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23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/5 Apertização O OBJETIVO DESTE TÓPICO É APRESENTAR UM TIPO ESPECÍFICO DE ESTERILIZAÇÃO DENOMINADO APERTIZAÇÃO E QUAIS SUAS UTILIDADES NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA. AUTOR(A): PROF. LUCIANA CRISTINA BRIGATTO FONTES A apertização consiste em um tipo de esterilização na qual o alimento encontra-se no interior de sua embalagem. As embalagens hermeticamente fechadas podem ser: vidros, latas, plásticos, ou outros materiais termoestáveis. As embalagens metálicas e de vidro são lavadas com duchas de água quente ou com escovas rotatórias; depois, são transportadas invertidas até a seção de preenchimento para evitar a entrada de microrganismos no seu interior. As máquinas de enchimento devem assegurar um preenchimento preciso e ser versáteis para permitir a utilização de embalagens de diferentes tamanhos e sua manutenção em condições higiênicas adequadas. Quando a embalagem fechada é aquecida, seu conteúdo se expande, aumenta a pressão de vapor de água, e os gases dissolvidos escapam do produto. Cria-se uma pressão interna que, em parte, se equilibra com a resistência da embalagem, mas que, se for excessiva, pode provocar o rompimento da embalagem ou a ocorrência de fugas. Para evitar isso, deixa-se uma parte da embalagem vazia sobre o alimento que denomina-se espaço cabeça.Esse espaço não apenas serve para a expansão de líquidos e gases, como também facilita a transmissão de calor durante a agitação do produto na autoclave. Os alimentos apertizados foram nos últimos cem anos e continuam sendo os mais encontrados no mercado pelo fato de conterem produtos estéreis comercialmente, já que foi efetuada a esterilização do conjunto embalagem/produto. A esterilização comercial refere-se a um tratamento térmico que inativa todos os microrganismos patogênicos e deterioradores que possam crescer sob temperatura ambiente durante estocagem. Os alimentos comercialmente estéreis podem conter um pequeno número de esporos bacterianos termorresistentes, que não se multiplicam no alimento. A maior parte dos alimentos enlatados é comercialmente estéril, tendo uma vida de prateleira de pelo menos dois anos. Mesmo após períodos mais longos de estocagem, sua deterioração, geralmente, ocorre devido a alterações não microbiológicas. Os alimentos apertizados mais comuns são as conservas vegetais (Ex: ervilha, milho, tomate, cogumelo, palmito), frutas enlatadas ou compotas (Ex: pêssego, abacaxi, figo), pescado (Ex: atum, sardinha). 01 / 04 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/5 O método mais comum para apertização é a aplicação de vapor de água saturado. Visto que as temperaturas utilizadas para a esterilização dos alimentos pouco ácidos e ácidos são superiores a 100ºC (de 110ºC a 125ºC), é necessário empregar sistemas a sobrepressão, fazendo uso de autoclaves. A aplicação do calor deve ser realizada lentamente para evitar mudanças térmicas bruscas no alimento e deformações ou rompimentos das embalagens. Acredita-se que a destruição de microrganismos pelo calor é em razão da coagulação de suas proteínas e, especialmente, da inativação dos sistemas enzimáticos, necessários ao metabolismo. O tratamento térmico necessário para a destruição dos microrganismos ou dos seus esporos é função de seu tipo, estado e de certas condições ambientais. Algumas das diferenças na termorresistência são fatores que podem ser controlados; outros, no entanto, são próprios dos microrganismos e não podem ser sempre explicados. As leveduras e os bolores, bem como suas formas de resistência, não apresentam maiores problemas, pois não resistem a temperaturas da ordem dos 100ºC. Igualmente as formas vegetativas das bactérias são facilmente destruídas nessa faixa de temperatura. O mesmo já não acontece com os esporos de bactérias, que necessitam de temperaturas bem mais elevadas para serem destruídos. O esporo bacteriano é uma forma de resistência de certos microrganismos (gêneros Bacillus, Clostridium e Desulfotomaculum) ao redor do qual se forma uma camada protetora, tornando-a resistente ao calor e a outros fatores externos. O tempo e a temperatura do processamento foram estabelecidos, fundamentalmente, tendo em vista a resistência ao calor de esporos de Clostridium botulinum. A destruição dos esporos desse microrganismo é considerada, em geral, como o mínimo de processamento térmico para os alimentos apertizados. Em meio anaeróbico, em pH acima de 4,5, condições que são as mais favoráveis, a forma vegetativa do Clostridium botulinum produz uma toxina poderosa que poderá ocasionar toxicose violenta, na maioria das vezes letal. 02 / 04 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/5 Legenda: EXEMPLOS DE ALGUNS ALIMENTOS APERTIZADOS. ATIVIDADE FINAL Em alimentos pouco ácidos (pH>4,5), o tratamento térmico realizado quando o alimento está no interior da sua embalagem e que garante a segurança durante a vida de prateleira é o (a): 03 / 04 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/5 A. Apertização. B. Resfriamento. C. Desidratação. D. Pasteurização. REFERÊNCIA FELLOWS, P.J. Tecnologia do Processamento de Alimentos: Princípios e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2006. GAVA, A.J. Tecnologia de Alimentos: Princípios e Aplicações. São Paulo: Nobel, 2008. ORDÓÑEZ, J.A. Tecnologia de Alimentos: Componentes dos Alimentos e Processos. Porto Alegre: Artmed, 2005. 04 / 04 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/5
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