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156 Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A ROTATIVIDADE DE PESSOAS EM UM SUPERMERCADO DO MUNICÍPIO DA SERRA(ES) Railane de Souza Dias Faculdade Estácio de Sá Vitória railanesd@yahoo.com.br Fabiana Campos Franco Faculdade Estácio de Sá Vitória fabianacfranco@gmail.com RESUMO Este estudo tem por objetivo principal identificar os fatores que contribuem para a rotatividade em um supermercado do município da Serra (ES). Para que o estudo fosse realizado, fez-se o uso de uma pesquisa descritiva, bibliográfica, seguida de pesquisa de campo com abordagem quantitativa, aplicando-se um questionário estruturado, uma amostra de funcionários. Identificou-se que apesar da empresa não possuir uma política de incentivos e adotar um estilo de liderança autocrático, os funcionários estão satisfeitos e avaliam a organização como boa de trabalhar. Também foi identificado que os principais fatores que contribuem para o turnover nessa empresa são: a vontade de empreender um novo negócio, a falta de perspectiva de crescimento profissional e falta de política de incentivos. Por fim, foi sugerido que a rede varejista implante um plano de carreira e cargos e salários e outras formas de incentivos, para manter e reter seus talentos na organização. Palavras-Chave: Rotatividade. Incentivos. Novos negócios. ABSTRACT This study's main objective is to identify the factors that contribute to turnover in a city supermarket da Serra (ES). For the study was conducted, there was the use of a descriptive research, literature, followed by field research with a quantitative approach, applying a structured questionnaire, a sample of employees. It was found that although the company does not have a policy of incentives and adopt an autocratic leadership style, employees are satisfied and evaluate the organization as good work. It was also identified that the main factors contributing to the turnover in this business are: a willingness to undertake a new business, the lack of professional growth outlook and lack of incentives policy. Finally, it was suggested that the retailer implant a career path and positions and salaries and other forms of incentives to maintain and retain their talent in the organization. Keywords: Turnover. Incentives. New business. Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 157 1 INTRODUÇÃO A rotatividade é um problema que as empresas enfrentam e que merece atenção. “O termo rotatividade de recursos humanos ou turnover é usado para definir a flutuação de pessoal entre uma organização e seu ambiente” (CHIAVENATO, 2009, p.40). São as contratações e demissões de funcionários em um período de tempo específico que quando acontecem em grande quantidade pode representar um problema para a gestão. A rotatividade possui duas premissas: a primeira é uma decisão voluntária do colaborador por insatisfação, insegurança, baixo salário, falta de plano de carreira ou falta de motivação, e a segunda é por decisão da empresa que busque pessoas mais capacitadas para integrar o quadro funcional ou esteja insatisfeita com o desempenho do funcionário. A rotatividade está diretamente ligada à motivação dos funcionários, se o profissional estiver satisfeito permanecerá na empresa, se não estiver optará pela demissão. Robbins (2002, p.151) define motivação “como processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta”. A motivação varia de indivíduo a indivíduo, é intrínseca e contínua ao longo da vida. Os fatores relacionados com a satisfação no trabalho são associados a questões que envolvem os desafios enfrentados, recompensas justas, condições adequadas de trabalho, apoio dos colegas, juntamente com o ajuste da personalidade com o cargo e a disposição genética do indivíduo (ROBBINS, 2002). Cabe ao gestor de recursos humanos por meio de técnicas de recrutamento e seleção identificarem o perfil do indivíduo e correlacionar com a função que desempenhará na empresa. O excesso de turnover desperta, cada vez mais, o interesse dos gestores de recursos humanos que vislumbram compreender melhor o comportamento das pessoas nas organizações, preocupados com os custos relativos à flutuação pessoas, buscando assim a retenção de talentos, bem como funcionários capacitados alinhados com a missão, visão e objetivos da organização. A flutuação de pessoas, além de gerar custos com demissões e admissões, gera outros transtornos para a organização como: falta de mão-de-obra, perda de know-how, indenizações desnecessárias, perda de produção ou qualidade no atendimento, custo de seleção, custo de treinamento de novos empregados, perda da imagem da empresa junto ao mercado de trabalho. Diante do exposto, este trabalho apresenta o seguinte problema de pesquisa: Que fatores que podem levar ao desligamento de funcionários de um supermercado do município Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 158 da Serra (ES)? A presente pesquisa tem por finalidade apurar o nível de satisfação e percepção dos colaboradores com relação a empresa e os fatores que contribuem para o absenteísmo. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 GESTÃO DE PESSOAS E ROTATIVIDADE A gestão de pessoas, anteriormente chamada de administração de recursos humanos, é uma área que busca conservar uma relação entre o ambiente interno e externo da organização (KOPS; SILVA; ROMERO, 2013). A gestão de colaboradores segundo Dessler (apud KOPS; SILVA; ROMERO, 2013, p.17) “é o conjunto de políticas necessárias para conduzir os aspectos relacionados ás pessoas no trabalho de gerenciamento [...] e ao oferecimento de um ambiente seguro aos funcionários da empresa”. A gestão de humanos o gestor deve direcionar os indivíduos de sua organização a fim que alcancem os objetivos organizacionais. Segundo Quége (2008) o fluxo de pessoas é algo que requer prudência e cautela por parte do gestor da organização, entender a rotatividade é um fator decisivo para o aumento da competividade de mercado, pois exige perda de conhecimento, capacidade intelectual da empresa e do capital humano. E essa é e deve ser uma preocupação do gestor afinal “turnover ou rotatividade de pessoas é umas das atuais preocupações e caracteriza o movimento de entradas e saídas, admissões e desligamentos de profissionais empregados de uma empresa, em um determinado período” (POMI apud ARAÚJO; GARCIA, 2006, p.85). Nesse sentido, faz-se importante entender quais são os principais fatores que contribuem para o aumento da rotatividade espontânea. De acordo com Quége (2008) os três principais fatores que mais contribuem para o aumento do turnover são: Falta de plano de carreira ou crescimento profissional, as relações desgastadas com os líderes e gestores da organização e falta de incentivos e benefícios ao colaborador. Manter uma política de cargos e salários juntamente com plano de carreiras pode ser um diferencial para reter e manter pessoas. O planejamento de carreira é definido por Carvalho e Nascimento (1998, p.44) “[...] plano de carreira visa proporcionar à empresa, por meio de um banco de talentos profissionais, os meios para a indicação, a qualquer momento Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 159 ou situação, de empregados com potencial para o pleno exercício de determinado cargos na organização.” A carreira não pode ser entendida como um caminho rígido a ser seguido pelo indivíduo,mas sim como uma subsequência de cargos e trabalhos, articulada de forma a conciliar o desenvolvimento pessoal e empresarial (DUTRA et al, 2010). A política de administração de cargos e salários objetiva conhecer a capacitação profissional e o desempenho do funcionário juntamente com as atividades desenvolvidas no cargo, a principal questão é mudar o ponto de vista da administração de remuneração como causador de custo para uma perspectiva de aperfeiçoamento organizacional e fomentador de melhora de processos e incremento de competitividade (WOOD JR; PICARELLI apud ARAUJO; GARCIA, 2006). Medir o índice de turnover em uma empresa é de suma importância para que seja controlada. Para medir o índice de rotatividade de pessoal para efeitos de planejamento estratégico Chiavenato (2009, p. 141) usa a seguinte formula: Figura 1: Fórmula A+D x 100 2 Índice de Rotatividade Geral = ____________ EM Fonte: Chiavenato (2009). Legenda: A = admissões de pessoal dentro do período considerado (entradas); D = desligamentos de pessoal (tanto por iniciativa da empresa como por iniciativa dos empregados) dentro do período considerado (saídas); EM = efetivo médio dentro do período considerado. Pode ser obtido pela soma dos efetivos existentes no início e no final do período, dividida por dois. O alto índice de rotatividade indicada que algo está errado e precisa ser melhorado, pois gera muitos custos para a empresa, assim como baixo índice indica que a organização está estagnada, que não revitaliza sua mão-de-obra. O turnover gera despesas para a organização, segundo Bruni e Famá (2007, p.23) Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 160 Despesas: correspondem a bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Não estão associados à produção de um produto ou serviço. Como exemplos de despesas podem ser citados gastos com salários de vendedores, gastos com funcionários administrativos etc. Bruni e Famá (2007) definem gastos e custos respectivamente como: sacrifício da empresa para obtenção de produto ou serviço e gastos relativos a bens e serviços para a produção dos mesmos. Para Pomi (apud ARAÚJO; GARCIA, 2006) o alto fluxo de pessoas gera perda a organização, como: perda de produtividade, lucratividade, saúde organizacional. Geram também custos com demissões, investimentos com treinamento do novo funcionário, horas extras para compensar a falta do antigo colaborador. A rotatividade de mão-de-obra possui custos primários, secundários e terciários, conforme Chiavenato (2009) os custos primários são diretamente relacionados a demissão e substituição de funcionários, os custos secundários, são efeitos colaterais da rotatividade na organização e estão indiretamente ligados a contração e dispensa do colaborador (queda de produção, atitude dos funcionários) e os custos terciários são efeitos colaterais de médio e longo prazo. Esses custos poderiam ser evitados se os gestores conhecessem mais profundamente os anseios de cada colaborador da organização, a rotatividade não causa somente prejuízos para a empresa, causa também prejuízos para a sociedade em que está inserida. O turnover gera também efeitos negativos para a empresa, a sociedade e o governo, Chiavenato (2009) classifica como três os principais efeitos negativos da rotatividade, o primeiro impede que a sociedade receba benefícios, diminui o poder aquisitivo do trabalhador provocando assim restrições nas pequenas e médias empresas, o segundo efeito é que essas restrições reduz a capacidade de expansão e geração de novos empregos e aumenta o preço dos produtos e a inflação e o terceiro aumenta os saques de benefícios sociais, o que compromete a poupança nacional. As altas taxas de rotatividade afetam também os recursos públicos, uma vez que demanda saques de benefícios sociais como FGTS (Fundo de garantia por tempo de serviço) e seguro desemprego. Parte das verbas que financia investimento com infraestrutura urbana, tecnologia entre outros são transferidos na poupança compulsória dos trabalhadores (FGTS) e no seguro desemprego, impactando fortemente sobre os recursos públicos (DIEESE, 2011). Segundo o Dieese (2011) a rotatividade no Brasil apresentou elevadas taxas no mercado de trabalho: 45,1% em 2001; 43,6% em 2004; 46,8% em 2007; 52,5% em 2008, Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 161 49,4% em 2009 e 53,8% em 2010. É importante salientar que funcionários que pedem demissão voluntária tem o Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço retido pelo governo e não tem direito ao seguro desemprego e de acordo com as novas normas regulamentares os trabalhadores somente terão direito ao benefício na primeira vez somente se comprovar o recebimento de salário por dezoito meses consecutivos. O alto índice de rotatividade de funcionários, afeta as despesas organizacionais, a imagem da empresa perante seus fornecedores e clientes, a qualidade de produção ou serviços prestados, o clima e a cultura organizacional, a sociedade em que a organização está inserida, o governo e a competitividade de mercado. 2.2 TEORIAS DA MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA O papel do líder é importante para o desenvolvimento da organização, por isso deve- se manter um bom relacionamento com os funcionários, pois o líder é quem conduz o grupo. Se não houver um bom relacionamento interpessoal entre gestor-colaborador há de se convir que o mesmo optará pela saída da empresa. O fracasso da empresa não está ligado com a falta de conhecimentos técnicos e sim na forma de lidar com as pessoas (BERGAMINI, 1997). Robbins (2002, p.303) define o líder como: “Os líderes estabelecem direções através do desenvolvimento de uma visão do futuro; depois, engajam as pessoas comunicando-lhes essa visão e inspirando-as a superar os obstáculos”. O principal papel do líder é estabelecer metas alinhadas aos objetivos da organização e direcionar os colaboradores a alcançarem estes objetivos. Segundo Robbins e Decenzo (2004) existem três estilos de liderança: autocrático, democrático e laissez-faire. No estilo autocrático as decisões são centralizadas pelo líder que dita as regras unilateralmente, no estilo democrático o líder toma as decisões em conjunto com os funcionários e as decisões são descentralizadas, o líder laissez-faire concede total liberdade para que seus colaboradores tomem suas próprias decisões. Para manter um ambiente participativo e colaborativo os estilos de liderança mais indicados em uma organização são o democrático e laissez-faire. O líder autocrático conduz um ambiente mais tendencioso ao conflito, com falta de perspectiva de novas ideias, que gera a desmotivação do funcionário, logo este optara pelo seu desligamento da empresa. O líder é a essência da organização e as pessoas são o alicerce da empresa, para obter sucesso em sua gestão o líder deverá possuir um bom relacionamento com os seus seguidores, saber o que motiva, o que satisfaz essas pessoas será um grande diferencial na carreira deste Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 162 líder, ou seja, deverá automaticamente saber a motivação de cada um para reter e manter o talento do bem mais precioso da empresa o funcionário. Para tanto, a motivação está diretamente interligada à rotatividade de mão-de-obra. Um funcionário motivado com as políticas de empresa procuraráalinhar-se aos objetivos organizacionais. Segundo Bergamini (1997) existem diferentes necessidades no interior de cada um, comparados aos desejos ou expectativas e têm como origem os diferentes tipos de componentes físicos e psíquicos da personalidade. A motivação passou a ser questionada por Elton Mayo com uma visão administrativa. Partido do pressuposto de que a melhor maneira de motivar os funcionários caracteriza-se por ênfase no comportamento social do indivíduo (MAYO apud BERGAMNI, 1997). Existem várias teorias motivacionais, entretanto será dada ênfase as teorias de: Maslow, McGregor e Herzberg. A teoria das necessidades, segundo Bergamini (1997) possui duas premissas, a primeira é que os indivíduos almejam a satisfação dos seus anseios, estimulados a atendê-los e a segunda quando essas necessidades não são supridas gera um ambiente de insatisfação interior, uma vez satisfeita essa carência, perde seu potencial de força impulsionadora. Quando o indivíduo satisfaz sua necessidade primária, vai a busca de outras necessidades para suprir, assim pressupõe-se que a motivação individual é continua. Segundo McGregor (apud LACOMBE; HEILBORN, 2008) a teoria de x os administradores não acreditam nas pessoas e exerce um forte poder coercitivo em seus subordinados, com ameaças de punições e prêmio para quem se esforçar e produzir com eficiência e eficácia e a teoria de y com uma visão opostas acredita no potencial e na capacidade das pessoas e que elas devem ser motivadas em função de suas necessidades. Os funcionários para perdurarem na organização precisam ser estimulados, suprir suas necessidades, um ambiente abusivo e controlador podem prejudicar a empresa e afastar seus colaboradores. A teoria de dois fatores de Frederick Herzberg, segundo Robbins (2002) pressupõe que os fatores que geram a satisfação do trabalhador (trabalho, benefícios, remuneração, etc.) são diferentes do que geram a insatisfação (segurança, ambiente de trabalho) e se os executivos eliminarem a não satisfação do empregado este ainda assim não se sentirá motivado, mas se aumentarem os fatores que geram satisfação, como: oportunidade de promoção, de crescimento, o funcionário se sentirá motivado. A motivação está relacionada ao trabalho em si e aos benefícios que o funcionário receberá, é uma relação custo-benefício, Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 163 ou seja, o quanto o colaborador está disposto a sacrificar para futuramente usufruir dos benefícios. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para a realização da pesquisa foi utilizado uma pesquisa descritiva, que segundo Vergara (2004, p.47), “expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação”. Como técnica de investigação foi aplicada neste estudo uma pesquisa bibliográfica, seguida pela pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica tem por base documentos que já foram divulgados e que o público possuir facilidade de acesso, é o alicerce para vários outros tipos de pesquisa, já a pesquisa de campo é a apuração empírica elaborada na área onde acontece o fenômeno ou dispõe de fundamentos para desvendá-lo (VERGARA, 2004). Foi realizado um estudo de caso por se tratar da análise do caso de uma empresa do segmento varejista. O estudo de caso é limitado a um ou poucos elementos, entendidos como produto, empresa, órgão público ou país. Possui personalidade descritiva e profunda, poderá ou não ser executado no campo (VERGARA, 2004). Os sujeitos que participaram da pesquisa foram os funcionários da organização, num total de 39 colaboradores atuantes. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário estruturado, não disfarçado e com perguntas fechadas. A abordagem da pesquisa é quantitativa, segundo Mascarenhas (2012, p.45), “como o próprio nome indica, a pesquisa quantitativa baseia-se na quantificação para coletar e, mais tarde, tratar os dados obtidos”. Nesse tipo de pesquisa é fundamental usar técnicas estatísticas, porcentagens, médias e desvio padrão, “tudo isso para tornar o estudo mais imparcial, evitando assim influência do pesquisador sobre os resultados”. Para a análise e interpretação, os dados foram tabulados proporcionando uma perspectiva quantitativa de resultados, foi utilizado o software Microsoft Excel e os dados foram colocados em forma gráfica para uma melhor análise. Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 164 4 O ESTUDO DE CASO A empresa submetida ao estudo de caso está presente no segmento varejista, a rede é composta atualmente por noventa e quatro lojas localizadas nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Contém cerca de treze mil profissionais com emprego direto e mais de quarenta mil de forma indireta, está entre as maiores empresas de varejo alimentício de Minas Gerais e lidera o ranking no Espírito Santo, em número de lojas e faturamento, sua sede está localizada em Minas Gerais. O supermercado onde a pesquisa foi realizada está localizado em Jacaraípe, no Espírito Santo e possui um universo de 52 funcionários, foi aplicado um questionário estruturado, não disfarçado e com questões fechadas direcionado a uma amostra de 39 colaboradores. O objetivo do questionário foi identificar que fatores podem contribuir para que o empregado se desligue da empresa. Para a análise e interpretação, os dados foram tabulados proporcionando uma perspectiva quantitativa de resultados, foi utilizado o software Microsoft Excel e os dados foram colocados em forma gráfica para uma melhor análise. Dos respondentes 49% eram do sexo feminino e 51% do sexo masculino. Destes 64% possuem instrução de nível médio, enquanto 26% cursaram o ensino fundamental e 10% o ensino superior. Quando perguntados sobre a faixa salarial 62% informaram que recebem um salário mínimo (R$ 788,00 valor vigente), 28% recebem até dois salários mínimos (R$ 1.576,00 valor vigente) e 10% recebem até três salários mínimos (R$ 2.364,00 valor vigente). Quando perguntados sobre o tempo de serviço, os respondentes compõem um quadro funcional empresarial recente, isto porque se levarmos em consideração que 41% está na empresa há menos de um ano e que 28% está na empresa há menos de três anos chegamos à conclusão de que 69% dos respondentes têm menos de três anos exercendo funções na empresa. Apenas 08% possuem mais de 06 anos de tempo de serviços prestados a empresa. Compreendemos então que o universo da pesquisa é de um corpo funcional que não trabalha há muito tempo na empresa, uma indicativa de que a empresa sofre de turnover. Apesar de ser um quadro funcional recente, os colaboradores da empresa mostram que possuem uma fidelidade ao trabalho exercido e a organização, pois quando perguntados sobre faltas sem justificativa 36 funcionários (amostra de 39 pessoas) responderam que não faltaram e apenas 3 colaboradores faltaram sem justificativa. Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 165 Segundo Marras (2000) o absenteísmo ou a quantidade de faltas, atrasos ou saídas antecipadas do funcionário é uma das consequências da falta de motivação e insatisfação do empregado, como o índice de faltas ao trabalho é inferior a 8% dos trabalhadores pressupõe- se que estes estão satisfeitos e comprometidos ao emprego. Quando perguntados sobre os fatores que levariam os funcionários a faltarem ao serviço, de acordo com os dados obtidos, 77% do quadro funcional faltaria ao trabalhopor doença, 8% por mal-estar, 5 % por insatisfação com a empresa, 5% por outros motivos, 3% por assédio moral e 2% por falta de vontade de trabalhar. Os resultados revelam, conforme dito anteriormente, que os colaboradores estão comprometidos com a empresa em função de 30 funcionários (amostra de 39 pessoas) faltarem somente ao trabalho em motivo de doença. Ao serem perguntados se possuíam autonomia para propor melhoria na execução das tarefas, conforme respostas obtidas, 41% nunca tem autonomia para propor melhorias na execução de tarefas, 28% raramente, 16% sempre tem autonomia e 15% quase sempre. De acordo com Robbins e Decenzo (2004) há três estilos de liderança: autocrático, democrático e laissez-faire. No estilo autocrático as decisões são centralizadas pelo líder que dita as regras unilateralmente, no estilo democrático o líder toma as decisões em conjunto com os funcionários e as decisões são descentralizadas, o líder laissez-faire concede total liberdade para que seus colaboradores tomem suas próprias decisões. De acordo com as respostas obtidas, observa-se que a empresa possui um estilo de liderança autocrático, pois 69% dos funcionários nunca ou raramente tem autonomia de propor melhorias na execução de tarefas. Quando indagados se a empresa adota alguma política de incentivos (participação nos lucros, recompensa por produtividade), 100% dos 39 colaboradores responderam que a organização não adota nenhuma política de incentivos. Uma política de incentivo muito adotada é a administração de cargos e salários que visa conhecer a capacidade profissional e o desemprenho do funcionário junto com as atividades exercidas pelo cargo (WOOD JR; PICARELLI apud ARAUJO; GARCIA, 2006), essas políticas podem ser um grande diferencial para a organização manter e reter seus talentos e essa empresa está perdendo uma boa oportunidade. Ao serem perguntados em como avaliam a empresa, 44% dos funcionários avaliam a empresa como excelente, 36% como boa e 20% como regular. Conforme resultados 80% dos colaboradores fazem uma boa avaliação da organização, apesar de não ser adotada nenhuma política de incentivos conforme dito anteriormente. Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 166 Foi perguntado aos colaboradores se estão satisfeitos com a empresa em que trabalham e foi respondido, conforme gráfico abaixo: Gráfico 1 – Satisfação com relação a empresa Fonte: Elaboração Própria Conforme dados coletados 44% dos funcionários estão muito satisfeitos com a empresa onde trabalham, 36% estão satisfeitos e 20% se sentem indiferentes com relação a organização. Segundo Robbins (2002) os fatores relacionados com a satisfação no trabalho são associados a questões que envolvem o trabalho desafiador, recompensas justas, condições adequadas de trabalho, apoio dos colegas, juntamente com o ajuste da personalidade com o cargo e a disposição genética do indivíduo. De acordo com as respostas obtidas 80% dos colaboradores estão satisfeitos com a empresa ondem trabalham. Quando perguntados como é a relação com seu líder, 51% dos colaboradores possuem uma boa relação com o líder, 39% excelente e 10% regular. Manter uma boa relação com seus subordinados é essencial para o desenvolvimento da organização, pois o líder é quem conduz o grupo, uma má relação com os funcionários acarretará no desligamento espontâneo deste. Para Bergamini (1997) O fracasso da empresa não está ligado com a falta de conhecimentos técnicos e sim na forma de lidar com as pessoas. Conforme os resultados 90% dos colaboradores possuem uma boa relação com o gestor da empresa. Ao serem perguntados se consideram o salário o elemento mais motivador, de acordo com os dados 41% dos funcionários consideram o salário o elemento pouco motivador, 33% consideram motivador e 26% consideram muito motivador. 44% 36% 20% Muito satisfeito Satisfeito Indiferente Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 167 O termo motivação “refere-se às forças que energizam, dirigem e sustentam os esforços de uma pessoa” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 360). Conforme as respostas obtidas 41% dos colaboradores não consideram um salário o elemento mais motivador para permanecerem na empresa, pressupõe-se que estes buscam outras formas de se satisfazerem, como a relação com o líder e os colegas de trabalho. Entende-se que essa empresa possui um bom clima organizacional. Segundo Maximiano (apud SOUZA, 2014, p.101) “O clima é representado pelos conceitos e sentimentos que as pessoas partilham a respeito da organização e que afetam de maneira positiva ou negativa sua satisfação e motivação no trabalho”. Ao indagados se por um salário igual os funcionários sairiam da empresa para trabalhar em outra, foi respondido conforme gráfico abaixo: Gráfico 2 – Sairia da empresa para trabalhar em outra por mesmo salário Fonte: Elaboração própria Conforme respostas obtidas 57% dos colaboradores não sairia da empresa por um mesmo salário para trabalhar em outra, 28% talvez saísse e 15% sairia certamente. Com o atual momento de crise que passa o Brasil, os funcionários optam por permanecer na organização e estão satisfeitos ondem trabalham, pois há um clima organizacional favorável nesta empresa. Ao perguntados sobre que fatores te levariam a se desligar/demitir da empresa os colaboradores responderam conforme gráfico: 15% 28% 57% Sairia certamente Talvez saísse Não sairia Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 168 Gráfico 3 – Fatores que levariam a se desligar da empresa Fonte: Elaboração própria Conforme dados obtidos 44% sairiam da empresa por vontade de empreender um negócio próprio, 15% não sairia da empresa por nenhum fator, 10% sairiam por falta de perspectiva de crescimento profissional, 10% sairiam por falta de uma estrutura de incentivos e benefícios, 8% sairiam por relação desgastada entre chefe ou colegas de trabalho, 8% sairiam por sobrecarga no trabalho e 5% sairiam por falta de alternativas que permitam equilíbrio entre vida familiar e o trabalho. Portanto, o principal fator que levaria os funcionários a se desligarem da empresa seria a vontade de empreender um negócio próprio, segundo o Sebrae os pequenos negócios movimentam a economia do país, produzem 27% do PIB e geram 52% dos empregos formais no Brasil. Um pequeno negócio bem administrado pode gerar lucro e renda e emprego para a comunidade em que está inserido, com a atual situação do país os microempreendedores é que estão fornecendo alicerce a economia brasileira. De acordo com Quége (2008) anteriormente os principais fatores que contribuíam para o aumento do turnover eram: Falta de plano de carreira ou crescimento profissional, as relações desgastadas com os líderes e gestores da organização e falta de incentivos e benefícios ao colaborador, percebe-se que esses fatores mudam com o passar do tempo e com a situação econômica do país. 5% 44% 8% 8% 10% 10% 15% Falta de alternativas que permitam equilíbrio entre vida familiar e o trabalho Vontade de empreender um negócio próprio Relação desgastada entre o chefe e ou colegas de trabalho Sobrecarga de trabalho Falta de perspectiva de crescimento profissional Falta de uma estrutura de incentivos e benefícios Não sairia da empresa Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 169 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa realizada se propôs a identificar que fatores contribuem para a rotatividade de um supermercadono município da Serra (ES). Com os resultados obtidos percebe-se que a empresa possui um quadro funcional recente de menos de três anos de trabalho, o que demonstra que o supermercado sofre com turnover, apesar dos colaboradores serem recentes estes possuem um comprometimento com a organização, pois raramente falta e faltariam somente em caso de doença. A organização exerce uma liderança autocrática, onde somente o líder delega as tarefas, este possui uma boa relação com seus subordinados e não adota nenhuma política de incentivo aos funcionários, entretanto, os colaboradores avaliam a empresa como boas para trabalhar, estão satisfeitos e não migrariam de um supermercado para outro por um mesmo salário. Entende-se que essa organização possui um clima organizacional favorável e com a situação de crise do Brasil as pessoas buscam preservar os seus empregos. Por fim, os três principais fatores que podem contribuir para a rotatividade na rede varejista são: A vontade de empreender um negócio próprio, falta de perspectiva de crescimento profissional e falta de uma política de incentivos. Conforme a situação econômica do país, os pequenos negócios é que estão fornecendo alicerce à economia, então esta pode ser uma oportunidade de crescimento para esses colaboradores e para a comunidade ao qual estão inseridos. A partir das conclusões identificadas na pesquisa, recomenda-se a empresa adotar uma liderança democrática, onde o líder toma decisões em conjunto aos seus seguidores e insira uma política de incentivos (plano de carreira e política de administração de cargos e salários, participação nos lucros), pois foi identificado que a falta de crescimento profissional e incentivo são fatores que contribuem para o aumento da rotatividade que gera custos internos (demissão/contratação) e externos (imagem da empresa). 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Peço por gentileza responder as questões abaixo, VOCÊ NÃO PRECISA SE IDENTIFICAR. 1) Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 2) Tempo de empresa: ( ) Menos de 1 ano ( ) De 1 a 3 anos ( ) De 4 a 6 anos ( ) De 6 a 10 anos ( ) Mais de 10 anos 3) Escolaridade ( ) Ensino fundamental ( ) Ensino médio ( ) Ensino superior 4) Faixa salarial ( ) 01 Salário Mínimo (R$788,00) ( ) Até 02 Salários Mínimos (R$1.576,00) ( ) Até 03 Salários Mínimos (R$2.364,00) ( ) Até 04 Salários Mínimos (R$3.152,00) ( ) Acima de 05 Salários Mínimos (R$3.940,00) 5) Você já faltou ao trabalho sem uma justificativa? ( ) Sim ( ) Não Se sim, por quê ______________________________ 6) Que fatores te levariam a faltar ao trabalho sem justificativa? ( ) Doença ( ) Insubordinação com o chefe ( ) Falta de vontade ( ) Insatisfação com a empresa ( ) Mal estar ( ) Assédio moral ( ) Outros motivos 7) A empresa adota alguma política de incentivo (participação nos lucros, recompensa por produtividade)? ( ) Sim ( ) Não Revista Eletrônica Estácio Papirus, v.2, n.2, jul./dez. 2015. ISSN 2448-2080 173 8) Você tem autonomia para propor melhorias na execução do seu trabalho? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca 9) Como você avaliaria a empresa que trabalha? ( ) Excelente ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim 10) Você está satisfeito com a empresa? ( ) Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Indiferente ( ) Insatisfeito ( ) Muito insatisfeito 11) Você diria que sua relação interpessoal com o líder/gerente da empresa é? ( ) Excelente ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim 12) No ambiente de trabalho, você considera o salário o elemento mais motivador? ( )Considero muito ( ) Considero pouco ( ) Considero ( ) Não considero 13) Por um salário igual ao que você recebe, você sairia da empresa onde trabalha para trabalhar em outra? ( ) Sairia certamente ( ) Talvez saísse ( ) Não sairia ( ) Certamente não sairia 14) Que fatores te levariam a se desligar/demitir da empresa (Marque quantas quiser) ( ) Descumprimento de acordo contratual ( ) Falta de alternativas que permitam equilíbrio entre vida familiar e o trabalho ( ) Vontade de empreender um negócio próprio ( ) Relação desgastada entre o chefe e ou colegas de trabalho ( ) Sobrecarga de trabalho ( ) Falta de perspectiva de crescimento profissional ( ) Falta de uma estrutura de incentivos e benefícios ( ) Não sairia da empresa
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