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Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras Autor: Vinícius Fernandes Inácio Tema 01 Introdução à Análise e Estrutura das Demonstrações Financeiras seç ões 2 3 Tema 01 Introdução à Análise e Estrutura das Demonstrações Financeiras Como citar este material: INÁCIO, Vinícius Fernandes. Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras: Introdução à Análise e Estrutura das Demonstrações Financeiras. Estrutura do Balanço Patrimonial. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2018. Seções 2 3 Seções LEITURAOBRIGATÓRIA FINALIZANDO REFERÊNCIAS GABARITO CONTEÚDOSEHABILIDADES AGORAÉASUAVEZ GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES 4 544 5 Tema 01 Introdução à Análise e Estrutura das Demonstrações Financeiras 54 54 5 Podemos dizer que as demonstrações financeiras são o produto final das informações geradas pela contabilidade, visto que evidenciam, ao final de um determinado período, o resultado das operações realizadas pelas organizações. Por organizações, inclusive, incluem-se as empresas privadas de todos os portes e ramos de atividades, organizações do terceiro setor (sem fins lucrativos) e também as entidades públicas. Nesse sentido, Silva e Souza (2011) afirmam que “as demonstrações financeiras são os instrumentos utilizados pela contabilidade para realizar essa exposição a respeito da situação econômico-financeira da empresa e prover aos diversos usuários internos ou externos as informações que servem de base para a tomada de decisões”. Veremos, no presente caderno, como é possível extrair informações importantes das demonstrações financeiras e auxiliar os gestores nos processos de tomada de decisão. Vamos lá?! CONTEÚDOSEHABILIDADES 6 766 7 LEITURAOBRIGATÓRIA Iniciamos a apresentação da disciplina esclarecendo que as informações contábeis não são evidenciadas apenas nas demonstrações financeiras, haja vista que as organizações também se utilizam dos relatórios e controles gerenciais para tomar suas decisões, reunindo e organizando as informações de modo a atender suas necessidades. O que estamos pontuando aqui é que a informação contábil pode ser evidenciada tanto em relatórios obrigatórios, como é o caso das demonstrações financeiras, bem como por meio dos relatórios e controles gerenciais implantados pela entidade. Segundo dados obtidos no sítio eletrônico do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná – (CRCPR), com o advento das leis 11.638/07 e 11.941/09, a contabilidade brasileira vem passando pelo processo de convergência às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS). Neste sentido, acompanhando a evolução do sistema contábil brasileiro, o Conselho Federal de Contabilidade editou inúmeras normas que tratam de assuntos eminentemente contábeis. Com relação às demonstrações contábeis que obrigatoriamente deverão ser incluídas no livro diário, como regra geral, destacamos o conjunto completo das demonstrações contábeis que está previsto no item 10 da NBC TG 26 R4: (a) balanço patrimonial ao final do período; (b) demonstração do resultado do período; (c) demonstração do resultado abrangente do período; (d) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; (e) demonstração dos fluxos de caixa do período; (f) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 – Demonstração do Valor Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente; (g) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações explanatórias; e 76 76 7 LEITURAOBRIGATÓRIA (h) balanço patrimonial no início do período mais antigo comparativamente apresentado quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou ainda quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis. (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.376/11). Tais demonstrações, por terem um caráter obrigatório, estão previstas, além das leis supracitadas, na legislação do Imposto sobre a Renda no artigo 274 do Decreto nº 3.000/1999 (RIR/1999), na legislação societária no artigo 176, I a V, da Lei nº 6.404/1976, nas normas do Conselho Federal de Contabilidade na Resolução CFC nº 1.185/2009 (NBC TG 26), alterada pela Resolução nº 1.376/2011, e na Deliberação CVM nº 676/2011. Contudo, vale salientar que tais demonstrações são aplicáveis às empresas, digamos, “tradicionais”, isto é, as companhias empresariais com finalidade de lucro. Para as organizações do setor público, assim como para as entidades sem fins lucrativos que compõem o terceiro setor, existem normas específicas que tratam do assunto, pois há variação tanto na obrigatoriedade, quanto no formato das demonstrações financeiras. Por outro lado, também existe no âmbito empresarial a necessidade de se obter informações adicionais àquelas expressas nas demonstrações obrigatórias, e é nesse contexto que os relatórios gerenciais se apresentam. Para definir esses relatórios gerenciais, Souza et al. (2015) mencionam que, “de maneira geral, os relatórios gerenciais são documentos escritos que possuem informações relevantes para possíveis tomadas de decisões assim, notamos que praticamente todos os relatórios são gerenciais”. Desta forma, percebe-se que o objetivo desses relatórios “extraoficiais” é fornecer informações pormenorizadas aos seus usuários para que estes detenham o maior número de informações possíveis, e de qualidade, para que as decisões tomadas sejam, senão sempre, na maioria das vezes, assertivas e eficientes. Os relatórios gerenciais, portanto, trarão detalhes das operações do negócio, por exemplo, contas a receber, custos, gastos, despesas, investimentos, fluxo de caixa, orçamentos e inadimplência, entre outros. A partir desses relatórios, as empresas podem implantar controles para melhorar a gestão do negócio. 88 9 LEITURAOBRIGATÓRIA Mas, para que ou para quem todas essas informações são geradas? Em suma, para os usuários da informação contábil! E quem são os usuários da informação contábil? Todas as pessoas físicas e jurídicas que têm interesse ou demandam informação sobre a situação econômico-financeira de uma organização empresarial são consideradas usuárias da contabilidade. Sendo assim, a contabilidade sempre terá vários olhares voltados para as informações geradas por ela, e com uma complexidade relativamente grande, uma vez que cada “olhar” está direcionado para uma situação específica da entidade, ou seja, cada usuário tem interesse em determinado tipo de informação. Em função disso, encontramos na literatura uma espécie de divisão, ou classificação, entre esses usuários, com o intuito de identificá-los adequadamente e, a partir daí, reconhecer uma demanda de informação, gerando relatórios que atendam às suas necessidades. Essa divisão, portanto, se dá pela localização dos usuários, isto é, se eles estão “dentro” ou “fora” da organização. É por isso que encontramos as expressões usuários internos e usuários externos da contabilidade. E como identificá-los? Vamos às definições e exemplos dados por Valente e Fujino (2015): Os usuários internos são aqueles diretamente vinculados ao ambiente das entidades em que se localizam, tais como: administradores e empregados, e os usuários externos são aqueles vinculados externamente à entidade, participando dela ou não, tais como: seus investidores, credores, governo, entre outros. Considerando que o usuário interno tem pleno acesso a toda a informação que necessita, o foco prioritário da contabilidade é no usuário externo. Desse modo, para os usuários externos, as informações geradas pela contabilidade são disponibilizadas pelas empresas por meio das demonstrações financeiras,cuja produção e divulgação seguem princípios, padrões e normas definidos por órgãos normativos e reguladores de informações econômico-financeiras divulgadas para o mercado, a exemplo da CVM - Comissão de Valores Mobiliários, CFC – Conselho Federal de Contabilidade e CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis, no âmbito nacional e o IASB – International Accounting Standards Board, no âmbito internacional. 98 9 LEITURAOBRIGATÓRIA Percebemos, então, que a ciência contábil tem, em sua essência, como seu principal objetivo, fornecer informações úteis que auxiliem os gestores das organizações a tomarem melhores decisões. É como o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) (2013) define: De forma geral, no âmbito dos profissionais e usuários da Contabilidade, os objetivos desta, quando aplicada a uma Entidade particularizada, são identificados com a geração de informações, a serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses e objetivos próprios. Ainda segundo o Conselho, a precisão das informações demandadas pelos usuários e o próprio desenvolvimento de aplicações práticas da Contabilidade dependem da observância das normas contábeis, que deverá ser aplicada em situações concretas e considerados os contextos econômico, tecnológico, institucional e social em que os procedimentos serão aplicados. Bem... Mas será que toda informação contábil é útil? A resposta para essa questão é um pouco mais complexa do que parece, pois, para ser considerada útil, uma informação contábil útil deve reunir uma série de requisitos ou atributos que têm por objetivo garantir a qualidade da informação. Além disso, Souza et al. (2016) dizem que a qualidade da informação possibilita a redução de incertezas, a probabilidade de realizar melhores escolhas e o melhor desempenho nas atividades. No quadro abaixo é possível identificar as características que uma boa informação deve apresentar: Autores Características de boa informação Paim, Nehmy e Guimarães (1996) Válida, confiável, precisa, completa, nova, atual, significado por meio de tempo e abrangente. Freitas (1997) Precisa, completa, econômica, flexível, confiável, tempestiva, adequada, frequente, abrangente. Rodman (1998) Completeza, acurácia, relevância, temporalidade. Wang, Ziad e Lee (2000) Acuracidade, objetividade, credibilidade, reputação, acessível, seguranaça no acesso, relevância, valor agregado, temporalidade, integridade, quantidade de informação apropriada, interpretabilidade, representação concisa, representação consistente, facilidade de manipulação. Quadro 1: Características da boa informação 1010 11 LEITURAOBRIGATÓRIA Contudo, além das características mencionadas pelos autores, que tratam das características principais de qualquer informação em geral, é preciso avaliar também as características qualitativas específicas da área contábil, a saber: Diante desse cenário, surge a necessidade de conhecer adequadamente como as demonstrações financeiras são estruturadas, as contas que as compõem, o que os números significam em relação ao negócio, se a situação econômico-financeira da companhia é satisfatória, entre outros aspectos relevantes. Autores Características qualitativas da informação contábil Financial Accounting Standards Board - FASB (1980) Relevância, confiabilidade, comparabilidade, uniformidade e consistência. Padoveze (2009) Trazer mais benefícios que o custo de obtê-la, compreensível, utilidade, relevância, confiabilidade e consistência. Iudicibus, Marion e Faria (2009) Compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade. Resolução do Conselho Federal de Contabilidade - CFC n°. 1.374/2011 R|elevância, materialidade, representação, fidedigna, comparabilidade, verificabilidade, tempesividade e compreensibilidade. Fonte: Souza et al. (2016) Quadro 2: Características qualitativas da informação contábil Fonte: Souza et al. (2016) Lee et al. (2002) Livre de erros, objetiva fidedigna, credibilidade, relevante, valor agregado, atualizada, completa, quantidade apropriada, interpretável, compreensível, apresentação consistente, apresentação concisa, fácil de manipular, acessível e segura. Strassburt (2004) Útil, gerenciável, oportuna, atender as necessidades, permitir análise, ter limites, contextualizadas, comparável, servir de apoio à tomada de decisão. Padoveze (2009) Uniforme, precisa, atual, objetiva, oportuna, íntegra, com conteúdo, precisa, flexível, confiável, seletiva, consistência. Stair e Reynolds (2011) Precisa, completa, econômica, flexível, confiável, relevante, simples, pontual, verificável, acessível e segura. 1110 11 LEITURAOBRIGATÓRIA Como surgiu a técnica de análise das demonstrações financeiras? A análise das demonstrações financeiras é tão antiga quanto a ciência contábil em si. Isto porque, desde os primeiros registros que o homem realizava sobre o seu patrimônio já havia, mesmo que de maneira bastante primitiva, a preocupação de conhecer as modificações ocorridas no seu patrimônio ao longo do tempo. Valente (2017, p. 3) afirma que o objetivo da análise das demonstrações financeiras é “relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico- financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras”. De acordo com a autora, por meio das técnicas de análise das demonstrações financeiras, extraem-se informações sobre a posição passada, presente e futura (projetada) de uma empresa. Marion (2012) mostra que os primeiros registros do uso das técnicas de análise das demonstrações financeiras datam do final do século XIX, quando banqueiros estadunidenses começam a solicitar as demonstrações (Balanço) às empresas que desejassem contrair empréstimos. Surge então a primeira expressão relacionada ao assunto, a Análise de Balanço. Iniciado esse processo, e pressionados pela abertura do capital por parte das empresas, os investidores passam a buscar empresas mais bem-sucedidas para aplicar seus recursos, tornando a análise das demonstrações financeiras indispensável. (MARION, 2012) Veremos ao longo da disciplina que existem diversas técnicas para analisar as demonstrações financeiras, contudo, temos condições de conhecer a situação econômico-financeira de uma empresa através de três pontos fundamentais: a liquidez, o endividamento e a rentabilidade, assuntos esses que serão tratados em cadernos específicos. Porém, para ter uma ideia do que esses pontos fundamentais representam, podemos dizer que a liquidez mostrará a situação financeira da empresa ou sua capacidade de pagamento, o endividamento evidenciará a sua estrutura de capital, e a rentabilidade, o retorno que o negócio está gerando para a empresa e para o empresário. Todas as demonstrações financeiras são sujeitas à análise, isto é, as demonstrações financeiras exigidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (2016): • Balanço Patrimonial (BP) • Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 1212 13 LEITURAOBRIGATÓRIA • Demonstração do Resultado do Abrangente (DRA) • Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) • Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) • Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) • Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Para propiciar maior segurança à análise das demonstrações financeiras, o profissional deverá se atentar a alguns aspectos, tais como: ter em mãos todas as demonstrações, visto que cada uma delas traz uma informação específica e que se complementam entre si; recomenda-se que sejam analisados ao menos dois ou três períodos, com o intuito de identificar a comportamento das contas e, consequentemente, o desempenho do negócio; as demonstrações devem ter credibilidade quanto à informação evidenciada, o que pode ser garantidopela assinatura do contador, notas explicativas completas e relatório da auditoria e publicação em meios de comunicação, quando for o caso. No universo das análises das demonstrações financeiras, é importante pontuar também três tipos de situações que inspiram atenção. Marion (2012) pontua as seguintes: Situação que requer algum cuidado: • Demonstração com relatório da diretoria e nota explicativa sucinto ou incompleto. • Vínculo com empresa de auditoria. • Demonstrações publicadas que não atendam a todos os requisitos legais. Situação que requer profundo cuidado: • Demonstrações não publicadas em jornais. • Demonstrações sem relatório de auditoria ou com ressalvas. • Demonstrações que não atendam às normas legais. Situação em que não se deve fazer: • Contradições nas demonstrações financeiras ou exageros facilmente detectáveis. • Demonstrações que não refletem a realidade. 1312 13 LEITURAOBRIGATÓRIA Técnicas de Análise As técnicas de análise são os instrumentos pelos quais é possível extrair as informações das demonstrações financeiras e, a partir de então, fazer a leitura e interpretação dos valores encontrados. Nesse sentido, encontramos na literatura os indicadores financeiros e econômicos, a análise horizontal e vertical, a análise da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), a análise de solvência e insolvência, e outros que serão apresentados no decorrer da disciplina. Em suma, a análise das demonstrações financeiras envolve a utilização de indicadores, que nada mais são do que o resultado obtido na divisão de duas grandezas. Uma vez identificado qual ou quais indicadores serão utilizados na análise, eles são calculados, comparados com exercícios anteriores ou com demais empresas do segmento e, finalmente, interpretados, isto é, se o resultado do indicador é considerado bom, razoável ou ruim. Estrutura do Balanço Patrimonial É comum encontrarmos na literatura que o Balanço Patrimonial é uma espécie de “fotografia” da situação econômico-financeira das organizações empresariais. Será isso mesmo? Vejamos o que os autores Souza e Kowalski (2016, p. 5) dizem sobre o assunto: O Balanço Patrimonial é uma demonstração financeira, composta de bens, direitos e obrigações da empresa, sendo dividido entre dois grandes grupos. O primeiro é o Ativo, composto sobre bens e direitos, representa as disponibilidades da empresa, sendo a aplicação destes recursos ainda subdividida em Circulante e Não Circulante. O segundo é o Passivo, são as obrigações da entidade com terceiros, sendo divididas em Circulante, Não Circulante e Patrimônio Líquido, que é o capital dos sócios ou próprios, são as origens dos recursos. Cada um compõe várias contas com características específicas de classificação e separação dos valores, que juntos podemos comparar com a saúde da entidade. Nota-se, portanto, que o Balanço Patrimonial é a principal, e talvez mais conhecida e utilizada, das demonstrações financeiras. Nele são evidenciados tudo o que a empresa deve e tudo o que ela tem de bens e direitos, totalizando então no patrimônio que a empresa possui. Com relação à composição dessa demonstração financeira, é importante compreender exatamente o que cada conta representa e como ela afeta/influencia no resultado patrimonial da entidade. A mudança mais recente, com o advento da Lei nº 11.941/2009, que alterou a Lei nº 6.404/76, conhecida popularmente como a Lei das SA’s, a estrutura do Balanço Patrimonial ficou reduzida a cinco grupos de contas, sendo elas: Ativo Circulante, Ativo Não Circulante, 1414 15 LEITURAOBRIGATÓRIA Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido, corroborando a definição de Souza e Kowalski (2016). As contas que compõem a demonstração devem obedecer a uma ordem de disposição, de forma que para as contas do Ativo sejam listadas primeiramente as contas consideradas mais líquidas, ou seja, que se convertem em dinheiro mais rapidamente. Por outro lado, para as contas do Passivo são organizadas por vencimentos das obrigações, isto é, as dívidas que vencem mais rápido são apresentadas primeiro. Veremos isso com mais detalhes nos tópicos abaixo. Vejamos como o Balanço Patrimonial se apresenta antes e depois da alteração da referida lei: Agora que conhecemos as mudanças ocorridas na estrutura do Balanço Patrimonial, vamos conhecer um pouco sobre os grupos e suas principais contas. Isto será necessário para, no próximo tema, iniciarmos o trabalho de análise das demonstrações financeiras em si, com as técnicas de análise vertical e horizontal. Antes das alterações Após das alterações ATIVO ATIVO Circulante Circulante Realizável a longo prazo (RLP) NÃO Circulante Permanente - Realizável a longo prazo (RLP) - Investimentos - Investimentos - Imobilizado - Imobilizado - Diferido - Intangível PASSIVO PASSIVO Circulante Circulante Exigível a Longo Prazo (ELP) NÃO Circulante Resultados de Exercícios Futuros PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Capital Social Reserva de Capital Reserva de Capital Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação de Patrimonial Reserva de Lucros Reserva de Lucro Lucros ou Prejuízos Acumulados Ações em tesouraria Prejuízos Acumulados Figura 1. Alterações do Balanço Patrimonial. Fonte: Batalha (2014) 1514 15 LEITURAOBRIGATÓRIA Já é de nosso conhecimento que o Balanço Patrimonial expressa a situação patrimonial da empresa por meio do somatório dos bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido das organizações. Sendo assim, iniciamos abordando como esses bens e direitos se apresentam e se diferenciam entre si. Os bens da empresa são aqueles que, além de estarem em seu poder, também são palpáveis, tangíveis. Os exemplos típicos de bens são os computadores, os veículos, o dinheiro no caixa e as máquinas da linha de produção. Os direitos, por sua vez, representam os bens da empresa que estão em poder de terceiros, isto é, a empresa poderá exigir o recebimento destes, mas, no momento, está “na mão” de outra pessoa. O caso clássico dessa situação é uma venda feita a prazo, ou seja, o dinheiro pertence à empresa que vendeu, contudo ainda não está com ela, e sim com quem comprou a prazo. No que diz respeito aos valores correspondentes aos bens e direitos da entidade, portanto, eles serão evidenciados no “lado” do Ativo, também conhecido como aplicação dos recursos, podendo ser dividido entre Ativo Circulante e Ativo Não Circulante, conforme estrutura apresentada acima. No Ativo Circulante são evidenciados os valores correspondentes aos bens e direitos que se transformarão em dinheiro no curto prazo, em um prazo de até 12 meses. É nesse grupo que são evidenciadas, por exemplo, as contas de Caixa, Banco, Aplicações Financeiras de Curto Prazo, Estoques e Duplicatas a Receber. Referem-se àqueles recursos relacionados com as atividades operacionais da empresa, com o capital de giro do negócio. Quando analisamos esse grupo de contas, nosso olhar deve ser focado para a dinâmica do negócio, isto é, essas contas vão mostrar como a atividade da empresa está se desenvolvendo. Mas como assim? Se a empresa tem um saldo grande na conta Caixa, pode indicar uma má gestão financeira, pois dinheiro em caixa não rende, poderia então estar investido em alguma aplicação de curto prazo. Se o valor da conta de Duplicatas a Receber vem aumentando ao longo dos anos, pode sugerir que a empresa passou a realizar mais vendas a prazo, o que inspira alguns cuidados, como o controle das contas a receber, a política de cobrança, a estimativa para os devedores duvidosos. Esses são apenas alguns exemplos do que as informações do grupo do Ativo Circulante podem nos dizer. Passando para o Ativo Não Circulante, vamos tratar dos bens e direitos que não se converterão em dinheiro no curto prazo, que a empresa não tem a intenção de se desfazer,ou mesmo que se desfaça, seria num espaço de tempo maior, superior a 12 meses. 1616 17 LEITURAOBRIGATÓRIA Concluída a estrutura do Ativo, dos bens e direitos da entidade, trataremos na sequência das obrigações assumidas junto a terceiros, são os recursos que financiam a atividade, por isso, inclusive, também é conhecido como origem ou fonte de financiamento do negócio. É o que chamamos de passivos, que são classificados em Passivo Circulante e Passivo Não Circulante. A lógica do “circulante” e “não circulante” é a mesma aplicada no Ativo, ou seja, está associada ao período de até 12 meses ou maior que 12 meses, curto e longo prazo, respectivamente, contudo estamos falando de obrigações e, por isso, devemos pensar que no Passivo Circulante serão evidenciadas as obrigações que vencem no curto prazo, até 12 meses, e no Passivo Não Circulante, as obrigações que serão exigidas no longo prazo, isto é, depois de 12 meses. Como exemplo das informações expressas no “lado” do Passivo no Balanço Patrimonial, temos a conta de Salários a Pagar, Obrigações Fiscais a Pagar, Empréstimos e Financiamentos, Fornecedores. Finalizamos com o grupo do Patrimônio Líquido, que, segundo Ferreira (2017, p. 1): O patrimônio líquido (PL) faz referência ao grupo de contas que registra o valor contábil de uma entidade. Trata-se de uma subconta contábil que leva ATIVO NÃO CIRCULANTE • REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - Contas a Receber - Empréstimos a coligadas ou controladas • INVESTIMENTOS - Investimentos Permanente • IMOBILIZADO - Terrenos - Contruções e Benfeitorias - Veículos - Máquinas e Ferramentas - Móveis • ATIVO INTANGÍVEL - Marcas e Patentes - Concessões - Softwares Figura 2. Estrutura do Ativo – Balanço Patrimonial Fonte: Pires Consultoria (2014) 1716 17 LEITURAOBRIGATÓRIA PATRIMÔNIO LÍQUIDO • Capital - Capital subscrito - Capital a integralizar (-) • Reservas de Capital - Contribuição de Subscritores - Alienação de Partes Beneficiárias - Bônus de Subscrição - Correção Monetária do Capital Realizado não Capitalizado • Ajuste de Avaliação Patrimonial • Reserva de Lucros • Ações em Tesouraria (-) • Prejuízos Acumulados Figura 3. Estrutura do Patrimônio Líquido – Balanço Patrimonial. Fonte: Pires Consultoria (2014) em consideração aspectos como o capital social, os aportes financeiros de acionistas, os lucros acumulados, contas de reserva e até o fluxo de caixa. Quando falamos de PL, geralmente estamos tratando de uma empresa, ou seja, uma pessoa jurídica. Vale ressaltar que o capital de terceiros sempre, ou na maioria das vezes, estará presente na estrutura de capital da empresa, contudo, o que se precisa atentar é quanto à proporção desse capital em relação ao capital próprio. Significa dizer que a empresa deve, em regra geral, manter uma maior participação do capital próprio do que de capital de terceiros como fonte de financiamento das suas operações. O grupo do Patrimônio Líquido possui tamanha importância no campo da ciência contábil e das organizações empresariais, que existem demonstrações específicas para evidenciar as informações correspondentes a esse grupo, por exemplo, a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Mas esse é um assunto para discutirmos nos temas posteriores. A estrutura do Patrimônio Líquido que encontramos atualmente contempla as seguintes contas: 18 191818 19 LEITURAOBRIGATÓRIA O Patrimônio Líquido, portanto, representa o que chamamos de capital próprio da empresa, aquilo que pertence à própria entidade e não depende de terceiros. Esse tipo de capital garante maior autonomia e segurança ao negócio, uma vez que não há dependência de terceiros financiando a entidade, e o custo do capital também pode ser menor em relação ao custo do capital de terceiros. Contudo, cabe destacar que é prudente sempre levar em consideração a análise risco versus retorno, pois, se o negócio é considerado arriscado, espera-se que o retorno sobre o capital próprio investido seja maior, para “compensar” o risco assumido pelo investidor. Consequentemente, o custo desse capital próprio também será maior. 1918 1918 19 Quer saber mais sobre o assunto? Então: Para saber mais sobre as origens de recursos e estrutura de capital, acesse o artigo Determinantes da Estrutura de Capital: Um Estudo Sobre Empresas Mineiras de Capital Fechado. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/index.php/recfin/article/view/30883>. Acesso em: 26 set. 2017. Vimos que uma informação, para ser considerada útil, precisa reunir algumas características importantes! Acesse o artigo e veja mais detalhes sobre as características e qualidades da informação contábil. Qualidade da Informação Contábil: Uma Análise de suas Características com base na Percepção do Usuário Externo. Disponível em <http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/IJIE/article/ viewFile/2939/pdf>. Acesso em: 26 set. 2017. O professor-doutor do Departamento de Finanças e Contabilidade da UFPB, Edilson Paulo, concedeu uma entrevista ao Programa Conta +, na qual fala sobre os impactos da convergências de padrões contábeis. Assista aos vídeos para saber mais: <https://www.youtube.com/ watch?v=6iYFAf-ywSc> (parte 1); <https://www.youtube.com/watch?v=ZXxEe22IFBM> (parte 2). Acesso em: 26 set. 2017. Você percebeu como o Balanço Patrimonial é rico em informações para atender às necessidades de diversos usuários? Para saber mais sobre as funções do BP, assista ao vídeo: <https://www. youtube.com/watch?v=vogdvZWmrDw>. Acesso em: 26 set. 2017. Nós abordamos durante todo o material que a informação contábil tem vários usuários, não é mesmo? Veja então, no vídeo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=WTGtGABB- Zo>, como a análise do balanço pode ser útil para as empresas que desejam participar de licitação, um procedimento necessário para vender produtos e serviços ao poder público. LINKSIMPORTANTES 20 212020 21 Instruções: Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. AGORAÉASUAVEZ Questão 1: Vimos que o “lado” do passivo no Balanço Patrimonial representa as origens dos recur- sos que financiarão as aplicações no ativo. Destacamos ainda que é preciso estar aten- to à proporção de capital de terceiros pre- sente na empresa para garantir uma melhor condição financeira do negócio. Mesmo que as empresas, em geral, utilizem recursos de terceiros para financiar suas atividades, faz- -se necessária a avaliação da qualidade de recurso, visto que a empresa pode obter um crédito considerado “bom” ou “ruim”. Essa avaliação da relação custo/benefício envolve muitas variáveis no seu estudo, tais como: condições de pagamento, taxas praticadas e o retorno que o investimento financiado trará para a empresa, por exemplo. Face ao ex- posto, pesquise sobre quais modalidades/ linhas de crédito estão disponíveis no merca- do e comente, sob sua avaliação, quais delas seriam as mais interessantes para as empre- sas, isto é, que teriam uma qualidade maior Questão 2: O Balanço Patrimonial pode ser considera- do a principal e, talvez, a mais conhecida e utilizada das demonstrações financeiras. Nele são evidenciados tudo o que a em- presa deve e tudo o que ela tem de bens e direitos, totalizando então no patrimônio que a empresa possui. Assim como o Ba- de crédito. Você poderá consultar as linhas disponíveis nos bancos comerciais, no Ban- co Nacional de Desenvolvimento – BNDES, nas agências de fomento do seu estado, e listar os aspectos mais relevantes, como taxa de juros, prazo para pagamento, prazo de carência, garantiasexigidas e os docu- mentos necessários para a formalização do contrato. Realizada a pesquisa, você deverá sugerir, em sua opinião e apoiado pelos co- nhecimentos adquiridos até o momento, qual linha de crédito considera mais interessante para uma empresa contratar. 2120 2120 21 AGORAÉASUAVEZ Questão 4: Na Contabilidade, o Patrimônio de uma empresa é representado pelo conjunto de bens, direitos e obrigações que esta pos- sui. Pensando agora na estrutura do Balan- ço Patrimonial, assinale a alternativa onde são evidenciadas as obrigações assumidas pela empresa com terceiros: a) ativo circulante b) ativo não circulante c) capital social d) patrimônio líquido e) passivo Questão 5: Considerando os tipos de usuários da infor- mação contábil, pesquise e comente exem- plos de quais decisões são tomadas por usuários internos e externos da informação. Questão 3: Os direitos representam os bens da em- presa que estão em poder de terceiros, isto é, a empresa poderá exigir o recebimento destes, mas, no momento, está “na mão” de outra pessoa. Posto isto, no patrimônio da empresa, qual dos exemplos abaixo é considerado um direito? lanço, a cada encerramento de exercício as empresas emitem todas as suas de- monstrações financeiras, por se tratar de um item obrigatório. No entanto, para fins gerenciais, tais demonstrações podem ser emitidas a qualquer tempo pela empresa. Acerca do Balanço Patrimonial, especifica- mente, assinale a opção correta: a) Demonstra local, data, conta devedora, conta credora, histórico e valor dos lançamentos contábeis. b) É a demonstração que evidencia o patrimônio de uma empresa de forma quantitativa e qualitativa. c) Indica a formação e a utilização do capital social e das reservas da empresa. d) Informa o valor dos bens adquiridos nos últimos seis meses. e) Permite o controle da movimentação do patrimônio da empresa. a) Caixa b) Estoque c) Contas a receber d) Salários a pagar e) Máquinas e equipamentos 22 232222 23 AGORAÉASUAVEZ Como sugestão, primeiro pense sobre um tipo de usuário da informação contábil, por exemplo, os bancos. Depois, com base no que você aprendeu, classifique esse usuá- rio como interno ou externo. Por fim, pense em que tipo(os) de decisão um banco toma a partir das informações contábeis. Questão 6: Pesquise e comente sobre os tipos de rela- tórios gerenciais que as empresas podem gerar. Se for possível, inclusive, verifique na sua atividade profissional quais os rela- tórios gerenciais utilizados. 2322 2322 23 FINALIZANDO Preliminarmente, o presente caderno apresentou as demonstrações financeiras, que são o produto final das informações geradas pela contabilidade, visto que evidenciam, ao final de um determinado período, o resultado das operações realizadas pelas organizações. Essas demonstrações são elaboradas para atender, em suma, os usuários da informação contábil, classificados como usuários internos e externos. Contudo, para que os usuários tenham confiança naquilo que as demonstrações financeiras evidenciam, as informações precisam apresentar características e qualidades que deem credibilidade a elas. Tratamos ainda da história da análise das demonstrações financeiras, que no passado foi chamada inicialmente de análise de balanço, embora ainda hoje encontremos tal expressão em alguns materiais. Vimos sua evolução, as técnicas existentes para extrair as informações e a necessidade de se interpretar corretamente esses índices ou indicadores. Fechamos com o Balanço Patrimonial, que tratamos especificamente neste caderno. O Balanço pode ser considerado a principal e, talvez, a mais conhecida e utilizada das demonstrações financeiras. Nele são evidenciados tudo o que a empresa deve e tudo o que ela tem em termos de bens e direito, totalizando então no patrimônio que a empresa possui. 2424 25 GLOSSÁRIO Demonstrações Financeiras: são o produto final das informações geradas pela contabilidade, visto que evidenciam, ao final de um determinado período, o resultado das operações realizadas pelas organizações. Técnicas de Análise: são os instrumentos pelos quais é possível extrair as informações das demonstrações financeiras e, a partir de então, fazer a leitura e interpretação dos valores encontrados. Usuários da informação contábil: todas as pessoas físicas e jurídicas que têm interesse ou demandam informação sobre a situação econômico-financeira de uma organização empresarial são consideradas usuárias da contabilidade. Balanço Patrimonial: demonstração financeira, composta de bens, direitos e obrigações da empresa, sendo dividido entre dois grandes grupos. O primeiro é o Ativo, composto sobre bens e direitos, subdividido em Circulante e Não Circulante. O segundo é o Passivo, são as obrigações da entidade com terceiros, sendo divididas em Circulante, Não Circulante e Patrimônio Líquido, que é o capital dos sócios ou próprios, são as origens dos recursos. Indicadores: resultado obtido na divisão de duas grandezas. 2524 25 GABARITO Questão 1 Resposta: É muito comum um empresário se encher de orgulho ao falar que sua empresa nunca precisou obter créditos em instituições financeiras ou que nunca precisou de bancos. É muito importante que o empreendedor tenha conhecimento sobre quando obter crédito é uma vantagem ou uma desvantagem para o negócio. Se a empresa nunca precisou de crédito para equilibrar as contas, realmente é algo para se orgulhar, pois é uma comprovação de que a empresa foi capaz de realizar vendas e crescer sem gerar um descompasso no fluxo de caixa, isto é, o empreendedor soube planejar o futuro realizando as receitas previstas e controlando os custos e despesas da operação. Um dos piores cenários para o empreendedor é a ciranda da necessidade de endividamento contínuo para que o negócio continue “de pé”. Para sair desse cenário será necessário muito mais que recursos financeiros. Serão necessárias novas estratégias, novos produtos ou serviços e novas pessoas. Quando não utilizar de crédito de terceiros é ruim para a empresa? Quando existem oportunidades de crescimento sustentáveis e a empresa não tem recursos próprios para os investimentos e antecipação de despesas necessárias para desenvolver a expansão dos negócios. Portanto, utilizar de créditos de instituições financeiras e, principalmente, linhas especiais de crédito oferecidas pelo BNDES e agências de fomento (FINEP, Desenvolve SP, Investe Rio e outras) pode ser vantajoso para o negócio, permitindo aproveitar oportunidades de crescimento que apenas com capital próprio não seriam possíveis. Para que o processo de captação de recursos seja sustentável para a empresa, é necessário que o planejamento do montante de capital a ser captado esteja coerente com a utilização dos recursos e que sejam avaliados os prazos de pagamentos e os juros da dívida em relação à geração de caixa da empresa, principalmente da geração de receitas dos novos projetos. É muito importante alinhar as amortizações e os pagamentos de juros com a geração de caixa. Outro ponto importante é preparar a companhia para se relacionar com as instituições financeiras e agências de fomento, nesse processo é muito importante a companhia disponibilizar aos potenciais credores as informações financeiras organizadas (Balanço Patrimonial e DRE), sólidas estruturas de garantias (recebíveis futuros, fianças 2626 27 GABARITO ou garantias reais da companhia ou dos sócios), suas experiências de crédito anteriores e de sua situação cadastral (SPC, Serasa e outros). Donato Ramos atua na área de Private Equity da Squadra Investimentos. É mentor Endeavor desde 2008. Leia mais em Endeavor <https://endeavor.org.br/dividas-boas-ou-ruins-para-empresas> Questão 2 Resposta: B De acordo com o conceito doBalanço Patrimonial, ele é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade. Questão 3 Resposta: C Explicação da resposta: Caixa - bem Estoque - bem Contas a receber - direito Salários a pagar - obrigação Máquinas e equipamentos - bem O que diferencia bens de direitos é a posse, ou seja, direitos são os bens da empresa que estão em poder de terceiros. Questão 4 Resposta: E No Ativo classificam-se os bens e direitos da empresa. Já no Passivo, classificam-se as obrigações. 2726 27 Questão 5 Resposta: Podemos classificar os usuários pela sua localização, isto é, se eles estão “dentro” ou “fora” da organização. É por isso que encontramos as expressões usuários internos e usuários externos da contabilidade. Usuários internos, ex.: administradores e empregados (tomam decisões sobre as operações da empresa: compra, venda, capital de giro). Usuários externos, ex.: investidores, credores e governo (decisões relacionadas à rentabilidade oferecida pela empresa investida, capacidade de pagamento, tributação, respectivamente). Questão 6 Relatórios orçamentários, controle de custos, clientes inadimplentes, avaliação de desempenho, gestão da qualidade, produtos mais e menos vendidos e muitos outros. 28 292828 29 REFERÊNCIAS BATALHA, Marco Aurélio R. A nova estrutura do balanço patrimonial. Disponível em: <http://uniesp.provisorio.ws/fagu/revista/downloads/edicao82014/artigo03-a-nova-estrutu- ra-do-balanco-patrimonial.pdf>. Acesso em: 26 set. 2017. FERREIRA, Ramiro Gomes. Patrimônio Líquido: como e por que aplicar este conceito de contabilidade em sua vida. Disponível em: <http://clubedovalor.com.br/patrimonio-liqui- do/>. Acesso em: 27 ago. 2017. MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresa- rial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012. MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem gerencial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. PARANÁ. Conselho Regional de Contabilidade do Paraná. 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