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PROCESSO CIVIL 2 AULA 04

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PROCESSO CIVIL II AULA 04
CAPÍTULO IX
DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E DO SANEAMENTO
Art. 347.  Findo o prazo para a contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as providências preliminares constantes das seções deste Capítulo. Providencias preliminares são atos tomados pelo magistrado para garantir a distribuição de justiça ao caso concreto. São atos que o juiz terá no andamento do processo para sanear, cuidar, manter a ordem e justiça ao processo. Segue nos artigos abaixo que estarão sublinhados, os atos processuais que o juiz terá para cuidar do arrolamento processual.
Seção I
Da Não Incidência dos Efeitos da Revelia
Art. 348.  Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no art. 344, ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado. Ou seja, aqui falamos da revelia irrelevante. Aquela que não produziu efeito. o réu é revel aqui neste artigo, mas o juiz não está convencido que o autor tem razão sobre o que está alegando. Em função disso pede ao autor que apresente as provas, pois não é porque o réu é revel que necessariamente aquilo que está sendo alegado pelo autor é considerado verdadeiro até este momento do processo. Por isso a revelia é irrelevante. ônus do autor de provar. A relevância está ligada a direitos disponíveis e a irrelevância está ligada a direitos indisponíveis. Direitos que necessariamente precisarão de provas para que tenha o pedido do autor procedência.
Art. 349.  Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção. “A tempo de praticar os atos”, significa dizer que em cada caso precisará ser analisado se ainda há tempo para a produção das provas. Mas sim! É possível produzir provas ainda quando se é revel em um processo. Ônus do réu de provar. A revelia é efeito de prescrição. Prescrição e decadência são matérias de direito civil. Se está no código civil, falamos de direito material quando falamos de prescrição.
Seção II
Do Fato Impeditivo, Modificativo ou Extintivo do Direito do Autor
Art. 350.  Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova. Aqui trabalhamos com o tema já estudado. Defesa direta e defesa indireta do réu. Este artigo simplesmente fala que se o réu se defende indiretamente, modificando, impedindo, extinguindo o processo tem 15 dias o autor para responder de forma a impugnar especificamente cada alegação, sob pena de presumidamente se ter como verdadeiro o fato não impugnado.
Seção III
Das Alegações do Réu
Art. 351.  Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337, o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova. Aqui falamos das defesas preliminares processuais apresentadas pelo réu, gerando para o autor 15 dias para provar que não são verdadeiras, ou corrigir as que forem.
Art. 352.  Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias. Ou seja, se os vícios do 337 apresentados pelo réu forem sanáveis poderá o magistrado abri prazo para que o autor corrija. Prazo nunca superior a 30 dias.
Art. 353.  Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo, observando o que dispõe o Capítulo X.
CAPÍTULO X
DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
Seção I
Da Extinção do Processo
Art. 354.  Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença. Ou seja, sentenças com resolução e sem resolução de mérito. 485 sem e 487 com.
Parágrafo único.  A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento.
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando: SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO
I - Indeferir a petição inicial;
II - O processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - Verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - Reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - Verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - Em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - Nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2º No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.
§ 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6º Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu.
§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz: COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO
I - Acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Seção II
Do Julgamento Antecipado do Mérito
Art. 355.  O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: Ou seja, quando o juiz pode julgar antes do momento processual adequado para o julgamento.
I - Não houver necessidade de produção de outras provas; leia-se prova oral. Prova que precisa ser feita durante o julgamento.
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349. 
Seção III
Do Julgamento Antecipado Parcial do Mérito
Art. 356.  O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: 
I - Mostrar-se incontroverso;
II - Estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida. Liquida é quando já se sabe o valor e ilíquida é quando se precisa ainda calcular para se saber o valor.
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto. Ou seja, a parte que obteve sentença parcial favorável, pode executar a obrigação sem precisar dar nada em garantia em troca.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz. Ou seja, aqui se explica o mecanismo da sentença parcial. Pois se o processo se desfragmenta deixando uma parte já resolvida e outras partes a resolver, precisa futuramente a parte resolvida voltar ao conjunto quando as outras partes também se resolverem.
§ 5o A decisão proferidacom base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento. Os atos que um Juiz pode ter: Despacho, decisão interlocutória (requerimento, deferimento de tutela provisória, deferimento de gratuidade, deferimento de prova testemunhal), sentença (mérito da causa), porém o mérito da causa, de forma parcial, também pode ser julgado por decisão interlocutória, como previsto no Art. 356 CPC. Neste tipo de sentença não cabe apelação e sim agravo de instrumento, pois falamos aqui de uma decisão interlocutória e não de uma sentença. Somente a sentença cabe apelação. Art. 1.015 II CPC. Alguns tribunais vêm entendendo que pelo princípio da fungibilidade, ou seja, da troca, em caso de aplicação de apelação em lugar de agravo ou de agravo no lugar de apelação, poderá ser aceito.
Seção IV
Do Saneamento e da Organização do Processo
Art. 357.  Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo: é uma organização do processo para imediatamente o juiz proferir a sentença ou preparar o processo para a audiência de instrução e julgamento. O saneamento é uma decisão interlocutória, e para tal se couber vontade a parte que se sente prejudicada, cabe agravo de instrumento.
I - Resolver as questões processuais pendentes, se houver; 
II - Delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos; evitar a produção de provas desnecessárias. Ex: necessita de prova pericial e a parte pediu pericial e documental. O magistrado irá delimitar. 
III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373; incumbe ao autor o ônus das provas por ele alegados e negadas pelo réu. Ao réu as provas que ele modificar, extinguir ou impeditivos. Porém este artigo fala da distribuição dessas provas, ou seja, quem tem mais condição produzir esta prova? Quem pode de melhor forma realizar esta produção? A quem couber, será este o ônus de produzir tal prova. A isto é chamado carga dinâmica da prova. A carga estática foi a referida primeiramente aqui nas explicações.
IV - Delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito; O juiz mantém a linha da discussão sem deixar perder o foco.
V - Designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento. Será feita a audiência quando tiver necessidade de prova oral. Depoimento pessoal do réu e oitiva de testemunhas.
§ 1o Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável. 
§ 2o As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e o juiz. Aqui falamos do negócio processual Art. 190 CPC.
§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações. 
§ 4o Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas. Quem intima as testemunhas para a audiência é o advogado. Via AR.
§ 5o Na hipótese do § 3o, as partes devem levar, para a audiência prevista, o respectivo rol de testemunhas.
§ 6o O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a prova de cada fato.
§ 7o O juiz poderá limitar o número de testemunhas levando em conta a complexidade da causa e dos fatos individualmente considerados.
§ 8o Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, o juiz deve observar o disposto no art. 465 e, se possível, estabelecer, desde logo, calendário para sua realização. Ou seja, tem que nomear o perito, o perito precisa aceitar a nomeação.
§ 9o As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre as audiências.
FONTE: AULA FRANCESCO

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