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Slides de Aula (3) História da Educação

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Unidade IV 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Profa. Alice Prado
História da educação no Brasil:
diferentes concepções pedagógicas 
 Segundo Saviani, as diferentes concepções pedagógicas 
se relacionam com as diferentes concepções de educação.
 As diferentes concepções de educação têm duas tendências: 
1) concepções que dão prioridade à teoria sobre a prática 
e cuja preocupação central está nas “teorias do ensino” e 
em “como ensinar”; e 2) concepções que fazem o inverso, 
ou seja, que dão prioridade à prática sobre a teoria e cuja 
preocupação central está nas “teorias de aprendizagem” 
e em “como aprender”.
História da educação no Brasil:
diferentes concepções pedagógicas 
Reforçando: podemos entender a expressão “concepções 
pedagógicas” como as diferentes maneiras pelas quais 
a educação é compreendida, teorizada e praticada. 
 Na história da educação, de modo geral, e na história 
da educação brasileira, em particular, produziram-se
diferentes concepções pedagógicas, cujas 
características são apresentadas a seguir.
História da educação no Brasil:
diferentes concepções pedagógicas 
 Concepção pedagógica tradicional: visão pedagógica
centrada no educador (professor), no adulto, no intelecto,
nos conteúdos transmitidos pelo professor aos alunos, 
na disciplina, na memorização.
 Concepção pedagógica tradicional religiosa: a vertente 
religiosa da pedagogia tradicional tem suas raízes na Idade 
Média. Visão filosófica baseada no tomismo e no neotomismo.
 Pedagogia jesuítica: pedagogia católica elaborada pelos 
jesuítas e sistematizada no Ratio Studiorum, o Plano de Estudos 
aprovado em 1599 e adotado por todos os colégios jesuíticos 
no mundo. Plano constituído por 467 regras que cobrem 
todas as atividades dos agentes diretamente ligados 
ao ensino.
História da educação no Brasil:
diferentes concepções pedagógicas 
 Pedagogia brasílica: denominação dada à orientação que os 
jesuítas procuraram implantar ao chegar ao Brasil, em 1549, 
sob a chefia do Pe. Manuel da Nóbrega. Tal plano procurava 
levar em conta as condições específicas da Colônia. Daí a 
denominação de “pedagogia brasílica”.
 Concepção pedagógica tradicional leiga: concepção 
elaborada por pensadores modernos como expressão da 
ascensão da burguesia. A escola passa a ser instrumento de 
realização dos ideais liberais, dado o seu papel na difusão das 
luzes, tal como formulado pelo racionalismo iluminista, que 
advogava a implantação da escola pública, universal, gratuita, 
laica e obrigatória.
História da educação no Brasil:
diferentes concepções pedagógicas 
 Concepção pedagógica nova ou moderna: do ponto de 
vista pedagógico, o eixo se deslocou do intelecto para 
as vivências; do lógico para o psicológico; dos conteúdos 
para os métodos; do professor para o aluno; do esforço 
para o interesse; da disciplina para a espontaneidade; 
da quantidade para a qualidade. Sua manifestação mais 
difundida é conhecida sob o nome de escolanovismo.
 Concepção pedagógica produtivista.
 Pedagogia tecnicista.
História da educação no Brasil:
diferentes concepções pedagógicas 
 Concepções pedagógicas contra-hegemônicas: denominam-se 
pedagogias contra-hegemônicas aquelas orientações que não 
apenas não conseguiram se tornar dominantes, mas que 
buscam intencional e sistematicamente colocar a educação a 
serviço das forças que lutam para transformar a ordem vigente, 
visando instaurar uma nova forma de sociedade. Situam-se 
nesse âmbito as pedagogias socialista, libertária, comunista, 
libertadora, histórico-crítica.
Consultar: SAVIANI, Demerval. As concepções pedagógicas na história da 
educação brasileira. Disponível em: 
www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/artigos.../artigo
História da educação no Brasil:
a influência dos jesuítas 
 Os jesuítas faziam parte da Companhia de Jesus,
ordem criada por Inácio de Loyola em 1534, no
contexto da Contrarreforma católica.
 Os jesuítas tinham o objetivo de disseminar 
o catolicismo por meio da educação.
História da educação no Brasil:
a influência dos jesuítas 
 O padre jesuíta Manuel da Nóbrega chegou ao Brasil em 1549 
e teve importante papel na educação e catequese dos índios.
 Apenas quinze dias depois de sua chegada à recém-fundada 
cidade de Salvador, os jesuítas já conseguiram fazer funcionar 
uma escola elementar de “ler e escrever”.
História da educação no Brasil:
a influência dos jesuítas 
 Fase áurea dos jesuítas no Brasil (1549-1570): representada 
pelo trio Manuel da Nóbrega, Aspilcueta Navarro 
e José de Anchieta. 
 Nesse período os jesuítas aprenderam a língua tupi-guarani, 
elaboraram material didático para a catequese e Anchieta 
organizou uma gramática do tupi. 
 No processo de educação e catequese, Anchieta usava 
vários recursos, como a música, a poesia e o teatro. 
 Substituiu as cantigas sensuais cantadas pelos 
índios pelos hinos de louvor à Virgem.
As missões ou reduções
 As missões ou reduções eram povoamentos ou aldeias
criadas pelos jesuítas.
 Possuíam uma organização bem-definida, que podia
reunir várias etnias. 
 Algumas foram muito prósperas. Nelas se praticava
a agricultura, a criação de gado e o artesanato e os
jesuítas tinham uma ação ampla de conversão religiosa, 
educação e trabalho.
 A catequese nas missões era mais eficiente; os jesuítas 
ensinavam regras de higiene e saúde, técnicas e 
práticas agrícolas. 
Consequências culturais da ação jesuítica
 A ação dos jesuítas, por meio da catequese e da conversão, 
procurava anular as tradições indígenas, pois elas eram 
reconhecidas como atrasadas, selvagens e indignas. 
 O saber, a religião e a música dos indígenas eram 
desprezados e considerados inferiores. 
 A catequese e a conversão procuravam homogeneizar
essas culturas a partir do padrão cultural europeu.
A sociedade colonial brasileira
 O tipo de colonização estabelecido no Brasil foi centrado 
numa ocupação do território, de modo a viabilizar a produção 
agrícola de interesse para o mercado europeu.
 A viabilização desse modelo teve como apoio a larga 
e farta distribuição de terras pelo sistema de sesmarias.
 A economia se expandiu em torno do engenho de açúcar
por meio do trabalho dos índios e, depois, dos escravos.
 Uma economia que se desenvolveu centrada no latifúndio,
na escravidão e na monocultura.
A realidade social do Brasil colonial e a educação 
 A educação não era algo primordial, uma vez que as 
atividades agrícolas não exigiam formação especial. 
 Numa sociedade agrária e escravista, o interesse pela 
educação era quase nulo e, portanto, a quantidade de 
analfabetos era muito grande. 
 As mulheres e os negros eram excluídos do ensino e pouco 
despertavam o interesse dos padres, que se concentravam 
na catequese dos curumins.
A realidade social do Brasil colonial e a educação 
 A educação para os filhos dos senhores de engenho 
seguia a tradição portuguesa.
 A ação dos jesuítas se fazia presente por meio da educação 
que alguns filhos obtinham ao serem enviados aos colégios, 
ou ainda quando recebiam os ensinamentos em suas
próprias residências.
 Outra forma de educação praticada pelos jesuítas acontecia 
nos confessionários, pois, ao ouvir os pecados, os padres 
iam modelando o pensamento dos colonos.
A estrutura da educação montada pelos jesuítas
 Ensino elementar: ler, escrever e contar. Ensino médio: 
Humanidades (artes e filosofia) em que eram ensinados 
latim e gramática. Ensino Superior: Teologia. 
 Após o curso médio, o jovem podia escolher entre duas 
opções: estudar teologia, tornando-se padre; ou preparar-se 
para as carreiras liberais, como Direito e Medicina. 
Para tal,deveria estudar em uma das diversas 
universidades europeias. 
 Os brasileiros optavam, em grande parte, pela Universidade
de Coimbra, em Portugal.
Três séculos de educação jesuítica no Brasil
 Foi uma educação com prioridades no nível secundário, 
visando a formação humanista, com privilégio dos estudos
de latim, dos clássicos e da religião. 
 Não faziam parte do currículo dos colégios as ciências 
físicas ou naturais. 
 A educação não era de interesse geral, destinava-se 
a poucos elementos da sociedade.
 Possuía um caráter muito mais de erudição e ornamento, 
por ser literária, abstrata e alheia aos interesses 
materiais e utilitários.
Os jesuítas e a educação para o trabalho
 Não havia interesse na educação para o trabalho. Esta 
era realizada de maneira informal no próprio ambiente de 
trabalho, sem nenhuma regulamentação nem organização. 
 Os jesuítas tinham escolas-oficinas nas missões 
guaranis para ensinar os índios, mas não as difundiram 
para o restante da sociedade.
 A educação jesuítica foi uma educação conservadora, 
mas que estava de acordo com o tipo de sociedade 
que aqui se desenvolvia: aristocrática, agrária e
escravista, que depreciava o trabalho manual,
entendido como desclassificado.
Consequências para a educação
Assim, este quadro social tem funestas consequências 
para a educação: 
 analfabetismo;
 ensino restrito a poucos, elitista, destinado à erudição
das classes dirigentes, sem compromisso com o 
mundo do trabalho. 
Interatividade 
Em relação à educação estabelecida pelos jesuítas no 
Brasil, assinale a alternativa correta.
a) A educação dos jesuítas priorizava o nível secundário e a 
formação humanista. Tinha um caráter erudito, era literária
e alheia aos interesses materiais e utilitários.
b) A educação dos jesuítas priorizava o ensino religioso, 
pois visava exclusivamente à formação de religiosos. 
c) A educação dos jesuítas era voltada para a prática 
profissional, formando padres e vários outros profissionais. 
d) A educação dos jesuítas priorizava todo o processo 
educativo do ser humano, da infância à idade adulta. 
e) A educação dos jesuítas priorizava o nível superior, 
formando apenas padres e advogados.
A expulsão dos jesuítas do Brasil
e as reformas pombalinas na educação
Por que os jesuítas foram expulsos do Brasil?
 Os jesuítas foram expulsos no bojo das reformas pombalinas.
 As reformas visavam tirar Portugal do atraso econômico 
e cultural perante outras nações europeias.
 Enquanto outras nações, como Inglaterra e França promoviam 
as manufaturas, Portugal permaneceu atrelado a uma 
mentalidade medieval, o que contribuiu para retardar 
a implantação do capitalismo e colaborar com a decadência.
As discordâncias entre o
Marquês de Pombal e os jesuítas
 Enquanto os jesuítas preocupavam-se com a catequese e o 
preparo para a vida religiosa, Pombal pensava em reerguer 
Portugal da decadência em que se encontrava diante de 
outras potências europeias da época. 
 A educação jesuítica não convinha aos interesses comerciais 
emanados por Pombal. Ou seja, se as escolas da Companhia 
de Jesus tinham por objetivo servir aos interesses da fé, 
Pombal pensou em organizar a escola para servir aos 
interesses do Estado.
As discordâncias entre o
Marquês de Pombal e os jesuítas
 Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, foi 
primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777, com a missão 
de reerguer o país da decadência na qual se encontrava.
 Os jesuítas detinham o monopólio da educação superior em 
Portugal e nas colônias portuguesas espalhadas pelo mundo.
 Mas eram considerados defensores de uma educação 
tradicional, abstrata, sem fundamento utilitário. 
As reformas pombalinas
 Assim, por meio do Alvará Régio de 28 de junho de 1759,
o Marquês de Pombal, como primeiro-ministro de Portugal, 
expulsou, ao mesmo tempo, os jesuítas de Portugal e de
suas colônias, suprimindo as escolas e colégios jesuíticos.
As reformas pombalinas:
principais modificações feitas por Pombal
 Criação das aulas régias ou avulsas, autônomas e isoladas, 
com professor único de Latim, Grego, Filosofia e Retórica.
 Criação da figura do diretor geral dos estudos para nomear
e fiscalizar a ação dos professores.
 Implantação do subsídio literário, imposto colonial para 
custear o ensino.
Principais problemas da reforma pombalina
 O subsídio literário era um imposto baixo, que nunca foi 
cobrado com regularidade e os professores ficavam longos 
períodos sem receber vencimentos, à espera de uma solução 
vinda de Portugal.
 Os professores eram geralmente mal preparados para 
a função, já que eram improvisados e mal pagos. 
 Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos 
e se tornavam “proprietários” vitalícios de suas aulas régias.
O impacto das reformas pombalinas
 Segundo Fernando de Azevedo, as ações de Pombal 
significaram a destruição do único sistema de ensino 
existente no país, sendo a primeira grande e desastrosa 
reforma de ensino no Brasil, atingindo muito superficialmente 
a vida escolar, imprimindo na educação meio século 
de decadência e atraso.
Interatividade 
Em relação às consequências das reformas pombalinas para 
a educação no Brasil, assinale a alternativa correta.
a) A reforma pombalina na educação brasileira foi 
fundamental, estendendo a educação para todos.
b) A reforma pombalina foi desastrosa e imprimiu na 
educação meio século de decadência.
c) A reforma pombalina significou o triunfo de uma 
educação de qualidade.
d) A reforma pombalina significou o triunfo da classe 
trabalhadora, que clamava por educação profissionalizante.
e) A reforma pombalina significou o triunfo das ideias 
jesuíticas na educação.
Transformações na sociedade brasileira
entre os séculos XVIII e XX
 Com as ideias democratizantes de Rousseau e da 
Revolução Francesa, inicia-se um discurso em favor 
da educação popular.
 Com a independência, a monarquia que aqui se estabelece 
acaba se ajustando à dominação oligárquica e, apesar dos 
discursos em favor da educação popular, apenas os filhos 
da aristocracia conseguiam ser “doutores”. 
 Um acontecimento eficiente para a educação foi a inserção, 
na Constituição de 1823, de um artigo que garantia a 
gratuidade do Ensino Primário a todos os cidadãos.
A abolição dos escravos
e a proclamação da República
 Para Sérgio Buarque de Holanda, a abolição da escravidão 
foi um acontecimento decisivo para a mudança da sociedade 
brasileira, assinalando o declínio do predomínio agrário, fator 
determinante para provocar a hipertrofia urbana.
 A agitação das cidades e o clima social após a abolição 
colaboraram para a proclamação da república. 
A abolição dos escravos
e a proclamação da República
 Porém, no país persistia um estilo de vida rural e 
oligárquico, com a política sendo padronizada pelo voto 
de cabresto e pelas fraudes eleitorais, deixando para 
segundo plano grandes temas nacionais, como o 
problema da educação.
A Revolução de 1930
 Na década de 1920 iniciou-se a crise da 
dominação oligárquica. 
 A Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas,
pôs fim à política de alianças “café com leite”.
 Getúlio Vargas foi nomeado chefe do Governo Revolucionário 
Provisório em 3 de novembro de 1930, iniciando no Brasil um 
novo regime, uma nova era, e fortalecendo a ideia de um país 
no qual tudo estava por ser feito, e a educação era 
considerada o pináculo dessa revolução.
A modernidade no Brasil
 Podemos afirmar que a modernidade no Brasil, 
emblematicamente, iniciou-se em 1922. 
 Acontecimentos marcantes: Semana de Arte Moderna,Revolta dos 18 do Forte de Copacabana; fundação do PCB; 
primeira eleição moderna com dois candidatos.
 Os anos 1920 assistiram ao apogeu e declínio da 
cafeicultura; desenvolvimento do parque industrial 
brasileiro, concentração de capital e período de progresso, 
com experiências de implantação do processo taylorista de 
trabalho para aumentar a produtividade.
A modernidade no Brasil e o pensamento intelectual
 Os intelectuais modernistas queriam um país industrializado 
e urbanizado, queriam que um novo e moderno Brasil fosse 
admirável e industrial, mas, acima de tudo, queriam que fosse 
um Brasil brasileiro.
 Assim, a elite intelectual irrompeu a década de 1920 imbuída
de fervoroso espírito nacionalista, mas tomando consciência
de que nossa população era quase toda analfabeta. 
 Portanto, iniciou-se um ciclo de reformas educacionais com 
o objetivo de popularizar e democratizar o ensino, de forma a 
estendê-lo às camadas médias e pobres de nossa sociedade.
O pensamento educacional no mundo moderno
 As correntes de pensamento inovador sobre os rumos, 
objetivos e sentidos da educação iniciam-se no chamado 
mundo culto, ou seja, Europa e Estados Unidos. 
 Este pensamento foi fortemente influenciado pelos 
impactos e inquietações causados pela Primeira Guerra 
(1914-1918) e pela Revolução Russa (1917), pelo grau de 
violência que aventavam à possibilidade de a humanidade 
voltar ao estado de barbárie.
O pensamento educacional no mundo moderno
 Assim, a educação passou a ser o centro das preocupações 
dos intelectuais, que pretendiam contribuir para o processo 
de estabilização social.
 Há uma reflexão em torno dos resultados da pedagogia 
tradicional e a consequente constatação de sua insuficiência 
perante as exigências do mundo moderno, capitalista.
 Conclui-se que as instituições escolares deveriam ser 
atualizadas de acordo com a nova realidade social.
A Escola Nova
 O movimento de renovação educacional que surge 
especialmente na Europa e nos Estados Unidos no final do 
século XIX, ganhando força no século XX como oposição 
à educação tradicional, denominou-se Escola Nova.
 As ideias de dois educadores norte-americanos, 
John Dewey e William Kilpatrick, representantes deste 
movimento, marcaram a fisionomia do pensamento 
educacional brasileiro a partir da primeira década 
do século XX.
Interatividade 
A reflexão em torno dos resultados da pedagogia tradicional 
mostra sua insuficiência perante as exigências do mundo moderno, 
conduzindo à seguinte conclusão:
a) a educação não tem relação com as exigências 
do mundo moderno.
b) o mundo moderno necessita de trabalhadores disciplinados 
e obedientes e a educação tradicional pode promover 
estes valores.
c) as instituições escolares deveriam ser atualizadas de acordo 
com a nova realidade social. 
d) a educação não pode servir aos interesses do mundo moderno.
e) as exigências do mundo moderno devem ser revistas,
pois a educação não pode mudar cada vez que a
realidade social se transformar.
O manifesto dos pioneiros da educação
 Lançado em março de 1932 e redigido por Fernando de 
Azevedo, o Manifesto foi assinado por 26 intelectuais 
brasileiros dedicados à educação.
 Seus organizadores consideravam a educação como 
o maior e mais grave problema nacional, sendo que
sua inadequação era responsável por todos os outros
problemas brasileiros.
O período histórico e social imediatamente
anterior ao lançamento do manifesto
 A revolução de 1930 foi um marco decisivo. Vitorioso,
Getúlio Vargas tomou posse em 3 de novembro de 1930, 
intitulando-se chefe do Governo Revolucionário Provisório, 
iniciando a Segunda República ou República Nova.
 O governo mostra-se sensível aos problemas educacionais
e sanciona três importantes decretos:
 criação do Conselho Nacional de Educação;
 instituição do Estatuto das Universidades Brasileiras;
 normas que dispunham sobre a organização
da Universidade do Rio de Janeiro.
O período histórico e social imediatamente
anterior ao lançamento do manifesto
 Ao perceberem a disposição de Vargas em reformular o 
ensino, educadores brasileiros pressionaram para que as 
reformas não ficassem alheias ao ensino popular. 
 Convocaram uma conferência para que o presidente 
definisse uma política para o setor. 
 Getúlio Vargas mostrou-se receptivo e convocou os 
educadores a encontrarem a “fórmula feliz” que definisse o 
sentido pedagógico da Revolução de 1930, comprometendo-
se a adotar esta fórmula na obra de reconstrução do Brasil, 
à qual estava empenhado: nasce o Manifesto.
A elaboração do manifesto
 Estes educadores tomaram a iniciativa de elaborar 
um documento traçando as diretrizes de uma verdadeira 
política nacional de educação e ensino.
 Surgia o Manifesto dos Pioneiros, que propunha 
a reconstrução educacional do Brasil.
 Na redação do manifesto houve desentendimentos com 
o grupo dos educadores católicos, que era contra alguns 
aspectos fundamentais do documento. 
As principais ideias que permeavam
o conteúdo do manifesto
 A escola deveria ser única, ou seja, a mesma para 
todos, e não uma educação de classes.
 Ensino leigo e obrigatório.
 Educação como direito de todos e, por esse motivo, o Estado 
deveria garantir uma escola de qualidade, pública e gratuita.
 O Manifesto dos Pioneiros primava pela relação entre 
diferentes níveis da educação entre si, e destes níveis com
o nível de desenvolvimento psicobiológico dos alunos, 
assim como pela relação entre a escola, o trabalho 
e a vida – entre a teoria e a prática, em favor 
do progresso. 
Paulo Freire
 Pedagogia do oprimido: abordagem dialética-marxista 
da realidade. Determinantes se encontram nos fatores 
econômicos, políticos e sociais.
 Refere-se a dois tipos de pedagogia: a dos 
dominantes e a do oprimido.
 Pedagogia dos dominantes: a educação existe como
prática da dominação; 
 Pedagogia do oprimido: a educação surge como
prática da liberdade.
Pedagogia dominante:
concepção bancária de educação
 A relação professor-aluno é vertical – de cima para 
baixo – e amparada no autoritarismo.
 Baseada numa concepção bancária, centrada 
predominantemente na narração.
 O professor “deposita” o saber e o “saca” por meio do exame.
 Por que a concepção bancária de educação é uma pedagogia 
dos dominantes? Porque esse tipo de educação mantém 
a ingenuidade do oprimido e o acomoda
em seu mundo de opressão.
Pedagogia para a liberdade:
educação problematizadora
 A “educação problematizadora” ou “educação para
a liberdade” ocorre numa relação horizontal, em que
educador e educando estabelecem constante diálogo, 
buscando transformar a realidade. 
 A “educação problematizadora” ou “educação para 
a liberdade” deve estar alicerçada na constatação de 
que ninguém educa ninguém e tão pouco educa a si 
próprio: os homens educam-se em comunhão, 
mediatizados pelo mundo.
Pedagogia para a liberdade:
educação problematizadora
 A educação problematizadora ou “educação para a 
liberdade”: Em um sentido amplo e libertador significa, 
também recusar a concepção “bancária” da educação, 
que concebe as pessoas na condição de recipientes 
passivos de informação, que necessitam ser 
conscientizadas, adestradas e treinadas.
Pedagogia para a liberdade:
educação problematizadora
 A educação problematizadora ou “educação para a liberdade” 
propõe-se a fazer com que os alunos percebam que o mundo 
pode ser lido e transformado por professores, alunos, 
camponeses, operários etc. 
 A intenção primordial desse tipo de educação é mostrar 
que todos somos parte do processo de mudança e que 
devemos olhar o conhecimentoproduzido nas universidades 
e a “realidade” à nossa volta de forma crítica para 
que possamos entender a realidade que estaria 
sendo obscurecida pelo capitalismo. 
A educação para Paulo Freire
 Para Paulo Freire, a educação deve ser uma educação 
para a libertação. Portanto, deve privilegiar o exercício 
da compreensão crítica da realidade e possibilitar não 
só a leitura da palavra, a leitura do texto, mas também
a leitura do contexto, a leitura do mundo.
Interatividade
Assinale a alternativa correta com relação ao entendimento 
de “educação para a liberdade”, de Paulo Freire.
a) É um tipo de educação ideal que existe apenas 
no campo das ideias.
b) É uma educação revolucionária que deve ser utilizada 
por países em guerra.
c) É uma educação revolucionária que deve ser usada por 
países que estão sob o comando de tiranos e/ou ditadores.
d) É um tipo de educação para a paz que deve ser usada 
no mundo todo.
e) É uma educação que deve privilegiar o exercício da 
compreensão crítica da realidade e possibilitar não só
a leitura da palavra, mas também a leitura do contexto 
e do mundo.
ATÉ A PRÓXIMA!

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