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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE ENFERMAGEM SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS INTERVENÇÕS CIRÚRGICAS- SISTEMA RESPIRATÓRIO SÃO LUIS 2018 AURIANE DE SOUSA DA SILVA JAILDE SANTOS CUNHA KESSIO DO NASCIMENTO SANTOS MARIA SUZETE FERREIRA DA CONCEIÇÃO RUTH SILVA E SILVA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS INTERVENÇÕS CIRÚRGICAS- SISTEMA RESPIRATÓRIO Trabalho apresentado à disciplina de Ensino Clinico em Cirurgia Teórico, do Curso de Enfermagem do 7º período, da Faculdade Estácio de Sá, orientado pela prof.ª Clarissa Galvão da Silva. SÃO LUIS 2018 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 01 2 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 03 3 PRINCIPAIS DOENÇAS E PATOLOGIAS RESPIRATÓRIAS ..................... 03 4 LOBECTOMIA .............................................................................................. 02 5 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO ................. 03 5.1 Cuidados de enfermagem no Pré-Operatório ............................................. 03 5.2 Limpeza e preparo da pele para a cirurgia ................................................. 03 6 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO TRANS-OPERATÓRIO ...................... 03 6.1 Preparo da sala de cirurgia ........................................................................ 03 6.2 Recepção no centro cirúrgico ..................................................................... 03 6.3 Transporte para a sala de cirurgia .............................................................. 03 6.4 Preparo para a anestesia ........................................................................... 01 7 ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NO CRPA ............................................ 03 8 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO .......................... 02 9 COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS NO PÓS-OPERATÓRIO ................... 03 10 CASO CLINICO .......................................................................................... 01 11 CONCLUSÃO ............................................................................................. 01 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 11 INTRODUÇÃO As cirurgias torácicas são procedimentos operatórios realizados para auxiliar no diagnóstico e tratamento de determinadas doenças pulmonares. Os principais tipos de doenças que podem levar à cirurgia torácica são, abcesso pulmonar, enfisema pulmonar, trauma de tórax (pneumotórax ou hemotórax), tumores e/ou câncer no pulmão, atelectasias entre outras. As complicações pulmonares constituem os problemas mais frequentemente apresentados pelos pacientes hospitalizados, com incidência de 20 a 40% nos indivíduos submetidos a cirurgia torácica, apresentam-se como algumas das principais causas de morbidade e mortalidade nas eventualidades citadas, tendo como mecanismo de base o colapso gradual e progressivo dos alvéolos, caracterizado pela tríade: hipoventilação, atelectasia e colapso pulmonar. Grande parte destas intercorrências pode ser atribuída a assistência de enfermagem inadequada para propor, executar e avaliar medidas preventivas de controle e tratamento dessas complicações. Somente através da assistência de enfermagem sistematizada, cientificamente fundamentada, é que se consegue diminuir a incidência dessas intercorrências, como também evitar as iatrogênias ainda presentes nessas práticas. Ao planejar os cuidados de enfermagem no pré e pós-operatórios aos pacientes que são submetidos a cirurgia pulmonar, o enfermeiro orienta-se por um roteiro previamente organizado. O primeiro contato que a enfermagem tem com o paciente, já na admissão deste, é de grande importância para que, entre ambos, se estabeleça um bom relacionamento. A existência de microrganismos no trato respiratório, inclusive na boca, e o aumento da secreção, que por vezes existe, prejudicando o sucesso da cirurgia, é um dos objetivos do plano de cuidados pré-operatórios do paciente seria diminuir ao máximo as secreções e microrganismos existentes no trato respiratório, incluindo boca. Os pacientes submetidos a cirurgias pulmonares apresentam uma série de necessidades específicas, que devem ser identificadas pelo enfermeiro, o plano de assistência de enfermagem deve ter como objetivo a eliminação dos obstáculos que possam interferir na recuperação mais imediata do paciente. OBJETIVO GERAL Apresentar os principais cuidados de enfermagem com pacientes submetidos a cirurgias pulmonares, mostrar importância da avaliação e acompanhamento da enfermagem para obter os resultados esperados e a cura do paciente. PRINCIPAIS TIPOS DE DOENÇAS PODEM LEVAR À CIRURGIA TORÁCICA: Abscesso pulmonar Bronquiectasias Pequenas áreas de infecção prolongada Atelectasias Enfisema pulmonar Trauma de tórax (pneumotórax ou hemotórax) Tumores e/ou câncer no pulmão TIPOS DE CIRURGIAS TORÁCICAS Lobectomia Pneumectomia Segmentectomia Ressecção em cunha Broncoplastia Redução pulmonar LOBECTOMIA A lobectomia é um procedimento cirúrgico realizado para remover um dos lobos dos pulmões. O procedimento pode ser realizado quando uma anormalidade foi detectada numa parte específica do pulmão. Quando apenas o lobo afetado do pulmão é removido, o tecido saudável restante é poupado para manter a função pulmonar adequada. A lobectomia é mais frequentemente realizado durante um procedimento cirúrgico chamado de uma toracotomia (incisão cirúrgica no peito). Pode ser realizada quando uma anormalidade ou doença pulmonar foi identificada que requer a remoção cirúrgica. Um lobo pode ser removido para evitar a propagação do agente patogênico causador da doença para outros lóbulos, como com tuberculose ou de certos tumores pulmonares cancerosas. Doenças do tórax e pulmões para quais uma lobectomia pode ser realizada: Tuberculose (TB): uma infecção bacteriana crônica que normalmente infecta os pulmões, apesar de outros órgãos estarem envolvidos. Abscesso pulmonar: uma coleção de pus que podem se formar no pulmão. Enfisema pulmonar: uma doença crônica que resulta decomposição química de fibras elásticas nos pulmões, interferindo com a expansão e contração dos pulmões. Tumor benigno: uma massa não cancerosa. Câncer de pulmão: um grupo de canceres que podem afetar os brônquios, um ou mais lobos dos pulmões, o revestimento pleural, e/ ou outro tecido do pulmão. Infecções fúngicas: fungos são um grupo de organismos que, embora rara, podem provocar infecções em várias partes do corpo e elas são difíceis de identificar e tratar. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO O objetivo destes cuidados é maximizar a função respiratória, para melhorar os resultados no pós-operatório e reduzir o risco de complicações, afim de garantir a reserva funcional do paciente para determinar se ele pode sobreviver à cirurgia e assegurar uma ótima condiçãodo paciente para a cirurgia. Entrevista pré-operatória - História de saúde: - DM, HAS, cardiopatia, nefropatia, tabagismo, etilismo; - História anestésica, alergias; Exame físico - Capacidade de execução de atividades - Monitorização respiratória - padrão e frequência respiratória - saturação e gasometria arterial - expansão pulmonar, postura do paciente - coloração da pele. - Monitorização hemodinâmica- PA, FC, P, ritmo cardíaco - Hidratação - Eliminações - Nutrição- obesidade, desnutrição Iniciar infusão venosa Documentação necessária Exames pré-operatórios - raio X de tórax - CT de tórax - ECG - Exames laboratoriais – Ht, Hb - plaquetas - eletrólitos - função renal e hepática - proteínas plasmáticas - gasometria arterial CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO 1. Preparar o paciente psicologicamente, explicando os procedimentos a serem realizados. 2. Coleta e encaminhamento dos materiais para exames. 3. A manutenção do jejum quando indicado. 4. A aplicação de medicamentos, soro. 5. Verificar SSVV 6. Diurese 7. Observação de sinais e sintomas 8. Fazer as anotações na papeleta 9. Estimular o paciente a parar de fumar, afim de restaurar a ação ciliar brônquica e reduzir a quantidade de escarro e a probabilidade de atelectasia pós-operatória. 10. ENSINAR A TÉCNICA DE TOSSE EFICAZ: Sentar ereto com os joelhos flexionados e inclinar discretamente o corpo para frente (ou deitar em decúbito lateral com os quadris flexionados, quando incapaz de sentar). Imobilizar a incisão com a mão ou com uma toalha dobrada. Realizar três respirações curtas, seguidas por uma inspiração profunda, inspirando lenta e uniformemente através do nariz. Contrair os músculos abdominais e tossir vigorosamente duas vezes com a boca aberta e língua para fora. 11. Umidificar o ar para liquefazer as secreções. 12. Administrar antibióticos e broncodilatadores prescritos. 13. Estimular a respiração profunda 14. Realizar drenagem postural afim de diminuir acumulo de secreções. 15. Proceder hidratação, alimentação por sonda quando indicado e prescrito. 16. Administrar anticoagulantes profiláticos, conforme prescrição, afim de diminuir incidência peri-operatória de trombose e embolia pulmonar. LIMPEZA E PREPARO DA PELE PARA A CIRURGIA Desinfecção por agentes químicos e tricotomia. São utilizados sabões especiais e antissépticos da pele. A limpeza da pele com esses produtos é feita durante o dia que procede a cirurgia ou no mesmo dia, dependendo da rotina do hospital. O emprego desta técnica viva remover ou destruir os germes existentes na pele. Tricotomia da região a ser operada, bem ampla. Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa. Limpeza e corte de unhas, remover esmaltes (pés e mãos) para poder observar a coloração durante a cirurgia. Mandar barbear os homens. Dieta leve no jantar Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a prescrição médica. Jejum após o jantar, orientar o paciente. Promover ambiente tranquilo e repousante. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO TRANS-OPERATÓRIO O período trans-operatório compreende todos os momentos da cirurgia, da chegada do paciente à unidade até a sua saída no final da cirurgia. PREPARO DA SALA DE CIRURGIA Os cuidados de enfermagem não se restringem somente a prestação de cuidados diretos ao paciente. Para que o procedimento cirúrgico possa ocorrer, são necessárias certas condições que a enfermagem deve prover: Material para a anestesia e cirurgia (soluções, pomadas, material para curativo, medicamentos, instrumental, etc.). Testar equipamentos (monitores, pontos de O2, vácuo, negatoscópio, etc.). Verificar condições de limpeza da sala. Posicionar equipamentos móveis (suporte para soros, baldes para lixo, escadinha de suporte de hampers, etc.). Observar segurança da sala como posicionamento de fios e chão molhado. Ajustar a temperatura da sala (entre 21º C e 24ºC). RECEPÇÃO NO CENTRO CIRURGICO Na recepção operatória, o profissional de enfermagem responsável deverá: Realizar uma breve leitura do prontuário ou das recomendações de enfermagem vindas do setor de origem do paciente, certificando-se sobre os dados de identificação do paciente e sobre a cirurgia que ele será submetido. Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos relacionados ao procedimento foram devidamente realizados, como a administração de medicamentos pré-anestésicos (avaliando inclusive seu efeito) e preparo do local (tricotomia) entre outros. Verificar os sinais vitais do paciente, comunicando ao médico anestesista ou ao enfermeiro possíveis alterações. Atentar para a presença e a necessidade de retirar esmalte dos dedos, adornos, brincos, cordões e pulseiras ou próteses dentárias, que normalmente são retirados antes do paciente deixar a unidade de origem com destino ao centro cirúrgico. Manter uma recepção calma, tranquila que traga segurança ao paciente. Observar o comportamento do paciente: confiança, ansiedade, melancolia, insegurança, agressividade, etc. TRANSPORTE PARA A SALA DE CIRURGIA Alguns cuidados devem ser observados no transporte do paciente até a sala de cirurgia: Garantir a segurança física e emocional do paciente: as grades devem estar erguidas, o profissional deve posicionar-se à cabeceira da maca. Avaliar a expressão facial do paciente. Cuidados com acesso venoso, drenos, infusões. Não realizar movimentos bruscos e manter o paciente protegido com o lençol devido ao frio. Comunicar-se com o paciente. Garantir um transporte tranquilo. Evitar conversas desnecessárias, brincadeiras, ruídos, etc. Respeitando o estado em que o paciente se encontra. PREPARO PARA A ANESTESIA O bloqueio anestésico é utilizado para que o procedimento transoperatório ocorra de forma que o paciente não sinta dores, ou para que o mesmo não faça movimentos bruscos em áreas que estão cirurgiadas. Durante a anestesia, os cuidados são basicamente prestados pelo anestesista, cabendo a enfermagem: Posicionar o paciente adequadamente para que ele possa aplicar o anestésico. Dar apoio ao paciente. Disponibilizar material e drogas anestésicas. ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM NO CRPA Uma equipe de enfermagem especializada é fundamental, assim como a presença constante de um anestesista em cada equipe transdisciplinar de saúde. OBS: Permanecer na sala de CRPA até o paciente recuperar 50% a 75% dos SSVV. Avaliar SSVV de 15 em 15 minutos, depois de 30 em 30 minutos. Avaliar oxigenação, estimulando o movimento respiratório. Observar ocorrência de vômitos, lateralizar a cabeça. Limpar vias aéreas e aspirar se necessário. Manter vigilância, manter curativo limpo e seco. Tomar medidas para aliviar a dor. Realizar balanço hídrico. Proporcionar conforto e segurança. Informar a família sobre o estado do paciente. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO Os cuidados de enfermagem no pós-operatório são aqueles realizados após a cirurgia até a alta. Visam ajudar o recém operado a normalizar suas funções com conforto e da forma mais rápida e segura. Nesses cuidados incluímos o preparo da unidade para receber o paciente internado. - Ao receber o paciente no quarto: Transportá-loda maca para a cama com o auxílio de outros funcionários. Cobri-lo e agasalha-lo de acordo com a necessidade. Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico. Usar respirador mecânico, até que a função respiratória e o estado cardiovascular se estabilizem. Ajudar com o desmame e extubação. Monitorar SaO2 ou gasometria. Monitorar e controlar drenagem torácica (se usar), para drenar líquido, sangue, coágulos. Administrar analgésicos prescritos se necessários. Avaliar PVC (pressão venosa central), para controlar hipovolemia e eficácia da reposição hídrica. Observar o gotejamento do soro e sangue. Observar estado geral e nível de consciência. Verificar o curativo colocado no local operado, se está seco ou com sangue. Se tiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou sondas. Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, hemorragia, dificuldade respiratória e outros, pois podem ocorrer complicações respiratórias e circulatórias. SSVV de 15/15 minutos, 30/30 minutos, 45/45 minutos. Até que a verificação chegue a 4/4 horas. Fazer anotação na papeleta. Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente. - Nas horas em seguida: Ao recuperar totalmente a consciência, avisá-lo do lugar onde está e que está passando bem. Periodicamente, controlar SSVV e funcionamento de soro e sondas. Promover comodidade no leito. Medicá-lo para dor, quando necessário. Movimentá-lo no leito, de decúbito. Verificar e estimular a aceitação da dieta. Curativo diário de acordo com a necessidade. Retirada dos pontos em torno do 7º dia pós-anestésico. COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS NO PÓS-OPERATÓRIO As complicações respiratórias estão entre as mais frequentes e sérias que a equipe de cirurgia enfrenta e são causadas por vários fatores, tais como: doença respiratória, efeitos depressivos dos anestésicos, broncoaspiração, imobilidade pós-operatória prolongada, cânula endotraqueal, aumento da secreção na árvore brônquica. As complicações mais comuns incluem hipoventilação, obstruções das vias aéreas superiores, broncoespasmos, pneumotórax, hemotórax e hipoxemia. HIPOVENTILAÇÃO A hipoventilação está presente quando a ventilação alveolar está anormalmente baixa, tanto em relação à absorção de oxigênio como a produção de gás carbônico. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Instalar ventilador mecânico em paciente entubado. Administrar oxigênio úmido (2-5 litros/minuto) através de máscara facial simples ou com Venturi e quando o paciente estiver entubado, utilizar uma peça em forma de “T”. Monitorar pressão parcial do oxigênio arterial (PaO²) e pressão parcial do dióxido de carbono arterial (PaCO²) transcutâneo. Instalar oxímetro de pulso. Aspirar secreção orotraqueal quando for necessário. Elevar o decúbito. Administrar analgésico e anticurare, conforme prescrição médica ou protocolos estabelecidos. Monitorar os SSVV. Registrar as observações e os cuidados prestados ao paciente. OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES A obstrução das vias aéreas superiores é consequência de uma alteração nas propriedades mecânicas dos pulmões, caracterizada pelo aumento do obstáculo, na laringe, traqueia, precariamente reversível, ao fluxo de ar expiratório e inspiratório. No pós-operatório imediato os principais obstáculos podem ser queda de língua, laringospasmos, edema de laringe ou material estranho. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Semi-estender a cabeça. Deslocar anteriormente a mandíbula. Inserir a cânula oral no paciente inconsciente. Colocar o paciente em decúbito lateral, preferencialmente esquerdo, caso haja necessidade de laringoscopia. Aspirar a laringe. Colocar o paciente em posição de Trendelenburg para auxiliar a expulsão de qualquer material estranho. Administrar oxigênio úmido (2-5 litros/minuto) através de máscara simples ou de Venturi, e quando o paciente estiver entubado, utilizar uma peça em forma de “T”. Preparar material para laringoscopia a fim de avaliar o estado da laringe, se for necessário. Preparar material para broncoscopia, quando indicado. Preparar material para traqueostomia, se indicado. Registrar as atividades desenvolvidas. BRONCOESPASMO São contrações da musculatura brônquica que leva a um quadro de sibilância e tosse. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Administrar oxigênio úmido (2-5 litros/minuto) através de máscara facial simples ou com Venturi ou de uma peça em forma de “T”. Administrar medicamentos prescritos (broncodilatadores, hidrocortisona) ou protocolos estabelecidos. Se o broncoespasmo e a dispneia persistirem, providenciar material para intubação e ventilação do paciente. Registrar as atividades desenvolvidas. PNEUMOTÓRAX E HEMOTÓRAX O espaço pleural normalmente não contém o ar, apenas uns mililitros de líquido lubrificante. O acúmulo de ar na cavidade pleural (pneumotórax) pode ocorrer espontaneamente pela ruptura de um alvéolo pulmonar ou de um trauma. Quando existe somente a presença de sangue, denomina-se de hemotórax, mas o sangramento geralmente acompanha tais traumatismos; assim a consequência é o hemopneumotórax CUIDADOS DE ENFERMAGEM Preparar material necessário para a drenagem pleural. Tranquilizar o paciente. . Administrar oxigênio úmido (2-5 litros/minuto) através de máscara facial simples ou com Venturi ou de uma peça em forma de “T”. Registrar as observações e os cuidados prestados ao paciente. HIPOXEMIA Consiste no reduzido suprimento de oxigênio no sangue arterial, capilar ou venoso, ou ainda a redução da saturação da hemoglobina. É uma das complicações de maior gravidade que pode ocorrer em anestesia e no pós- operatório imediato. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Aumentar a oferta de oxigênio através da administração por máscara facial simples ou com Venturi e quando o paciente estiver entubado, utilizar uma peça em forma de “T”. Verificar se existe falha na montagem do circuito do ventilador mecânico, caso o paciente esteja entubado com ventilação mecânica. Administrar medicamentos conforme prescrição ou protocolo estabelecido (digitálicos, vasopressores, bronquiolíticos). Monitorar a evolução através da análise seriada dos gases sanguíneos (gasometria). Solicitar ao paciente para realizar respiração profunda, bem como fisioterapia periódica. Monitorar SSVV. Registrar as atividades desenvolvidas. CASO CLÍNICO – ENFISEMA PULMONAR Paciente M.M.C., 74 anos, sexo feminino, casada, raça parda, aposentada, refere tosse produtiva com escarro hialino e dispneia aos médios esforços há mais de 20 anos. Nega febre e alteração da tosse. Tabagista de um maço de cigarro por dia há 50 anos, referiu episódios de pneumonia, sendo o último a 2 meses (com tratamento domiciliar) nega hipertensão arterial sistêmica e uso de medicamentos. Relata que desde seu adoecimento, seu relacionamento com a família mudou por não poder realizar as atividades que fazia antes. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Depuração ineficaz da via aérea relacionada à broncoconstricção, produção aumentada de secreção, tosse ineficaz, possível infecção broncopulmonar. Padrão respiratório ineficaz relacionado à limitação crônica do fluxo de ar. Risco de infecção relacionado ao comprometimento da função pulmonar e mecanismos de defesa. Troca gasosa comprometida relacionada a obstrução pulmonar crônica, anormalidades de ventilação-perfusão devido à destruição da membrana alveolocapilar. Nutrição alterada: menor que as necessidades corporais, relacionado ao trabalho aumentado da respiração, deglutição de ar e efeitos de medicamentos. Intolerância à atividade relacionada ao comprometimento da função pulmonar, resultando em falta de ar e fadiga. Distúrbio no padrão de sono relacionado a hipoxemia e hipercapnia. Comprometimento individual de como lidar com o estresse de viver com doença crônica, perda da independência. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM Determinar histórico da doença. Observar aspecto da secreção. Inspeção e ausculta pulmonar. Determinar nível de dispneia. Determinar a saturação de O2 em repouso e em atividade. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Melhorar o padrão respiratório. Controle de infecção. Melhorar a troca gasosa. Melhorar a nutrição. Aumentar a tolerância a atividade. Melhorar o padrão de sono. Estimulando a lidar com a situação Educação e manutenção da saúde. Evitar exposição a irritantes respiratórios. Evitar e tratar infecções respiratórias. CONCLUSÃO Este estudo permitiu identificar as principais intervenções de enfermagem em pacientes que foram submetidos à cirurgia pulmonar, e entender a importância de uma equipe de enfermagem sistematizada capaz de trabalhar na prevenção de complicações, contribuir para a cura e reabilitação do paciente, assim como intervir adequadamente no tratamento das mesmas a fim de diminui- las, por meio da assistência prestada, num esforço para fazer o paciente retornar ao seu equilíbrio homeostático. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://itorax1.hospedagemdesites.ws/fotosbd/image/cirurgiatoracica/img4.jpg http://slideplayer.com.br/slide/6106089/ https://docslide.com.br/documents/assistencia-de-enfermagem-em- cirurgias-respiratorias-centro-universitario.html https://prezi.com/nl37exihzhvu/assistencia-de-enfermagem-em-cirurgia- toracica/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066- 782X2003001200010 http://www.abeneventos.com.br/anais_61cben/files/01132.pdf
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