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* AVALIAÇÃO INICIAL DOS DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS NO PERÍODO NEONATAL. Universidade Estácio de Sá Professor Cláudio R de Lima * DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS NO PERIODO NEONATAL Doença da Membrana Hialina. Taquipnéia Transitória do Recém Nascido. Síndrome de Aspiração Meconial. Pneumonia Intra-útero. A pneumonia congénita é uma infeção do trato respiratório inferior com origem intrauterina. A infeção pulmonar adquirida através da mãe ocorre frequentemente pela invasão de bactérias com afinidade para o parênquima pulmonar * Síndrome de Aspiração Meconial. O recém-nascido que desenvolve a síndrome da aspiração meconial (SAM) geralmente é pós-termo(nasceu após 42 semanas de gestação). Apresenta impregnação meconial, pele seca, enrugada e sem vérnix., sinais de insuficiência respiratória e hiperdistensão do tórax * Taquipnéia Transitória do Recém Nascido pode ser definida como síndrome clínica de caráter benigno, caracterizada por desconforto respiratório de leve a moderada intensidade, manifestado por sinais clínicos não específicos e constituído de taquipnéia superior a 60 movimentos por minuto, retração intercostal e esternal, gemido expiratório e, menos frequentemente, cianose. * A história da mãe A clinica do bebê Os exames complementares * DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA * Doença da Membrana Hialina FISIOPATOLOGIA O surfactante é sintetizado a partir da 20ª semana gestacional. A produção atinge a quantidade suficiente por volta das 34-35 semanas. O diabetes materno prejudica a quantidade e qualidade do surfactante. O uso de corticóide antenatal protege o surfactante pulmonar. * Prematuridade Fatores maternos e fetais Corticóide da tensão superficias na interface ar-líquido Deficiência de surfactante alveolar da complacência pulmonar Colapso alveolar das forças de retração elástica queda Efeito shunt Vasoconstrição pulmonar trabalho resp PaO2 PCO2 MH * Um shunt pulmonar é uma condição fisiológica que resulta quando os alvéolos do pulmão são perfundidos normalmente com sangue, mas a ventilação (o fornecimento de ar) falha em suprir a região perfundida. Um shunt pulmonar geralmente ocorre quando os alvéolos se enchem de líquido, fazendo com que partes do pulmão não sejam ventiladas embora ainda sejam perfundidas. * Shunt intrapulmonar é a principal causa de hipoxemia (oxigênio sanguíneo inadequado) em edema pulmonar e condições como a pneumonia, em que os pulmões tornam-se consolidados. Shunt refere-se a perfusão sem ventilação. Mais especificamente, o shunt intrapulmonar se refere a áreas onde a perfusão no pulmão excede a ventilação. O shunt pulmonar é minimizado pela constrição reflexa normal da vasculatura pulmonar à hipóxia. Sem essa vasoconstrição hipóxica pulmonar, o shunt e seus efeitos hipóxicos agravariam. Por exemplo, quando os alvéolos se enchem de líquido, eles são incapazes de participar nas trocas gasosas com o sangue, causando hipóxia local ou regional, desencadeando assim vasoconstrição. * Doença da Membrana Hialina História da mãe Gestação < 34 semanas. Diabetes materno mesmo > 34 semanas. RNPT/AIG Asfixia perinatal. Mãe que não recebeu tratamento adequado com corticóide. * Doença da Membrana Hialina Quadro clínico Gemido expiratório, batimento de asas do nariz, taquipnéia, retração da caixa torácica e cianose. Os sinais e sintomas aparecem logo após o nascimento. Piora progressiva nas próximas 36 a 48 horas de vida. * Doença da Membrana Hialina Exames complementares Rx: Infiltrado reticulogranular (vidro moído), bilateral, uniforme e com broncograma aéreo. Hemograma normal. * * * Cansadinho eu? Se acabei de nascer!! * VER OUVIR Batimento de asas Tiragem intercostal Retração esternal Gemido Sincronização * BAN TIC RE Gemido Sincronização tóraco-abdominal * Boletim de Silverman Andersen 0 = não há DR 1-5= DR moderado >5 = DR grave Gemido Retração esternal BAN Tiragem sincronização 2 1 0 * TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RECÉM NASCIDO * Taquipnéia Transitória do RN Fisiopatologia Cl Na H2O * Taquipnéia Transitória do RN História da mãe RNT ou RNPT > de 34 semanas. Parto cesárea, principalmente se for sem que o trabalho de parto tenha se iniciado. Pode acontecer no parto normal. Demora no clampeamento do cordão. Asixia perinatal. * Taquipnéia Transitória do RN Quadro Clínico Inicio precoce, nas primeiras horas. FR entre 80-100 ipm. Retração intercostal , batimento de asas do nariz, gemido e cianose que melhora facilmente com o aumento da concentração de oxigênio Ausculta normal ou estertores subcrepitantes finos. * Taquipnéia Transitória do RN Quadro Clínico Os sintomas impressionam como menos graves quando comparada com a DMH. Melhora bem com O2. Evolui com melhora progressiva e resolve com ± 72 horas. * Taquipnéia Transitória do RN Exames complementares Rx: Congestão para-hilar simétrica ( da trama vasobrônquica). Espessamento das cisuras interlobares e hiperinsuflação podem estar presentes. Ocasionalmente discreta cardiomegalia ou derrame pleural. Hemograma normal. * * * SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO DE LÍQUIDO MECONIAL * Síndrome de Aspiração de Mecônio Fisiopatologia Sind. De sufocação Atelectasias Hiperinsuflação Escapes de Ar Pneumonite Inativ.do surfactante Pneumonia HPPN * Síndrome de Aspiração de Mecônio História da Mãe Idade Gestacional geralmente > 37 semanas ou pós maturos. Todas as causas de insuficiência placentária aguda ou crônica. Presença de Líquido Amniótico meconial. * Síndrome de Aspiração de Mecônio Quadro Clínico Impregnação de mecônio. Presença de mecônio na traquéia. Quadro variável. Desde assintomático até desconforto severo. A cianose e a hipoxemia resistente são indicadores de extrema gravidade. Mesmo sem, mecônio na traquéia. Quando não há complicações, evolui com melhora em 5-7 dias. * Síndrome de Aspiração de Mecônio Exames complementares Rx de tórax Gasometria. Hemogramas seriados. * * * PNEUMONIA INTRA-UTERINA * Pneumonia intrauterina Fisiopatologia Adquirida antes do nascimento. - Via transplacentária. - Via ascendente. - No contexto de uma infecção congênita. Adquiridas durante o nascimento. * Pneumonia intrauterina História da mãe Bolsa rota > 12-24 horas. Baixo nível socioeconômicas. Pré-natal insuficiente. Corioamnionite com ou sem RPM. ITU. Qualquer infecção materna (Periodontite, pneumonia, etc). * Pneumonia intrauterina História da mãe Febre materna. TORCHS. Fisometria positiva. Parto prematuro sem causa aparente. * Pneumonia intrauterina Quadro clínico Desconforto respiratório precoce ou não, batimento de asas, gemido, cianose. Letargia, choro fraco, intolerância à dieta, distensão abdominal, hipotermia, má perfusão capilar, não melhora no CPAP,apnéias, choque. Desconforto respiratório com evolução arrastada. * Letargia é um estado de inconsciência, onde a pessoa aparenta estar em sono profundo e perde totalmente a capacidade de responder aos estímulos externos. A leucocitose é o aumento no número de glóbulos brancos, por volume de sangue circulante. A leucopenia é a redução no número de leucócitos, por volume de sangue circulante * trombocitopenia ou plaquetopenia é a redução do número de plaquetas no sangue, ao contrário do que ocorre na trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia. Pacientes com trombocitopenia possuem maior tendência a apresentar fenômenos hemorrágicos (hemorragias) * índices de Manroe - Os limites de referência superiorese inferiores para neutrófilos no sangue de recém-nascido (RN) foram descritos por Manroe, Rosenfield et al em 1979 As granulações tóxicas são pequenas formações em grânulos que aparecem no citoplasma dos neutrófilos e refletem uma perturbação da maturação * Pneumonia intrauterina Exames complementares Rx tórax: áreas opacas difusas, segmentares, lobares ou ainda bilaterais. DMH. Hemograma: Leucocitose, leucopenia, plaquetopenia, índices de Manroe, granulações tóxicas. Valorizar o hemograma com prudência. Gasometria: acidose metabólica persistente. * * * De orelha em pé * * DMH Vs Pneumonia Muito prematuros Recebeu surfactante e ainda precisa de drogas vasoativas. Não melhorou com uma dose de surfactante, precisou de 2a ou 3a dose. História confusa. DMH que não digere dieta, que não consegue sair da VM,etc. * CASOS CLINICOS Vamos brincar? * U.N.H. 23 anos, 7 consultas hipertensão durante a gravidez, 30 semanas,sem antecedentes de infecção. Ficou internada 72 horas, “não deu” para fazer corticóide antenatal. Caso clinico Nº 1 * RNPT/AIG apresenta desconforto respiratório ao nascer, BSA 7 pontos, Gemência, tiragem intercostal e batimento de asas do nariz. Caso clinico Nº 1 * Caso clinico Nº 1 * Caso clinico Nº 1 Hipótese diagnóstica Conduta Evolução. * * RBV, 34 anos, diabética. Idade gestacional 37 semanas. Sem antecedentes de infecção. Caso clinico Nº 2 * RN nasceu de parto normal, evoluiu com desconforto respiratório Precoce: BAN, tiragem intercostal e gemido intenso. Precisou intubar com ± 50 minutos de vida. Caso clinico Nº 2 * Hemograma normal Caso clinico Nº 2 * Caso clinico Nº 2 Hipótese diagnóstica Conduta Evolução... A hipótese diagnóstica foi confirmada? * E.L.B. 20 anos, 37 semanas, sem antecedentes de infecção. Parto cesárea eletiva (terceira cesárea) Caso clinico Nº 3 * Caso clinico Nº 3 RN apresentou desconforto respiratório desde o nascimento: FR 90 ipm, TIC, sem gemência, melhora muito com oxigênio 40%. * Caso clinico Nº 3 * Caso clinico Nº 3 Hipótese diagnóstica Conduta Evolução . Análise retrospectiva * Mãe primigesta 17 anos, solteira. Chegou as 23 horas. Refere que o bebê não mexe desde ontem de manhã. À ausculta: bradicardia fetal intensa. Líquido em “papa de ervilha” na calcinha. Caso clinico Nº 4 * Caso clinico Nº 4 RN nasceu deprimido, asfixiado, Apgar 1-2-4. Impregnado em mecônio Intubado na sala de parto, evolui com saturação baixa (45%), mesmo com FiO2 de 100%. * Caso clinico Nº 4 * Caso clinico Nº 4 * Caso clinico Nº 4 Hipótese diagnóstica Evolução . Análise retrospectiva * Caso clinico Nº 5 Mãe 15 anos, solteira, 30 semanas, Bolsa íntegra. Não fez pré-natal. Nega infecções. Não quer ficar internada, quer apenas remédio para dor. O namorado (17 anos) diz que se responsabiliza pela alta da paciente. * Caso clinico Nº 5 RN nasceu com 750 gramas, muito gemente, TIC e BAN importantes. Foi intubado e internado na UTIN. * Caso clinico Nº 5 Hemograma “border line” * Hipótese diagnóstica Conduta Caso clinico Nº 5 * Caso clinico Nº 5 Após surfactante pulmonar, Foi possível diminuir a FiO2 De 100% para 60%. Não tolera CPAP nasal. Apresenta hipotensão, precisa de drogas para Manter PA estável. No 2º dia ainda intubado, precisou de uma 2ª dose de surfactante, Por do requerimento de oxigênio. * No D 4 de antibiótico começou a melhorar, sendo possível diminuir a FiO2 até 30%. Extubado no mesmo dia. Começou a aceitar a dieta no D6 de antibiótico. Analise retrospectiva Caso clinico Nº 5 *
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