Aula 04 Envelhecimento do tecido nervoso

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FISIOTERAPIA NA SAÚDE DO IDOSO
Aula 04: Fisiologia do envelhecimento – sistema nervoso central
AULA 04: FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
Fisioterapia na saúde do idoso 
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Envelhecimento do tecido nervoso
Suas respostas são mais lentas, e uma das principais manifestações clínicas dessa lentidão é a diminuição da velocidade de movimento.
Com o envelhecimento, as funções dos sistemas nervosos central e periférico sofrem alterações fundamentais importantes.
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Envelhecimento do tecido nervoso
Há, também, diminuição do número de neurônios, o que torna mais difícil a aprendizagem, sobretudo nos lóbulos frontais e temporais. 
“Entre os 45 e 85 anos, o peso do cérebro diminui cerca de 12%. 
[Além disso, há redução] dos reflexos e menor capacidade de memória. 
No cérebro, são observadas mudanças degenerativas que acarretam atrofia do córtex cerebral e dilatação ventricular. [Ademais,] ocorre uma lentidão nas funções sensório-motoras. 
As mudanças em neurotransmissores e seus receptores não implicam, necessariamente, [modificações] intelectuais e comportamentais, mas é o conjunto de alterações que as provoca.” 
(WEINECK, 2000; ESPÍNOLA, 2000)
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Para evitar a queda, os indivíduos se inclinam para frente sobre um apoio. Quando este é retirado, a resposta é tropeçar e cair.
Estudos demonstram que homens e mulheres da categoria jovem-idoso (65 a 74 anos) já correm maior risco de quedas, pois o tempo-resposta por uma queda induzida é pequeno para a recuperação.
Conclusão
Esse teste confirma que a maioria dos adultos saudáveis (jovens-idosos) estudados não conseguiu ficar de pé novamente tão rápido.
Envelhecimento do tecido nervoso e sua relação com as quedas
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A maior parte da lentificação dos movimentos é central, mas existe a descamação da mielina, que acontece nos nervos periféricos e diminui a velocidade de condução.
Outros estudos demonstram que a capacidade de resposta para recuperar o equilíbrio mediante as perturbações externas é mais lenta, o que pode explicar o aumento do número de quedas a partir dos 60 anos.
Diminuição da massa muscular
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Há, também, o declínio ou a perda de neurônio.
Aproximadamente metade das reduções na massa muscular é proveniente da perda neuronal.
Na verdade, isso ocorre em todos os tecidos, de modo que atinge os sistemas simpático, parassimpático, sensorial e motor.
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Lentificação da motilidade gástrica;
Problemas com o controle vesical;
Hipertensão e hipotensão;
Déficit no controle do fluxo sanguíneo para a periferia e para longe dela.
Com a idade, o equilíbrio do aporte dos sistemas nervosos parassimpático e simpático é alterado, o que, provavelmente, gera:
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Afinal, eles não percebem a necessidade de se refrescar ou de se aquecer.
A falha do sistema nervoso simpático em responder adequadamente ao calor e ao frio é responsável pelas mortes de muitos idosos no verão e no inverno.
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É comum a ocorrência de sintomas vagais de dor em uma área do corpo, que indica um evento totalmente não relacionado.
Um dos fenômenos mais complexos e mal compreendido do envelhecimento é a alteração do aporte sensorial somático.
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Lentidão da condução nervosa;
Menos fibras musculares;
Perda da sensibilidade fina;
Função sistêmica mais lenta;
Consequências clínicas
Capacidade reduzida para discernir entre quente e frio/dor;
Aumento do risco de quedas.
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Envelhecimento do sistema respiratório
“Junto com o envelhecimento, aparecem alterações anatômicas e funcionais do sistema respiratório. 
As cartilagens costais apresentam calcificações, e a coluna, cifose com aumento do diâmetro anteroposterior do tórax, o que diminui a elasticidade da parede muscular.”
(ESPÍNOLA, 2000; GEIS, 2003)
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Envelhecimento do sistema respiratório
“Há diminuição dos números e da dilatação dos alvéolos, do fluxo de ar, bem como menor adaptação respiratória ao esforço.
Para conseguir o mesmo oxigênio, o idoso tem de fazer um trabalho respiratório maior. 
Essas mudanças afetam consideravelmente as atividades físicas que ele pode realizar.”
(ESPÍNOLA, 2000; GEIS, 2003)
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Envelhecimento do sistema imunológico
“Pacientes com mais de 65 anos de idade apresentam algumas alterações no sistema imunológico.
Entretanto, o simples fato de ser idoso não o classifica como imunodeficiente, embora seja preciso valorizar esse fato diante de certas comorbidades – principalmente diabetes, insuficiência renal, cardíaca, respiratória e hepática ou infecções. 
A imunidade do idoso apresenta alterações que se traduzem em efeitos clínicos mediados por sua resposta aos agentes infecciosos.”
(DUARTE, 2003)
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Envelhecimento do sistema circulatório
“Há diminuição da circulação de retorno do sangue venoso e insuficiência das válvulas venosas, o que pode acarretar varizes e edemas. 
Além disso, pode ocorrer um acúmulo de substâncias no interior dos vasos, que diminui o fluxo sanguíneo, causando insuficiência nos órgãos irrigados por esses vasos. 
Com a idade, há crescimento do miocárdio devido a exigências decorrentes do aumento da resistência vascular.”
(GEIS, 2003)
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Envelhecimento do sistema circulatório
“Há, também, diminuição da capacidade de contração da musculatura cardíaca, com diferentes graus de bloqueio e de arritmia. 
As válvulas que comunicam as distintas cavidades cardíacas podem calcificar-se, produzindo estenose ou insuficiência valvular. 
Esses distúrbios formam o quadro denominado coração senil. 
Sua consequência primordial é a redução na capacidade de trabalho cardíaco. Por isso, não se recomendam exercícios intensos para a terceira idade.”
(GEIS, 2003)
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Envelhecimento e órgãos dos sentidos
Diminuição da reatividade pupilar;
Mudanças na circunferência;
Rigidez do cristalino;
Cataratas. 
“As alterações visuais na idade avançada provocam:
A córnea perde transparência, e depósitos de gorduras produzem o arco senil. 
Além disso, podem ocorrer glaucoma: aumento da pressão intraocular – que reduz a visão periférica – e compressão da retina.” 
(PRODIA, 2004)
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Envelhecimento e órgãos dos sentidos
“A degeneração da mácula – área de visão central, na qual a resolução visual é máxima – ocasiona um dano importante à visão do idoso.
A órbita perde gordura e produz o efeito de olhos fundos. A presença de diabetes mellitus de longa evolução é a principal causa de cegueira nessa faixa etária.”
(PRODIA, 2004)
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Envelhecimento e órgãos dos sentidos
“Quanto à audição, a pele que cobre o conduto auditivo externo se atrofia e sofre uma descamação, o que favorece a acumulação de cerume. 
Na orelha interna, é produzida a denominada presbiacusia: a pessoa percebe ruídos molestos (acúfenos), diminui a capacidade de discriminar os sons (ouve, mas não entende) e perde a percepção dos sons agudos. 
Cerca de uma a cada três pessoas tem perda auditiva. Isso interfere na vida diária daqueles com idade entre 65 a 74 anos e em quase metade daqueles com 85 anos ou mais.
Nesses casos, são frequentes os tampões de cera e a hipoacusia secundária.”
(GEIS, 2003)
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Envelhecimento do sistema renal e vias urinárias
“Os rins sofrem importantes alterações com o envelhecimento. 
Cerca de 50% dos néfrons desaparecem entre os 30 e 70 anos, e a taxa de filtração glomerular decai 8ml/min a cada 10 anos. 
Há diminuição do fluxo renal em torno de 10% por década nos adultos e diminuição da função renal. 
As vias urinárias são afetadas por uma maior tendência à produção de cálculos. 
Nos homens, pode ocorrer obstrução prostática pelo crescimento da glândula e, nas mulheres, incontinência urinária.”
(ESPÍNOLA, 2000)
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Envelhecimento do sistema digestório
“Quanto ao paladar, há diminuição da capacidade de perceber os sabores doces e salgados. 
A perda dentária também dificulta o consumo de alguns alimentos. Portanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem a meta de que os idosos possam conservar 20-22 dentes nessa etapa da vida. 
Cerca de 10% dos octogenários perdem a coordenação dos músculos esofágicos, e a debilidade do diafragma torna mais frequente a existência de hérnias hiatais.”
(ESPÍNOLA, 2000) 
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Envelhecimento do sistema digestório
“As alterações na mucosa gástrica e nas glândulas digestivas provocam diminuição da capacidade funcional digestiva. 
A menor flexibilidade do fundo gástrico leva à saciedade com menor quantidade de comida que no adulto. 
A diminuição da motilidade intestinal, a superfície intestinal útil para absorção, a capacidade de transporte de nutrientes e a redução do fluxo sanguíneo entre a célula mucosa e a veia porta alteram a capacidade global de digestão e absorção.”
(PALLÀS, 2002)
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Envelhecimento
Convém aos fisioterapeutas considerarem o impacto das alterações relacionadas com a idade na adequação do plano de cuidados de reabilitação e de bem-estar para seus pacientes idosos.
Entretanto, esses profissionais precisam ser cautelosos para não subutilizar a reabilitação ativa, e sim ajustá-la para atender as necessidades peculiares de tais indivíduos.
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Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: MS, SAS, DAB, 2006. (Série A. Normas e Manuais Técnicos; Cadernos de Atenção Básica, n. 19). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/evelhecimento_saude_pessoa_idosa.pdf>. Acesso em: 11 jul. 2017.
DUARTE, A. C. Semiologia imunológica nutricional. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2003.
ESPÍNOLA, H. G. Algunos cambios asociados al envejecimiento. In: MARIN, P. P.; ESPÍNOLA, H. G. (Ed.). Manual de Geriatría y Gerontología. Santiago: Pontificia Universidad Católica de Chile, 2000.
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Referências
GEIS, P. P. Atividade física e saúde na terceira idade: teoria e prática. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
PALLÀS, M. C. Importancia de la nutrición en la persona de edad avanzada. Barcelona: Novartis, 2002.
PRODIA – Programa de Desarrollo Integral del Adulto Mayor. Autocuidado: guía de orientación para el cuidado de la salud de los adultos mayores. Santiago: Ministerio de Salud de Chile, 2004.
WEINECK, J. Biologia do esporte. São Paulo: Manole, 2000.
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
 
Avaliação do idoso.
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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