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Resumo de Direito Civil ( molezinha )

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Resumo de Direito Civil (Melhor 
resuminho) 
O que é o Direito Civil? 
 
O Direito Civil é um ramo do Direito Privado que se destaca como Direito fundamental 
ou “Direito Comum” a todos os homens. 
O Direito Civil serve para disciplinar o modo de ser e de agir das pessoas, com 
abstração da sua condição social, mesmo exercendo funções ou atividades diferençadas. 
Nos ensina o professor Miguel Reale (2002): 
Costumamos dizer que o Direito Civil é a constituição do homem comum, isto é, do que 
há de comum entre todos os homens. 
Na verdade, a Lei Civil não considera os seres humanos enquanto se diversificam por 
seus títulos de cultura, ou por sua categoria social, mas enquanto são pessoas 
garantidamente situadas, com direitos e deveres, na sua qualidade de esposo ou esposa, 
pai ou filho, credor ou devedor, alienante ou adquirente, proprietário ou possuidor, 
condômino ou vizinho, testador ou herdeiro etc. 
Miguel Reale 
Nas palavras do doutrinador, o Direito Civil contemporâneo abrange: 
 Direitos Pessoais: como os relativos ao indivíduo como ente válido por si 
mesmo, protegendo-lhe o ser pessoal, o nome, a imagem, etc.; 
 Direitos Obrigacionais: tendo como fulcro o poder de constituir situações 
jurídicas intersubjetivas para consecução de fins civis ou econômicos; 
 Direitos Associativos: como proteção da autonomia da vontade constituindo 
entes coletivos, isto é, pessoas jurídicas privadas; 
 Direitos Reais: relativos à posse e à propriedade e suas formas de explicitação; 
 Direitos de Família: desde a sua constituição pelo casamento até as formas de 
extinção da “sociedade conjugal”, as relações entre os cônjuges, ascendentes e 
descendentes etc.; 
 Direitos de Sucessão: que resultam da transferência de bens por força de 
herança. 
No Direito Civil se insere ainda a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
(LINDB). Trata-se de um conjunto de normas sobre normas. 
Conforme Fábio Vieira Figueiredo (2014), a LINDB disciplina as normas jurídicas, 
determinando o seu modo de aplicação e entendimento, no tempo e espaço. 
Quando se fala da LINDB tratamos, pois, de uma lei com objetivo distinto das leis em 
geral, disciplinando elaboração, vigência, aplicação no tempo e espaço, fontes, etc. 
Princípios do Direito Civil 
 
Na concepção de Fábio Vieira Figueiredo (2014), o Direito Civil é regido pelos 
seguintes princípios: 
 Princípio da Eticidade: significa a superação do formalismo jurídico, primando 
pela objetividade, fazendo-se, assim, um modelo jurídico hermenêutico que 
privilegie efetivamente a boa-fé; 
 Princípio da Socialidade: advém do princípio social de justiça. A verdadeira 
igualdade está no tratamento desigual aos desiguais na proporção e medida de 
sua desigualdade; 
 Princípio da Operabilidade: apresenta soluções interpretativas que 
pragmatizam a aplicação da norma. Exemplo: a distinção entre prescrição e 
decadência. 
Parte Geral do Código Civil 
 
O Código Civil Brasileiro em vigor foi promulgado pela Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro 
de 2002. Este Código contempla a definição e abrangência de diversos bens, direitos e 
deveres do cidadão. 
Das Pessoas 
Para o CC pessoa é o sujeito de direitos e deveres, ente capaz, portanto, de adquirir 
direitos e contrair deveres, podendo, ainda, ser física (ente físico) ou jurídica (ente 
moral, ficção jurídica). 
Todo ser humano é dotado de personalidade jurídica. A personalidade está intimamente 
ligada à capacidade das pessoas. São elementos que se completam. 
Portanto, a capacidade de gozo ou de direito confunde-se com a personalidade jurídica e 
é inerente a qualquer ser humano, não podendo ser-lhe recusada. 
A regra portanto, é a capacidade. A incapacidade, a exceção. A primeira exprime 
poderes ou faculdade, sendo a personalidade resultante desses poderes. 
A incapacidade civil é a restrição ao poder de agir e, pela característica da restrição, 
vem expressamente prevista em lei, podendo ser absoluta ou relativa. 
O CC vai tratar da cessação da incapacidade (voluntária, judicial ou legal), 
individualização da pessoa natural e da extinção da personalidade jurídica da pessoa 
natural. 
Também trata da ausência de pessoais naturais, caracteres do direito de personalidade, 
personalidade jurídica, desconsideração da personalidade jurídica, entre outros. 
Dos Bens 
Para o Código Civil bens são valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de 
uma relação de direito, tendo, portanto, valor econômico. 
Algumas das características ensinadas em seus dispositivos são, entre outros: 
 Bens Móveis: podem ser transportados de um lugar para outro sem perder a sua 
essência (semoventes: animais); 
 Bens Imóveis: ou bens de raiz, não podem ser transportados sem prejuízo de sua 
substância ou destruição (exemplo: solo, árvores, construções); 
 Bens Corpóreos: possuem existência física, material, são tangíveis; 
 Bens Incorpóreos: possuem existência abstrata (são direitos); 
 Bens Consumíveis: são móveis e se destroem à medida que são utilizados ou 
que são postos à alienação (exemplo: combustíveis, mantimentos); 
 Bens Inconsumíveis: proporcionam reiterada utilização, sem prejuízo da 
essência do bem (exemplo: automóvel, casa). 
 Bens Singulares: são considerados em sua individualidade; são aqueles que, 
considerados de per si, constituem um bem, mas que, quando unidos a outros 
bens, conformam um todo que dá origem a um novo bem, que será coletivo; 
 Bens Coletivos: são os que, embora constituídos de duas ou mais coisas 
singulares, consideram-se agrupados em um único bem. 
Teoria dos Fatos, Atos e Negócios Jurídicos 
Na conceituação de Fábio Vieira Figueiredo (2014), considera-se fato jurídico todo e 
qualquer acontecimento da vida que seja relevante para o mundo do Direito. 
Dentro desse gênero, encontramos duas espécies: o fato jurídico (stricto sensu) e o ato 
jurídico (lato sensu). 
Diferenciam-se esses conceitos da seguinte forma: 
 Fato Jurídico em Sentido Estrito: é todo acontecimento relevante para o 
mundo do Direito que independe da vontade humana (exemplo: nascimento, 
morte, vendaval, furacão); 
 Ato Jurídico em Sentido Estrito: depende da vontade humana e são aquelas 
situações gerais movidas pela conduta humana sem estrutura negocial (exemplo: 
mudança de domicílio); 
 Ato Jurídico Ilícito: depende da vontade humana e são aqueles reprimidos pela 
Lei. 
 Negócio Jurídico: são atos jurídicos em sentido amplo que importam em 
condutas que visam modificar, ou adquirir, ou resguardar, ou transmitir ou 
extinguir direitos (exemplo: compra e venda, casamento). 
O negócio jurídico é modalidade de ato jurídico lícito. Consiste em manifestação de 
vontade humana que visa modificar, ou adquirir, ou resguardar, ou transmitir, ou 
extinguir direitos. 
As consequências de referida vontade humana, bem como a forma de praticá-la, são 
elencadas em lei, mas as partes podem controlar seus efeitos. 
Parte Especial do Código Civil 
A parte especial do Código Civil demonstra as características específicas de cada uma 
das modalidades de relações jurídicas regulamentadas por Lei. 
Direito das Obrigações 
Na conceituação de Washington de Barros Monteiro (2014), obrigação é a relação 
jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor. 
Objeto da obrigação consiste em uma prestação pessoal econômica, positiva ou 
negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento por meio de 
seu patrimônio. 
O conceito pode até ser abreviado como o direito do credor contra o devedor, tendo por 
objeto determinada prestação. 
No entendimento de Fábio Vieira Figueiredo (2014), os elementos constitutivos da 
obrigação são:Objetivo (objeto obrigacional e objeto prestacional) 
O elemento objetivo da obrigação subdivide-se em objeto obrigacional e objeto 
prestacional. O objeto obrigacional ou imediato é o comportamento. 
Tal elemento sempre consistirá ou em dar algo, ou em fazer algo ou em não fazer algo. 
O objetivo prestacional ou objeto mediato é o núcleo do interesse creditício a ser 
satisfeito, ou seja, é aquilo que tem o dever de dar, fazer ou não fazer o devedor da 
obrigação. 
Subjetivo (sujeito ativo e passivo) 
O elemento subjetivo de uma obrigação é composto pelos sujeitos. 
A relação obrigacional é formada por uma elipse de crédito e débito. 
Desse modo, em toda e qualquer obrigação encontraremos o credor (sujeito ativo 
ou accipiens) e o devedor (sujeito passivo ou solvens). 
Vínculo Jurídico (relação que une os sujeitos) 
O vínculo jurídico resulta de diversas fontes e sujeita o devedor a determinada prestação 
em favor da satisfação do interesse do credor. 
O vínculo jurídico perfaz-se em débito e responsabilidade. O débito é o vínculo pessoal 
que forma o liame entre o credor e o devedor. 
A responsabilidade corresponde diretamente ao facultas agendi, ou direito subjetivo, 
que tem o credor de exigir, inclusive judicialmente, a satisfação de seu interesse, 
submetendo o patrimônio do devedor a essa satisfação. 
O regime legal das obrigações é a autonomia da vontade, ou seja, a norma assegura 
determinado período para a manifestação da vontade das partes. 
Desde que não contrarie os princípios de ordem pública, a moral, os bons costumes e a 
boa-fé. 
Direito Contratual 
Para Fábio Vieira Figueiredo (2014), o contrato é uma convenção estabelecida entre 
duas ou mais pessoas para constituir, regular ou extinguir uma relação jurídica. 
O centro gravitacional do contrato é o elemento volitivo, ou acordo de vontade entre as 
partes. Sendo assim, seus elementos são subjetivos e objetivos. 
 Elemento Subjetivo: o elemento subjetivo de todo e qualquer contrato são as 
partes contratantes, que devem ter capacidade para contratar ou ser assistidas ou 
representadas, conforme a situação de incapacidade relativa ou absoluta; 
 Elemento Objetivo: o objeto disposto entre as partes deve ser lícito, possível 
(física e juridicamente) e determinável; além disso, não poderá atentar contra a 
ordem pública. A forma não pode ser defesa, ou seja, proibida por lei. 
Os contratos são tratados no Código Civil de forma detalhada em cada uma de suas 
espécies. 
Direito das Coisas 
Posse 
A posse não é direito real nem pessoal. O artigo 1.196 do CC disciplina em que 
situações há posse: 
Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno, ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade. 
Código Civil 
Como a posse é considerada um poder de fato juridicamente protegido sobre a coisa, 
distingue-se do caráter da propriedade, que é direito somente se adquirido por justo 
título e de acordo com as formas instituídas no ordenamento jurídico vigente. 
Conforme o artigo 1.204 do CC, a posse é adquirida “desde o momento em que se torna 
possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à 
propriedade”. 
Direitos Reais 
Os Direitos Reais são bens corpóreos e taxativos, ou seja, não sendo possível suposição 
de novos direitos diversos aos que estão dispostos em Lei. 
Eles apresentam efeitos contra todos (erga omnes), não é possível alegar 
desconhecimento, pois sempre terão registro ou averbação em documentos com fé 
pública. São eles: 
 Direitos Reais de Garantia: penhor, anticrese, hipoteca e alienação fiduciária; 
 Direitos Reais de Aquisição: compromisso de compra e venda; 
 Direitos Reais de Gozo ou Fruição: propriedade, superfície, servidões prediais, 
usufruto, uso, habitação, concessão de uso especial para fins de moradia, 
concessão de direito real de uso. 
Direito de Família 
O Direito de Família contém normas jurídicas relacionadas com a estrutura, organização 
e proteção da família. 
Essa parte do CC trata das relações familiares e das obrigações e direitos decorrentes 
dessas relações. 
A família possui grande importância, tanto para seus membros, como para a sociedade, 
servindo como um instrumento de formação e inclusão social. 
Para Orlando Gomes (1998): 
O grupo fechado de pessoas, composto dos genitores e filhos, e para limitados efeitos, 
outros parentes, unificados pela convivência e comunhão de afetos, em uma só e mesma 
economia, sob a mesma direção. 
Orlando Gomes 
De acordo com o artigo 1.591 do CC, são parentes em linha reta, as pessoas que estão 
umas para as outras na relação de ascendentes e descendentes. 
Em linha colateral, ou transversal, até o quarto grau, são parentes as pessoas que 
provêm de um só tronco sem descenderem umas das outras, conforme determinação do 
artigo 1.592 do CC. 
Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na 
colateral, também pelo número delas, subindo, porém, de um dos parentes até ao 
ascendente comum e descendo depois, até encontrar o outro parente. 
Nos termos do artigo 1.595 do CC, afinidade é a relação que liga uma pessoa aos 
parentes de seu cônjuge ou companheiro. 
Limita-se aos ascendentes, descendentes ou da união estável, nos termos do artigo 
1.595, § 2º do CC. 
Essa parte do Direito Civil trata, entre outros assuntos, sobre dissolução da família e 
guarda dos filhos, violência doméstica e proteção à mulher, igualdade entre os filhos, 
reconhecimento e os direitos à união estável. 
Direito das Sucessões 
O Direito das Sucessões é o conjunto de normas que disciplinam a transferência do 
patrimônio de alguém, depois de sua morte, em virtude de lei ou testamento. 
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XXX, assegura o direito de herança. O 
Direito das Sucessões está contemplando nos artigos 1.784 a 2.027 do CC. 
A sucessão pode ser classificada da seguinte forma: 
 Sucessão Legítima (ou ab intestato): decorre da Lei; morrendo a pessoa sem 
testamento, transmite-se a herança aos herdeiros legítimos indicados pela Lei. 
Também será legítima se o testamento caducar ou for declarado nulo. 
 Sucessão Testamentária: ocorre por disposição de última vontade (testamento). 
Havendo herdeiros necessários (cônjuge sobrevivente, descendentes ou 
ascendentes), o testador só poderá dispor de metade da herança (art. 1.789 CC). 
A outra metade constitui a “legítima”, assegurada aos herdeiros necessários. Não 
os havendo terá plena liberdade de testar. Mas se for casado sob o regime da 
comunhão universal de bens (art. 1.667 CC) o patrimônio do casal será dividido 
em duas meações e a pessoa só poderá dispor da sua meação. 
Nosso ordenamento proíbe qualquer outra forma de sucessão, especialmente a 
contratual. 
Por tratar da morte e do nascimento, da relação entre pais e filhos, da personalidade do 
ser humano, domicílio e bens, o Direito Civil é essencial.

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