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Direito Internacional privado – 08/03/2018 Conflito entre fontes e método do Direito privado Concepções de direito Monista: entende que em todo o mundo existe 1 só direito, compreendendo o internacional e o interno. Monismo absoluto: apenas um dos dois direitos pode prevalecer. Se o internacional prevalece, não é afetado pelo interno e vice e versa. Nesse caso deve ser feita outra lei para atender o direito interno. Monismo moderado: deve ser analisado o que foi dito em cada um dos direitos para ver qual prevalece. Um tratado não pode ser revogado na maioria das vezes, existe para isso a Denúncia feita na ONU. Se o tratado conflitar com a constituição federal, vale a constituição, mas isso não quer dizer que o tratado foi revogado, o STF tenta conciliar os textos. Dualista: entende que existem 2 sistemas diferentes, o internacional e o interno. O que se combina no âmbito internacional, vale para o âmbito internacional, porém deve ser internalizado como direito interno de seu país. Por serem sistemas distintos, o que for acertado no âmbito internacional tem que vir para o interno, porém nesse interno deve ser feito uma lei especifica. A melhor maneira é que se tenha uma convenção, pois da maneira que ela foi escrita é como ela entra no ordenamento, porém, no sistema dualista ela entra como uma nova lei Não existe soberania entre as leis Havendo conflito dessa lei com uma lei já existente vale a mais recente, havendo uma revogação cronológica O objeto não pode mudar do tratado, mas a redação pode ser um pouco diferente. Conflito de leis no espaço: Depende do entendimento de cada caso, ora pode ser adotado o regime monista ou o dualista, mas o mais adotado é o monista moderado. Jurisprudência brasileira: Se o tratado se tratar de direitos humanos, entra no ordenamento como emenda constitucional Ratificação do tratado na ONU para não conflitar Métodos do direito privado Método territorial – norma territorial: Dentro do meu país só vale a minha lei, são países que não aceitam a extraterritorialidade da lei. Método conflitual – norma substancial indireta: juiz qualifica a causa por natureza, e observa qual o ordenamento jurídico indicado para solucionar a lide. Após isso o juiz pega a lei mais indicada, leva para o lugar do conflito e julga. A lei é traga traduzida, comprovante de que está em vigor e outros requisitos além. – LEX FORI Método material – norma substancial direta: quando possui dois ordenamentos pairando sobre uma situação, o tratado ou convenção já resolve o caso, por isso a norma é direta “não precisa de outra”. – LEX FORI Método imperativo – norma qualificadora: se tenho que discutir algo sobre um imóvel situado em determinado país, mesmo que o processo esteja correndo em outro país, tudo o que irá reger o imóvel é o lugar de situação da coisa. Conflitual e material são os mais utilizados Teoria das qualificações LEX FORI: Lei do juiz - é a mais utilizada LEX CAUSAE: lei da causa – ao fazer a qualificação posso fazer segundo o meu direito ou ver qual seria a melhor indicação para solucionar o problema e o qualificar por lá. Fontes legislativas internas e internacionais Diferença de direito interno e direito internacional Cada país possui o seu direito interno e existe um direito maior que resolve os conflitos entre os direitos de cada um. Passos para uma lei vigorar Iniciativa Elaboração parlamentar Sanção: até aqui era considerado apenas um projeto de lei, após a sanção a lei “nasce” Promulgação: ato de assinar a lei e a colocar dentro do ordenamento jurídico Publicação Após o tratado/convenção devem ser aceitos pelo povo, e já entram na fase parlamentar, apenas para aprovação do congresso que se manifesta na forma de um decreto legislativo. Após sair do parlamentar, já vai direto para a promulgação para que entre no nosso ordenamento jurídico. Convenções e tratados entram no ordenamento como lei ordinária Pirâmide de KELSEN SUPRALEGALIDADE 15/03/2018 Regras de conexão, família e sucessão Objetivo da conexão – contrato assinado em um país, deve ser regido pela lei do país do negócio – diferente de elementos de conexão Classes de elementos de conexão Pessoais Reais – elementos que vão tratar de coisas Reais de natureza especial – navios e aeronaves Delitos penais Normativos – dizer como trabalhar Outras regras de conexão THE PROPER LAW OF CONTRACT - Subsidiária – quando existe um conflito e as leis de ambos os países dizem o mesmo, é necessário a aplicação de uma norma subsidiária. Diversos elementos de conexão Família Histórico (breve) Casamento Sistema sintético: SAVGNY – lei do domicílio Mancini – Lei da nacionalidade Sistema analítico Lei do domicilio – primeiro domicílio LEX REISITAE Sucessão Causa mortis – ultimo domicílio da pessoa Situação dos bens – segue a pessoa Petição no local B – Processo vai LEX FORI Qualificação – Lex FORI – Lex CAUSAE Qual o ordenamento jurídico indicado para solucionar a lide¿ Buscar no ordenamento jurídico aplicado a lei material que se aplica e julga Para julgar precisa de um Direito interno, e não o de um internacional – ENVIO – quando um direito indica o outro 22/03/2018 – reenvio e estatutos Reenvio De 1º grau – ocorre quando o direito internacional indicado, indica de volta para o primeiro: A – B/B – A Brasil aceita, pois acaba sendo o seu próprio direito. De 2º grau – ocorre quando o direito internacional indicado, aponta para um outro além: A – B – C Segue a LEX FORI Brasil não aceita esse reenvio Questão prévia – antes de julgar, analisa se tem um problema anterior que deixou de ser analisado no começo, então para não mudar a decisão depois, o juiz para e analisa o problema antes. Pode resolver tanto pela LEX FORI quanto pela LEX CAUSAE Estatuto pessoal Teoria da viabilidade – depois que nasce, tem que durar no mínimo 24 horas para receber a personalidade jurídica. Teoria da vitalidade – adotada no país – nasceu com vida já tem personalidade Teoria exótica – nascer com forma humana para ser considerada a personalidade Personalidade Começo – teorias adotadas Término – morte Comoriência – analisar qual a teoria adotada pelo país para que se siga a sucessão Estatuto real – das coisas Imóveis – LEX REISITAE – Local em que ele se encontra Moveis - MOBILIA SEQUUNTAUR PERSONAE – mobília segue a pessoa. Aula 05/04/2018 Nacionalidade Vínculos da pessoa com o Estado Territorial – naturalidade – imutável Jurídico - nacionalidade Político – cidadania Nacionalidade originária – Nato – não pode ser extraditado JUS SANGUINIS – direito de sangue – Europa Não importa onde ele nasceu, a nacionalidade será a do pai JUS SOLI – por direito de solo – América Visa a continuação da pessoa no território para não perder mão de obra braçal no país Nacionalidade Derivada – Naturalizado – pode ser extraditado Expressa Pedido é feito pela própria pessoa, não engloba mais ninguém. Quando a pessoa se naturaliza expressamente, ela perde a primeira nacionalidade Tácita É recebida pela pessoa e só precisa se manifestar caso a pessoa rejeite a nacionalidade Pode ocorrer quando existe uma expansão de um país que acaba englobando outro, e dando nova nacionalidade para os nacionais daquele país Pessoas que rejeitam a nova nacionalidade se tornam apátridas Conflitos de nacionalidade Plurinacionalidade – mais de uma nacionalidade Registro na nacionalidade apenas quando ambos os pais são dos mesmos países, caso isso não ocorra o filho será um apátrida ANACIONALIDADE – mesmo que os apátridas Perda de nacionalidade Imposta – quando ocorre a cassação da nacionalidade por parte do governo, por exemplo Hitler que cassou a nacionalidade alemã de todos os judeus Voluntária – quando a pessoa abre mão de sua nacionalidade Não ocorre no Brasil Lei 13445/24/maio/2017 Substitui o estatuto do estrangeiro Divide a naturalização em 4 tipos Brasileira que perdeu a nacionalidadeem virtude de um casamento com americano, cometeu um crime lá, voltou para o Brasil e foi extraditada para lá, porém ela NÃO ERA MAIS NATA DO BRASIL. – QUESTÃO DA PROVA Crianças apátridas por conta da guerra na Síria 19/04/2018 – Condição Jurídica do estrangeiro, refúgio e asilo Histórico Na idade antiga, o refúgio e o asilo eram a mesma coisa: um criminoso que fugia da polícia e entrava dentro de uma igreja e a polícia não entrava para tirar ele de lá. Com o inicio da diplomacia surge a soberania do local e os criminosos não procuravam mais abrigo dentro da igreja e sim um desafeto do rei e fugia dele, assim se começou o ASILO na embaixada pois se aplicava o princípio da extraterritorialidade – representante do outro rei. Findada a primeira guerra mundial várias pessoas foram deslocadas de seus países para outros países, e para atender essa população deslocada, a ONU teve uma responsabilidade sobre os refugiados e começaram as convenções. Na ONU quem trata dos refugiados é a ACNUR. Caracterização de refugiado Refúgio é internacional, em média são cerca de 60 milhões de pessoas refugiadas no mundo. Pessoa que sai de um estado e vai para outro quando ocorre fundado temor de perseguição por motivo de raça, religião, nacionalidade, grupo social e opiniões políticas Medo de ser perseguido e não a perseguição de fato Grave e generalizada violação dos direitos humanos. Estatuto do refugiado Lei 9474 de 22/julho/1997 Refúgio se estende aos familiares que dependam dele economicamente desde que esteja em território nacional Desejo de ser refugiado deve ser manifestado nas entradas oficiais do país e não pode mais ser repatriado, deportado, expulso nem extraditado (cara que chega gritando no aeroporto pedindo refúgio) É colhido depoimento e emitido documento oficial pela policia federal, o que o torna um refugiado provisório, quer dizer que ele é candidato a refugiado. CONARE – comitê nacional do refugiado, e deve aprovar a pessoa para receber a condição de refugiado Quando não entra pela entrada oficial, deve se procurar uma autoridade para manifestar o desejo de ser refugiado Refugiado pode sair do país, governo da uma autorização e um prazo, se a pessoa sair sem avisar e voltar, perde a condição de refugiado Visto humanitário Asilo – questões políticas Asilo diplomático DEC 42.628 de 13/novembro/1957 País A menor que país B, e nele existe uma embaixada, a pessoa pode entrar na embaixada e continua no seu país, caracterizando assim o asilo diplomático. Asilo territorial DEC 55.929 de 19/abril/1965 Pessoa vai até o país B e entra na embaixada de lá, caracterizando o asilo territorial Pode ir para um outro país pois não pode ficar indefinidamente na embaixada Comparação entre refugio e asilo
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