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Deformidades Congênitas no Sistema Músculo Esquelético

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DEFORMIDADES CONGÊNITAS
São respostas normais dos tecidos a forças mecânicas anormais que podem ser intrínsecas ou extrínsecas.
O sistema músculo esquelético de bebês é muito imaturo e muito suscetível a essas forças, pois para ocorrer um desenvolvimento normal do sistema músculo esquelético há uma interação de múltiplos fatores. As deformidades mais comuns são:
( Torcicolo congênito,
( Pé torto congênito,
( Luxação congênita de quadril.
TORCICOLO CONGÊNITO:
Etiologia:
A etiologia do torcicolo muscular congênito, não está claramente definida, as maiores hipóteses são:
- Má posição intra- uterina,
- Trauma ao nascimento.
Ambas a s hipóteses ligadas a uma isquemia durante a formação do ECOM.
Diagnóstico:
Já é notado nas primeiras semanas, onde aparecem massas palpáveis, no ventre do músculo que vai desaparecendo gradualmente. 
Vai ser confirmado entre 6 e 9 meses, quando a criança passa a assumir a postura sentada ou de pé.
O exame realizado é o ultra- som
Fisiopatologia:
Encurtamento unilateral do ECOM.
Limitação de ADM da cervical,
Cabeça lateralmente fletida em direção ao músculo encurtado,
Queixo rodado para o lado oposto,
Assimetria facial por causa da contratura muscular,
Geralmente está associado a outras deformidades,
Deformidades ósseas,
Postura típica de elevação de ombros,
Escoliose cérvico- dorsal,
Flexão e rotação homolaterais comprometidas,
Tratamento Fisioterápico:
Deve ser realizado várias vezes por dias em poucas quantidades:
Massoterapia,
Alongamento da musculatura do pescoço ( trapézios, escalenos, peitorais, grande dorsal, romboides e ECOM)
Mobilização passiva
Cinesioterapia ativa, 
Orientações para todos os dias:
Dormir em DL,
Buscar a simetria da cabeça em qualquer postura,
Se o tratamento não estiver minimizando o quadro, é indicada a cirurgia, para evitar o aumento dessa assimetria da face e do crânio.
PÉ TORTO CONGÊNITO OU PÉ EQUINO VARO SUPINADO
Etiologia:
Posicionamento inadequado durante a vida intra uterina, ou como uma forma secundária de algumas patologias como Mielomeningocele.
Quadro clínico:
Flexão plantar,
Varismo do talus e metatarsos,
Sub- luxação das articulações talo- navicular 
Contratura da panturrilha ( gastrocnêmio e solear ),
Deformidades nas partes moles comprometidas.
Tratamento Fisioterápico:
A fisioterapia vai estar atuando no pós cirúrgico, geralmente antes dos 6 meses. Antes da cirurgia, a única conduta que pode ser realizada é uma mobilização para o aumento da elasticidade tecidual.
Após a cirurgia:
Massoterapia,
Mobilização passiva de cada articulação,
A hidroterapia é um recurso que neste caso ajuda muito no ganho de ADM, pois o paciente vai se beneficiar com os efeito do calor superficial e a mobilização torna-se mais eficaz,
Cinesioterapia ativa,
Alguns terapeutas indicam o uso de órteses noturnas.
A criança tem geralmente uma recuperação muito boa neste tipo de cirurgia, e mesmo se estiver engessada, pode ficar no chão brincando, pois se doer ou incomodar a criança vai seu a primeira a reclamar.
Ao retirar o gesso, durante as próprias brincadeiras, ela vai ganhando arco de movimento e voltando para a função. 
LUXAÇÃO CONGÊNITA DE QUADRIL:
A articulação do quadril é formada pela junção da cabeça do fêmur com o acetábulo, é uma articulação esférica como a gleno- umeral, porém mais firme, estável e com uma menor amplitude. Possui 3 graus de movimento: flexo- extensão, abdução- adução e rotação interna e externa e na grande maioria das atividades por ela realizada, encontramos uma combinação desses movimentos, acompanhados também dos movimentos da coluna lombar para uma mobilidade total.
Durante o início do desenvolvimento fetal o acetábulo é muito profundo, mas durante o crescimento do feto o acetábulo vai aumentando seu diâmetro se tornando mais raso, dando assim menor cobertura para a cabeça do fêmur.
Um acetábulo mais raso e uma cabeça do fêmur menos arredondada, resultam em um quadril muito instável. O crescimento acetabular ocorre até 18 meses, e após os 3 anos de idade o crescimento é mínimo.
Etiologia: 
Podem ocorrer vários problemas evidentes na evolução motora, como por exemplo, a maturação do quadril estar relacionada com uma afecção do SNC, ou simplesmente com o sistema neuromuscular. 
Mal posicionamento no útero, frouxidão ligamentar, ou associadas a outras deformidades congênitas.
Fisiopatologia:
Alinhamento e ADM do quadril:
Subluxavel: Cabeça do fêmur dentro do acetábulo, mas pode ser parcialmente deslocada para fora,
Deslocável: Cabeça do fêmur dentro do acetábulo, mas pode ser completamente deslocada,
Subluxada: Cabeça do fêmur parcialmente fora do acetábulo,
Deslocada: Cabeça do fêmur completamente fora do acetábulo.
Testes específicos e avaliação do quadril:
Manobra de Ortolani: Criança em supino, com MI fletido e aduzido. Partindo desse posição, vai ser realizada o teste, a outra mão do examinador está estabilizando a pelve. O sinal positivo é um estalido na articulação, indicando instabilidade.
Manobra de Barlow: Na mesma posição é realizada uma leve flexão e abdução, ocorre um deslocamento da cabeça do fêmur.
Na luxação unilateral: assimetria das dobras cutâneas, comprimento aparentemente maior de um dos membros.
Luxação bilateral: largura anormal do períneo, pelve mais larga do que o normal e aumento da lordose lombar.
Diagnóstico:
	Muitas vezes só vai ser percebido durante a marcha, pois a articulação do quadril possui uma posição chave na postura de pé e na marcha.
Tratamento fisioterápico:
	O tratamento é conservador, visando o restabelecimento da cabeça do fêmur no acetábulo, os métodos de tratamento fisioterápico variam de acordo com o tipo de luxação, pois muitas vezes o tratamento é apenas cirúrgico.
Em muitos casos são usadas órteses:
Equipamento de Pavlik: Mantém a articulação do quadril em flexão e abdução permitindo o movimento ativo de adução do quadril.
Em luxações mais graves, o tratamento é o gesso, que é colocado com anestesia geral, e em seguida feita uma tração, é mantido por 3 semanas a fim de alongar as partes moles durante este período.
Após o tempo de imobilização a fisioterapia atua para aumentar a mobilidade da articulação e a flexibilidade das partes moles, além de fortalecimento, pois após uma imobilização prolongada vai ocorrer uma diminuição da força muscular por desuso.
A hidroterapia é uma boa opção após uma imobilização prolongada e o treinamento da marcha pode ser iniciado assim que a criança conseguir ficar de pé com os MMII em um alinhamento fisiológico.