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DESNUTRIÇÃO ROTEIRO

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Ms. Vanessa Meira Cintra Ribeiro
Docente do Curso de Nutrição – FPB
Disciplina: Nutrição na Infância e Adolescência
DESNUTRIÇÃO NA INFÂNCIA
ROTEIRO
DEFININDO A DESNUTRIÇÃO
• A desnutrição energético-proteica é um desequilíbrio entre o 
suprimento de nutrientes e energia e a demanda do organismo 
(crescimento e funções metabólicas)
• Afeta de forma direta o sistema imunológico  aumentando a 
suscetibilidade à infecções  esta leva por sua vez a redução do 
apetite  comprometendo a ingestão, absorção, aumentado o 
catabolismo e a utilização das reservas corporais
• Crianças podem sofrer a deficiência de vários micronutrientes: 
zinco, cobre, selênio, ferro e vitamina A  alterações 
imunológicas e aumento do risco de doenças infecciosas
QUANDO PODE OCORRER SUBNUTRIÇÃO?
O desmame 
precoce ainda é 
uma das causas 
mais comuns da 
desnutrição infantil.
AVALIANDO - EXAMES 
FÍSICOS
Parâmetro Fatores de Interferência
Exame físico Capacidade de observação e 
treinamento do avaliador
Inquérito Nutricional Veracidade da informações 
coletadas
Antropometria Nível de hidratação / presença de 
edema
Bioquímicos Reação de fase aguda / 
desidratação / insuficiência 
orgânicas (hepática e renal)
AVALIANDO 
NUTRICIONALMENTE
1. CLASSIFICAÇÃO DA DEP - ANTROPOMETRIA
CB  Inferior a 11,5cm risco de morte
No ambiente hospitalar, a desnutrição é muitas vezes pouco 
reconhecida, e nem sempre tratada, o que pode levar à morbidade e 
à mortalidade, principalmente por infecções triagem nutricional 
Strogkids
Pediatric Nutritional Risk Score, Subjective Global Nutritional
Assessment, STAMP tool, Paediatric Yorkhill Malnutrition Score e 
Strongkids
AVALIANDO 
NUTRICIONALMENTE
1. CLASSIFICAÇÃO DA DEP - ANTROPOMETRIA
CLASSIFICAÇÃO (PESO E ESTATURA)
DEP A/I Z escore P/A Z escore
Moderada -2DP -| -3DP -2DP -| -3DP
Grave
< -3DP
(nanismo grave)
< -3DP
(emagrecimento grave)
OMS, 1999
AVALIANDO 
NUTRICIONALMENTE
1. CLASSIFICAÇÃO DA DEP – ANTROPOMETRIA
a) Stunting  desnutrição crônica ou nanismo (alteração de E/I)
b) Wasting  desnutrição aguda ou magreza (alteração de P/I)
AVALIANDO 
NUTRICIONALMENTE
1. CLASSIFICAÇÃO DA DEP - TIPOS
A) MARASMO 
• mais frequente em lactentes jovens. Criança pequena para idade, baixa 
atividade, atrofia muscular, desaparecimento da bola de Bichat, cabelos 
finos e escassos
• as principais características são a ingestão inadequada de alimentos, 
sobretudo, de energia insuficiente para cobrir as necessidades 
metabólicas e de crescimento normal. Apresenta um aspecto 
inconfundível, a criança ser muito magra, devido à perda evidente de 
massa muscular nas extremidades muito delgadas e abdômen às vezes 
proeminente, bem como, face com aparência de “velha”
AVALIANDO 
NUTRICIONALMENTE
1. CLASSIFICAÇÃO DA DEP - TIPOS
A) Kwashiorkor
• acomete crianças mais velhas, lesões de pele, cabelos com mudança 
de colocação e fácil de arrancar,hepatomegalia, ascite, face em 
lua,pode haver apatia ou irritabilidade
• As causas são complexas, pois a criança consome habitualmente uma 
dieta escassa tanto em energia como em proteínas. A presença de 
infecções desempenha um importante papel nessa doença, visto que 
quando a ingestão de proteína é muito baixa em relação aos 
carboidratos, o que pode ser agravado pelas perdas de nitrogênio nas 
infecções, ocorrem várias alterações metabólicas que podem resultar 
em edema
ASPECTOS BIOQUÍMICOS 
PROTEÍNAS PLASMÁTICAS 
• Compreende-se que a queda na concentração destas indicaria 
redução da biossíntese hepática devido a limitações de substrato
• Hepatopatias podem alterar os valores destas
• Albumina, transferrina, pré-albumina e proteína ligada ao retinol
• ALBUMINA – associada sua redução ao jejum sendo um dos 
mecanismos iniciais de adaptação à ingestão reduzida de 
alimentos nitrogenados, a desidratação pode alterar esse marcador
• TRANSFERRINA – tem maior equilíbrio às alterações 
extravasculares, deve-se observar as reservas de ferro
BALANÇO NITROGENADO
PROTEÍNAS SÉRICAS
PROTEÍNA LOCAL DE 
BIOSSÍNTESE
MEIA-VIDA FUNÇÃO
Albumina Hepatócito 14 a 20d Manutenção da pressão osmótica,
transporta pequenas moléculas
Podem ter níveis séricos alterados na 
doença hepática, renal, cardiológia. Na 
infecção crônica ( ) + PCR
Transferrina Hepatócito 8-9d Liga-se ao ferro++ no plasma e o 
transporta
Pré-albumina Hepatócito 2-3d Liga-se ao T3 e T4
Trasnportadora da Proteína carreadora 
de retinol
Proteína Carreadora 
de Retinol
Hepatócito 0,5d Transportadora da vitamina A no 
plasma, liga-se à pré-albumina
TRATAMENTO
1. Deve-se observar as causas, gravidade e capacidade de alimentação do 
paciente.
2. A definição da TN não esta limitada aos suplementos, mas estes podem ajudar 
devido a redução de palatibilidade e de efeitos adversos (náuseas e vômitos)
3. Monitorar a ingestão
4. Monitorar a hidratação (alterações eletrolíticas)  alterações respoiratórias e 
cardíacas
5. Criar estratégias para otimizar o consumo
TRATAMENTO
FASE DE ESTABILIZAÇÃO  realimentação lenta (2 a 7 dias)
a) Formulas sem lactose, ricas em eletrólitos
b) Fórmulas hidrolisadas devem ser utilizadas em crianças sépticas ou 
com problemas desabsortivos
Esquema de alimentação:
• 1 a 2 dias 2/2hoas - 11ml/kg/refeição
• 3 a 5 dias  3/3 hoas – 16ml/kg/refeição
• 6 a 7 dias  4/4 horas  22ml/kg/refeição
Oferta hídrica: 80 a 130ml/kg
Oferta calórica: 80 a 100 kcal/kg
Oferta proteica: 1 a 1,5g/kg/dia
Oferta de lactose: 1,3%
TRATAMENTO
FASE DE REABILITAÇÃO  1,5 a 2x a mais da recomendação
a) Formulas com menor de lactose, ricas em eletrólitos
b) Podem ser acrescidos módulos (polímeros de glicose  5% / lipídeos 
 3%)
Oferta hídrica: 150 a 200ml/kg
Oferta calórica: ≥ 150 kcal/kg
Oferta proteica: 4 a 6g/kg/dia
CONSEQUÊNCIAS DA HIPERALIMENTAÇÃO
ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL
Hospitais-dia ou ambulatórios
Equipe multidisicplinar
META DE GANHO DE PESO
Crianças acima de 6 meses:
< 5g/kg/dia – deficiente
5 - 10g/kg/dia – moderado
> 5g/kg/dia – bom
EXERCÍCIO
Criança de 4 anos de idade, sexo masculino, da entrada no hospital com peso de 12Kg, 
altura de 87cm. Aos 3 dias de internada ela pode ser alimentada.
1- avaliar antropometricamente
2 – Identificar o tipo de desnutrição
3 - Calcular as necessidades nutricionais
Considere a mesma criança com 10 dias de internamento, agora com 12,8Kg. Solicita-se
1- avaliar antropometricamente (ver ganho de peso)
2 – Identificar o tipo de desnutrição
3 - Calcular as necessidades nutricionais
esma estatura.

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