussão Considerações 
finais 
Acido 
gadoxético 
no 
diagnóstico 
da lesão 
hepática focal 
Borman RL 
et. al 
2015 . 
fazer uma 
revisão sobre a 
avaliação por RM 
dos nódulos 
hepáticos 
mediante o uso 
do contraste 
hepatoespecífico, 
motivado pela 
sua recente 
disponibilização 
no nosso 
mercado. 
Artigo De 
Revisão 
O uso do meio de 
contraste 
hepatobiliar 
permite uma 
avaliação inicial da 
perfusão do tumor, 
da mesma forma 
que os agentes de 
contraste 
extracelulares, 
além de uma 
avaliação tardia da 
captação pelos 
hepatócitos 
funcionantes, 
fornecendo 
informações 
adicionais que 
permitem uma 
melhor 
caracterização das 
lesões. 
abordagem 
prática da 
utilização 
da 
ressonância 
magnética 
com o ácido 
gadoxético 
utilizando 
exemplos 
de imagens 
de 
pacientes 
da nossa 
experiência 
inicial. 
A utilização do 
agente de 
contraste 
hepatobiliar 
pode aumentar 
a acurácia do 
método na 
detecção de 
metástases e 
do carcinoma 
hepatocelular, 
especialmente 
os de pequenas 
dimensões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título do 
artigo 
Autor Ano Objetivo Metodologia Resultado Discussão Considerações 
finais 
Cuidados de 
enfermagem 
a pacientes 
com 
dependência 
química 
Da Silva 
A.B 
2015 identificar 
os problemas 
associados 
ao uso das 
substâncias, 
Artigo de 
Revisão 
As 
consequências 
dependência 
química são 
poderosos 
determinantes 
para a morbi-
mortalidade. 
O alcoolismo 
geralmente está 
associado a outras 
condições 
psiquiátricas 
como transtornos de 
personalidade, 
depressão, 
transtorno afetivo 
bipolar (antiga 
psicose 
maníacodepressiva), 
transtornos de 
ansiedade e suicídio 
A dependência 
química é um 
fenômeno que 
pode ser 
compreendido 
de diversas 
maneiras 
 
 
 
 
 
 
DISCUSSÃO 
 
A cirrose é a 12ª causa de morte mais comum nos Estados Unidos, sendo 
responsável pela maioria das mortes relacionadas ao fígado. As causas mais 
importantes da cirrose no mundo todo são o abuso de álcool, a hepatite viral e a 
esteato-hepatite não alcoólica. Outras etiologias incluem doença biliar e sobrecarga 
de ferro (ROBBINS E COTRAN, 2010). Apresenta-se como estágio final da doença 
hepática crônica, e é definida por três características morfológicas principais: a 
fibrose, essencial da lesão progressiva do fígado; nódulos parenquimatosos, essa 
nódulos resultam de ciclos de regeneração de hepatócitos e cicatrização; 
desorganização anatômica do fígado. A cirrose hepática pode ser definida como um 
processo difuso de fibrose e formação de nódulos, acompanhando-se 
frequentemente de necrose hepatocelular. As manifestações clínicas das 
hepatopatias são diversas, variando de alterações laboratoriais isoladas e 
silenciosas até uma falência hepática e rapidamente progressiva. Dessa forma 
existem alguns exames complementares no auxílio do diagnóstico, dentre eles 
podemos citar: exames laboratoriais, exames de imagem e biópsia hepática. 
 
Marcadores de Lesão hepática 
AST (aminotransferase de aspartate) está aumentada em 65% a 75% dos 
pacientes (maior que 38U/L) não é exclusivamente utilizada para a avaliação da 
integridade dos hepatócitos, a determinação da atividade sérica dessa enzima pode 
ser útil em hepatopatias e miopatias; a ALT (aminotransferase de alanine) está 
aumentada em 50% dos pacientes (maior que 41 U/L) o teste tem utilidade na 
avaliação de hepatopatias, tendo sensibilidade para detectar lesão hepatocítica e 
sendo recomendado para o rastreamento de hepatites, seu aumento pode 
ocasionalmente ser visto emdoenças extra-hepáticas, como miopatias. 
 
Marcadores de função hepática 
 A Albumina é uma das principais frações protéicas do sangue, é útil no 
diagnóstico do estado nutricional e da capacidade de síntese hepática, atua na 
manutenção da pressão osmótica e serve de transportador para bilirrubina, ácidos 
graxos, drogas, hormônios e outras substâncias solúveis em água, seu valor de 
referência é de 3,5 a 4.8 g/dL. O Tempo de Protrombina é um marcador de função 
 
hepática e que está relacionado à falta de fatores de coagulação por perda da 
função dos hepatócitos, seu valor de referência é entre 10 e 14 segundos. 
 
Marcadores biliares 
Bilirrubina Sérica que frequentemente está aumentada em pacientes cirróticos 
e pode-se manifestar por anos, o teste é útil para o diagnóstico diferencial de 
doenças hepatobiliares e outras causas de icterícia. A icterícia torna-se clinicamente 
manifesta quando a Bilirrubina Total é maior que 2,5 mg/dL, existem algumas 
causas de aumento da bilirrubina direta (conjugada): doenças hepáticas hereditárias, 
lesão de hepatócitos (viral, tóxica, medicamentosa, alcoólica) e obstrução biliar 
(litíase, neoplasias). Gama Glutamiltransferase (GGT) exame que contribui para a 
avaliação das hepatopatias águas e crônicas, uma vez que a atividade da GGT fica 
elevada nos quadros de colestase intra ou extra-hepática, eventualmente a dosagem 
da GGT pode ser utilizada na comprovação do uso de álcool tendo seu valor de 
referência de 11,0 a 50,0 U/L. E a Fosfatase Alcalina avalia o fluxo biliar e lesão de 
vias biliares e está presente nas membranas celulares dos seguintes tecidos: osso, 
fígado, intestino, placenta e rins, útil na avaliação e no seguimento de hepatopatias e 
processos colestáticos em geral, assim como no diagnóstico e no acompanhamento 
de processos ósseos que resultam em aumento de sua atividade, seu valor de 
referência é entre 60,0 e 300,0 U/L. Na tabela 01, estão apresentados os exames 
laboratoriais que podem ser utilizados como marcadores de lesão e de função 
hepática: 
Tabela 1: Parâmetros de função e lesão hepática 
Nome Abreviatura Marcador 
Alanina Aminotransferase ALT / TGP Lesão Hepática 
Aspartato Aminotransferase AST / TGO Lesão Hepática 
Fosfatase Alcalina FA Lesão Hepática 
Gama Glutamil Transpeptidase γGT Lesão Hepática 
Tempo de Protrombina TP Função Hepática 
Albumina Alb Função Hepática 
Bilirrubina Direta BD Função Hepática 
Amônia NH3 Função Hepática 
JESUS et al. Exames Laboratoriais para Doença Hepática Crônica. 
 
Exames de imagem no diagnóstico da cirrose hepática 
 As ferramentas usadas de imagens utilizadas no diagnóstico da cirrose 
hepática avaliam a forma, tamanho e presença de nodulações (malignos/benignos) 
no fígado e a presença de sinais de hipertensão portal, ascite e tantos outros que 
permitam avaliar a causa da doença hepática (JORGE, 2011). 
 Exames de imagem avaliam a forma, tamanho e contornos do fígado, a 
presença de nódulos, a presença de sinais que surgiram hipertensão portal, ascite e, 
em alguns casos, também permite avaliar a causa da doença hepática. A 
Ultrassonografia é um exame que se utiliza de som de alta freqüência e a análise do 
eco desse som refletido pelos tecidos. Tecidos de densidades diferentes, mesmo 
dentro de um órgão, geram ecos diferentes, o que permitem a análise de diversas 
estruturas de modo completamente não invasivo e inócuo. 
 É um exame de baixo custo mais utilizado em hepatologia capaz de 
esclarecer dúvidas diagnósticas quando a cirrose e esteatose com alto grau de 
segurança; a Ultrassonografia apresenta grande sensibilidade para o diagnóstico de 
esteatose, em razão de atenuação do feixe presente no parênquima. A 
especificidade é, porém, relativamente baixa (MINCIS, 2011). 
 O diagnóstico da cirrose pela ultrassonografia é baseado em sinais hepáticos 
e extra-hepáticos tais como esplenomegalia, ascite ou sinais de hipertensão portal, 
descritos amplamente na literatura e comuns a outras doenças. Já os sinais 
hepáticos podem ser sinais indiretos de cirrose como variações das dimensões dos 
segmentos hepáticos de forma isolada ou em conjunto, o que implica aumento ou 
redução dos lobos ou hipertrofia do caudado. Avaliam-se outros sinais, tais como: a 
análise do padrão da ecogeneidade do parênquima; as variações graduais da 
textura do parênquima; variações da textura associadas ao aumento da 
ecogeneidade; variações da textura associadas a maior brilho e atenuação sonora 
posterior; irregularidades da superfície hepática evidenciadas na linha ecogênica do 
contorno. A Tomografia Computadorizada é um exame de raio-X muito mais 
sofisticado, avalia o fluxo sanguíneo dos tecidos, tamanho do órgão e presença de 
múltiplos nódulos de regeneração. Considerado como um exame complementar à 
Ultrassonografia, muito indicado para demonstrar dados sugestivos de esteatose 
hepática. Porém, a desvantagem desse exame é que os pacientes são expostos à 
radiação. 
 
 
A Tomografia Computadorizada sugere esteatose e aspecto característico de 
fibrose hepática confluente na cirrose hepática avançada (MINCIS, 2011). 
 A Ressonância Magnética é o exame mais sensível do que a Ultrassonografia 
e Tomografia Computadorizada, não invasivo, não expõe radiação iônica, métodos 
automatizados de detecção de contraste endovenoso, aliados as sequências 
rápidas, permitem caracterização de uma boa fase arterial do meio de contraste, o 
que é essencial para identificar o carcinoma hepatocelular. 
 A Ressonância Magnética é considerada o melhor método de imagem para 
avaliação destas lesões, mas não permite o diagnóstico em todos os casos. Os 
contrastes hepatobiliares aumentam a acurácia diagnóstica da Ressonância 
Magnética e diminuem o número de lesões hepáticas indefinidas. Suas principais 
indicações são as diferenciações entre hiperplasia nodular focal e adenoma, 
caracterização de carcinoma hepatocelular em pacientes cirróticos, detecção de 
metástases hepáticas pequenas, avaliação da anatomia biliar e identificação de 
fístulas biliares pós-operatórias (FRANCISCO, 2014). 
 A Elastografia é exame útil para monitorização da fibrose hepática e para a 
detecção precoce de cirrose. É um método considerado não invasivo para 
determinar a presença de fibrose hepática. Com um equipamento chamado 
Fibroscan é possível avaliar a fibrose e cirrose com sensibilidade e especificidade de 
87% e 91%, respectivamente. Por outro lado, vários fatores comprometem a 
acurácia diagnóstica deste método como ascite e obesidade (SOUSA E SILVA, 
2014). É um método onde o paciente não precisará mais passar por uma biópsia do 
fígado na hora de realizar o diagnóstico. 
Elastografia, usando Fibroscan (Echosens, Paris, França), é um método não 
invasivo que tem sido proposto para acessar a fibrose hepática pela medida da 
elasticidade do parênquima. Uma probe transdutor de ultrassom é montado no eixo 
de um vibrador. Vibrações de média amplitude e baixa freqüência (50Hz) são 
transmitidas por um transdutor, induzido uma onda elástica que propaga através dos 
tecidos. O ultrassom é utilizado para medir a velocidade da onda, a qual é 
diretamente relacionada à elasticidade hepática. A ET mede a elasticidade hepática 
em um volume de um cilindro com 1 cm de largura e 4 cm de comprimento, entre 25 
mm e 65 mm abaixo da superfície cutânea. Este volume é aproximadamente100 
vezes maior que a amostra da biópsia, e, consequentemente, mais representativo do 
parênquima hepático (FERREIRA, 2015). 
 
Ainda se tem, a biópsia que indica o grau de necrose celular, inflamação e 
cicatrização são tidas como padrão na avaliação das doenças hepáticas, tido como 
diagnóstico definitivo da cirrose hepática; investiga causa, avalia o prognóstico e 
decide o tratamento de numerosas doenças do fígado. 
 
Biópsia hepática 
 A biópsia hepática é uma técnica de diagnóstico invasiva considerada 
fundamental na área da hepatologia, com utilidade na abordagem do paciente com 
doença hepática primária ou secundária. É considerado o teste mais específico para 
avaliar a natureza e severidade das doenças hepáticas, fornecendo informações 
importantes para o estadiamento e prognóstico de várias situações clínicas. A 
utilização das várias maneiras de obter o tecido hepático (percutânea, guiada por 
imagem e outras), assim como as indicações, o âmbito de execução e as condições 
da avaliação anatomopatológica, têm vindo a evoluir ao longo dos anos (DEVESA, 
NUNO et al., 2003). Atualmente é menos necessária para o diagnóstico do que para 
a classificação e o estadiamento da doença, método onde se retira um pequeno 
fragmento do fígado com o objetivo de estabelecer um diagnóstico ou determinar a 
gravidade da lesão. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Diante da realização deste trabalho, observa-se então a importância dos 
exames tido como ferramentas de imagem no diagnóstico da cirrose hepática e de 
outras patologias associadas ao fígado. Observou-se que os exames a partir das 
amostras de sangue, sorológicos, asseguram o diagnóstico de alterações 
metabólicas do fígado, que indicam presença de patologias hepáticas, no entanto o 
rastreamento destas doenças por exames de imagem tem diminuído o número de 
lesões e aumentado a acurácia diagnóstica das hepatopatias. 
 O uso da Ultrassonografia tem sido muito adotado para acompanhamento de 
casos, permitindo tratamento precoce e prevenção de complicações. Mas a 
Ressonância Magnética é considerada, ainda, como o melhor método de imagem 
para avaliar as lesões hepáticas, apesar do custo, juntamente com a Tomografia 
Computadorizada os quais caracterizam com precisão uma lesão focal no fígado 
cirrótico. 
 
A caracterização das lesões hepáticas benignas e malignas por imagem é 
muito importante visto que lesões hepáticas benignas são muito frequentes, mesmo 
em pacientes com neoplasia conhecida, daí a importância da investigação da cirrose 
hepática e seu diagnóstico por imagem, uma vez que o transplante hepático é o 
tratamento definitivo da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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