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Revisão AV2 Direito Processual Civil II

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Revisão AV2 – Direito Processual Civil II. 
Petição inicial (art. 319). 
A norma processual brasileira é cogente, estabelece requisitos para que o indivíduo tenha acesso ao poder judiciário, tendo cumprido as condições da ação (legitimidade e interesse de agir em sentido de necessidade, ou seja, não há outro meio para a solução do problema e em sentido de adequação, o procedimento correto a ser escolhido para se chegar a prestação jurisdicional), o primeiro requisito para se adentrar ao poder judiciário é a petição inicial. 
A petição inicial deverá conter:
O juízo a que é dirigida; O juízo será identificado de acordo com a competência (em razão da matéria; pessoa nos casos de prerrogativa de foro; funcional como nos casos de execução de sentença estrangeira homologada pelo STJ; territorial que trata do território em que determinado juiz tem jurisdição; e em razão do valor da causa) caso seja um problema trabalhista, por exemplo, será dirigida à justiça do trabalho. 
Identificação ou qualificação das partes; nomes, prenomes, estado civil, a existência de união estável, a profissão, CPF ou CNPJ, endereço eletrônico, domicílio e a residência do autor e do réu. O novo CPC pede expressamente que o indivíduo exponha se está ou não em uma União Estável, pois caso esteja, necessitará da autorização de sua companheira nas ações reais.
Outra novidade é o endereço eletrônico, que atualmente é muito importante e uma das formas de comunicação (Lei 11.419/06). 
Caso o indivíduo não obtenha de todas as informações, poderá se valer da máquina do judiciário para obter de tais (§1º). Ex. não ter as informações necessárias para qualificar a outra parte. 
O fato e os fundamentos jurídicos do pedido; Efetivamente, somente é exigido os fatos. Os fatos e fundamentos, são mais conhecidos por causas de pedir. O indivíduo deve expor o fato que gerou a existência de tal processo. 
Os fundamentos jurídicos são um ponto de partida para o juiz, não há necessidade de uma amplitude, basta apenas tipificar de forma simples, em que deve ser a parte contrária condenada. 
O pedido com as suas especificações; O pedido imediato, estará atrelado à prestação judiciária (declarando, condenado ou constituindo/desconstituindo algo), ou seja, na prática, o pedido imediato seria pedir ao juiz que julgue procedente os seus pedidos. 
Já o pedido mediato, nada mais é do que o objeto, aquilo que se busca (a indenização, por exemplo). 
O pedido é a parte mais importante da petição inicial. Deve ser certo e determinado (especificidade, aquilo que se quer).
Pedido genérico (art. 324, §1º): aquele que não se é possível especificar. São 03 as possibilidades:
Ações universais: como exemplo, cita-se a ação que pede a transferência de um rebanho de gado (universalidade de fato). Outro exemplo, é a herança (universalidade de direito).
Consequências do dano: como exemplo, cita-se um acidente em que o indivíduo quebra as pernas e não sabe em quanto tempo terá se recuperado, devendo no pedido, constar o tratamento necessário até a recuperação. 
Ato do réu: como exemplo, cita-se a ação de exibição de contas, onde só se poderá delimitar o pedido na petição inicial após a outra parte demonstrar as contas, ou seja, o pedido depende de ato do réu. 
Cumulação de pedidos 
Objetiva: quando há a realização de mais de um pedido. Ex. ação contra Sky que pede danos morais e o reestabelecimento do pedido. 
Própria: é onde se pede mais de uma coisa e poderá ganhar todas.
Sucessiva: quando há prejudicialidade, um pedido pode depender e anular o outro. Ex. investigação de paternidade cumulado com herança. 
Simples: quando não existe prejudicialidade entre os pedidos, um pedido não depende do outro. Ex. ação de investigação de paternidade cumulada com alimentos. 
Imprópria: é aquela que se pede mais de uma coisa, sabendo que não irá receber
Alternativa: quando o pedido pode ser realizado de uma ou de outra forma. Ex. pagar uma indenização ou a vidraçaria. 
Subsidiária: quando há dois pedidos, sendo um maior avaliado que o outro, e não sendo o maior considerado, será o subsidiário. 
Subjetiva: ocorre quando há formação de litisconsórcio, seja ativo ou passivo. 
Art. 327, §1: são requisitos par a admissibilidade da cumulação que:
Os pedidos sejam compatíveis entre si; Ou seja, não pode o indivíduo pedir que seja designado à gerência de um banco e requerer horas extras. Não deve haver contraditoriedade; 
Seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; Ou seja, os pedidos constantes dentro de uma petição, devem ser suscetíveis de competência de apenas um juízo, pois um juiz de família, por exemplo, não poderá julgar um pedido de danos morais em um processo de divórcio. 
Seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento; Ou seja, na cumulação de pedidos, todos os pedidos devem estar submetidos ao mesmo procedimento (comum ou especial). Como exemplo, cita-se um processo onde há pedidos de danos morais (basta a prova testemunhal) e materiais (necessita de prova pericial), onde não poderá haver a cumulação de pedidos, pois o juizado não comporta a prova pericial como estabelece o CPC. 
Caso haja a inadequação de procedimento, por ser o procedimento comum residual, todos os pedidos podem ser levados a tal.
O valor da causa; Normalmente situa-se ao final da petição, acima da assinatura do advogado. Apenas as petições com natureza de ação, terão valor da causa. Também terão valor da causa as petições que falarem em citação (não ocorrendo quando se falar em intimação)Ex. Dá-se a causa o valor de tanto.
O juiz, de ofício poderá determinar a correção do valor da causa. 
As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; O julgamento da causa se dá a partir das provas produzidas no processo. 
Dentro do procedimento comum, as provas não precisam ser pré-constituídas (já na petição inicial), porém, faz-se necessário, indicar na petição inicial, o modo como serão provados os fatos e fundamentos. 
A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação; Pelo novo CPC, em regra, deve ocorrer obrigatoriamente a audiência de conciliação e mediação. A partir do novo CPC, na parte dos pedidos, na Petição Inicial, faz-se obrigatório optar pela conciliação ou mediação. Caso não o faça, o juiz mandará emendar a petição. 
Após realizada a petição inicial com todos os requisitos, esta será recebida e distribuída pelo Poder Judiciário. Sendo encaminhado à vara competente, será recebido pelo cartório e passado para a fase de conclusão ao juiz. 
Ao receber a petição, o Juiz irá analisar se estão presentes todos os requisitos (condições da ação, que são legitimidade e interesse de agir; os elementos da petição inicial e os pressupostos de existência e de validade). 
São pressupostos de existência: demanda (o juiz precisa ser provocado); órgão investido de jurisdição (o juiz deve verificar se tem jurisdição para determinada demanda); citação do réu (processo sem citação é ineficaz); e a capacidade postulatória (trata-se da necessidade de um advogado para provocar o PJ).
São pressupostos processuais de validade: petição inicial apta nos termos do artigo 319; juízo competente; juízo imparcial; capacidade de ser parte; pressupostos negativos (ausência de litispendência, ou seja, duas demandas idênticas em curso, mesmas partes, mesma causa de pedir e pedidos; quando não houver coisa julgada; perempção, ou seja, perda do direito de ação; ou convenção de arbitragem, quando o indivíduo, contratualmente, por meio de clausula, opta por resolver possíveis problemas na justiça privada); e a capacidade processual. 
Ao verificar que tudo está conforme, o juiz mandará citar a outra parte para uma audiência de conciliação. 
Fase postulatória (Petição inicial até a defesa do réu) > fase saneadora > fase instrutória > fase decisória > fase recursal > fase executória. 
Emenda da Petição Inicial (art. 321)
Caso haja a presença de qualquer defeito sanável na petição inicial, o juiz determinará a correçãode tal no prazo de 15 dias úteis.
Emenda difere-se de aditamento, pois neste, ocorre a alteração do pedido ou da causa de pedir, enquanto na emenda, ocorre a correção de um vício sanável identificado pelo Juiz. 
A emenda da petição inicial pode ser verificado a qualquer momento do processo. 
OBS. 
Os juros legais, correções monetárias e verbas de sucumbências (honorários pagos pela parte vencida ao advogado vencedor, entre 10 e 20 por cento da condenação) não precisam constar no pedido, pois já fazem parte de um pacote. Tratam-se de pedidos implícitos. 
Juros moratórios: aquele ligado ao inadimplemento. Atualmente no Brasil de 1% ao mês. No processo, inicia-se a partir da citação válida.
Juros remuneratórios: trata-se da remuneração do capital. Como exemplo, cita-se um empréstimo ou um financiamento de imóvel da Caixa. Atualmente no Brasil é de 
Correção monetária: trata-se da atualização do capital de acordo com a inflação. No processo inicia-se a partir do evento danoso. 
Indeferimento da Petição Inicial (arts. 330 e 485, CPC)
Indeferir a petição, significa extinguir o processo sem resolução de mérito na fase postulatória. Significa que o juiz identificou um vício processual insanável. 
Art. 330: A petição inicial será indeferida quando: 
For inepta; quando lhe faltar pedido ou causa de pedir; quando o pedido for indeterminado, ressalvados as hipóteses de pedido genérico; da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; contiver pedidos incompatíveis entre si.
A parte for manifestamente ilegítima; 
O autor carecer de interesse processual; necessidade e adequação. 
Não atendidas as prescrições dos artigos 106 (quando houver litigância em causa própria e o advogado descumpre) e 321 (emenda, não havendo correção).
Improcedência liminar do mérito
Difere-se do indeferimento da inicial, pois no indeferimento da petição inicial há coisa julgada formal, não havendo, pois, análise do mérito, ou seja, sendo corrigido o problema, o indivíduo poderá entrar com a ação novamente
Já no indeferimento liminar do mérito, o Juiz analisa o mérito, ou seja, a Petição Inicial não tem nenhuma irregularidade, porém o Juiz entende que o indivíduo não é portador daquele direito (mérito). Há, pois, coisa julgada material e formal. A matéria julgada não mais poderá ser rediscutida caso o indivíduo não utilize do recurso. 
Ex. indivíduo que adentra com ação de negativação indevida contra a OI, sendo, no entanto, já devedor de outra empresa. 
A improcedência liminar do mérito antes de ouvir o réu, pode apenas ocorrer nos processos em que não haja discussões de fato, ou seja, que não haja necessidade da fase instrutória (produção de provas, perícia e etc.). 
A improcedência não elimina o processo, porém transporta o indivíduo da fase postulatória para a fase recursal (apelação). 
Dentro da improcedência liminar, o recurso de apelação é uma das únicas exceções que pode refazer uma sentença (tornar sem efeito a sentença anterior). 
Art. 332, CPC: nos processos que dispensem a fase instrutória (onde há apenas necessidade de discussão de direito, e não de fato), o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
Enunciado ou Súmula do STF ou do STJ; 
Acórdão proferido pelo STF, STJ em julgamento de recursos repetitivos – Como exemplo, cita-se o FGTS, que sofreu alteração e que teve repercussão nacional. 
Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
Enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§1º: O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. Para que haja essa sentença, no entanto, deve ser dada à parte, oportunidade de se manifestar.
Audiência de conciliação e mediação (art. 334, CPC). 
Tendo a petição inicial, cumprido todos os requisitos e não havendo improcedência liminar do mérito, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 dias de antecedência. 
A audiência de conciliação e mediação é facultativa, pois ambas as partes podem optar por não realizar, no entanto a audiência de conciliação e mediação é regra e não exceção, pois havendo obscuridade, acontecerá.
Para a não ocorrência da audiência, o CPC agora entende que ambas as partes devem expressamente informar que quer ou não a realização de tal audiência. O autor indicará sua vontade na petição, enquanto o réu, também por meio de uma petição após sua citação, deverá informar sua não aderência até 10 dias antes da data marcada para a conciliação ou mediação. 
OBS. participação das partes na audiência de conciliação e mediação: outra alteração importante do novo Código de Processo Civil, é que as partes devem, obrigatoriamente participar da audiência, sob pena de sofrer multa, fato que não ocorria no Código de 73, onde o próprio advogado, devido a sua procuração, poderia representar a parte sozinho. A parte poderá, no entanto, nomear procurador particular, que não seja seu advogado, para representa-lo nesta mencionada audiência
Resposta do réu. 
A defesa do réu, pelo novo Código de Processo Civil, se dá pela CONTESTAÇÃO e pela EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO (busca garantir a imparcialidade, pressuposto processual de validade), todas as outras peças (reconvenção, impugnação de valor da causa, impugnação de justiça gratuita, exceção de incompetência relativa) agora, se existentes, integrarão a contestação, diferentemente do que dispunha o antigo Código de Processo Civil. 
Contestação. 
A contestação para o réu, significa aquilo que a petição inicial é para o autor. 
Art. 335, CPC: o réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 dias, cujo termo inicial será a data: 
Da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; 
Do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, I; 
De acordo com o art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos: nos casos em que o réu é citado a oferecer contestação, normalmente começará a contar a partir da juntada do mandado de citação ou intimação no processo (após o oficial de justiça recolher o mandado assinado e devolver à secretaria). 
A contestação deve apresentar defesas de direito processual e direito material. As defesas materiais se dividem basicamente em três: 
Fatos impeditivos
Fatos modificativos 
Fatos positivos 
Já as defesas processuais podem ser:
Dilatórias: ampliam a duração do processo. 
Peremptórias: suprimem a duração do processo. 
Art. 336, CPC: incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. 
Conclui-se, pois, que na contestação, deve ser rebatido tudo aquilo que foi dito na petição inicial, sob pena de se ocorrer preclusão às questões não contestadas, salvo verse sobre matéria de questões de ordem pública. 
Art. 337, CPC: incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
Inexistência ou nulidade da citação: como exemplo, cita-se um processo em que a esposa assina para o marido sem portar poderes especiais. 
Neste caso o juiz determinará que seja expedido novo mandado de citação. Trata-se de uma defesa processual dilatória. 
Incompetência absoluta e relativa: absoluta naquelas relativas às matérias, pessoa e função e relativa naquelas relativas ao território e ao valor. 
Trata-se de uma defesa processual dilatória. 
Incorreção do valor da causa: nos casos em que o autor coloca o valor da causa de forma errônea e o réu pede que seja corrigido. Comumente presente no divórcio. 
Neste caso o juiz mandará intimar o autor para que seja corrigidoe caso este não o faça, a petição será inepta, tratando-se, pois, de defesa peremptória. 
Tendo o autor corrigido o valor, tratar-se-á de uma defesa dilatória. 
A correção é importante, pois as custas processuais, bem como os honorários de sucumbência e multas derivadas do processo, serão oriundos e calculados a partir do valor posto na causa. 
Inépcia da petição inicial: caso haja na petição, qualquer dos defeitos presentes no artigo 330, § 1º, o réu poderá, antes de discutir o mérito, apresentar uma contestação com uma preliminar de inépcia. Tal defesa é, pois, dilatória, uma vez que o juiz determinará a emenda a petição, fazendo com que o processo tenha seu prazo aumentado. 
Perempção: ocorre quando o autor dá causa à extinção do mérito por 03 vezes. Perempção é a perda do direito de ação. Trata-se, pois, de defesa peremptória. 
Litispendência: ocorre quando a petição é idêntica à outra, com as mesmas partes, causa de pedir e pedido. É, pois, outro tipo de defesa peremptória, uma vez que haverá a extinção sem resolução do mérito. 
Coisa julgada: assemelha-se à litispendência, pois há processos iguais, no entanto, na coisa julgada, um dos processos já foi julgado. Trata-se de mais uma defesa peremptória. 
Conexão: as ações são conexas quando portam a mesma parte e a mesma causa de pedir ou pedido. Conexão é causa de modificação da competência, e, entendendo o juiz não ser o juízo prevento, remeterá o processo à vara competente. Trata-se de uma defesa dilatória. 
Ex. ação de divórcio de Márcio x Eliane distribuída em 10/08 na 5º vara de família e ação de divórcio de Eliane x Márcio distribuída em 15/08 na 10º vara de família, será prevento o juízo da 5º vara, sendo o processo de Eliane remetido a tal. 
OBS. no entanto, caso a ação de Eliane fosse continente (mais ampla), sendo também a preventa, a ação de Márcio seria extinta. É o que dispõe o NCPC. 
A continência se dá quando as partes e a causa de pedir são as mesmas
Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização: capacidade de ser parte, portam as pessoas naturais e jurídicas. Os defeitos de representação podem se dar:
Na capacidade postulatória (aquela que porta o advogado), seja por falta de poder em sua procuração, seja por um instrumento de procuração ou substabelecimento incorreto. Neste caso o juiz fixará prazo para que seja sanado o vício, não o sendo, para o autor haverá extinção do processo, enquanto ao réu, dar-se-á revelia. 
Na capacidade processual (pessoas naturais que atingem a maioridade ou são emancipadas). Neste caso o juiz fixará prazo para que seja sanado o vício, não o sendo, para o autor haverá extinção do processo, enquanto ao réu, dar-se-á revelia. 
Já o defeito na falta de autorização ocorrerá nos casos em que versar sobre ações reais imobiliárias e uma das partes, que tem um cônjuge, não sendo casada pelo regime da separação universal de bens, necessite da autorização ou da participação do outro cônjuge para adentra com ação. Trata-se de defesa dilatória, pois o juiz intimará o autor para sanar o vício trazendo a juízo a autorização, ou seu cônjuge para integrar o processo. 
A partir do NCPC, essa autorização se estende à União Estável. 
Convenção de arbitragem: isso ocorrerá quando as partes, de forma consensual, em determinado contrato, por meio de clausula, se compromissam a optar pelo juízo arbitral. Trata-se de causa peremptória, uma vez que o juiz não poderá julgar, pois as partes optaram pela resolução privada. 
Ausência de legitimidade ou interesse processual: trata-se de uma condição da ação. Caso a parte ré, indique a ilegitimidade da parte contrária, terá a obrigação (art. 338, CPC) de indicar a verdadeira parte ré, caso saiba. 
Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; (art. 83)
Indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça; A impugnação ao benefício da justiça gratuita, tinha, anteriormente, natureza de ação e compunha uma nova petição. De acordo com o novo CPC, a impugnação passou a ter natureza preliminar, cabendo ao réu, se entender que a gratuidade não deveria ser deferida, na sua contestação, lançar uma preliminar de impugnação da justiça gratuita. A impugnação, atualmente, será ou não acatada por meio de uma decisão interlocutória, e não por uma sentença. 
OBS. Pagamento das custas de forma parcelada: a partir do novo CPC, é possível que as custas processuais sejam pagas de forma parcelada. 
Defesa de mérito (art. 373, CPC).
Defesa direta: na defesa direta o réu nega os fatos. A defesa de mérito mantem inalterado o ônus probatório, ou seja, caberá ao autor provar os fatos por ele exposto. 
Defesa indireta: na defesa indireta o réu apresenta novos fatos, sejam eles
Impeditivos: gera a improcedência dos pedidos. São alegações feitas pelo réu que impossibilitam os pedidos do autor. Ex. bancário que pleiteia horas extras e o banco alega que ele era gerente. 
Modificativos: são fatos que modificam os pedidos do autor, gerando procedência parcial. Ex. indivíduo que adentra judicialmente para pleitear auxílio acidentário, e o réu, mostra que na verdade seria um auxílio previdenciário, pelo tipo da doença. 
Extintivos: são fatos normalmente externos ao mérito que geram a improcedência do pedido. Ex. prescrição e decadência. 
Ilegitimidade. 
Ocorre quando o réu não é o legítimo a responder por determinada demanda. Será obrigatório a ele, se souber, nomear o verdadeiro réu, sob pena de incorrer em multa de 2 a 5% do valor da causa. 
Cumulação de linhas de defesa (princípio da eventualidade)
Assim como cabe ao autor cumular pedidos, também é licito ao réu cumular pedidos em sua defesa. Caso não o faça, sofrerá preclusão. 
Preclusão.
A preclusão existe para que haja termo durante o processo, pois sem esta, o processo não teria fim. São exceções à preclusão, na defesa do réu e após a contestação, as hipóteses previstas no artigo 342, CPC:
Questões relativas a direito ou fato superveniente; 
Competir ao juiz conhecer delas de ofício;
Por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
Princípio do ônus da impugnação especificada. 
Caso o réu, em sua defesa, não abarque todos os pedidos feitos pelo autor em sua defesa, sofrerá a penalidade da revelia àqueles não defesos. 
A revelia dispensa a necessidade de produção de provas pelo autor aos pedidos não defesos e presume a verdade aos fatos que não tiveram defesa. 
Não se aplicará à revelia quando (art. 341, CPC): 
Não for admissível, a seu respeito, a confissão; 
A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substancia do ato; Ex. processo em que o autor alega que comprou imóvel do réu, mas não junta ao processo a escritura pública. 
Estiverem em contradição com a defesa considerada em seu conjunto; Ou seja, quando o réu contesta alguma parte das alegações do autor e isso gera uma contradição nos demais pedidos. Ex. indivíduo, que se diz segurado, pleiteia auxílios. A seguradora, não se defende a respeito dos auxílios, mas diz que o indivíduo não é segurado. 
Reconvenção (art. 343, CPC).
A reconvenção visa a economia processual e a duração razoável do processo, evitando que haja um novo processo versando sobre alegações existentes no processo primário. O reconvinte, além de sua defesa, dentro da contestação, poderá reconvir, que nada mais é do que pedir em seu favor. 
Ex. Maria adentra com ação de divórcio, partilha do ativo, guarda e nome de solteira. João, na contestação, utiliza da reconvenção para pedir também a partilha do passivo (dividas). Há, neste caso, conexão com o fundamento da defesa.
Ex. 2. Ação de acidente, onde o réu entende ser o certo no acidente, pedindo que sejam julgados improcedentes os pedidos do autor, e procedentes seus pedidos. Há, neste caso, conexão com a ação principal. 
A reconvenção difere-se da ação de natureza dúplice, pois naquela, pode-se pedir tudo que for conexo, enquanto nesta, é apenas permitidopedir o que a lei permitir. Difere-se também, no sentido de que mesmo que o processo se extinga, a reconvenção continuará tramitando, enquanto a ação de natureza dúplice, não.
Dentro da reconvenção, deverão constar todos os elementos que constam na petição inicial, como, por exemplo, o valor da causa e o protesto por provas.
Deve-se também observar, a competência do órgão judiciário e o procedimento, pois, embora possa haver conexão, o juiz, poderá não ser competente a determinados casos, bem como o procedimento pode ser distinto. Ex. divórcio em que se pede danos morais na reconvenção. Ex. 2. Ação de cobrança e reconvenção de cheque (título executivo extrajudicial, procedimento distinto). 
§ 3º: a reconvenção poderá ser proposta contra o autor e terceiro. Como exemplo, cita-se o devedor solidário, que por não fazer parte do processo, será citado e passará a integrar o processo. 
§ 4º: a reconvenção poderá também ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. 
§ 5º: se o autor for substituto processual (legitimação extraordinária, sindicato, por exemplo), também será possível a reconvenção, desde que o substituto processual responda por aquilo que os substituídos forem demandados. 
§ 6º: o réu poderá também oferecer reconvenção, independentemente de ter proposto contestação. 
Revelia.
Revelia, nada mais é que a ausência de defesa do réu dentro do seu prazo (15 dias). 
Após declarado revel, todas as comunicações com o réu serão feitas através de diário de justiça, não sendo mais exigível a comunicação pessoal ou por intimação (art. 346, CPC), ou seja, o processo continuará caminhando como se lá o réu estivesse.
O réu revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontre, podendo inclusive recorrer, se encontrar o processo em fase já sentencial. 
A revelia poderá ser:
Com efeitos: há a presunção de serem considerados verdadeiros os fatos alegados pelo autor. Ocorrendo à revelia com efeitos, o autor não precisará provas os fatos constitutivos. 
Sem efeitos (art. 345, CPC): não há esta presunção. O autor ainda terá que provar os fatos constitutivos. A revelia não produzirá seu efeito, se:
Havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; Ou seja, se, embora um dos réus não tenha apresentado defesa, o outro a tenha feito. 
O litígio versar sobre direitos indisponíveis; Como exemplo, cita-se uma ação de guarda, onde há um direito indisponível (o menor).
A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; 
As alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos; Inverossímil é a alegação em que não há uma prova pré-constituída, como, por exemplo, o indivíduo alegar que é doente de algo e não juntar à petição o relatório médico.
Fase saneadora. 
Após o fim da defesa, encerra-se a fase postulatória e o processo voltará ao juiz. 
Na fase saneadora, o juiz analisará se ocorreu qualquer das hipóteses do artigo 485 e 487, II e III, e ocorrendo poderá julgar o processo conforme o estado em que se encontra (art. 354, CPC). 
Art. 485: o juiz julgará sem resolução de mérito quanto:
Indeferir a petição inicial;
O processo ficar parado durante mais de um ano por negligencia das partes; 
Por não promover os atos e as diligencias que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 dias; 
Verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento valido e regular do processo; 
Reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
Verificar a ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
Acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; 
Homologar a desistência da ação; 
Em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e 
Nos demais casos prescritos neste Código. 
Art. 487: Haverá resolução de mérito quando: 
II. Decidir de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; 
III. Homologar:
Reconhecimento da providencia do pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
A transação; 
A renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. 
Tendo ocorrido à revelia, na fase saneadora o juiz irá: 
Sem efeitos (art. 348): intimará o autor para indicar quais as provas. 
Com efeitos (art. 355, II): o juiz irá julgar antecipadamente a lide. Na antecipação do julgamento da lide, não haverá fase instrutória, passando, pois, para a fase decisória. 
Não tendo ocorrido à revelia e nenhuma das hipóteses de julgamento de mérito ou sem mérito e tendo o réu apresentado sua defesa com fatos novos ou preliminares (art. 337, CPC), o autor será intimado a apresentar réplica em 15 dias. 
Sendo a defesa direta, sem fatos novos ou preliminares (art. 357, CPC), o juiz julgará antecipadamente a lide se: 
Não houver necessidade de produção de outras provas; Ou seja, quando for questão de direito, ou houver a presença de provas pré-constituídas. 
O réu for revel, ocorrer o efeito previsto no artigo 344 e não houver requerimento de prova. 
Há também a figura do julgamento parcial antecipado da lide (art. 356), que ocorrerá quando:
Um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles mostrar-se incontroverso; 
Estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. 
Ou seja, havendo pedidos “maduros” para julgamento, o juiz proferirá a chamada decisão de mérito (decisão interlocutória), em que haverá a procedência ou improcedência do pedido do autor. Tendo o réu recorrido, à fração que houve decisão de mérito, o processo passará à fase recursal nesta fração e não o tendo, passará à fase executória nesta mesma fração. 
Os demais pedidos seguirão seu tramite legal (decisão saneadora, fase instrutória, decisória e etc.). 
Ex. processo em que há o pedido de divórcio, partilha e guarda. Caso na fase saneadora o juiz já puder julgar o divórcio, fará, ficando a partilha e a guarda para serem julgadas posteriormente, na fase decisória. 
Passadas todas essas etapas, chegar-se-á à decisão saneadora, que é importantíssima, pois resolve boa parte do processo. O juiz deverá nesta decisão (art. 357, CPC): 
Resolver as questões processuais pendentes, se houver; na contestação, boa parte dos pedidos serão analisados nesta decisão saneadora, são exemplos os benefícios da justiça gratuita, questão de incompetência relativa, conexão. Já na petição inicial, somente o requerimento de provas será analisado na decisão saneadora, enquanto os demais, serão analisados na fase postulatória (benefício da justiça gratuita, tutela provisória, decisão sobre audiência de conciliação, são exemplos) e decisória (julgamento e condenação, são exemplos). Este tópico não cabe recurso imediato. Devendo o interessado aguardar até a fase recursal, caso queira, por meio do recurso de apelação.
Delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos; nesta decisão o juiz também deverá decidir os requerimentos do autor e réu para a produção de provas, especificando quais serão os meios admitidos. Este tópico não cabe recurso imediato. Devendo o interessado aguardar até a fase recursal, caso queira, por meio do recurso de apelação.
Definir a distribuição do ônus da prova; o ônus da prova poderá ser ajustado pelas partes; de forma legal, quando a lei dispuser (como exemplo, cita-se a responsabilidade objetiva que tem o Estado, onde deve provar que não estava errado); ou de forma judicial, onde o juiz define de quem será o ônus da prova no processo. Portanto, o momento de inverter ou não o ônus da prova, por parte do juiz, é na decisão saneadora. Este tópico cabe recurso imediato, por meio do agravo de instrumento. Normalmente a inversão ocorre em fatos que somente uma das partes tem acesso. 
Delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito; trata-se da decisão do juiz, emque haverá a delimitação do Código adotado no julgamento do processo. Como exemplo, cita-se relações de consumo, onde será adotado o CDC. 
Designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento; a audiência de instrução ocorrerá apenas quando houver provas. 
Feito isso, encerra-se a fase saneadora. 
Fase instrutória – Audiência de instrução e julgamento. 
Segundo o professor, é, talvez, a fase mais importante do processo. A ação é ganha ao momento em que o advogado consegue provar o direito de seu cliente. 
Na fase instrutória não existe flexibilização, ou seja, caso as provas derivem de formas não prescritas em lei, não serão consideradas válidas, ainda que preencham a finalidade. 
Prova lícita (art. 369, CPC). 
Diferentemente do processo penal, o processo civil trata da verdade formal (o que está dentro no papel). 
Dentro do processo civil, é possível apenas a prova lícita, vedando, de qualquer forma, a prova ilícita, sendo apenas permitida para a defesa, desde que seja o único meio em que se possa provar aquele determinado fato. 
Prova de ofício (art. 370, CPC). 
É a facultado ao juiz de ofício ou a requerimento das partes determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. Esse artigo, no entanto, segundo o professor, fere o princípio da inércia, onde o juiz só deverá agir, se provocado.
Livre convencimento motivado ou convencimento racional (art. 371, CPC)
É a teoria, segundo a qual, o juiz, independentemente de quem tenha promovido as provas, irá apreciá-las e indicará na sua decisão, as razões da formação de seu convencimento. Há, pois, uma motivação interna do juiz. A avaliação da prova é livre, dando valor de forma livre, devendo, obrigatoriamente, motivá-las. 
Atualmente, faz-se necessário fundamentar todas as provas que constam no processo, independentemente de ter utilizado, ou não. 
Ex. entre um laudo médico particular, uma perícia do INSS ou outro meio de comprovar uma doença, o juiz, livremente, poderá decidir qual das provas irá utilizar, devendo, no entanto, motivar porque escolheu aquela. 
Prova emprestada (art. 372, CPC). 
Prova emprestada é a prova advinda de outro processo, seja ele de âmbito civil, penal ou qualquer dos âmbitos. 
Ex. Rita Lee, cantora, diz palavras desonrosas aos policiais. Caso 100 policiais adentre processualmente contra a cantora, o depoimento de um dos processos por parte dela, poderá ser emprestado aos demais. 
Há, no entanto, um problema, pois o contraditório será mitigado, uma vez que será retirado da parte contrária. 
Ônus da prova (art. 373, CPC). 
Caberá a cada uma das partes, provar aquilo que alegou dentro do processo. 
Ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
Ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo de direito do autor. 
A inversão do ônus da prova, apreciado pelo juiz na decisão saneadora, poderá ocorrer a partir da dificuldade de uma ou outra das partes em produzir a prova. 
A inversão também poderá ser convencional (por força das partes), desde que não recaia sobre direito indisponível da parte; ou tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito; e de forma legal.
Independem de prova (art. 374, CPC).
Não dependerão de provas e anteciparão o julgamento da lide:
Os fatos notórios: aqueles que todos sabem, como exemplo cita-se a queda das torres gêmeas. 
Os afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; a confissão também poderá ser presumida, quando a parte silenciar. 
Admitidos no processo como incontroversos; são aqueles fatos que não são passiveis de dúvida. Ex. falar que é casado e juntar a certidão de casamento. 
Em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade; como exemplo, cita-se a própria revelia. Outro exemplo é a fé pública de documentos públicos.
Provas municipais, estaduais, estrangeiras ou consuetudinária.
A parte que alegar fatos que envolvam direitos municipais, estaduais, estrangeiras ou consuetudinárias, terá que comprovar com informações provenientes de tais. 
Colaboração com o judiciário (art. 378, CPC).
As partes, durante o processo, devem colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade. 
É preservada a parte o direito de não produzir provas contra si mesmo. Incumbirá a parte (art. 379, CPC) 
Comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado; 
Colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária; Como exemplo, cita-se o juiz que se manda se dirigir à casa da parte para averiguar situação alegada. 
Praticar o ato que lhe for determinado.
Produção antecipada de provas (art. 381, CPC) 
Em regra, a produção de provas se inicia na fase instrutória. Há, no entanto, situações em que a prova poderá ser produzida na fase postulatória, na fase saneadora e, inclusive, antes do processo. 
A produção antecipada de provas, diferentemente do antigo CPC que permitia apenas no processo cautelar, pode agora ser produzida de forma incidental (antes da fase instrutória, mas dentro do processo) e preparatória (antes do processo existir).
Haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência de conflito; Trata-se de uma providência cautelar. Como exemplo, cita-se a testemunha que irá se mudar de país, onde será realizada a oitiva antecipadamente para assegurar um resultado futuro. 
A prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; É possível a solicitação de produção de provas antecipadamente, fora do processo, por meio do interesse das partes em conciliarem por meio da autocomposição. Ex. indivíduos que assumem pagamento caso tenham agido erradamente. 
O prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento da ação; É possível a solicitação de provas antecipadas para evitar ou justificar o ajuizamento de uma ação. Ex. Contrato de seguro onde o segurado não faz ideia de quais benefícios faz jus. 
Procedimento para requerer a produção antecipada de provas.
Competência (art. 381, §2º): a competência da produção antecipada da prova preparatória é do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu. Ex. se a prova dever ser produzida em Manaus, será competente o foro de Manaus. 
A competência não tem prevenção (art. 381, §3º): se a produção antecipada de provas preparatórias foi de competência de uma vara cível distinta daquela em que o processo real for distribuído, não haverá necessidade de juntar e atração do processo para a vara primordial. Trata-se de uma exceção à prevenção. Ex. produção antecipada se dá na 1º VC de Aracaju. O processo real, após ser distribuído, se dá na 2º VC de Aracaju. Não haverá prevenção.
Competência Estadual para produção de provas antecipadas em face da União, entidade autárquica ou empresa pública federal na comarca que não há vara federal (art. 381, §4º): tendo a parte objetivado a produção de provas antecipadas contra qualquer dos entes acima descritos em comarca que não tem órgão da justiça federal, será competente a justiça estadual para tal. Trata-se de uma exceção. O recurso fica por conta da justiça federal. 
Simplesmente provas: é também possível a produção antecipada de provas para obter somente o documento, não objetivando uma eventual ação, mas somente a prova. 
Procedimento (art. 382, CPC): na antecipação de provas preparatórias, deverá ser realizada petição inicial que justificam a necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair. 
Na incidental, obviamente já foi realizada a petição. 
A partir da petição, o juiz determinará, a citação das partes (art. 382, §1º). 
O juiz não irá adentrar no mérito, seja incidental ou preparatória, se limitando apenas à produção antecipada de provas (art. 382, § 2º). 
Será possível, dentro do mesmo pedido de produção antecipada de provas, o pedido de mais de um tipo de prova (art. 382,§ 3º). 
Da produção antecipada de provas, não caberá ao réu, assim como ao juiz anteriormente, discutir, se defender ou recursar a respeito do mérito (art. 382, §4º). 
OBS. Providência cautelar: é a medida tomada para evitar eventuais problemas futuros no processo. Como exemplo, cita-se a oitiva de uma testemunha idosa na fase saneadora para evitar sua morte. A providência cautelar poderá proteger:
Bens; cita-se a lava jato como exemplo.
Pessoas;
Produção de provas. 
OBS. Tutela provisória: a tutela provisória busca a realização dos pedidos antes da fase decisório e recursal. É deferida ou indeferida na fase postulatória. A tutela provisória se classifica em: 
Evidência (art. 311, CPC): 
Urgência (art. 300, CPC): 
Ata notarial (art. 384, NCPC). 
Trata-se da existência ou modo de existir de algum fato que possa ser atestado ou documentado, mediante ata lavrada por tabelião. 
O indivíduo, que deseja documentar suas provas, se dirige a algum cartório, requerendo ao tabelião que transforme tal prova em uma ata notarial. Tal documento, a partir de então, terá fé pública. 
Ex. levar um áudio ao tabelião, para que este ouça e transforme em uma ata notarial. 
Depoimento pessoal (art. 385, CPC).
Trata-se de um meio de prova, que serve para que se consiga uma confissão. O depoimento pessoal é direcionado à parte contrária, sendo esta interrogada, na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
O momento do requerimento da prova para o autor, é na petição inicial, enquanto ao réu, na contestação. O juiz deferirá ou não na decisão saneadora. 
Se o juiz deferir o depoimento pessoal de uma das partes, e esta se recusar a depor, o juiz presumirá a confissão, conforme § 1º, art. 385. 
É vedado a quem ainda não depôs, assistir ao interrogatório da outra parte. Trata-se de uma questão de lógica, pois haveria uma facilitação às respostas, conforme §2º, art. 385. 
O depoimento pessoal, não podendo ser feito no local, permite-se que seja realizado por meio de videoconferência, conforme § 3º, art. 385. 
Quanto à confissão presente na recusa, fará o juiz constar tal fato na sentença, conforme art. 386. 
Como regra, o depoimento pessoal é personalíssimo, ou seja, a parte responderá pessoalmente. Além disso, o depoimento pessoal não poderá ser feito por meio de leitura, sendo possível apenas breves anotações. 
A parte não será obrigada a depor sobre fatos:
Criminosos ou torpes que lhe forem imputados; ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo; 
A cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; o padre é um exemplo.
Acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, do seu cônjuge, companheiro; a criança estuprada é um exemplo;
Que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III; dedurar um traficante é um exemplo. 
OBS. tais exceções não se aplicam às ações de Estado e de família. É uma questão de lógica, vez que é impossível identificar as relações íntimas. 
Confissão (art. 389, CPC) 
A confissão pode ser judicial (quando ocorre dentro do processo) ou extrajudicial (quando ocorre fora do processo) e ocorre quando alguém admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao adversário. 
A confissão poderá ser espontânea ou provocada (art. 390, CPC). 
Espontânea é a confissão feita a qualquer momento pela própria parte ou por representante com poder especial;
Provocada é a confissão que consta do termo de depoimento pessoal.
A confissão feita faz prova apenas contra aquele a que se confessou, não contra todos (art. 391, CPC). 
OBS. nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre bens imóveis alheios, far-se-á necessário a confissão de ambos os cônjuges, salvo se forem casados sob o regime da separação absoluta de bens. Há também a possibilidade de constar todos os bens antes do casamento, a depender do regime, assim não será necessário também a confissão, conforme parágrafo único do artigo 391. 
Não caberá confissão quando se tratar de direitos indisponíveis. Ex. procurador da AGU que não poderá confessar que a administração pública está errada. Outro exemplo é o procurador do Estado e do Município, pois o direito em relação a ele é indisponível.
OBS. Também não caberá confissão se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados, conforme §1º. Ex. indivíduo interditado.
OBS. a confissão feita por representante só é eficaz nos limites que este pode vincular o representado. 
A confissão é irrevogável, não se pode voltar atrás, mas poderá ser anulada se o indivíduo provar que foi submetido a erro ou que foi coagido, conforme art. 393, CPC. Há uma dificuldade no entanto em relação a provar tal fato. 
OBS. a legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura, conforme § único. 
A confissão extrajudicial, feita oralmente, só poderá ser ter eficácia quando a lei não exigir prova literal (escrita), conforme art. 394, CPC. Como exemplo, cita-se a dívida, que perante o código civil, só será admissível por confissão até 20 salários mínimos. 
A confissão é, em regra, indivisível, ou seja, não poderá a parte que a requerer, aceita-la como prova no tópico que lhe beneficiar, rejeitando no que lhe for desfavorável. Se o confitente, no entanto, confessa fatos novos, o requerente poderá usá-los isoladamente, conforme art. 396. 
Ex. indivíduo confessa que deve 03 coisas, enquanto se cobra apenas 02, passando a existir mais direitos ao requerente. O requerente poderá adentrar com novo processo isoladamente a partir de tais novos fatos.
Exibição de documento ou coisa (art. 396, CPC). 
Poderá o juiz ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder. Tal ordem se estende também a terceiros, não somente a parte, conforme artigo 396, CPC. Tal ordem poderá se destinar a um documento ou a um objeto, por exemplo. 
Tal ordem poderá emanar de ofício do juiz, bem como a requerimento das partes. Ao autor, caberá requerer na petição no inicial, ao réu, na contestação.
No pedido da parte deverá conter:
Individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;
A finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa;
As circunstancias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária. 
Ex. o autor requere do réu (Exército) o prontuário médico, individualizando, dizendo qual a finalidade, bem como as circunstancias.
O requerido, a partir do aval do juiz e de sua intimação, terá o prazo de 05 dias para se manifestar sobre a apresentação de tal documento, podendo dizer que não tem documento ou coisa (art. 398, P.U), ou ainda justificar a sua não apresentação conforme artigo 404, CPC. Caso diga que não tenha o documento, o juiz deferirá ou indeferirá sua recusa (art. 399, CPC). Tendo o juiz indeferido, a parte ainda terá que apresentar os documentos e não o fazendo, haverá a pena de confissão. 
A exibição de documentos também é cabível contra terceiros, com natureza de ação incidental, sendo o terceiro citado, para no prazo de 15 dias, se manifestar sobre o documento ou coisa. As mesmas considerações a respeito da parte são aplicáveis ao terceiro, com exceção da pena de confissão, pois não é parte no processo. Contra o terceiro, caso não se manifeste, poderá o juiz determinar multa diária, por meio de tutela inibitória. 
Contra a ação de exibição de documento ou coisa, caberá agravo de instrumento. 
Prova testemunhal. 
O momento para requerimento da prova testemunhal é a petição inicial para o autor e a contestação para o réu. O rol de testemunha não mais é obrigatório que integre a petição inicial. A partir do deferimento da produção de prova testemunhal na decisão saneadora por parte do juiz, a parte terá o prazo de 15 dias para juntar o rol de testemunhas (art. 357, § 4º e 6º). Ao deferir,automaticamente o juiz marca uma audiência. No máximo a parte poderá arrolar 10 testemunhas, sendo 03 para cada fato. 
A ordem de ouvida das testemunhas é sempre primeiro o autor e depois o réu, podendo, no entanto, o juiz, inverter tal situação. 
Indeferimento (art. 443, CPC)
O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas quando os fatos:
Já provados por documentos ou confissão da parte;
Que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.
Não podem ser testemunhas (art. 447, CPC)
Impedidos – Pode ser declarante, sem compromisso de dizer a verdade; 
O cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral até o terceiro grau, de alguma das partes por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público, ou tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito.
Incapazes
O interdito por enfermidade ou deficiência mental;
O que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções; 
O que tiver menos de 16 anos;
O cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
Suspeitos – Pode ser declarante, sem compromisso de dizer a verdade. 
Inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
O que tiver interesse no litígio.
Contraditar (art. 457).
Terminada a qualificação da parte, o advogado pede a palavra para poder contraditar, que nada mais é, que demonstrar o impedimento, suspeição ou incapacidade de alguma testemunha da outra parte. Diante da apresentação da contradita, o advogado da parte contrária deverá impugnar a contradita. Após a impugnação, o juiz decidirá a contradita e segundo o novo CPC, não caberá recurso de tal decisão. 
Procedimento 
Substituição (art. 451, CPC)
Depois de apresentado o rol de que tratam o parágrafo 4º e 5º do artigo 357, a parte só pode substituir a testemunha: 
Que falecer;
Que, por enfermidade, não estiver em condições de depor; 
Que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encontrada. 
Como regra, de acordo com o novo CPC, agora é o advogado o responsável por intimar as testemunhas arroladas por ele. 
Inquiridos na residência (art. 454, CPC).
São aquelas pessoas que tem direito de serem ouvidos na sua residência. Trata-se de uma novidade do novo Código de Processo Civil. 
Inspeção judicial (art. 481, CPC)
O juiz, de ofício ou a requerimento das partes, poderá, a qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, para se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa. 
A inspeção poderá ser realizada pelo juiz ou por servidor. Normalmente é realizada por oficial de justiça ou pelo executor de mandados. 
O momento é na petição inicial para o autor e na contestação para o réu, porém poderá ocorrer em qualquer fase do processo. 
Ex. interditando internado alcoólico que não pode comparecer em juízo, tendo a juíza marcado uma inspeção judicial para visitar o interditando. 
Ex. 2. Pessoas que declaravam que moravam em Socorro para cair no juizado de juiz que profere sentença de valor relevante, neste caso o juiz declarava inspeção para ir à casa e verificar se aquela determinada pessoa residia naquela casa.
Prova pericial 
A prova pericial existe, pois o juiz não detém todo o conhecimento mundano, qualquer coisa além do conhecimento jurídico, o juiz necessitará de um auxiliar, portanto, haverá prova pericial sempre for necessário examinar pessoas, avaliar coisas ou vistoriar bens. 
Cabimento (art. 464, CPC) 
A prova pericial consiste em exame (pessoa), vistoria (bens) ou avaliação (valor representado em dinheiro). 
O momento para requerer a prova pericial para o autor é na inicial, enquanto para o réu na contestação, durante a fase postulatória. O juiz, na decisão saneadora, deferirá ou indeferirá. 
Não cabem (§ 1º do art. 464, CPC)
O juiz indeferirá a perícia quando: 
A prova do fato não depender de conhecimento técnico; 
For desnecessária em vista de outras provas produzidas; 
A verificação forimpraticável: como exemplo, cita-se a perícia em um carro que houve perda total. 
OBS. o indeferimento à produção de qualquer prova não caberá recurso. 
Ato das partes (art. 465, § 1º)
Ao deferir a perícia, o juiz nomeará perito e a partir daí, dentro de 15 dias, poderão as partes: 
Arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso; 
Indicar assistente técnico: é um profissional da mesma área de conhecimento do perito, que auxiliará a parte durante a perícia. 
Apresentar quesitos: quesitos são perguntas direcionadas ao perito. 
Ato do perito (art. 465, §2º) 
Cabe ao perito agendar a data da perícia. Ao ser nomeado, o perito apresentará em 05 dias:
Proposta de honorários: etapa será pulada caso a perícia for tabelada, ou seja, já haja um preço normalmente pago. 
Currículo, com comprovação de especialização;
Contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais. 
Substituição (art. 468, CPC)
O perito pode ser substituído quando:
Faltar-lhe conhecimento, técnico ou científico; o momento para alegar que o perito não o tem, é a partir da nomeação. 
Sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado. 
Novidade (art. 471, CPC)
Trata-se de uma novidade trazida pelo NCPC. As partes, agora, podem escolher o perito, desde que haja acordo entre si, sejam plenamente capazes e o direito seja passível de autocomposição.
Conteúdo do laudo (art. 473, CPC)
O laudo deverá conter: 
A exposição do objeto da perícia; 
A análise técnica ou científica realizada pelo perito
Entre outros. 
Prazo de entrega (art. 477, § 2º)
O perito tem o prazo de 20 dias para entrega do laudo técnico, a contar da realização da perícia. 
 Quesitos complementares. 
Caso surjam quesitos supervenientes, o perito terá o prazo de 15 dias. 
Ato das partes após a entrega do laudo. 
Ao entregar o laudo, as partes poderão, em 15 dias, impugnar ou apresentar quesitos complementares. 
Não vinculação (art. 479, CPC).
O juiz não é vinculado ao laudo pericial, podendo valorizá-lo da forma que melhor achar. 
Prova documental. 
Documento não se restringe aos papéis solenes ou formais, mas se estende a qualquer tipo de documento materializável em uma folha de papel ou arquivo digital. Como exemplo, cita-se uma foto de um Facebook. 
Quanto a natureza:
Pública (art. 405, CPC): é documento público aquele que foi feito por alguém que atua em nome do poder público (ESTADO). Como exemplo, cita-se o servidor ou tabelião. Trata-se da fé pública, que presume verdadeiro os fatos declarados pelo documento. Trata-se de uma presunção relativa, por caber prova em sentido contrário. 
Privada (art. 408, CPC): os documentos particulares, presumem-se verdadeiras em razão daquele que declarou, não sendo presumível para terceiros. 
Novidade (art. 422, § 1º e 3º)
Trata-se da referência ao novo método de documentos eletrônicos, como as fotos do Facebook, por exemplo. 
Falsidade (art. 427) 
Não cabe aqui a discussão da falsidade ideológica, ou seja, saber se o que diz o documento ocorreu ou não.
A discussão aqui tratada, versa sobre a falsidade do documento em si. 
A consequência da falsidade documental é excluir tal documento dos autos do processo. 
Cessará a fé do documento público ou particular, sendo-lhe declarada judicial mente a falsidade. A falsidade consiste em: 
Formar documento não verdadeiro;
Alterar documento verdadeiro; 
Cabimento (art. 427, parágrafo único). 
Privado (art. 428, CPC)
Cessa a fé do documento particular quando: 
For impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua veracidade; 
Assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por preenchimento abusivo. 
Ônus (art. 429, CPC)
Aquele que arguir a falsidade, será o responsável por produzir provas neste sentido. 
Natureza jurídicaAção declaratória incidental
Procedimento (art. 430, CPC)
OBS. Parágrafo único do artigo 430 e 433
Sentença (art. 203, § 1º, CPC). 
É o pronunciamento por meio do qual o juiz com fundamentos nos artigos 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. É um ato praticado na fase decisória, que põe fim a fase cognitiva (instrutória, saneadora e postulatória). 
A sentença, dentro de um processo é única, ou seja, não podem haver duas sentenças dentro de um mesmo processo. 
Por exemplo, a decisão do julgamento parcial antecipado da lide, apesar de se assemelhar a uma sentença e ser fundamentada no artigo 487, não o é, vez que não põe fim a fase cognitiva. 
São dois, portanto, os requisitos para a existência de uma sentença: 
Fundamentação no artigo 485 ou 487; 
Dar fim à fase cognitiva. 
A sentença é dividida em 03 partes:
Relatório: o relatório relata as principais partes do processo. É a garantia que as partes tem de que o juiz lerá todo o processo. É dispensável o relatório no rito dos juizados. 
Fundamentação: na fundamentação, o juiz, basicamente insculpe o seu livre convencimento motivado. É o momento em que o juiz diz se as partes tem direito a alguma coisa. A fundamentação não faz coisa julgada, ou seja, um indivíduo pode ser condenado em um processo e absolvido em outro pela mesma fundamentação.
O novo CPC impôs novos limites à fundamentação, impossibilitando, agora, que o juiz fundamente suas decisões sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida. 
Art. 489, § 1º: Não se considerará fundamentada qualquer decisão judicial; 
Se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; 
Empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; 
Invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; 
Não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; 
Se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajustas àqueles fundamentos;
Deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação de entendimento. 
Conclusão: trata-se da parte dispositiva. É a conclusão que faz coisa julgada. É a parte em que o juiz dirá se o indivíduo ganhou ou perdeu alguma coisa. 
OBS. Art. 491 (LER). Economia de discussão no processo de execução. 
Espécies de sentença:
Art. 485 – Sem resolução do mérito: as sentenças sem resolução de mérito, são aquelas que analisam apenas as questões (requisitos) processuais, sem adentrar ao mérito.
Indeferir a petição inicial; quando houver um vício processual insanável; 
O processo ficar parado por mais de 01 ano por negligencia das partes; para que o processo seja extinto neste inciso, as partes devem ser intimadas. 
Quando o autor não produzir atos processuais, deixando claro sua desídia por mais de 30 dias; para que o processo seja extinto neste inciso, as partes devem ser intimadas a cumprir a obrigação que dá o andamento ao processo e não o fazendo, será extinto sem resolução. 
Verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; 
Reconhecer a existência de perempção, litispendência ou coisa julgada;
Verificar a ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
Acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; 
Homologar a desistência da ação; 
Em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível; 
Nas demais hipóteses deste Código. 
Art. 487 – Com resolução do mérito: são aquelas sentenças em que as questões e requisitos processuais foram cumpridos, tendo o juiz adentrado no direito material. 
Acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
Decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; 
Homologar: 
Reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou reconvenção; ato exclusivo do réu. 
Transação; 
Renuncia à pretensão formulada na ação ou reconvenção; ato exclusivo do autor. 
OBS. põe fim a fase cognitiva 
OBS. Sem mérito não cabe revisória: o processo extinto sem resolução do mérito, não mais poderá ser utilizado, fazendo coisa julgada formal. 
OBS. recurso cabíveis contra as sentenças com e sem resolução do mérito. 
Embargos de declaração
Apelação
Natureza jurídica da sentença. 
Declaratória (ex tunc): aquela que julga procedente o pedido para declarar algo. Produz efeitos ex tunc, retroage ao momento que gerou-se o dano. 
Condenatória (ex tunc/citação): julga procedente o pedido para condenar alguém a alguma coisa. Como regra tem efeito ex tunc citação, ou seja, a sentença retroage ao momento da citação. 
Constitutiva e desconstitutiva (ex nunc): julga procedente o pedido para construir ou desconstruir determinada coisa, como um contrato, por exemplo. Tem efeitos ex nunc, ou seja, do momento da sentença para frente. 
Princípios. 
Princípio da congruência, adstrição ou correlação dos pedidos e sentença (art. 492): o juiz só pode conceder nos limites daquilo que foi pedido. Ao passo que o juiz defere algo que não foi pedido pelo autor, há uma grave violação ao princípio da ampla defesa, vez que não foi assegurado ao réu, defender-se de tal. 
Tal adstrição, estende-se ao segundo grau, bem como aos tribunais superiores, de forma que os desembargadores ou ministros, estarão limitados a conceder apenas o que foi pedido. 
Uma clara exceção a este princípio, são as matérias de ordem pública (prescrição) e as questões que pode o juiz reconhecer de ofício (impedimento). 
OBS. 1 Extra petita é a sentença em que o juiz concede algo diferente do que foi pedido.
OBS. 2 Ultra petita é a sentença em que o juiz concede além do que foi pedido. 
OBS. 3 Cintra petita é a sentença em que o juiz concede menos do que foi pedido. Um exemplo de Cintra petita permitido, é a concessão de aposentadoria proporcional, quando o autor pede aposentadoria integral, conforme entendimento do STJ. 
OBS. 4 § 1º. O juiz não pode julgar determinada ação condicionada a um evento futuro, devendo produzir decisões certas, ainda que a relação jurídica seja condicionada a alguma coisa. Como exemplo, citam-se os honorários sucumbenciais.
Fatos supervenientes à propositura da ação (art. 493, CPC).
Se surgirem fatos novos, modificativos, extintivos ou constitutivos de direito, que possam influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz reconhece-lo de ofício ou a requerimento das partes, no momento de proferir a decisão. 
Tal fato normalmente ocorre em causas que envolvem família. 
Ex. união estável, onde pede-se a dissolução e posteriormente o casal volta. 
Alteração da sentença (art. 494, CPC).
A alteração da sentença é exceção, pois a regra é a impossibilidade. O juiz, após publicar a sentença, só poderá alterá-la:
Para corrigir lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo: este não tem natureza recursal, pode ser alegado com uma simples petição. No entanto, caso o indivíduo tenha o intuito de recorrer, deve utilizar do recurso, vez que o prazo recursal poderá ser ultrapassado até a conclusão de tal petição. 
Por meio de embargos de declaração: este tem natureza recursal. Os embargos interrompem o prazo para manifestação de outras peças processuais. 
Efeito regressivo da sentença (art. 382, §4º e 485, § 7º). O juiz também poderá tornar a sentença sem efeito quando: 
Extinta sem resolução do mérito;
Improcedência liminar do pedido.
Hipoteca judiciária (art. 495, CPC). 
A carta de sentença que condena réu ao pagamento de prestação em dinheiro, bem como a que determinar a conversão de prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestaçãopecuniária, valerão como título constitutivo de hipoteca judiciária. Ou seja, o indivíduo, portanto sua carta de sentença, poderá se dirigir a um cartório, registrando sua hipoteca judiciária em bem imóvel do réu. 
A propositura da hipoteca judiciária, caso a sentença venha a ser reformada, poderá trazer prejuízo à parte que a realizar. 
Exemplo. A ganha em sentença 100.000. A se dirige a cartório e realiza a hipoteca. B, adentra com recurso de apelação e reforma a sentença, perdendo a os 100.000 reais. B poderá requerer uma eventual diferença entre valores, caso tenha tentado vender seu imóvel durante a hipoteca. 
Tutela inibitória. 
Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providencias que assegurem a obtenção da tutela pelo resultado prático equivalente. 
Conversão de obrigação de fazer e não fazer em perdas e danos (art. 499, CPC). 
A obrigação somente será convertida em perdas e danos, se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente. 
Exemplo. Conversão de entrega de uma TV, em indenização, vez que aquele modelo não mais é fabricado. 
Emissão de declaração de vontade. 
É a ação que tem como escopo uma emissão de vontade por parte do juiz. A ação mais comum para tal é a adjudicação compulsória. 
Exemplo. A compra chácara e vendedor some. A necessita de declaração de vontade para que a chácara seja transferida para seu nome, pois pagou pela chácara. 
Remessa necessária (art. 496, CPC). 
Trata-se de um instituto processual, também conhecido como recurso obrigatório ou duplo grau de jurisdição obrigatório, que visa proteger o patrimônio público. 
Sempre estará sujeito ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito se não confirmado pelo tribunal, a sentença: 
Proferida contra a União, os Estados, o DF, os Municípios, suas respectivas autarquias e fundações de direito público: ou seja, se um destes entes forem condenados, a decisão só transitará em julgado, após ser remetida ao TJ ou TRF. 
Que julgar procedentes no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal: a defesa do réu na execução fiscal, que tem natureza de ação, caso seja julgado procedente, também será submetida à segunda instancia. Neste caso há a redução ou extinção de um crédito do qual a União era detentora. 
NÃO se aplicará o disposto neste artigo, não sendo necessário a remessa necessária quando o valor da causa for inferior a: 
1.000 salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; 
500 salários mínimos para os Estados, DF, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os municípios que constituam capital dos estados 
100 salários mínimos para todos os demais municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. 
TAMBÉM NÃO se aplicará o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: 
Súmula de tribunal superior; 
Acórdão proferido pelo STJ ou STF em julgamento de recursos repetitivos; 
Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas de assunção de competência; 
Entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. 
Coisa julgada (art. 502, CPC). 
A coisa julgada dá o status à decisão de imutável, ocorrendo com a ausência de recurso por desinteresse das partes, passado o prazo recursal, bem como a não existência de recurso. 
A coisa julgada poderá ser: 
Coisa julgada material: a coisa julgada será material quando a sentença for baseada no artigo 487.Ou seja, se o juiz adentra no mérito, a coisa julgada será material, independentemente de a sentença ser de procedência ou improcedência. 
Coisa julgada formal: a coisa jugada será formal quando a sentença for baseada no artigo 485. Fará coisa julgada formal a sentença sem resolução de mérito, em que não haja recurso. 
Questão prejudicial (art. 503, CPC).
A resolução de questão prejudicial somente fará coisa julgada se: 
Dessa resolução depender o julgamento do mérito; 
Houver contraditório;
O juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão prejudicial. 
OBS. § 2º. Caso o processo necessite de um outro momento, de forma que impeça o aprofundamento da análise da questão prejudicial, não fará coisa julgada. 
Não faz coisa julgada (art. 503, CPC): 
Os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença: ou seja, as razões de fato e de direito, não fazem coisa julgada, pois faz coisa julgada apenas a parte dispositiva da sentença (a conclusão). Deste modo, pode um indivíduo ganhar em um processo e perder em outro, ainda que decorrente da mesma causa de pedir. 
A verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença: ou seja, a verdade de um processo, não necessariamente será a mesma verdade em outro processo. A verdade depende das provas trazidas para aquele determinado processo. 
Questões decididas (art. 504, CPC). 
Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo: 
Nas relações de trato sucessivo, se sobrevir modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir revisão do que foi estatuído na sentença: como exemplo clássico a este inciso, cita-se a ação de alimentos, uma relação de trato contínuo, onde podem sobrevir modificações salariais do executado. 
Nos demais casos prescritos em lei.
Coisa julgada entre às partes (art. 506, CPC). 
A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros. 
Ex. sentença de reconhecimento de União Estável, que não faz coisa julgada para o INSS, num eventual pleito de pensão pós-morte. Neste caso, o indivíduo com a sentença de reconhecimento, deveria adentrar judicialmente contra o INSS. 
Homologação de sentença estrangeira. 
A homologação de sentença estrangeira, trata-se de uma competência internacional, ou seja, algo que ocorreu fora do território brasileiro. 
Para fins de homologação de sentença estrangeira, há algo que foi julgado no estrangeiro e há necessidade de trazer tal decisão para o território nacional. Trata-se, pois, de competência internacional concorrente. 
É competente à análise e homologação o STJ, porém, a execução, promovendo o que diz a sentença homologada, ou a carta rogatória, a Justiça Federal.
A homologação se estende aos órgãos estatais, bem como aos privados de outros países. 
A decisão estrangeira pode ser homologada parcialmente. 
Na homologação estrangeira, cabe pedido de tutela de urgência. 
Pode-se homologar sentença estrangeira com natureza de tributo. Ex. empresa brasileira que deve tributos nos EUA. 
A sentença estrangeira de divórcio consensual, produz efeitos no Brasil independentemente de homologação. 
A homologação de sentença estrangeira parte de uma petição inicial, pela parte requerente e deve atender os requisitos do artigo 319, bem como os do 963 e do 212 D (regimento interno do STJ), além de acompanhada de cópia ou original da sentença proferida no estrangeiro e provas indispensáveis. 
Não apresentando os requisitos, o presidente dará prazo razoável para a emenda da inicial, caso não seja emendada em tal prazo, haverá o indeferimento e posterior arquivamento. 
Se a homologação correr à revelia, julgará o presidente do STJ, caso não corra, corte especial. 
Das decisões do presidente caberá agravo interno. 
Caminho.
Petição inicial > Presidente do STJ (relator) > Citação e prazo de 15 dias > Contestação > Réplica (05 dias) > Tréplica (05 dias) > Atos instrutórios > Decisão monocrática (quando houver jurisprudência consolidada ou revelia) ou decisão colegiada (quando houver defesa. 
O MPF terá vista dos autos pelo prazo de 10 dias. 
Requisitos (art. 963, CPC)
Ser proferida por órgão competente;
Se houve citação; 
Se é eficaz no país em que foi proferida;Não ofender coisa julgada brasileira;
Estar acompanhada de tradutor oficial; 
Não conter manifesta ofensa à soberania nacional, dignidade da pessoa humana e ordem pública. 
Execução de carta rogatória. 
Tem o mesmo objetivo da carta precatória. Ou seja, trata-se de uma solicitação de outro país para o Brasil de algum ato judicial (a oitiva de uma testemunha, por exemplo). 
O Ministério das Relações Exteriores é o órgão que, a priori, recebe tal carta, a encaminhando para o STJ. 
OBS. cooperação internacional: visa desburocratizar a carta rogatória, porém necessita de acordos e tratados entre os países. 
Ação rescisória (art. 966, CPC). 
Primeiramente, a ação rescisória é um instituto processual previsto no Código Processual Civil que se trata de uma EXCEÇÃO. 
A ação rescisória tem como função a desconstituição da coisa julgada. 
OBS. Desfazimento da coisa julgada. 
Para desfazer a coisa julgada, o direito processual civil disponibiliza 03 institutos: 
Ação declaratória de nulidade: trata dos pressupostos processuais de existência (citação, demanda, órgão investido de jurisdição e capacidade postulatória, este último ainda controverso). Dentre estes, o de mais comum ocorrência, versa sobre a citação. Na ação declaratória de nulidade, não há prazo. 
Ação anulatória de coisa julgada (art. 966, § 4º): possível nos atos de disposição de direito praticados pelas partes. Depende de coisa julgada material, vez que nenhum destes institutos se aplica à coisa julgada formal, pois pode-se propor uma nova ação. A ação anulatória, portanto, aplica-se às sentenças homologatórias.
Como exemplo clássico, cita-se o divórcio consensual. 
Ação rescisória. 
Ação rescisória. 
A ação rescisória é trazida por uma petição inicial como outra qualquer, que nos seus pedidos, versa sobre a anulação ou proferir um novo julgamento no processo de conhecimento. 
Natureza jurídica
Tem natureza desconstitutiva, ou seja, de desfazer a coisa julgada. A ação rescisória poderá ter juízo rescendente e rescisório. 
OBS. Cabe ação rescisória de decisão interlocutória de mérito. 
Como exemplo, cabe no julgamento antecipado da lide. 
Não cabe ação rescisória de coisa julgada formal. 
Vez que gera novo processo. 
Condição específica da ação rescisória. 
A condição específica para a utilização da ação rescisória, é a existência de um transito em julgado, havendo, portanto um processo de conhecimento já julgado. 
Interesse de agir (art. 966, CPC). 
O rol do artigo 966 é taxativo. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: 
Se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz: ocorrendo qualquer das hipóteses, não haverá imparcialidade por parte do juiz, podendo gerar a anulação. Neste caso cabe anulação da decisão. 
For proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incapaz: a ação rescisória não caberá, caso o impedimento ou juízo absolutamente incapaz já tenham sido julgados por uma preliminar, por exemplo. Neste caso, cabe anulação da decisão. 
Resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei: neste caso também caberá anulação da decisão. 
Ofender a coisa julgada: ocorre quando o indivíduo tramita um processo que já houve coisa julgada em outro Estado. Neste caso cabe a anulação pela parte contrária que já fez parte de um dos processos. 
Violar manifestamente norma jurídica: é o de maior dificuldade probatória, pois não caberá ação rescisória quando se tratar de erro de interpretação. Neste caso cabe novo julgamento, vez que houve erro no julgamento anterior. 
Ex. julgar um processo baseando-se em uma lei revogada. 
For fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória: tal inciso trata da falsidade documental, que deve também ser superveniente, vez que se já foi julgada no processo, não poderá ser objeto de ação rescisória. Neste caso cabe novo julgamento. 
Obtiver o autor, posteriormente ao transito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável: trata-se do documento superveniente, ou seja, caso surja um novo documento que mude toda a história do processo. Neste caso cabe novo julgamento.
For fundada em erro de fato verificável do exame dos autos: trata-se de uma interpretação equivocada sobre informações que constavam nos autos do processo. Neste caso cabe um novo julgamento. 
Ex. documento de data 1993 em que o juiz leu 1998. 
Competência 
A ação rescisória é de competência originária dos tribunais. Quem a proferiu é o competente a desfazê-la.
Sentença de 1º grau: TJ e TRF. 
Acórdão de 2º grau: TJ ou TRF. 
Acórdão do STJ ou STF sem mérito: TJ ou TRF, pois a última decisão de mérito foi destes órgãos. 
Acórdão do STJ ou STF de mérito: STJ ou STF, respectivamente. 
Legitimidade (art. 967, CPC)
Tem legitimidade para propor a ação rescisória: 
Quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular; 
O terceiro juridicamente interessado;
O MP; 
Se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatório a intervenção;
Quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei; 
Em outros casos em que se imponha sua atuação; 
Aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção. 
Petição Inicial (art. 968, CPC)
É de natureza especial, vez que só cabe dois pedidos e há o requisito de depósito de 5%. 
OBS. se o indivíduo ganha a ação rescisória, será ressarcido dos 5%. Caso perca, estes serão direcionados ao réu, acrescidos dos honorários. Caso o indivíduo tenha gratuidade, não haverá necessidade de tal pagamento. 
Rito (art. 970, CPC). 
Trata-se de um rito por meio de petição especial, sempre dirigida a tribunais, que será direcionada a um relator, seja ele desembargador ou ministro e este determinará a citação, abrindo defesa à parte contrária no prazo de 15 a 30 dias. A partir daí, a ação rescisória seguirá o procedimento comum (F.S + F.I + F.D + F.R + F.E). A fase instrutória é cumprida pelo juiz de primeiro grau através de carta de ordem. 
Defesa (art. 970, CPC). 
A defesa se dará após a citação no prazo de 15 a 30 dias. 
Prazo 
O prazo para intentar ação rescisória é decadencial (nem se interrompe nem se suspende) de 02 anos. Porém, se fundada a ação em descoberta de prova nova, este começará a contar de tal descoberta, no limite de 05 anos. 
Assim também se dará na simulação ou colusão, sem o limite de 05 anos, porém, tal hipótese só se dá a terceiro ou do MP que não interveio. 
Ex. prazo até 2016, descoberta em 2020, prazo até 2021. 
Juízo rescendente 
Anula: neste, a ação rescisória visa a anulação da coisa julgada. 
Juízo rescisório 
 Novo julgamento: neste, a ação rescisória visa a existência de um novo julgamento.

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