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Pâncreas: Glândula Mista Exócrina e Endócrina

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PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula mista exócrina e endócrina, que produz enzimas digestivas e hormônios. As enzimas são armazenadas e secretadas por células da porção exócrina, arranjadas em ácinos. Os hormônios são sintetizados em grupamentos de células epiteliais endócrinas conhecidos como ilhotas pancreáticas (ilhotas de Langerhans) (ver Capítulo 21, Sistema Genital Masculino). A porção exócrina do pâncreas é uma glândula acinosa composta, similar à glândula parótida em estrutura. Em cortes histológicos, a distinção entre essas duas glândulas pode ser feita com base na ausência de ductos estriados e na existência das ilhotas pancreáticas no pâncreas. Outro detalhe característico do pâncreas é a penetração das porções iniciais dos ductos intercalares no lúmen dos ácinos. Núcleos circundados por citoplasma claro pertencem às células centroacinosas, que constituem a porção intra-acinosa dos ductos intercalares (Figuras 16.5 e 16.6). Essas células são encontradas apenas nos ácinos pancreáticos, e os ductos intercalares são tributários de ductos interlobulares maiores revestidos por epitélio colunar. O ácino pancreático exócrino é constituído por várias células serosas que circundam um lúmen (ver Figuras 16.6 a 16.8), as quais são polarizadas, com um núcleo esférico, sendo típicas células secretoras de proteínas. A quantidade de grânulos de secreção (grânulos de zimogênio) existentes em cada célula varia de acordo com a fase digestiva, sendo máxima em animais em jejum.
Uma cápsula delgada de tecido conjuntivo reveste o pâncreas e envia septos para o seu interior, separando-o em lóbulos. Os ácinos são circundados por uma lâmina basal, que é sustentada por uma bainha delicada de fibras reticulares. O pâncreas também tem uma rede capilar extensa, essencial para o processo de secreção.
FIGURA 16.5 Ilustração da estrutura de um ácino pancreático. Células acinosas (escuras) são piramidais, com grânulos no polo apical e retículo endoplasmático granuloso na base. O ducto intercalar penetra parcialmente o ácino. Essas células ductais são conhecidas como células centroacinosas (claras). Observe a ausência de células mioepiteliais.
Além de água e íons, o pâncreas exócrino humano secreta diversas proteinases (tripsinogênios 1, 2 e 3, quimiotripsinogênio, pré-elastases 1 e 2, proteinase E, calicreinogênio, pré-carboxipeptidases A1, A2, B1 e B2), amilase, lipases (lipase de triglicerídios, colipase e hidrolase carboxil-éster), fosfolipase A2 e nucleases (ribonuclease, desoxirribonuclease). A maioria das enzimas é armazenada na forma inativa (pré-enzimas) nos grânulos de secreção das células acinosas, sendo ativada no lúmen do intestino delgado após a secreção. Esse fato é muito importante para a proteção do pâncreas contra a atividade dessas enzimas.
HISTOLOGIA APLICADA
Na pancreatite hemorrágica aguda, as pré-enzimas podem ser ativadas e digerir todo o pâncreas, levando a complicações muito sérias. Esse quadro pode ser provocado por alcoolismo, fatores metabólicos, cálculos biliares, traumatismo, infecção e uso de determinados fármacos.
A secreção pancreática exócrina é controlada principalmente por meio de dois hormônios – secretina e colecistoquinina – que são produzidos por células enteroendócrinas da mucosa intestinal (duodeno e jejuno). O estímulo do nervo vago (parassimpático) também aumenta a secreção pancreática. Na verdade, hormônios e sistema nervoso agem conjuntamente no controle da secreção pancreática.
A existência de ácido (pH < 4,5) no lúmen intestinal é um forte estímulo para a secreção de secretina, hormônio que promove uma secreção fluida abundante, pobre em atividade enzimática e rica em bicarbonato. Essa secreção alcalina é produzida pelas células dos ductos intercalares e serve para neutralizar a acidez do quimo (alimento parcialmente digerido), para que as enzimas pancreáticas possam funcionar em sua faixa ótima de pH (neutro). A liberação de colecistoquinina é estimulada por ácidos graxos de cadeia longa, ácido gástrico e alguns aminoácidos essenciais no lúmen intestinal. A colecistoquinina promove uma secreção pouco abundante e rica em enzimas, atuando principalmente na extrusão dos grânulos de zimogênio. A ação integrada da secretina e da colecistoquinina provê a secreção abundante de suco pancreático alcalino, rico em enzimas.
ILHOTAS PANCREÁTICAS
Também denominadas ilhotas de Langerhans, constituem a porção endócrina do pâncreas e apresentam-se sob a forma de aglomerados arredondados de células, imersos no tecido exócrino. São células poligonais ou arredondadas associadas a capilares fenestrados e separadas dos ácinos pancreáticos por fibras reticulares. Coram-se pouco pela hematoxilina-eosina (H.E.), e por isso são claras. Distinguem-se por colorações especiais pelo menos quatro tipos celulares nas ilhotas: alfa, beta, delta e F. Essas células possuem grânulos de secreção pequenos e arredondados, próximos a um vaso sanguíneo, e o aparelho de Golgi e o REG são pouco desenvolvidos. As células beta produzem a insulina – um hormônio hipoglicemiante, e as células alfa, o glucagon – um hormônio hiperglicemiante. Já as células delta produzem a somatostatina, um fator inibidor do hormônio de crescimento e as células F, o polipeptídeo pancreático, que regula o apetite e a ingestão alimentar. Deve ser lembrado que existem inúmeros tipos de células nas ilhotas (Fig. 20.6).
12.2.5 Pâncreas
O pâncreas é considerado uma glândula mista, pois tem função endócrina e exócrina. A por- ção exócrina produz suco pancreático, que participa da digestão, e a endócrina produz hormônio, que participa do metabolismo de glicose(1)(2).
O pâncreas possui em sua constituição as ilhotas de Langerhans, constituídas de células que secretam a insulina. Essas têm a função de regular e manter o nível de insulina no organismo normal, e quando esse índice aumenta, a insulina é secretada pelo pâncreas, e quando ocorre o contrário, o índice de insulina cai, é secretado o glucagon, que tem ação direta sob o fígado, onde é promovida a liberação de glicose armazenada em forma de glicogênio.
Pâncreas
 O pâncreas situa-se principalmente posterior ao estômago (Figs. 4.87 e 4.88). Estende-se transversalmente na parede posterior do abdome, com o duodeno à direita e com o baço à esquerda. O pâncreas é (de forma secundária) retroperitoneal, exceto por uma pequena área de sua cauda, e consiste de cabeça, processo uncinado, colo, corpo e cauda: 
• a cabeça do pâncreas repousa na concavidade, em forma de um C, do duodeno;
 • projetando-se a partir da parte inferior da cabeça está o processo uncinado, que passa posteriomente aos vasos mesentéricos superiores;
 • o colo do pâncreas é anterior aos vasos mesentéricos superior e posterior à cabeça do pâncreas as veias mesentérica superior e esplênica se unem para formar a veia porta do fígado;
 » a cauda do pâncrea s termina ao passar entre as camadas do ligamento esplenorrenal.
 0 dueto pancreático inicia-se na cauda do pâncreas (Fig. 4.89).
 Passa à direita através do corpo e após penetrar na cabeça do pâncreas curva-se inferiormente. Na parte inferior da cabeça do pâncreas, o dueto pancreático une-se ao dueto biliar. A união dessas duas estruturas forma a ampola hepatoVeia cava inferior Rim direito Duodeno Processo uncinado Veia mesentérica superior Rim esquerdo Artéria mesentérica superior 288 Fig. 4.87 Pâncreas. pancreátic a (ampola de Vater), a qual penetra na parte descendente do duodeno na papila duodenal maior. Envolvendo a ampola existe o esfineter da ampola (esfíncter de Oddi), formado por músculo liso. 0 dueto pancreátic o acessório desemboca no duodeno, logo acima da papila duodenal maior, na papila duodenal menor (Fig. 4.89). Se o dueto acessório se originar a partir da papila menor para o interior da cabeça do pâncreas, nota-se um ponto de ramificação: s um ramo continua para a esquerda, através da cabeça do pâncreas e pode-se conectar ao dueto pancreático quando este curva-se inferiormente; • um segundoramo direciona-se inferiormente para a parte inferior da cabeça do pâncreas, anterior ao dueto pancreá- tico e termina no processo uncinado. Os duetos pancreáticos principal e acessório normalmente comunicam-se entre si. A existência desses dois duetos denota uma origem embriológica do pâncreas a partir dos processos dorsal e ventral.
Pâncreas
O pâncreas, uma glândula acessória do sistema digestório, alongada, situa-se retroperitoneal e transversalmente cruzando a parede abdominal posterior, atrás do estômago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda (Figura 2.25). A raiz do mesocolo transverso encontra-se ao longo de sua margem anterior. O pâncreas produz secreção exócrina (suco pancreático proveniente das células acinares) que entra no duodeno e secreções endócrinas (glucagon e insulina provenientes das ilhotas pancreáticas [de Langerhans]) que entram no sangue.
Para fins descritivos, o pâncreas é dividido em quatro partes: cabeça, colo, corpo e cauda (Figuras 2.25 e 2.35).
•A cabeça do pâncreas, a parte expandida da glândula, é envolvida pela curvatura do duodeno em forma de C. O processo uncinado, uma projeção da parte inferior da cabeça do pâncreas, estende-se medialmente para a esquerda, posterior à artéria mesentérica superior.
•O colo do pâncreas é curto e se estende sobre os vasos mesentéricos superiores, que formam um sulco na sua face posterior.
•O corpo do pâncreas continua a partir do colo e se situa à esquerda da artéria e veia mesentéricas superiores.
•A cauda do pâncreas está intimamente relacionada com o hilo esplênico e a flexura esquerda do colo. A cauda é relativamente móvel e passa entre as camadas do ligamento esplenorrenal juntamente com os vasos esplênicos (Figura 2.33).
O ducto pancreático começa na cauda do pâncreas e segue pelo parênquima da glândula para sua cabeça, onde se curva inferiormente e se funde com o ducto colédoco (Figura 2.35).
O ducto colédoco (antes chamado de ducto bilífero comum) cruza a face posterossuperior da cabeça do pâncreas ou está inserido na sua substância. Os ductos pancreático e colédoco se unem para formar a ampola hepatopancreática curta e dilatada (Figura 2.35B), que se abre na parte descendente do duodeno, no ápice da papila maior do duodeno. Diversos músculos esfíncteres lisos ocorrem nessa área. O músculo esfíncter do ducto colédoco (em torno da parte terminal do ducto colédoco) controla o fluxo de bile. O músculo esfíncter do ducto pancreático (em torno da parte terminal do ducto pancreático) impede o refluxo da bile para o ducto pancreático. Já o músculo esfíncter da ampola hepatopancreática (esfíncter de Oddi), em torno da ampola hepatopancreática, impede o conteúdo duodenal de entrarem na ampola. O ducto pancreático acessório drena o processo uncinado e a parte inferior da cabeça do pâncreas e se abre no duodeno, pela papila menor do duodeno (Figura 2.35B). Em geral, o ducto pancreático acessório comunica-se com o ducto pancreático, mas em algumas pessoas é um ducto separado.
As artérias pancreáticas derivam principalmente dos ramos da artéria esplênica (Figura 2.34A, Tabela 2.5). As artérias pancreaticoduodenais superioresanterior e posterior, ramos da artéria gastroduodenal, e os ramos anterior e posterior da artéria pancreaticoduodenal inferior, ramos da artéria mesentérica superior, suprem a cabeça do pâncreas.
 As veias pancreáticas são tributárias das partes esplênica e mesentérica superior da veia porta do fígado; contudo, a maioria delas drena para a veia esplênica (Figura 2.34B). 
Os vasos linfáticos pancreáticos acompanham os vasos sanguíneos (Figura 2.34C). A maioria deles termina nos linfonodos pancreáticos e esplênicos que se situam ao longo da artéria esplênica, mas alguns vasos terminam nos linfonodos pilóricos. Os vasos eferentes provenientes desses linfonodos drenam para os linfonodos mesentéricos superiores, ou para os linfonodos celíacos, via linfonodos hepáticos.
Os nervos do pâncreas são derivados dos nervos vago e esplâncnico abdominopélvico que passam pelo diafragma (Figura 2.34D). As fibras nervosas parassimpáticas e simpáticas alcançam o pâncreas passando ao longo das artérias provenientes do plexo celíaco e plexo mesentérico superior. Além das fibras simpáticas que seguem para os vasos sanguíneos, fibras simpáticas e parassimpáticas são distribuídas para as células acinares e ilhotas pancreáticas. As fibras parassimpáticas são secretomotoras, mas a secreção pancreática é mediada principalmente pelos hormônios secretina e colecistocinina, formados no duodeno e na parte proximal do intestino.
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