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MICROBIOLOGIA ORAL - Revisão (SLIDE - BIOFILME DENTÁRIO) Película Adquirida • Biopelícula formada por proteínas e glicoproteínas salivares e do fluido gengival na superfície dentária; • Adere ao esmalte; • Esse filme orgânico já está presente após 15 minutos, apresentando formação mais rápida nas primeiras 2 horas; • A seguir, ela começa a ser colonizada por bactérias; • Primeiro estágio da formação do biofilme dentário; •Quando escovamos nossos dentes, removemos biofilme e não película adquirida. Ações da Película ✓ Proteção da superfície do esmalte; ✓ Influência na aderência de micro-organismos bucais; ✓ Substratos para micro-organismos adsorvidos; ✓ Reservatório de íons protetores, incluindo o flúor. Biofilme Complexas comunidades de micro-organismos envolvidos em uma matriz extracelular Biofilme Dentário ✓ Acúmulo de micro-organismos na superfície dos dentes ✓ Comunidade microbiana embebida por uma matriz aglutinante e firmemente aderida sobre os dentes ou outras estruturas bucais sólidas (próteses, aparelhos ortodônticos, restaurações, superfície de implantes). Composição do biofilme dentário ✓ Células bacterianas; ✓ Matriz ou Glicocálice; ✓ Restos Alimentares; ✓ Leucócitos ✓ Pigmentos; ✓ Células epiteliais descamadas; ✓ Polissacarídeos; ✓ Sais Minerais. Vantagens para os micro-organismos ✓ Proteção frente a fatores ambientais como os mecanismos de defesa do hospedeiro; ✓ Proteção contra substâncias tóxicas (antibióticos); ✓ Facilitar obtenção de nutrientes (utilização de outras bactérias); ✓ Biofilme só traz vantagem para os MO. Etapas de formação Biofilme: ● Comunidade Pioneira ✓ 15 minutos a 8 horas após a limpeza adequada; ✓ Colonizado por Streptococcus (60 a 80%); ✓ É necessário pelo menos 24 horas sem limpeza para que haja a formação de uma camada de biofilme clinicamente evidenciável; ✓ Não podemos confundir: Temos a formação da Película Adquirida, é formada de 15 minutos a 2 horas. Depois nós podemos ter a formação da Comunidade Pioneira, que vai ser formada de 15 minutos a 8 horas após a formação da Película Adquirida; ✓ A Película Adquirida é sempre formada antes da comunidade pioneira; ✓ Se a pessoa higieniza a boca de forma adequada, a cada 8 horas, vai sempre estar removendo biofilme da comunidade pioneira; ✓ É necessário no mínimo 24 horas para o biofilme ser clinicamente visível; ✓ Biofilme de 24 horas não tem cárie, apenas Comunidade Pioneira. ● Comunidade Intermediária ou Transitória ✓ Microbiota mais complexa; ✓ Diminuição dos Streptococcus (45%) ✓ Surgimento do grupo Veillonella (20%); ✓ Aumento de outras espécies como: Actinomyces (25%) e Fusobacterium (5%) após 3 dias; ✓ De um até três ou três dias e meio, o biofilme possui comunidade intermediária. ● Comunidade Clímax ✓ Crescimento do biofilme no sentido apical e aumento da espessura; ✓ Esses MO estão crescendo tanto a rede de biofilme, que eles não se contentam em ficar só na região do esmalte dentário, eles começam a ir no sentido/rumo apical, começam a buscar a região subgengival; ✓ A partir de 4, 5, 6, 7... dias em diante; ✓ Favorecimento dos micro-organismos anaeróbios facultativos e depois obrigatórios ➢ Prevotella ➢ Porphyromonas ➢ Eubacterium ✓ Quando chegam na região apical, a uma prevalência de anaeróbios obrigatórios, e depois surgem as espiroquetas (a partir de 7 dias) ➢ Espiroquetas (Treponema) aumentam em número. Revisão! 1. Película Adquirida: 15 minutos a 2 horas; 2. Biofilme: 15 minutos a 8 horas; 3. Comunidade Pioneira: 15 minutos a 24 horas; 4. Comunidade Intermediária: 1 dia a 3 dias ou até 3 dias e meio; 5. Comunidade Clímax: 4 dias em diante. Existe diferença entre o tipo de biofilme correlacionado com a cárie e com doença periodontal; As doenças vão depender se vai ser a nível de cárie ou periodontal, depende da matriz extracelular; Evolução do biofilme: Tártaro, Cárie e Doença Periodontal; Tátaro: abaixo da prega língual forma-se sais minerais, e com o acúmulo de sais minerais gera o tártaro. Depende da dieta do hospedeiro; Dieta a partir de carboidrato, principalmente sacarose -> biofilme da cárie. Aspectos Morfológicos do Biofilme: Biofilme dentário Supragengival ou Coronária ✓ Biofilme da superfície dentária – assentamento das bactérias sobre a película adquirida; ✓ Camada bacteriana condensada – camada preenchida por micro-organismos cocoides; ✓ Corpo do biofilme dentário – maior porção do biofilme. Diferentes espécies arranjados ocasionalmente. ✓ Superfície do biofilme dentário – grande variedade de micro-organismos; ✓ É clinicamente visível. ✓ Ocasiona gengivite: é um processo inflamatório decorrente da presença de biofilme supragengival, caracterizada por gengivas sangrantes e vermelhas, não apresenta perda das estruturas de suporte/tecido ósseo. Aspectos Morfológicos do Biofilme: Biofilme dentário Subgengival ✓ Forma-se abaixo da borda gengival. É mais fino. ✓ Biofilme aderido – associado ao dente. ✓ Biofilme não aderido – associado ao epitélio do sulco gengival. ✓ Camada interposta entre Biofilme aderido e não aderido – microorganismos ✓ flutuam no exsudato gengival; ✓ Não é normalmente visível; ✓ A presença do biofilme subgengival é determinada pelo exame profissional; ✓ Para remover o biofilme na região do sulco gengival é através da cureta periodontal(raspagem); ✓ Ocasiona Periodontite: é um processo inflamatório decorrente da presença de biofilme subgengival, caracterizada por sangramento periodontal ou supuração, ocasiona destruição dos tecidos de suporte do dente/perda óssea(mais de 3ml). Fatores que afetam o desenvolvimento do biofilme: ✓ Anatomia dos dentes e tecidos; ✓ Estrutura dentária; ✓ Higiene bucal; ✓ Atrito com a dieta. ➢ As mais importantes reações que acontecem no biofilme estão relacionadas com a utilização metabólica de substratos fornecidos pela mistura alimento-saliva. Potencial Patogênico Biofilme Cárie e Doença periodontal são as principais enfermidades da cavidade bucal influenciadas pela atividade patológica do biofilme. Formação do Biofilme Dentário: Fase inicial ✓ Forças de Van der Waals (energia cinética) – atração das bactérias; ✓ Nessa fase a adsorção é reversível. Fase de acumulação ➢ As bactérias se tornam aderidas à superfície dos tecidos bucais; ✓ Camada de hidratação – imersão de saliva no esmalte (neutraliza); ✓ Glicocálice – aderência de micro-organismos (parede celular); ✓ Pili ou Fímbrias – organelas filamentosas que participam da aderência; ✓ Adesinas – moléculas que reconhecem receptores específicos; ✓ Polímeros bacterianos extracelulares – material de reserva (retenção mecânica) Polímeros Bacterianos Extracelulares Glicanos ✓ Produzidos pela ação enzimática de certos micro- organismos sobre a sacarose; Ex: Streptococcus mutans – o processo facilita a aderência a superfície dos dentes. Levanos ✓ Definidos como frutanos (cadeias de frutose). São encontrados em muitos tecidos vegetais como material de reserva; Métodos de controle de Biofilme Dentário ✓ Químicos - Goma de mascar, dentifrícios e antissépticos; ✓ Enzimas – Dextranase produzida por fungos; ✓ Antibióticos; ✓ Fluoretos; ✓ Biológios – Vacinação; ✓ Dieta. Composição da dieta DIETA + SALIVA = Nutrientes paraos micro-organismos. ✓ 0,1% de sacarose na cavidade bucal diminui o pH do biofilme dentário em 1 unidade em 5 minutos; ✓ Só retorna ao normal após 20-30 minutos; ✓ Concentrações de 10% produzem um pH abaixo de 4; ✓ O pH crítico para ocorrer desmineralização do esmalte está entre 4,5 e 5,5. Principais fontes de carboidratos ✓ Glicoproteínas salivares; ✓ Polímeros extracelulares (glicanos e frutanos); ✓ Amido; ✓ Dissacarídeos: sacarose, maltose e lactose; ✓ Monossacarídeos: frutose, glicose; ✓ Açúcares alternativos: manitol e sorbitol – metabolizados em frutose (xilitol) MICROBIOLOGIA ORAL (SLIDE - DROGAS ANTIMICROBIANOS) Antibióticos/Drogas: Pré-operatório (antes do procedimento) ● Ansiolíticos; ● Antiinflamatórios; ● Antimicrobianos. ✓ Pacientes de risco: Diabetes, Câncer, Insuficiência Renal, Transplantado, Hemofílico, Problemas Cardíacos e etc. Trans-operatório (durante o procedimento) ● Anestésicos locais Pós-operatório (depois do procedimento) ● Analgésicos; ● Antiinflamatórios; ● Antimicrobianos. ✓ Controle na taxa de MO para o completo reestabelecimento de algum procedimento; ✓ Geralmente para pacientes com deficiência no sistema imunológico. Toxicidade Seletiva: ✓ Propriedade que o antibiótico deve ter de lesar APENAS o microrganismo, deixando intactas as células do hospedeiro; ✓ É uma substância que deve ser toxica apenas para os MO, pois querendo ou não, essa substância tem contato com todas as células do hospedeiro via corrente sanguínea, consequentemente por onde passa a substância, ela gera uma toxicidade. ✓ Quanto mais Toxicidade Seletiva mais específico o antibiótico vai ser. ➢ A Droga é algo maléfico, tem toxicidade, benéfica para o ser humano. Mas o mal uso dessas substâncias podem causar malefícios; Exemplo: Resistência dos MO a essas substâncias no nosso corpo; Exemplo 2: Essas substâncias no nosso serem tóxicas e isso causar uma problemática a nível de fígado e rins, que são os dois principais locais que ocorre o processo de metabolismo das substâncias que entram no nosso corpo, principalmente fígado. ➢ O objetivo da droga é agir contra os MO, dependendo da dose, da frequência dessa droga, nós podemos ter situações de toxicidade para nosso organismo. AMPLO ESPECTRO ✓ Ativos contra vários tipos de microrganismos ✓ Inibir crescimento dos MO ✓ Inespecífica – Não seleciona qual bactéria, age de maneira geral. Ex: Tetraciclinas BAIXO ESPECTRO ✓ Ativos contra um ou poucos tipos ✓ Mata os MO ✓ Específica Ex: Vancomicina Mecanismo de ação ● Parede Celular; ● Síntese proteica (ribossomos); ● Síntese de DNA ou RNA; ● Metabolismo (Membrana Plasmática). Quando o antibiótico não age por nenhum desses mecanismos de ação o nome é: Mecanismos Adicionais. Mecanismo de ação: Inibição da síntese da Parede Celular Inibem as transpeptidades (enzimas que catalisam a etapa final na síntese de peptídeoglicano). ● Penicilinas (Amoxicilina e Benzetacil); Usadas no Brasil todo, primeiro antibiótico a ser criado, as pessoas podem desenvolver resistência a esse antibiótico ou alergia, essa droga é bactericida e bacteriostática. ● Cefalosporinas; Muito parecidas quimicamente com as Penicilinas, mas tem uma certa diferença na substância. Essa diferença permite as Cefalosporinas serem indicadas quando o paciente apresenta resistência as Penicilinas, não são indicadas quando o paciente desenvolve alergia as Penicilinas, pois são drogas quimicamente parecidas, então se tiver alergia a um, vai ter ao outro. Essa droga é bactericida e bacteriostática. Não esquecer: Quando o paciente é resistente a Penicilina, se passa Cefalosporina. ● Vancomicina: Muito utilizada em UTI. Inibe a síntese da parede celular pelo bloqueio da transpeptição mas por um mecanismo diferente, essa droga é Bactericida, efetivo contra Gram+ Atividade: BACTERICIDA ✓ Mata as bactérias. Úteis em certas infecções (risco imediato de vida), pacientes com contagem de leucócitos abaixo de 500/uL (Endocardites); ✓ Baixo espectro. BACTERIOSTÁTICO ✓ Inibem seu crescimento, mas não as matam. Podem crescer quando a droga é suprimida. Os mecanismos de defesa do hospedeiro, como a fagocitose são necessários para matar a bactéria; ✓ Amplo Espectro. ❖ Tem casos que a droga pode ser bactericida e bacteriostática? Sim, MAS NÃO AO MESMO TEMPO, depende das fases de crescimento microbiano. ● Fase Lag e Log: Bactericida Somente quando estão na fase de crescimento Lag e Log – mais ativas na fase log, porque está acontecendo constante multiplicação, que é quando vai ocorrer abertura da parede celular. ● Final da Fase Log e início da Fase Estacionária: Bacteriostática As pessoas tomam mais antibióticos bacteriostáticos, porque é nessa fase que apresenta sinais clínicos(sinais e sintomas). ● Exemplo de droga que é bactericida e bacteriostática: Penicilinas (e as Cefalosporinas). Mecanismo de ação: Síntese Proteica As drogas inibem a síntese de proteínas em bactérias sem interferir na síntese de proteína das células humanas, existe diferença entre as proteínas ribossomais. Humana: 80s Subunidades: 60s Subunidades: 40s Bactéria: 70s Subunidades: 50s ● Erictromicina; Usada quando paciente é alérgico as Penicilinas e Cefalosporinas. É mais potente que a Clindamicina. ● Clindamicina: Usada quando paciente é alérgico as Penicilinas e Cefalosporinas. É menos potente que a Clindamicina. Subunidades: 30s ● Tetraciclinas: Amplo espectro, ativas contra vários tipos de microrganismos. Mecanismo de ação: Síntese DNA ● SULFONAMIDAS: Bloqueio do ácido Tetraidrofólico (doador do grupamento metila na síntese de, Adenina, Guanina e Timina); Valor: Barato; Efeitos: febre, erupções e supressão da medula óssea; Doenças (relacionadas a falta de saneamento básico): • Infecção trato urinário; • Otite do ouvido médio; • Doenças causadas por protozoários; • Toxoplasmose; • Pneumonia. Mecanismo de ação: Síntese RNA ● RIFAMPICINA: Contra Tuberculose, Endocardite; Bloqueio da síntese de mRNA; Coloração vermelha: A pessoa urina e dependendo da quantidade lagrimeja vermelho. Fica vermelho os líquidos corpóreos de quem utiliza essa droga. Mecanismo de ação: Membrana Celular ● POLIMIXINAS (COLISTINA): Contra Gram + e Gram- (mais potente contra Gram-); Causam distúrbios de fosfolipídeos da membrana celular. Mecanismos adicionais Quando a droga age nas bactérias de outra forma, sem ser pelo mecanismo de ação. • Metronidazol: Muito utilizado na odontologia, principalmente na área de Periodontia. Revisão! ❖ Parede Celular: ● Penicilinas (Amoxicilina e Benzetacil): Primeira opção de remédio, mas pode ocasionar resistência ou alergia ao paciente. ● Cefalosporinas: Utilizada quando o paciente é resistente as Penicilinas. ● Vancomicina: Utilizada em UTI. ❖ Síntese Proteica - Ribossomos: ● Erictromicina: Utilizada quando o paciente é alérgico as Penicilinas. ● Clindamicina: Utilizada quando o paciente é alérgico as Penicilinas, menos potente que a Erictromicina. ● Tetraciclinas: Amplo Espectro. ❖ Síntese de DNA: ● SULFONAMIDAS: Barato e serve para combater várias doenças, relacionadas com o saneamento básico. ❖ Síntese de RNA: ● RIFAMPICINA: Coloração vermelha- Urinando ou até lagrimejando.❖ Membrana Celular: ● POLIMIXINAS (COLISTINA): Causam distúrbios de fosfolipídeos da membrana celular. ❖ Mecanismos adicionais: ● Metronidazol. QUIMIOPROFILAXIA ✓ Prevenir que a doença ocorra (prévia a cirurgia) PROBIÓTICOS ✓ Bactérias vivas e não patogênicas que podem ser efetivas no tratamento e prevenção de certas doenças humanas. ✓ Exemplo: Yakute (Lactobacilos) – diminui o número de diarréias em crianças hospitalizadas; ✓ Exemplo 2: Activia. ✓ Serve também para pessoas que tem diarreias e perdem a microbiota normal gastrointestinal, os probióticos ajudam a formar novamente. ✓ Se a pessoa ingerir sem necessidade vai haver competição microbiana, isso pode gerar consequências como cólicas. MICROBIOLOGIA ORAL (CONTROLE DE INFECÇÃO) BIOSSEGURANÇA ✓ Biossegurança em Odontologia é o conjunto de procedimentos adaptados no consultório com o objetivo de dar proteção e segurança ao paciente, ao profissional e sua equipe; ✓ O único meio de prevenir a transmissão de doenças é o emprego de medidas de controle de infecção como equipamento de proteção individual (EPI), esterilização do instrumental, desinfecção do equipamento e ambiente, anti-sepsia da boca do paciente. ✓ São essenciais a padronização e manutenção das medidas de biossegurança como forma eficaz de redução de risco ocupacional, de infecção cruzada e transmissão de doenças infecciosas. INFECÇÃO CRUZADA EM ODONTOLOGIA ❖ Paciente para o profissional e para a equipe ❖ Profissional e equipe para o paciente ❖ Paciente para paciente (o que mais acontece) CONCEITOS Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de micro-organismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. Anti-sepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de micro-organismos ou removê-los de um tecido vivo, podendo ou não destruílos. Aplicação de um agente germicida com ação contra microorganismos. Degermação: é a erradicação total ou parcial da microbiota da pele e/ou mucosas por processos físicos e/ou químicos. É a remoção de detritos e impurezas na pele. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ➢ A higienização das mãos é considerada a ação isolada mais importante no controle de infecções em serviços de saúde. ➢ As mãos são a principal via de transmissão de microrganismos. ➢ A utilização simples de água e sabão pode reduzir a população microbiana presente nas mãos e, na maioria das vezes, interromper a cadeia de transmissão de doenças. ➢ Produto alcoólico reduz o tempo necessário para a higiene das mãos, porém não substitui a lavagem com água e sabonete líquido quando esta é possível. o SABÃO COMUM: BOM o SABÃO ANTISSEPTICO: MELHOR o ÁLCOOL: MUITO MELHOR Microbiota da pele: TRANSITÓRIA ● Micro-organismos adquiridos por contato direto com o meio ambiente, contaminam a pele temporariamente. RESIDENTE ● Micro-organismos que vivem e se multiplicam nas camadas profundas da pele, glândulas sebáceas e folículos pilosos. FATORES DE RISCO PARA A NÃO ADESÃO ÀS PRÁTICAS DE HIGIENE DAS MÃOS REFERIDOS PELOS PROFISSIONAIS: ✓ Irritação e ressecamento da pele; ✓ Falta de sabão e papel toalha; ✓ Excesso de trabalho; ✓ As necessidades dos pacientes são prioridades; ✓ A higiene das mão interfere na relação com o paciente; ✓ Baixo risco de alguns pacientes; ✓ Uso de luvas dispensa a lavagem das mãos; ✓ Falta de conhecimento e/ou ceticismo quanto ao real valor; ✓ Ausência de exemplos de colegas e superiores; ✓ Ausência de informação científica de impacto definitivo. CONCEITOS Limpeza: é a remoção da sujidade de qualquer superfície, reduzindo o número de micro- organismos presentes. Esse procedimento deve obrigatoriamente ser realizado antes da desinfecção e/ou esterilização. Desinfecção: é um processo que elimina microrganismos patogênicos de seres inanimados, sem atingir necessariamente os esporos. Pode ser de alto nível, intermediário ou baixo. Esterilização: é um processo que elimina todos os microrganismos: esporos, bactérias, fungos e protozoários. Os meios de esterilização podem ser físicos ou químicos. CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS Instrumentos críticos: são instrumentos de corte ou ponta que penetram nos tecidos sub-epiteliais (entra em contato com sangue e secreções). Devem ser obrigatoriamente esterilizados. Instrumentos semi-críticos: são instrumentos que entram em contato com a mucosa ou pele íntegra (moldeiras, espelhos, instrumentais para restaurações). Podem ser desinfetados, mas quando possível e preferencialmente esterilizados. Instrumentos não críticos: entram em contato apenas com a pele íntegra ou não entram em contato com o paciente (pinça perfuradora de lençol de borracha, arco de Young, mufla). Devem ser desinfetados. PROCEDIMENTOS SEGUNDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO Procedimentos críticos: quando há penetração no sistema vascular (cirurgias e raspagens sub- gengivais). Procedimentos semi-críticos: quando entram em contato com secreções orgânicas (saliva) sem invadir o sistema vascular (inserção de material restaurador, aparelho ortodôntico). Procedimentos não críticos: quando não há contato com secreções orgânicas nem penetração no sistema vascular. Na Odontologia não existe nenhum procedimento que possa ser classificado nessa categoria. MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) Os profissionais da área da saúde, por estarem mais expostos, possuem um risco elevado de aquisição de doenças infecciosas, devendo estar devidamente imunizados. As vacinas mais importantes para os profissionais da Odontologia são: • Hepatite B, • Influenza, • Tríplice viral, • Dupla tipo adulto. Imunização contra Hepatite B ➢ A imunização contra a Hepatite B é realizada em três doses; ➢ Em períodos de zero, um e seis meses de intervalo; ➢ Deve-se fazer teste sorológico para confirmação da imunização; ➢ Deve ser feito reforço da vacina a cada 5 anos. Equipamento de Proteção Individual (Barreiras) Gorro (tipo touca): deve recobrir todo o cabelo e orelhas, protegendo-os principalmente dos aerossóis. Deve ser de uso único e descartáveis em lixo contaminado. Avental: evita o contato da pele e roupas pessoais com os microrganismos do campo de trabalho. Seu uso deve ser restrito ao local de trabalho. Podem ser: não cirúrgico: para procedimentos semi-críticos. Devem ser trocados diariamente ou quando apresentarem contaminação visível por sangue ou fluidos. cirúrgico estéril: para procedimentos críticos. É vestido após a paramentação do profissional e degermação das mãos. Máscara: proteção das vias aéreas superiores (3 camadas) - descartável. Óculos de Proteção: proteção biológica e mecânica. Devem ser fechados lateralmente. Devem ser lavados e desinfetados. Luvas: as mãos devem ser lavadas antes de calçar as luvas que devem ser descartadas a cada procedimento em lixo contaminado. 3 tipos: Procedimentos: não estéreis para procedimentos semi-críticos. Cirúrgicas: embaladas individualmente para procedimentos críticos. Limpeza: látex grosso e resistente. Para a manipulação de instrumental contaminado, para procedimentos de limpeza e desinfecção do consultório. Devem ser desinfetadas após o uso. São reutilizáveis. CAMPOS DE TRABALHO Campo estéril: para procedimentoscríticos. Barreiras de PVC: para procedimentos semi- críticos. Devem ser trocadas a cada paciente. PREPARO DO MATERIAL PARA ESTERILIZAÇÃO Pré lavagem: remoção da sujidade. Ultra-som: com solução enzimática ou desencrostante (2 à10 min.); Mecânica: o instrumental deve ficar imerso em solução enzimática (2 à 10 min) e depois lavado em água corrente. Secagem: toalha ou ar. Embalagem: de acordo com o método de esterilização. MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO Calor Úmido (Autoclave) ➢ Vapor sob pressão (1 à 2 atmosferas). ➢ Tempo de 15 à 30 minutos. ➢ Temperatura de 121 à 132 °C. Calor Seco (Estufa) ➢ Tempo de 1 hora à 170°C ou 2 horas à 160°C. ➢ Sem a abertura da mesma durante o processo. Processos Químicos ➢ Óxido de etileno por 4 horas. ➢ Glutaraldeído 2% por 10 horas ➢ Solução de formaldeído 38% por 18 horas. DESCARTE DE LIXO Não contaminado: lixo comum, saco preto. Contaminado (contém sangue e secreções): saco branco identificado. Perfuro–cortantes: Caixa de papelação Descartex.
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