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Aulas de Nutrição e Biodisponibilidade de Nutrientes

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Vitaminas:
As vitaminas são importantes no desenvolvimento de processos celulares.
Não é energética
Não é digerida, ou seja, não precisa ser quebrada para ser absorvida 
Vitamina pode atuar como coenzima (atuar junto com as enzimas)
São divididas em 2 grupos: Vitaminas Lipossolúveis e Vitaminas Hidrossolúveis.
Vitaminas Lipossolúveis: 
Solúvel em lipídeos 
Armazenada no nosso corpo
KEDA
K (Koagulação)
E (Estéril)
D (RaquiDismo)
A (CegueirA)
Vitaminas Hidrossolúveis: 
Solúvel em água
Não é armazenada no nosso corpo
Vitamina C – antioxidante (combate os radicais livres); bom funcionamento do sistema imune; faz síntese de colágeno e elastina.
Vitaminas do complexo B (B1, B2,B3,B5,B6,B8,B9,B12) - vitaminas do complexo B participam do metabolismo de construção ou quebra de macromoléculas, ou são cofatores de enzimas ou moléculas que participam na síntese de outras macromoléculas. 
Vitaminas Lipossolúveis
Vitamina A (Retinol)
A vitamina A inclui o retinol e os compostos relacionados, ou, seja, os carotenoides.
Retinol: Origem animal 
Carotenoides: encontrada principalmente nos vegetais e a grande maioria está na forma de precursor.
Fontes de vitamina A: (Marlene)
Vitamina A pré-formada (ativa):
Alimentos de origem animal – leite, fígado, ovos.
Capacidade de absorção na forma ativa de vitamina A é de 70-90%.
Precursores da Vitamina A (Carotenoídes):
Alimentos de origem vegetal – mamão, cenoura, batata doce, espinafre, caqui, tucumã, pupunha (sendo as duas últimas frutas do cerrado)
Capacidade de absorção dos carotenoides é de 20 – 50% 
Formas biologicamente ativas: (Slide Carina)
Retinol (vitamina A1): encontrado em alimentos de origem animal e pequeno número de bactérias. Por ser quimicamente estável o retinol não é encontrado em grande quantidade em alimentos e tecidos, mas está presente em ésteres, sobretudo o palmitato de retinila.
Retinal e ácido retinóico: ocorrem em pequenas quantidades no formato do trans.
3-deidrorretinol (vitamina A2): peixes de água doce e anfíbios → Pode ser reduzido em retinol in vivo e possui 30 a 40% da atividade do retinol.
Carotenóides: menos de 10% são fontes potenciais de Vitamina A - B-caroteno, a- caroteno e y-carotenos e criptoxantina. 
a- caroteno: É considerado um supressor da formação de tumores e cânceres mais eficaz que o beta-caroteno, agindo também na paralisação do ciclo de multiplicação celular. É um isómero primário do caroteno que se difere do b- caroteno pela posição da dupla ligação do anel benzênico terminal.
B- caroteno: O mais importante dos carotenoides, se converte em vitamina A.
Y- caroteno: tem estrutura molecular semelhante a vitamina A (vitâmero) formado pela clivação (quebra) de licopeno, que é um carotenoide. 
Criptoxantinas: Criptoxantina é um pigmento carotenoide natural da classe das xantofilas com função antioxidante e semelhante ao b-caroteno, com acréscimo de um grupo hidroxilo. Pode ser isolado a partir de papaia, laranja, gema de ovo e soro bovino.
Estudos demonstram que os carotenóides possuem atividade antioxidante, sendo importantes não só como precursores de vitamina A, mas por combaterem RL.
Funções da vitamina A
Retinol participa do grupo prostético das opsoninas: proteínas sensíveis à luz na retina – A vitamina A (11-cis retinal) é um componente de cones e bastonetes, situados na retina que é um componente sensível a luz. Os cones são responsáveis pela visão colorida e os bastonetes responsáveis pela visão em luminosidade baixa ou no escuro. A rodopsina é a proteína que forma os bastonetes (células relacionadas a visão colorida ou preta e branca) e consiste de 11-cis-retinal ligado a opsina. Quando a luz atinge o pigmento visual ocorre a isomeração da dupla ligação delta-11-cis, a dissociação do complexo rodopsina, dando origem a opsina e ao retinal-trans, que é inativo na síntese da rodopsina. O retinal 11-cis une-se então à opsina, ressintetizando a rodopsina. Sem vitamina A vai dar problema na rodopsina, ou seja, não forma direito os bastonetes e aí ocorre cegueira noturna). Nos processos de desintegração da rodopsina e isomeração do retinol, há liberação de energia, que ativa o nervo óptico e resulta na excitação nervosa que propicia a visão. Portanto, o 11-cis-retinaldeído é a forma mais importante para a iniciação do ciclo visual. Quando há diminuição do retinol circulante, a reconstituição da rodopsina torna-se mais lenta, provocando a cegueira noturna, distúrbio funcional mais precoce da hipovitaminose A.
Participa da síntese de algumas glicoproteínas: atua na síntese da maioria das glicoproteínas que contém manose (CHO de 6 carbonos) - produção de muco e na resistência às infecções. Nesse caso a deficiência de vitamina A pode reduzir a secreção de mucina (glicoproteína que confere viscosidade ao muco), podendo causar a “liquefação” da córnea observada na Xerostomia (xerostomia = secura nos olhos).
Atua como reguladora e moduladora do crescimento e da diferenciação celular: O retinol e ácido retinoico estão relacionados a proliferação e diferenciação celular, espermatogênese, desenvolvimento fetal, resposta imunológica, paladar, audição, apetite e crescimento. O ácido retinóico está associado ao crescimento e diferenciação celular e o retinol é importante para a fertilidade de animais.
Nas formas de retinol e ácido retinóico é essencial para função dos testículos e útero. 
O ácido retinóico tem papel na síntese de testosterona: embora o ácido retinóico garanta a síntese de testosterona, ele não garante a espermatogênese nem o desenvolvimento de placenta em experimentos com animais deficientes em vitamina A.
Essencial para o desenvolvimento normal do osso: o retinol inibe a síntese de colágeno; o ácido retinóico estimula a síntese de proteínas não colágenas dos ossos.
Ingestão, absorção, Biodisponibilidade e Metabolismo.
Cerca de 70 a 90% do retinol da dieta é absorvido, mesmo em altas doses.
Depende da absorção concomitante de lipídios, por se tratar de vitamina lipossolúvel.
Ruptura mecânica e enzimática da matriz alimentar - boca, estômago e duodeno → liberação dos ésteres de retinila ou carotenoides que serão incorporadas as gotículas de lipídeos em emulsão no estômago.
Com ação das lipases gástricas, lipases pancreáticas e sais biliares secretados no duodeno, ocorre a formação de micelas mistas.
Micelas:  Depois de ingeridos, os lipídeos são "quebrados" em moléculas menores e mais fáceis de serem absorvidos (isso ocorre no estômago e intestino). Depois que são absorvidos, eles caem na corrente sanguínea em forma de micelas para atuarem na síntese de hormônios, proteção da termorregulação, etc. As micelas não são solúveis em água, por isso, não se solubilizam no sangue favorecendo assim o seu transporte dentro do nosso corpo.
Ésteres de retinila: são hidrolisados pelas lipases pancreáticas no duodeno e pela fosfolipase B na superfície das células da mucosa intestinal.
Hidrólise: reação química de quebra de ligação química de uma molécula com a adição de uma molécula água.
Fosfolípase: hidrolisa éster presente nos fosfolipídeos.
Éster: ácido com álcool.
Retinol livre em concentrações fisiológicas: é absorvido por difusão facilitada. Difusão facilitada: passagem de solutos pelas proteínas de membrana plasmática ( quem faz isso = solutos polares – açúcar, glicose, aminoácido, algumas vitaminas)
Retinol livre em concentrações farmacológicas (suplementação): é absorvido por difusão simples. Difusão simples: passagem de solutos (partículas) pelos lipídeos da membrana plasmática, ou seja, bicamada lipídica.
Soluto não gosta de local cheio de soluto, ele passa do meio mais concentrado pro menos concentrado.
Enterócito: No enterócito o RETINOL se liga a CRBP-II (proteína de ligação ao retinol celular tipo II) é reesterificado pela enzima LRAT (lecitina retinol aciltransferase) e secretado como um componente dos quilomícrons no sistema linfático. 
Quilomícrons: fazem o transporte de triacilglicerois, que é insolúvelem água e por isso não pode ser lançada na corrente sanguínea sem uma estrutura de transporte. Os quilomícrons por sua vez entram na circulação sanguínea e quando ficam pobres em trialgliceróis passam a ser chamados de quilomícrons remanescentes. Os ésteres de retinila dos quilomícrons remanescentes vão para o fígado pela veia portal e são captados por receptores específicos, e aí serão hidrolisados em retinol, que se une a apo-RBP (proteína ligadora de retinol).
Quando as reservas hepáticas da vitamina estão adequadas, a maior parte do retinol é transferido para as células estelares como ésteres de retinila.
Armazenamento: O principal local de armazenamento de vitamina A é o fígado (na ordem de 50 a 80%), sendo essa reserva suficiente para vários meses.
→ Quando as reservas hepáticas de vitamina A estão baixas, ocorre um acúmulo de RBP no fígado. 
B- caroteno e outros precursores de vitamina A: absorvidos por difusão simples e hidrolisados no interior das células da mucosa intestinal 15,15’ dioxigenase, gerando retinal, que é complexado por CRBP-II, sendo reduzido a retinol-CRBP-II pela retinal redutase esterificado pela LRAT. Formando ésteres de retinila secretados pelo enterócito com os ésteres formados do retinol da dieta.
Difusão simples: passagem de solutos (partículas) pelos lipídeos da membrana plasmática.
Atividade biológica do B-caroteno: é mais baixa que a do retinol por 3 fatores:
→ A absorção de B-caroteno:
20a50% de uma dose teste sob condições normais;
Diminui quando aumenta a ingestão chegando apenas a 10% da quantidade ingerida.
Integridade da parede celular das plantas, conteúdo de gordura da dieta ou da refeição teste.
→ Ação da caroteno dioxigenase e aumento da ingestão de caroteno. A caroteno dioxeganase tem função de manter as recomendações de vitamina A provenientes de B- caroteno, mas com aumento da ingestão de b- carotenos e adequação das recomendações de vitamina A a conversão de B- caroteno em vitamina A é reduzida.
→ O principal local de ação da dioxigenase de caroteno é na ligação centra l15-15’ do b- caroteno, mas uma clivagem assimétrica também pode ocorrer, levando a formação de apocarotenais, que são oxidados a ácido retinóico e não podem dar origem ao renaldeído, influenciando na biodisponibilidade.
Reservas de Retinol hepático
O retinol é armazenado principalmente no fígado (50-80%) e em pequena quantidade em outros tecidos (tecidos periféricos).
Reservas baixas de retinol – baixa ingestão prolongada.
Catabolismo e excreção de retinol
Quando aumenta a ingestão de retinol e a concentração do fígado ultrapassa 70umol/kg ocorre ação da citocromo P$%) mitocondrial- dependente de oxidação, que transforma esse excesso em vários metabolitos que serão excretados na URINA E BILE. 
Obs: Em casos de altas doses, esse sistema satura, ou seja, pode ocorrer toxicidade porque o catabolismo e excreção ficam prejudicados.
RPB plasmática
O retinol é liberado do fígado ligado a uma globulina, a RBP, responsável pela manutenção de vitamina A em solução aquosa e pelo transporte da vitamina nos tecidos periféricos.
RBP pode se ligar ao ácido retinóico in vitro, o ácido retinóico liberado para a CS pelo fígado é transportado pela albumina.
Albumina: PTN com função de transporte (transporta hormônios lipossolúveis, ácidos graxos livres, hormônios da tireoide, etc.).
A RBP liga 1 mol de retinol para 1mol de proteína e forma complexo 1:1 com uma pré-albumina ligante de tiroxina (TTR- transtirretina)., para evitar perda na urina, já que o retinol ligado á RBP seria filtrado pelos glomérulos.
Receptores na superfície das células dos tecidos-alvo captam o retinol do complexo RBP-transtirretina e tornam a RBP inativa, assim a apo-RBP pode ser filtrada nos glomérulos.
Desnutrição energético-protéica devido a síntese prejudicada de RBP pelo fígado e por dificuldade na liberação de retinol das reservas hepáticas.
A DEP pode causar xeroftalmia, mesmo com reservas hepáticas adequadas de retinol.
Deficiência de zinco também prejudica a síntese de RBP pelo fígado, podendo ser causa secundária de deficiência da vitamina A.
O retinol captado pelos receptores de superfícies de células se liga a uma RBP intracelular, encontrada em muitos tecidos, o retinol é oxidado para retinilaldeído e depois para ácido retinóico por meio da ação da álcool desidrogenase e da retinol desidrogenase. Esse processo de oxidação não ocorre na retina.
O ácido retinóico também é captado do plasma por uma proteína ligadora de ácido retinóico intracelular, encontrada em vários tecidos, exceto músculos, rins, ID, fígado, pulmões e baço.
Fatores que interferem na disponibilidade de Vitamina A e carotenoides
Existem vários eventos que podem interferir na biodisponibilidade de carotenoides e sua bioconversão em vitamina A. A Proposta SLAMANGHI descreve esses eventos.
S – especiação de carotenoides 
L – ligação molecular
A – quantidade ingerida de carotenoides
M - matriz alimentar
A – atenuantes da absorção e bioconversão
N – estado nutricional
G – fatores genéticos
H – fatores relacionados aos indivíduos
I - interações 
Especiação de carotenoides: A estrutura, propriedade física e química dos carotenoides determinam seu aproveitamento, sendo que B- caroteno é melhor aproveitado. O b- caroteno é mais encontrado na natureza, sendo encontrado principalmente em frutas e vegetais.
Ligação molecular: Os ésteres de carotenoides são facilmente liberados no intestino, portanto a ligação molecular pouco interfere na biodisponibilidade de carotenoides.
Quantidade ingerida de carotenoides: O conteúdo de pró-vitamina A varia de um alimento para o outro, mesmo que ambos sejam o mesmo tipo de alimento, devido ao estágio de maturação, diferença de cultivo, variedade, efeito climático e geográfico, parte utilizada da planta, manejo pós colheita, cocção e armazenamento. Portanto tanto a quantidade, quanto o tipo e a forma de carotenoides influenciam na sua biodisponibilidade.
Matriz alimentar:
→ Caroteno dissolvido em óleo é absorvido mais facilmente que b-caroteno de alimentos. 
→ B-caroteno de frutos foi mais efetivo para aumentar a concentração de retinol e b-caroteno no plasma comparados a vegetais verde-escuros– cromoplasto (frutas) x cloroplasto (folhas) - localização intracelular dos carotenoides →menos eficientemente absorvido no trato intestinal. 
 
 → A cocção parece aumentar o conteúdo de carotenoides em vegetais por causa da facilidade de extração da matriz, ocasionada pelo rompimento da parede celular da planta e descomplexação da proteína. 
Estudos controversos: isomerização das pró-vitaminas A trans a isômeros cis, com utilização de calor, reduz o valor da vitamina A nos alimentos.
A oxidação enzimática ou não enzimática durante o armazenamento dos alimentos é a PRINCIPAL causa de DEGRADAÇÃO DOS CAROTENOIDES.
Atenuantes da absorção e bioconversão
A absorção de carotenoides é similar a dos lipídeos – envolve incorporação e liberação dos mesmos juntos as micelas. SENDO ESSÊNCIAL A INGESTÃO DE LIPÍDEOS.
A quantia de 5g de óleo na deita já é suficiente para a captação de carotenoides, melhora na absorção de retinol e melhoria do EN referente a vitamina A. Nos estudos de Borel, essa informação é contraditória.
Olestra– poliéster de sacarose e substituto não-absorvível do óleo, pode interferir na biodisponibilidade de carotenoides, principalmente licopeno e b-caroteno, por serem os mais lipofílicos (alta afinidade por lipídeos e absorvível por lipídeos).
Fibra alimentar resulta em maior excreção fecal de ácidos biliares e lipídios, por interagir com sais biliares e lipídeos–estudos contraditórios.
Consumo de etanol pode resultar na depleção da vitamina A por sobreposição das vias metabólicas com o retinol e competição por enzimas similares.
O estado nutricional referente a vitamina A: está relacionado a ingestão de proteínas e zinco que quando baixas refletemna atividade reduzida da dioxigenase em ratos e na produção limitada de RBP. Da mesma forma, o zinco desempenha função essencial na síntese de RBP.
Fatores genéticos:
Falha na ruptura do B-caroteno pode levar a carotenemia mesmo com ingestão adequada ou baixa de carotenoides. Esta doença também pode estar relacionada com a dieta.
Fatores relacionados ao indivíduo:
estado nutricional, herança genética, metabolismo, uso de álcool, cigarro, idade e doenças podem acarretar em diferenças na resposta sérica após ingestão de carotenoides dietéticos. A má absorção de vitamina A pode ocorrer em casos de diarreia, infecções intestinais e parasitoses, como a Ascaris lumbricoides–altera a morfologia da mucosa intestinal.
Interações:
Ferro: deficiência de ferro altera a distribuição da vitamina A no fígado e no plasma. Deficiência de vitamina A prejudica a mobilização de ferro dos estoques e sua suplementação aumenta a concentração de hemoglobina.
Zinco: essencial para síntese de RBP e, portanto, para a mobilização o e o transporte da vitamina A do fígado para a circulação. Interação entre zinco e vitamina A tem sido postulada no ciclo visual–deficiência de zinco acarreta síntese diminuída de rodopsina em ratos.
Carotenoides: interações competitivas entre diferentes carotenoides podem ocorrer em nível de incorporação nas micelas, captação intestinal e transporte linfático.
Recomendações de Vitamina A:
RDA para homens adultos- 900 ug/dia de equivalentes de retinol.
EAR: 627 ug/dia
Toxicidade:
Aguda: Na forma aguda altas doses retinol causam náusea, vômitos, dor de cabeça, com aumento da pressão do fluído cerebrospinal – sinais desaparecem em poucos dias.
Crônica: ingestões habituais e prolongadas superiores a 7,5 a 9 mg/dia afetam o SNC (causando dor de cabeça, náusea, ataxia e anorexia, todas associadas com o aumento da pressão do fluído cerebrospinal), o fígado (causando hepatomegalia – aumento do fígado, hiperlipidemia, e mudanças histológicas, como o aumento na formação de colágeno), nos ossos (hipercalcemia, dores nas articulações, calcificação dos tecidos moles, espessamento os ossos longos)e pele (secura na pele, escamação, rachadura, descamação e alopecia – perda de pelo e cabelo)
Gestação: Ingestões acima de 3.300 ug/dia durante a gestação– associadas a defeitos no nascimento, sendo mais crítico no 1º mês de gestação, pois o sistema RBP da placenta e fetal não está totalmente desenvolvido, ai o feto absorve mais retinol que deveria.
Sociedade de Teratologia recomendam suplementação de no máximo 2.400ug/dia.
Situação da Vitamina A no Brasil:
Deficiência de Vitamina A é um problema de Saúde Pública, principalmente no Nordeste.
Hipovitaminose de vitamina A: Xeroftalmia
Hipovitaminose de vitamina A e Xeroftalmia: estão associadas ao desmame precoce (antes de 1 ano), infecções e alimentação inadequada.
Alguns estados da região Sudeste- Rio de Janeiro: parâmetros bioquímicos baixos na população em geral e também em recém -nascido (Retinolséricoinferiora20ug/dL).
Critério da OMS/UNICEF- ocorrência concomitante de xerose conjuntival com mancha de Bitot - condição clínica indicativa de carência de Vitamina A– análise de diagnósticos clínicos da região amazônica não detectou problema de saúde pública relativo à vitamina A ,porém avaliação bioquímica apontou ↓[retinol]em operários de fábrica da área urbana de Manaus e em pré-escolares de um bairro pobre de Manaus.
Inquéritos nutricionais na região Amazônica – Limitação na ingestão energética/população de baixa renda de Manaus–Vitamina A e Zinco são os nutrientes mais limitantes.
Vitamina D (calciferol) 
Formas disponíveis na natureza:
Ergocalciferol (vitamina 2): é obtido de leveduras e de esteróis de plantas (ergosterol), e é utilizado para o enriquecimento e a fortificação de alimentos.
Colecalciferol (vitamina D3): O colecalciferol é formado na pele pela irradiação do 7-deidrocolesterol pelos raios UV-B. Pode ser encontrado na epiderme e na derme. Com a exposição aos raios UV-B, o 7-deidrocolesterol gera o pré-calciferol (pró-vitamina D3). O pré-calciferol, pela ação da temperatura da pele, sofre isomeração para colecalciferol, o qual é absorvido pela circulação sanguínea.
Absorção de Vitamina D
Como a vitamina D é lipossolúvel, quando ingerida é incorporada aos quilomícrons e absorvida pelo sistema linfático. A absorção é maior no intestino delgado e estima-se que cerca de 80% dela sejam absorvidos.
→Doenças que promovem alterações no metabolismo lipídico podem prejudicar a absorção das vitaminas lipossolúveis, e, portanto, também ter influências na biodisponibilidade da vitamina D.
Observações a respeito do metabolismo de colecalciferol (D3):
Idosos: possível causa de deficiência de vitamina D é a diminuição da concentração de 7-deidrocolesterol na epiderme relacionada com a idade, ocorrendo diminuição da capacidade de síntese do colecalciferol endógeno.
Em regiões de clima temperado não ocorre síntese cutânea significativa de vitamina D no inverno. 
→O clima temperado caracteriza regiões cuja temperatura varia regularmente ao longo do ano, com a média acima de 10 °C, nos meses mais quentes e entre -3º e 18 °C, nos meses frios.
Metabolismo da vitamina D:
Colecalciferol/Ergocalciferol – o colecalciferol é formado na pele/ o ergocalciferol é obtido de fontes alimentares, sofrem hidroxilação na posição 25- no fígado e se converte em:
↓
Calcidiol [25 (OH) D3] – principal forma circulante de vitamina D e principal forma de armazenamento no organismo.
O Calcidiol 25 (OH) D tem meia vida no plasma de 10 dias a 3 semanas e é utilizado no tratamento de raquitismo. O calcidiol tem atividade 2 a 5 x maior que a vitamina D 
↓
O calcidiol sofre nova hidroxilação nos túbulos proximais dos rins na posição 1 = ocorre conversão
↓
 Conversão em Calcitriol [1,25 (OH)2 D3]
(forma ativa da vitamina D no organismo)
A enzima calcidiol 1-hidroxilase está presente nos rins e também na placenta, células ósseas, nas glândulas mamárias e nos queratinócitos.
[calcitriol] no plasma permanece relativamente constante, variando de acordo com a regulação do cálcio no organismo, ou seja se a deficiência não for extrema, não ocorrem grandes variações do EN em relação a vitamina D.
Já a concentração plasmática de calcidiol 25 (OH) D diminui significantemente em casos de deficiência. 
A enzima calcidiol 1- hidroxilase ajuda na obtenção de calcitriol fetal – a ingestão adequada de vitamina D na gestação evita pré-eclâmpsia, resistência à insulina, diabete gestacional, vaginose bacteriana e aumento da frequência de parto cesáreo.
A vitamina D é excretada preferencialmente pela bile e pode ser reabsorvida – mas não é um mecanismo importante para a conservação da vitamina no organismo.
Metabólitos mais solúveis da vitamina D– ácido calcitróico–excreção urinária.
Regulação do metabolismo da Vitamina D
A principal função da vitamina D está relacionada a homeostase do Cálcio. O metabolismo da vitamina D é regulado a nível de sua hidroxilação nos RINS, que pode ocorrer tanto na posição 1 como na posição 24, essa regulação ocorre alterando as concentrações de Ca e fosfato.
↑[Calcitriol]no plasma → ↑síntesedecalcidio l24-hidroxilase/ ↓dasíntesedacalcidiol1-hidroxilase. 
↓[Ca]no plasma- ↑paratormônio → ↑calcidiol1-hidroxilase/ ↓calcidiol24-hidroxilase.
↑[Ca] no plasma → ↓paratormônio/↓atividadedacalcidiol1-hidroxilase.
↑[Calcitonina] → ↑atividade da calcidiol 1-hidroxilase e estimula sua síntese.
↓[Fosfato] na alimentação → ↑[calcitriol].
Receptores de Calcitriol
Os receptores de Calcitriol ficam nas células-alvo que possuem receptores para essa substância.
Esses receptores ligam o calcitriol (ou ergocalcitriol), o receptor faz ativação e dimerização (união de 2 monômeros – monômero = molécula pequena que pode se ligar a mais moléculas), então se liga a elementos de resposta de hormônios no DNA – estimula a expressão dos genes associados.
Raquitismo por resistência à vitaminaD (familiar), tipo II–falta de receptores de calcitriol funcionantes ou à presença de receptores anormais com baixa afinidade por calcitriol.
Principal resposta ao calcitriol- indução da síntese da calbindina D (proteína ligadora de cálcio).
Função da Calbindina D: é essencial para a absorção do cálcio, para sua entrada na célula e para a reabsorção do filtrado glomerular no rim.
Funções da Vitamina D (Calciferol)
Manutenção das concentrações normais de cálcio e fósforo no soro (sangue) em uma variação normal.
Essa regulação ocorre pelo aumento da eficiência da absorção intestinal de Ca e fósforo no intestino delgado e pela regulação da atividade osteoblástica e osteoclástica. A atividade osteoblástica é feita por células chamadas osteoblastos; a atividade osteoclástica, por sua vez, pelos osteoclastos.
atividade osteoblástica: síntese de matriz, com impregnação de íons cálcio e fosfato na mesma.
atividade osteoclástica: lise/ destruição do tecido ósseo com mobilização de íons cálcio e fosfato do tecido ósseo para os líquidos corporais.
Reduz a excreção de Ca pelo aumento da reabsorção nos túbulos distais do rim;
Promove mobilização dos minerais dos ossos.
→ O calcitriol também pode agir em outros locais no organismo:
Sistema imune: 
regulação e diferenciação das células precursoras em células especializadas no sistema monócito-macrofágo e estímulo a produção de proteínas antimicrobianas.
A deficiência ou baixa ingestão de calcidiol aumenta o risco para doenças auto-imunes (ex: Lúpus, Doença celíaca, esclerose múltipla).
Gônadas: corresponde aos testículos e ovário.
Regulação da esteroidogênese local → A esteroidogénese refere-se ao processo de produção de hormonas esteroides, tais como o estrogénio e a progesterona.
Controle da foliculogênese e espermatogênese → Foliculogênese: processo de formação, crescimento e maturação folicular (folículo ováriano). Espermatogênese: formação de espermatozóides.
Músculo esquelético: 
Regulação do crescimento de miócitos (células que constituem os músculos) e do volume da massa muscular, do tônus (elasticidade) e da força muscular.
Controle do metabolismo glicídico:
Controle da produção e secreção de insulina
Insulina: hormônio que reduz a taxa de glicemia no sangue (açúcar), pois promove a entrada de glicose nas células.
Cérebro: 
Estímula fator de crescimento neural e desenvolvimento cerebral
Deficiência de Vitamina D
Baixa exposição ao sol.
Indivíduos com problema no metabolismo de lipídeos (pois se trata de uma vitamina lipossolúvel).
Deficiência grave de vitamina D em adultos → osteomalácia – falha na mineralização da matriz orgânica dos ossos, causando ossos fracos, sensíveis a pressão, fraqueza nos músculos, fraqueza nos músculos e aumento do risco de fratura nos ossos.
Em idosos a deficiência de vitamina D pode estar relacionada a menor absorção de Cálcio, podendo causar osteoporose na pós-menopausa.
Em crianças a deficiência de vitamina D está associado ao raquitismo com anormalidades ósseas, porém atualmente isso é raro, devido a fortificação de alimentos.
Obesidade também pode estar associada a baixos níveis de vitamina D, devido ao sequestro da vitamina D pelos adipócitos. Nos adipócitos existem receptores de vitamina D. Outro fator que pode estar envolvido na associação da deficiência de vitamina D e a obesidade é a menor conversão de vitamina D3 em Calcidiol [25 (OH) D] no fígado, devido a esteatose hepática não alcoólica em pessoas obesas. 
Esteatose: fígado gorduroso. 
Medicamentos como antiepiléticos, corticosteroides e medicamentos que reduzem a absorção de gorduras também podem causar deficiência de vitamina D. 
Doenças relacionadas a deficiência de Vitamina D
→ Doença nos ossos (osteomalácia e osteoporose), câncer, DM, esclerose múltipla (lesões nos nervos causam distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo) e HAS. 
Vitamina D e Câncer
A vitamina D quando ingerida conforme a sua recomendação protege contra o câncer, assim como a obtenção da vitamina pela exposição ao sol - apresenta efeitos benéficos sobre o risco de desenvolvimento de câncer de cólon, mama, próstata e ovários.
Vitamina D e Diabetes Mellitus (tipo 1 e 2)
A secreção de insulina é mediada pelo Cálcio, dessa forma alterações na regulação do seu fluxo podem ser prejudiciais à função secretória das células pancreáticas e também na ação da insulina. 
Tanto ingestões inadequadas de Ca quanto de vitamina D poderiam alterar o balanço entre os compartimentos intracelular e extracelular de Ca, afetando a liberação normal de insulina. Ainda, a vitamina pode agir diretamente sobre a ação da insulina por estimular a expressão de receptores desta, podendo aumentar sua sensibilidade.
Vitamina D e HAS
Quanto maior a concentração de vitamina D no soro , menor os valores médios de pressão sanguínea e menor os risco de HAS.
Vitamina D pode estar envolvida na regulação da atividade do sistema renina-angiotensina pela influência exercida sobre a regulação da expressão de genes específicos por essa vitamina.
Avaliação do EN em relação a Vitamina D
Concentração de 25 (OH) D no soro:
Aceitável/desejável>30nmol/L
Baixa<25nmol/L
Deficiente<12nmol/L
A concentração de 25 (OH D no plasma é o melhor indicador do estado nutricional em relação a vitamina D, pois dessa forma é possível relacionar toda a vitamina D disponível, tanto por via alimentar e por síntese endógena (exposição ao sol).
Concentração de 1,25 (OH) 2 D no soro:
Aceitável/desejável:48a100pmol/L
Toxicidade de vitamina D:
Concentração de 25 (OH) D no soro > 200nmol/L
Atualmente recomenda-se ↑ nas concentrações séricas de 25 (OH) D (Calcidiol) – níveis séricos entre 75 a 80nmol/L aliados a maior ingestão alimentar diminuem o risco de DCNT, diabetes e alguns tipos de câncer.
Toxicidade
Toxicidade de vitamina D não ocorre pela exposição ao sol e sim pela ingestão em excesso da vitamina. 
Sintomas da toxicidade de vitamina D: fraqueza, náusea, perda de apetite, dor de cabeça, dores abdominais, câimbras e diarreias.
Hipercalcemia: excesso de Ca no sangue. Ocorre quando as concentrações plasmáticas de Ca atingem 2,75 a 4,5 nmol/L. Pode ocorrer em crianças.
Hipercalcemia–contração involuntária do músculo liso dos vasos→ hipertensão e encefalopatia hipertensiva [Disfunção ou dano cerebral resultante de hipertensão maligna, normalmente associada com uma pressão diastólica maior que 125mmHg. As manifestações clínicas incluem cefaleia ,náuseas, êmese, ataques, estado mental alterado podendo progredir ao coma, papiledema e hemorragia retiniana .Patologicamente, esta condição pode estar associada coma formação de lesões isquêmicas no cérebro (isquemia cerebral) .
Calcinose em rins, coração, pulmão e vasos sanguíneos: 
Observações finais em relação a Vitamina D
No brasil a exposição solar ocorre praticamente durante todo o ano, porém devido ao câncer de pele dermatologistas recomendam o uso de protetores solares com fatores altos de proteção, prejudicando a síntese de vitamina 3 pelo organismo (7- deidrocolesterol). Porém a suplementação em alimentos pode evitar a deficiência da vitamina D, como em crianças e idosos. 
Estudos realizados no Brasil demonstram alta prevalência de deficiência de vitamina D principalmente em idosos institucionalizados.
Afro-descendentes tem níveis menores de Calcidio 25 (OH) D, então precisam de maior exposição solar.
Vitamina E (Tocoferol)
Mecanismos de ação:
É uma vitamina lipossolúvel, portanto é necessário a ingestão de lipídeos.
Possui ação antioxidante, protegendo os ácidos graxos polinsaturados de membranas e outras estruturas celulares do ataque de radicais livres, assim como as hemácias da hemólise.
Hemólise: rompimento/destruição das hemácias.
Pode agir como cofator em alguns sistemas enzimáticos;
Previne a oxidação de vitamina A e C.
Compostos de Vitamina E
Vitamina E se refe a uma família de 8 compostos homólogos de ocorrêncianatural, sintetizados pelas plantas: os tocoferóis e tocotrienóis.
Tocoferoís:
α (ALFA)
β (BETA)
γ (GAMA)
δ (DELTA)
Cadeia lateral saturada.
Tocotrienóis
α (ALFA)
β (BETA)
γ (GAMA)
δ (DELTA)
Cadeia lateral insaturada com 3 duplas ligações
Estrutura Química da Vitamina E
	
Diferença entre estrutura saturada e insaturada 
	
Vitamina E sintética
Além dos compostos tocoferóis e tocotrienóis, existe a forma sintética da vitamina E – mistura dos tocoferóis e tocotrienóis, RRR-a-tocoferol (a-tocoferol natural) e a-tocoferol sintético.
As formas mais importantes da vitamina E para estabelecimento de recomendações nutricionais são as derivadas do a-tocoferol natural (RRR-a-tocoferol )e as 3 outras formas de a-tocoferol sintético(RSR-,RRS-,RSS--tocoferol).
A vitamina E sintética, diferente de outras vitaminas, não tem a mesma atividade biológica que a forma natural, devido a estrutura complexa de sua molécula.
Funções da Vitamina E
Principal função da vitamina E: atuar como antioxidante lipídico. não enzimático tanto in vivo (que ocorre dentro do organismo) quanto in vitro (que ocorre em laboratório), ou seja, age na membrana celular, prevenindo danos à mesma quando inibe a peroxidação lipídica (degradação/oxidação de lipídeos por causa dos RL que roubam elétrons dos lipídeos nas membranas celulares).
Na ausência do ascorbato (vitamina C), as concentrações fisiológicas de a-tocoferol tem menor atividade contra RL.
O radical tocoferoxil pode ser reduzido a tocoferol pela reação com a glutationa, catalisada por uma isoenzima específica de membrana de hidroperóxido glutationa peroxidase, que é uma seleno-enzima. Então, além de seu papel na remoção de produtos da peroxidação lipídica, o Se também tem papel direto na reciclagem de tocoferol.
Mecanismos de absorção de Vitamina E – Captação de vitamina pelos tecidos
A absorção de vitamina E consiste em dois mecanismos: 
Absorção de vitamina E por lipase lipoproteica que libera a vitamina, hidrolisando os triacilgliceróis dos quilomícrons e VLDLs
(Lipase: enzima que catalisa a hidrólise dos ésteres de glicerol de ácidos graxos de cadeia longa (triglicerídeos).
Hidrólise: quebra de uma molécula por ação de uma molécula de água.
Quilomícrons: São estruturas lipoproteicas que possuem a importante função, pois fazem o transporte de triacilgliceróis, molécula insolúvel em água e que, portanto, não pode ser lançada na corrente sanguínea sem uma estrutura de transporte.
Quilomícron é uma lipoproteína, assim como a VLDL – lipoproteínas são HIDROSSOLÚVEIS.
	
Ou pode ser absorvida ligada a LDLs por meio dos receptores dessas lipoproteínas.
A quantidade que será retirada nos tecidos pode depender das proteínas ligadoras de tocoferol.
A eficiência de absorção é variável –20 a 86% de uma dose teste.
Principal local de absorção →intestino delgado: função pancreática adequada/secreção de bile/formação de micelas (condições semelhantes da absorção de gorduras).
Emulsificação de gorduras: Bile contém sais biliares. Os sais biliares têm como função facilitar a ação da lipase pancreática na digestão de lipídeos. Bile agindo nos lipídeos = emulsificação.
Bolha de gordura – a lipase só consegue agir na superfície da bolha, aí a bile parte a bolha em bolhas de gordura menores e ai as lipases conseguem atuar melhor. A emulsificação acelera a digestão de lipídeos.
Micelas: cabeça é POLAR (hidrofílica – tem afinidade pela água)
Cauda é APOLAR (hidrofóbica – tem fobia pela água) – Óleo é apolar, assim como as vitaminas Lipossolúveis. 
Ocorre a formação de micelas quando absorvemos os lipídeos. Depois de ingeridos, eles são "quebrados" em moléculas menores e mais fáceis de serem absorvidos (isso ocorre no estômago e intestino). Depois que são absorvidos, eles caem na corrente sanguínea em forma de micelas.
	
Biodisponibilidade de Vitamina E
Absorção e metabolismo: Todas as formas de vitamina E são absorvidas pelas células intestinais, sem discriminação pela forma química da vitamina E, mas pode haver sim seletividade.
Principal local de absorção da vitamina E – Intestino Delgado, sendo necessário função pancreática adequada, secreção de bile e formação de micelas – condições semelhantes às necessárias para absorção de gorduras, mesmo porque se trata de uma vitamina LIPOSSOLÚVEL.
Nas micelas a Vitamina E se solubiliza → ocorre o transporte através da membrana da borda da escova para os enterócitos por DIFUSÃO PASSIVA – (envolve difusão simples, facilitada e osmose).
Os ésteres de tocoferol precisam ser hidrolisados no ID para serem absorvidos, ou seja, ocorre quebra dos ésteres de tocoferol. Hidrólise: reação química de quebra de ligação química de uma molécula com a adição de uma molécula água.
Vão para o fígado através dos quilomícrons remanescentes. No fígado a proteína a- TTP de 32kDa, escolhe o a- tocoferol para ser incorporado a lipoproteína VLDLs (lipoproteína de muito baixa densidade) – se refere a tal seletividade, embora todas as formas da vitamina sejam absorvidas – a- Tocoferol é predominante no sangue e tecidos.
Esta forma alfa também se acumula em tecidos extra-hepáticos (membranas das mitocôndrias e no retículo endoplasmático do coração e dos pulmões), particularmente nos locais onde a produção de radicais livres é maior. Outras formas ficam menos retidas e são excretadas na bile e na urina.
Reserva de vitamina E: tecido adiposo – gotículas de gordura e membranas celulares.
Excreção: Bile e Urina.
Vitamina E possui absorção limitada: O plasma é limitado em aumentar a concentração de vitamina E. Em indivíduos normais (sadios) as concentrações normais de vitamina E são 25umol/L – a concentração pode aumentar apenas de 2 a 3 vezes, independente da quantidade e da duração da suplementação.
→ A maior parte da vitamina E é metabolizada antes de ser excretada.
Fatores que interferem na Biodisponibilidade de Vitamina E:
Biodisponibilidade é maior quando provém de alimentos fontes de gordura, como óleos vegetais–melhor absorção.
A absorção é aumentada por triacilgliceróis de cadeia média e inibida por ácidos graxos polinsaturados.
Triacilgliceróis de cadeia média: são mais fáceis de serem quebradas e assim geram energia – TCM está presente no óleo de coco, queijo, manteiga, leite, iogurte, óleo de palmito.
AG poliinsaturado: ômega 3 e ômega 6.
A absorção do a-tocoferol é maior em relação aos outros compostos de vitamina E.
Deficiência de Vitamina E
A deficiência de Vitamina E é muito RARA, pois as reservas nos tecidos parecem ser relativamente grandes.
Causas:
Anormalidades genéticas nas apoprotéinas B (alipoproteina derivada do LDL). As apoproteínas possuem a função de possibilitar o transporte de lipídios no sangue.
Anormalidades genéticas na a-TTP (proteína de a- tocoferol no fígado)
Síndromes de má absorção de gordura - pancreatites, obstrução do ducto biliar, doença celíaca. 
→ Anormalidade genéticas na a- TPP e nas apo-B = deficiência grave de vitamina E, causando sintomas neurológicos.
Sintomas neurológicos:
Perda dos reflexos dos tendões, ataxia cerebrar (incoordenação dos movimentos), com uma tendência dos movimentos dos membros em ultrapassar ou não alcançar um objetivo (dismetria),
Tremor durante a tentativa de realizar movimentos (tremor intencional), força e ritmo deficientes dos movimentos rapidamente alternados, disartria (transtornos da articulação da fala , causados por coordenação imperfeita da faringe, laringe, língua ou músculos faciais) e retardo mental.
Em prematuros, as reservas de vitamina E inda são inadequadas, podendo causar anemia hemolítica. 
→ Anemia é a condição na qual o organismo não possui glóbulos vermelhos em quantidade suficiente. Os glóbulos vermelhos são responsáveis por fornecer oxigênio para os tecidos do corpo.
A anemia hemolítica ocorre quando a medula óssea não é capaz de repor os glóbulos vermelhos que estão sendo destruídos. 
A anemia hemolíticatambém tem sua forma autoimune, que ocorre quando o sistema imunológico identifica seus próprios glóbulos vermelhos como corpos estranhos, desenvolvendo anticorpos que atacam as hemácias.
Miopatia do esqueleto (degeneração da musculatura).
Retinite pigmentosa (inflamação da retina) – perda da visão.
Em animais, a deficiência pode afetar o desenvolvimento fetal em fêmeas e atrofia dos testículos nos machos. Porém isso não foi constatado em humanos.
Relação entre a vitamina E e doenças crônicas
Estudos epidemiológicos sugerem associação entre antioxidantes, principalmente a E e a ↓ de morbidade e mortalidade por doença arterial coronariana, principalmente em cultura de células e modelos animais, ao alfa-tocoferol mostrou atividade antioxidante e anti-inflamatória – prevenindo aterosclerose. Em humanos esse efeito é controverso. Não se pode afirmar com clareza se a suplementação de vitamina E combate as doenças cardiovasculares.
Pode apresentar atividade pró-oxidante em algumas situações: fumantes, diabéticos do tipo II ou com elevado consumo de PUFAs (ácidos graxos poli-insaturados – ômega 3 e 6).
Redução da susceptibilidade da LDL à oxidação.
Diabetes Mellitus e Vitamina E
Em estudo realizado em 2008, para verificar o risco de incidência de diabetes do tipo 2 e a ingestão de frutas, verduras e antioxidantes, observou-se que o risco para diabetes do tipo 2 era 13% menor quando havia ingestão adequada de vitamina E, devido as propriedades anti-inflamatórias e por demonstrações in vitro (laboratorial) demonstrar aumento na secreção de insulina, protegendo as células pancreáticas contra os RL.
Câncer e Vitamina E
Recentemente os tocotrienóis tem sido estudado por suas propriedades anti-hipertensivas, neuroprotetoras e anticarcinogênicas com resultados promissores com modelos animais e linhagens celulares humanas.
Tocotrienol = efeito benéfico contra o câncer.
→ Entretanto, a maioria das pesquisas ainda é feita com modelos animais e linhagens celulares humanas, e mais estudos sobre as propriedades anticarcinogênicas dos tocotrienóis são necessários.
Função Imune e Vitamina E
Estudos com animais e seres humanos indicam que a deficiência em vitamina E pode prejudicar a função imune, e que a suplementação da vitamina pode melhorar a resposta imunológica e a resistência contra diversos patógenos.
Estudos demonstraram uma melhora do sistema imune, principalmente de indivíduos idosos.
Catatara
A utilização de suplementos de vitamina E não tem resposta no combate ou diminuição do risco de catarata.
Alterações no SNC
Experimentos com culturas de células e com animais indicam que a vitamina E e outros antioxidantes podem prevenir a morte celular induzida por radicais livres e diminuir a deterioração cognitiva (ou seja do conhecimento) na doença de Alzheimer.
→No caso da Doença de Alzheimer o uso de antioxidantes, assim como a vitamina E está relacionado ao dano oxidativo cerebral.
Resultados controversos também na doença de Parkinson.
Quando foram suplementadas altas doses de vitamina E e de vitamina C, os resultados foram promissores, com retardo na progressão da doença em cerca de 2,5anos.
Vitamina E em alimentos e recomendação de ingestão
Alto consumo de ácidos graxos poliinsaturtados - ↑ necessidade de vitamina E, devido a peroxidação (degradação oxidativa) de ácidos graxos por causa dos radicais livres.
Considera-se que seja necessário de 0,4 a 0,5 mg de vitamina E/ por g de ácido graxo poliinsaturado da dieta.
Alimentos fontes de vitamina E:
Os alimentos que contém maiores concentrações de vitamina E são os óleos vegetais e cereais integrais: óleo de gérmem de trigo, semente de girassol, avelã, óleo de girassol, amendoim, óleo de amêndoa, castanha-do-Brasil, amêndoa, pistache, fígado de peru cozido, óleo de fígado de bacalhau, óleo de milho, óleo de canola, óleo de salmão, gérmem de trigo.
Avaliação do EN relacionado a Vitamina E
*Valores utilizados para a interpretação do estado nutricional relativo à vitamina E
	Classificação
	a-tocoferol no soro / plasma umol/ L ou ug/L
	% de hemólise nos eritrócitos
	Deficiente
	< 11,6
	 >20%
	Baixo
	11,6 – 16,2
	10 – 20
	Aceitável
	>16,2
	<10%
Uso farmacológico e Toxicidade de Vitamina E
A vitamina E tem muito pouco toxidade. Kappus e Diplock concluíram uma revisão sobre a segurança da vitamina E, afirmando que uma ingestão entre 100 – 300 mg/dia pode ser considerada completamente inofensiva, e riscos de efeitos adversos somente ocorreriam com ingestões acima de 3g/dia.
Estudos com animais:
Efeito protetor de suplementos de tocoferol contra uma variedade de espécies geradoras de radicaislivres ,existindo evidências de que níveis relativamente altos de ingestã opoderiam diminuir o risco de doença isquêmica docoração e algumas formas de câncer em seres humanos.
Pouca toxicidade: ingestão habitual de suplementos de até 720mg/dia não apresentaram efeitos adversos detectáveis associadas a ingestão dietética diária entre 0,15 a 2mg de a- tocoferol/Kg de peso corporal.
Riscos de efeitos adversos: doses ↑ a 3 g/dia (Kappus&Diplock).
O NOAEL (NÍVEL DE EFEITO ADVERSO NÃO OBSERVADO) da vitamina E é de 1.200UI (800 mg de a-tocoferol) e o LOAEL (NÍVEL DO MENOR EFEITO OBSERVADO) ainda não foi estabelecido.
NOAEL E LOAEL – serve para avaliação de efeitos tóxicos em seres humanos e outros seres vivos baseado em experimentos em animais e dados epidemiológicos.
Vitamina K (Coagulação)
A vitamina K é importante para que haja coagulação sanguínea- no fígado a vitamina K participa da síntese (produção) de v[árias proteínas envolvidas no processo de coagulação.
Proteína depende vitamina K.
Compostos com atividade de vitamina K
Filoquinona: proveniente dos vegetais – óleos vegetais e hortaliças verde escuras.
Dihidrofiloquinona: hidrogenação comercial de óleos vegetais. Hidrogenação: A hidrogenação converte os óleos vegetais líquidos e insaturados em gorduras sólidas e mais estáveis à temperatura ambiente, produzindo um tipo de gordura conhecida como gordura trans, devido a adição de hidrogênio.
Menaquinonas: alimentos de origem animal e sintetizadas por bactérias da flora intestinal – MK- n. Há várias menaquinonas, e por isso são denominadas MK-n (menaquinonas-n).
Menadiona: composto sintético – pode ser convertido em MK- 4 (não é recomendado por ter efeito tóxico no fígado), atualmente não mais utilizado, também tem atividade vitamínica, pois pode ser convertido para MK-4 pelos vertebrados.
Fontes de vitamina K 
São fontes de Vitamina K: 
Vegetais verdes escuros: espinafre, brócolis, alfaces escuras. Também no brócolis, nabo, aspargo, abacate (nesses últimos em menor concentração) – origem vegetal (filoquinonas)
Produtos laticínios, carnes, ovos – quantidade variável (origem animal – menaquinonas)
Frutas e cereais – pequenas quantidades.
Livro: Quantidade de vitamina K é variável nos alimentos. → → →Filoquinona tem maior concentração de vitamina K- vegetais verde escuros variam de 00,3 a 440 ug/ 100g de alimento. As segundas maiores fontes de filoquinonas são os óleos e gorduras (vegetais) – 0,3 a 193 ug/100g de alimento, ou seja ao ACRESCENTAR ÓLEOS E GORDURAS NAS REFEIÇÕES AUMENTAMOS O TEOR DE VITAMINA K. 
→ Óleo de soja, canola, algodão e oliva são os mais RICOS em vitamina K.
→Leite e queijo (menaquinonas) não boas fontes, possuem vitamina K em baixa quantidade.
→Peixes, cereais e grãos tem pouca quantidade de vitamina K, mas se com adição de óleo eleva o teor da vitamina K.
→Os pãos e arroz são pobres em vitamina K , os tubérculos e bulbos contém apenas traços, com excessão da cenoura que o teor é um pouco maior.
Funções da vitamina K:
Carboxilação do ácido glutâmico: 
Explicação Carina: Essa função de carboxilação do ácido glutâmico é importante, porque nesses resíduos carboxilados que a gente observa possibilidade de ligação do cálcio. Em relação a osteoporose nos preocupamos com a ingestão e/ ousuplementação de Cálcio e vitamina D, porém pra formação da matriz óssea é necessário que alguns resíduos de ácido carboxílico de aminoácidos que constituem a matriz proteica sejam carboxilados pra que exista a deposição de Cálcio na matriz osséa, então além da vitamina D e Cálcio eu preciso ter atenção a vitamina K, pois todas as funções da vitamina K estão relacionadas a possibilidade de se ligar ao Cálcio. No caso da y-carboxilação, porque carboxilados a gente tem a possibilidade de ligação e partir dessa ligação desencadeam todas as reações ativadas pelo Cálcio nessas circunstâncias.
A vitamina K atua como co-fator para a carboxilação de resíduos específicos de ácido glutâmico para formar o ácido y- carboxiglutâmico (Gla), aminoácido presente nos fatores de coagulação em um número limitado de proteínas 
Essa reação é catalisada pela enzima y-glutamil ou carboxilase dependente de vitamina K (Gla). Os resíduos especifícos de y- carboxiglutamato servem como pontos de união aos íons de Calcio, necessários para tornar enzimaticamente ativos os fatores que dependem de vitamina k.
A carboxilação da vitamina K está envolvida, na homeostase, metabolismo ósseo e crescimento celular.
Coagulação sanguínea:
Explicação da Carina: Existem alguns fatores que fazem parte de via intrínseca e extrínseca de coagulação que dependem da y-carboxilação pra serem ativados e desencadear todo o processo de coagulação. Então a falta de y-carboxilação impede a síntese adequada desses fatores de coagulação pelo fígado. Então a coagulação sanguínea depende de vitamina K, devido a sua função de y-carboxilação.
Quanto à coagulação sanguínea, ocorre a transformação do fibrinogênio em fibrina insolúvel com a interferência de uma enzima proteolítica (trombina), que se origina da protrombina (fator II), através de fatores dependentes da
vitamina K: a pró-convertina (fator VII), o fator anti-hemofílico
B (fator IX) e o fator Stuart (fator X). 
A vitamina K influi, ainda, na síntese de proteínas presentes no plasma, rins e talvez outros tecidos.
Ilustração sobre o processo de coagulação sanguínea: 
	→ (A)Sequência de etapas que ocorrem durante o processo de coagulação sanguínea. (B) Ruptura da parede de um vaso sanguíneo com perda de sangue. (C) Formação do coágulo sanguíneo, que fecha o ferimento na parede do vaso e impede a saída de sangue para o exterior.
	
• Como as formas sub-gama-carboxiladas perdem a atividade biológica, na deficiência em vitamina K observa-se aumento do tempo de protombina e, nos casos mais graves, eventos hemorrágicos.
Protrombina: proteína da coagulação sanguínea (inativa), também denominada de fator II. Através da ação do Ativador de Protrombina transforma-se em trombina, que está relacionada a transformação fibrinogênio em fibrina, fundamental para a cascata de coagulação.
Fibrinogênio: é uma proteína solúvel, é um fator de coagulação que é desencadeado quando ocorre uma lesão de um vaso sanguíneo. No final do processo de coagulação o fibrinogênio se transforma em fibrina.
Fibrina: cessa a perda de sangue do vaso danificado, formando um coágulo de fibrina para parar o sangramento e reparar o tecido danificado.
Deficiência de vitamina K: ↑ tempo de protrombina, podendo causar hemorragia.
Tempo de protrombina: O exame TAP avalia a coagulação sanguínea. O valor de referência do tempo de protrombina para uma pessoa saudável deve variar entre 10 e 14 segundos.
→ Resultados menores que menores que 10.00 são considerados baixos, mas raramente indicam alguma doença. Resultados entre 10.00 e 13.00 são considerados normais. Resultados maiores que 13.00 são considerados altos e indicam que há uma deficiência na coagulação. As causas mais comuns de TAP aumentado são uso de cumarínicos (anticoagulante) como marevan, deficiência de vitamina K e insuficiência hepática. É importante o acompanhamento médico.
Essencial para a formação normal do osso:
→ A osteocalcina (proteína Gla do osso): é uma proteína dependente de vitamina K pra que aconteça y-carboxilação pra que ela consiga fixar o Ca na matriz óssea - é produzida pelos osteoblastos durante a formação óssea – é uma das mais frequentes proteínas não colágenas na matriz extracelular do osso – regula maturação óssea (provavelmente).
Transcrição e tradução de osteocalcina – CALCITRIOL ( 1,25 di-idroxicolecalciferol) e sua capacidade de ligar ao cálcio depende da y- carboxilação de 3 resíduos de Glu.
→Proteína rica em resíduos Gla (não tem nome especifico) - também depente de vitamina K. A proteína rica em resíduos Gla está presente na maioria dos tecidos, nos ossos e cartilagens.
→Periostina – periostina é dependente de vitamina k, assim como a proteína rica em resíduos Gla e a osteocalcina. É uma proteína matricelular encontrada em tecidos ricos em colágeno – possível papel na mineralização da matriz extracelular. Então pra formar cartilagem a periostina necessita da y-carboxilação pra fixação de Ca, pois cartilagem é um tecido mais rígido, pra tornar esse tecido mais firme. (Explicação da Carina)
→Modulação de citocinas envolvidas no turnover do osso - osteoprotegerina e interleucina-6 .
→ Turnover envolve manter uma concentração fisiológica de cálcio ionizado nos fluidos orgânicos manter a integridade estrutural do esqueleto.
Explicação da Carina: A proteína rica em resíduos Gla, a periostina, a osteoprotegerina e interleucina-6 são proteínas que dependem de y- carboxilação (gama – carboxilação) pra se tornarem ativas ou pra fixar resíduos de Cálcio – seja pra ativar via de coagulação, pra ativação de fator de crescimento ligado a interleucina-6 ou de modulação de resposta inflamatória ou pra fixação de Calcio no osso.
Absorção, metabolismo e excreção de vitamina K
Filoquinona: absorvida juntamente com lipídios no intestino delgado (jejuno e íleo) por processo ativo. Em pessoas saudáveis a absorção de Filoquuinona livre é de cerca 80%.
Menaquinonas (K2) e Menadiona (K3): são absorvidas por difusão na porção distal do intestino delgado e no cólon. Não ocorre competição entre vitamina k2 e k3 quanto a absorção.
Vitamina K1 e K2 – na célula da mucosa intestinal se ligam aos quilomícrons e são transportados ao fígado por via linfática, necessitando de bile e suco pancreático para melhor aproveitamento. 
A Vitamina K3 e seus derivados hidrossolúveis são absorvidos diretamente pela corrente sanguínea pelo sistema porta, mas também pode ser absorvida pelo sistema linfático e no fígado é alquilada para produzir menaquinona 4 (MK-4).
ENTERÓCITOS
VITAMINA K1 e K2 _____________ Quilomícrons (deixam 
 triacilgliceróis no caminho).
 Sistema linfático ↓
 Fígado
ENTERÓCITO
Vitamina K3 e seus Sistema porta--> Corrente sanguínea
 derivados hidrossolúveis ↓
 MK-4 <--alquilação Fígado 
Alquilação: substituição do átomo de hidrogênio por um radical alquila (metil, etil, propil e butil).
Filoquinona em tecidos animais→ pode formar MK-4 .
Vitamina K (filoquinona) é distribuída para os tecidos por meio de VLDL e quilomícrons, pois NÃO existe proteína ligadora de vitamina K especifica no plasma.
Armazenamento:
Fígado: - 90% sob a forma de menaquinona e 10% sob a forma de filoquinona.
As reservas de vitamina K são depletadas em cerca de 3 dias com redução de 75%, mas o tecido adiposo e ósseo pode conservar a vitamina K.
Concentrações de MK- 4 (menaquinona-4) são maiores que a concentração de filoquinona no pâncreas, glândulas salivares, cérebro, esterno, sendo que sua alta concentração nesses tecidos 
muitas vezes depende da ingestão de filoquinona, ou seja, filoquinona em tecido animal pode formar Mk-4.
O total de vitamina Kno organismo é cerca de 100 - 200nmol (50–100 ug).
A vitamina K é rapidamente catabolizada e excretada pelo fígado: bile (conjugados de ácido glucorônico) - Moléculas lipossolúveis, que não podem ser eliminadas na urina ou bile (soluções aquosas), devem reagir com ácido glicurônico, para que a excreção ocorra, ou seja o ácido glicorônico é importante para a desintoxicação das células.
 Ocorre pequena excreção de vitamina K também na urina.
Síntese de MK pela flora intestinal – MK presentes no cólon distal do intestino (essa síntese é muito pequena, pois não tem micelas.
 Presença de MK-10 e MK-13 no fígado sugere que são originadas da síntese intestinal.
 
Biodisponibilidade de vitamina K
A biodisponibilidade de vitamina K é pouco conhecida, mas está mais relacionada a filoquinona das plantas e ás menaquinonas dos alimentos de origem animal. 
→Vitamina K originada pela flora bacteriana no organismo é difícil de ser avaliada.
Asa filoquinonas são mais biodisponíveis que as menaquinonas – absorvemos mais filoquinonas e elas chegam em maior quantidade no lúmen intestinal incorporadas as micelas. 
Filoquinonas presentes nos alimentos tem menor biodisponibilidade que a filoquinona na forma pura – Kanakion (concentrado farmacêutico de vitamina K) atingindo o pico sangüíneo em 4 horas, enquanto a filoquinona do alimento, o pico é atingido mais lentamente, indicando que a absorção da vitamina nos vegetais é processo mais demorado, influenciado por fatores digestivos.
As menaquinonas presentes na dieta (fígado de animais ou queijos) são menos biodisponiveis que as filoquinonas, assim como as menaquinonas sintetizadas pelas bactérias da flora intestinal tem baixa biodisponibilidade no organismo.
Interações de Vitamina K com outros nutrientes
Altas doses de Vitamina E podem antagonizar (prejudicar) a ação da vitamina K – altas doses de tocoferol inibe a carboxilase, mas não afeta o EN relacionado a vitamina K em indivíduos saudáveis.
Um trabalho mais recente, utilizando o rato como modelo experimental, verificou efeito adverso do alfa-tocoferol na absorção de filoquinona.
Ácido linoleico (ômega 6 – soja, semente e óleo de girassol, nozes, amendoim) inibe absorção intestinal de filoquinona (K1) e das vitaminas A e E, oque não é observado no ácido oleico (ômega- 9 melhora as funções cerebrais, compõe a mielina, controla DM e está presente abacate, nas nozes, sementes, e óleos vegetais prensados a frio, como cártamo, amêndoa e girassol).
Interações de Vitamina K com medicamentos
Alterações na ingestão de vitamina K pode influenciar na eficácia do medicamento que combate a trombose.
Anticoagulantes: os anticoagulantes permitem que o sangue se mantenha sempre líquido dentro dos vasos e possa circular livremente, sendo recomendados para pessoas que sofreram doenças provocadas por coágulos ou que tenham maior risco de as desenvolver.
Deficiência de Vitamina K
A vitamina K é amplamente distribuída em vegetais de folhas verdes e em outros alimentos, sendo desconhecida a deficiência na dieta.
Casos de deficiência de vitamina K prolongam o tempo de protrombina e pode levar a hemorragia, porque ocorre diminuição de síntese de proteínas de coagulação sanguínea dependentes de vitamina K.
A deficiência pode ocorrer devido o uso prolongado de antibióticos, atrapalhando a coagulação.
Nutrição parenteral total, doenças hepáticas, problemas gastrintestinais, câncer, alcoolismo, cirurgias e inadequação alimentar, altas doses de vitamina A e E.
Avaliação do EN relativo a vitamina A
Tempo de protrombina: teste funcional de coagulação sanguínea que mede a habilidade de síntese dos fatores de coagulação dependentes de vitamina K – é o método usual. Não é um indicador sensível, pois a concentração de protrombina no plasma precisa diminuir muito (cerca de 50%).
Medidas da concentração de filoquinona no plasma ou no soro:
ADULTOS NORMAIS: 0,25 – 2,55 NMOL/L
IDOSOS: 0,32 – 2,67 NMOL/L – valores maiores no idoso devido a correlação positiva de filoquinona com triacilglicerol no plasma
A medida de concentração de filoquinona reflete a ingestão recente e não possibilita a avaliação da ingestão usual.
↑ de espécies subcarboxiladas de proteínas Gla - isso ocorre, pois casos de fornecimento inadequado de vitamina K ou devido a bloqueadores metabólicos, como, os anticoagulantes, há liberação dessas espécies na circulação.
% elevado de osteocalcina não carboxilada (%ucOC) é considerada indicador sensível da deficiência de vitamina K no osso – esse % varia de acordo com a ingestão e suplementação de vitamina K.
Relação da Vitamina K com doenças crônicas
Osteoporose: Estudos demonstraram baixas
Concentrações de filoquinonas (K1) e menaquinonas (K2) em pacientes com baixa densidade mineral do osso e pacientes com osteoporose.
↑ Osteocalcina não carboxilada - está relacionada a ↓ densidade damineral do osso.
↑ Osteocalcina ativa (carboxilada) – está relacionada a ↑ densidade mineral do osso.
Suplementação de filoquinona 200mg/dia+ 1.000mgdecálcio+ 10mg de vitamina D por 02anos: aumento significativo na densidade mineral óssea e no conteúdo mineral ósseo.
Estudo com 155mulheres saudáveis–efeito da filoquinona (dose maior que 1mg/dia): efeito positivo do suplemento filoquinona sobre a perda óssea no colo do fêmur, com redução de 35% na perda óssea em relação ao grupo placebo após 36meses.
Aterosclerose
Mutações do gene da MGP (proteína Gla da matriz) – síndrome de Keutel– cartilagem anormal e calcificação arterial. 
Síndrome de Keutel: síndrome de Keutel (SK) é uma desordem genética autossômica recessiva rara, caracterizada por calcificação anormal da cartilagem difusa, hipoplasia da parte média da face, estenose pulmonar periférica, perda auditiva, falanges distais curtas (pontas) dos dedos e leve retardo mental. Geralmente é hereditária, passada aos filhos quando os pais tem a MGP anormais, mas são assintomáticos.
A vitamina K tem ação benéfica na aterosclerose – essa ação foi descoberta da osteocalcina e da matriz Gla nas placas de aterosclerose, sendo que a baixa ingestão de vitamina K aumenta a concentração de osteoclacina subcarboxilada (ucCO) e calcificação aterosclerótica na aorta abdominal.
Proteína Gla-6 também dependente de vitamina K está associada na calcificação vascular devido ao seu papel de apoptose de células de músculo liso vascular e circulação.
A varfarina, (antigoagulante), antagonista da vitamina K, inibe a y-carbioxilação de MGP (proteína Gla da matriz),causando calcificação arterial em ratos.Dietas ricas em vitamina K interverem a calcificação da aaorta e melhora a elasticidade arterial em ratos tratados com varfarina, porem dados que sugiram efeito protetor da vitamina K e calcificação vascular EM HUMANOS são limitados.
Recomendação de Vitamina K
A recomendação de vitamina K é proposta por AI (Ingestão adequada).
AI- Valor de referência utilizado quando o conjunto de informações científicas não são suficientes para o cálculo da necessidade média estimada (EAR) eNesse caso, utiliza-se a AI quando so valores de EAR ou RDA não podem ser determinados.
A determinação das recomendações de vitamina K é dificultada devido à síntese bacteriana intestinal de menaquinonas. No fígado, as reservas não são mantidas por longo período e a proporção armazenada é diferente para a forma de filoquinona em relação às de menaquinonas. Não há informação precisa sobre a efetividade das diferentes formas de vitamina K hepáticas na função de coagulação sanguínea.
A existência de um pool maior de menaquinonas no fígado humano não necessariamente significa que a contribuição dessas formas seja proporcionalmente maior para a manutenção da suficiência dessa vitamina. Por outro lado, a deficiência em filoquinona na dieta leva à deficiência em vitamina K mesmo sem alteração nos níveis de manaquinonas no fígado.
Crianças recém-nascidas devem receber dose profilática de 0,5 a 1 mg de vitamina K preferencialmente por viaoral, pois até o sexto mês de vida o bebê tem baixos níveis plasmáticos de protrombina e de outros fatores de coagulação, podendo causar doenças hemorrágicas no recém-nascido.
AI de vitamina K – 90 mulheres e 120 ug/dia pra homens.
Estudos sugerem que talvez AI não seja suficiente para a completa carboxilação das proteínas dependentes de vitamina K.
Toxicidade
Não foram observados efeitos adversos devido à alta ingestão de filoquinona e menaquinonas–alimentos ou suplementos.
A menadiona (K3) e seus derivados solúveis em água podem ser tóxicos em excesso, levando a danos hepáticos–não está mais sendo utilizada.
Vitamina K ainda não tem UL . 
NOAEL para vitamina K é 30mg/dia. LOAEL ainda não foi estabelecido.
Vitamina C (ácido ascórbico)
Nomenclatura: 
A vitamina C é conhecida, também como: 
Ascorbato- forma biologicamente ativa
L-ácido ascórbico
Ácido deidroascórbico
Vitamina antiescorbútica
→ São sintetizadas a partir de D-glicose ou D-galactose via ácido glucorônico.
Formas Químicas
Ascorbato- forma biologicamente ativa.
Semideidroascorbato, deidroascorbato– O ascorbato (forma ativa de vitamina C) pode ser reversivelmente oxidado, formando semideidroascorbato e radical ascorbato. O radical ascorbato quando oxidado forma deidroascorbato. O semideidroascorbato pode ser biologicamente ativo, mas é mais comum que seja reduzido a ascorbato. A ação do deidroascorbato também se dá de forma indireta.
Explicação da Carina: O deidroascorbato e o semideidroascorbato tanto podem ser originadas tanto em alimentos quanto pelo nosso organismo, a partir da oxidação da ascorbado e esse processo é reversível.
Ascorbato reduzido <---------------- Semi/ deidroascorbato
 ------------------> oxidada
D-isoácido ascórbico – composto sintético– também tem atividade vitamínica, mas só 5% da atividade biológica do ascorbato in vivo. O D- isoácido ascórbico é um antioxidante utilizado na indústria de alimentos; é utilizada em carnes e outros alimentos pra conservação , ou seja, é muito observado como antioxidante em substituição ao ascorbato (explicação carina).
Funções da Vitamina C
Cofator ou cossubstrato para diferentes enzimas: Hidroxilação de prolina e lisina para a biossíntese do colágeno (prolina hidroxilase,prolinapró-colágeno-2-oxoglutarato-3-dioxigenase,lisinahidroxilase). Vitamina C faz síntese de colágeno e elastina
Participa da rota biossintética da carnitina (y-butirobetaína 2-oxoglutarato-4-dioxigenase, trimetil-lisina-2-oxoglutarato dioxigenase). A carnitina é uma vitamina sintetizada pelo fígado, rins e cérebro. Encontrada em quase todas as células do organismo, atua na geração de energia (ATP), a partir de ácidos graxos (gordura). Ajuda a melhorar os níveis de colesterol bom (HDL) melhorando o funcionamento do coração e da circulação sanguínea.
É importante na síntese de norepinefrina a partir da dopamina (dopamina b- monoxigenase) e
Metabolismo enzimático da tirosina (4-hidroxila fenil piruvato dioxigenase) pra que essas enzimas tenham atividade a vitamina C vai influenciar entrando como substrato pra gerar o produto.
Participa da conversão do colesterol em ácidos biliares - o colesterol que chega ao fígado através da nossa alimentação é eliminado a partir da formação de sais biliares para serem lançados no TGI para serem eliminados.
Redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis, justamente por ter ação antioxidante no nosso organismo, então a vitamina C ela é capaz de reduzir superóxido e peróxido de hidrogênio, sendo que o peróxido de H pode ser reduzido a água a partir da glutationa desidrogenase, então ela atua pra prevenir a ação dos radicais livres.
A vitamina C é POUPADORA de vitamina E, então a gente consegue reutilizar a vitamina C ; quando existe a formação do radical a- tocoferol , ele pode ser regenerado em a -tocoferol e atuar como protetor de oxidação lipídica nas membranas das nossas células e das organelas por ter esse efeito poupador de vitamina E a partir da eliminação desse radical a partir de vitamina C como ascorbato.
Atua no metabolismo e absorção de Fe+ (não-heme), converte o Ferro da forma férrica (Fe3+) para a forma ferrosa (Fe2+) que se torna mais solúvel no ph básico do intestino. O Fe+ heme (origem animal) não consegue se solubilizar no ph intestinal. A vitamina C não tem interferência de nenhum carreador (proteína específica) 
→ O Fe+ heme não varia: sempre em torno de 23 %
Outra forma que a vitamina C tem para potencializar essa absorção é se ligando a sais chamados de ascorbato férricos quando esses sais mesmo na forma férrica se ligam ao ascorbato. Esse complexo formado, ele é solúvel e isso possibilita também a absorção desse ferro e estando na forma férrica (Fe3+) , porque ligado ao ascorbato , ele é pode se solubilizar no lúmen.
→ A vitamina C também é responsável pela modulação dos estoques de Fe no nosso organismo para serem utilizadas em situações de deficiência de Vitamina C, mesmo que a gente tenha uma quantidade adequada de Fe estocadas no organismo .
Atua na inibição das nitrosaminas (carcinógênicos potentes) - são formadas pela reação entre nitritos e aminas dos alimentos quando eles estão presentes ao mesmo tempo no ph ácido do estômago. Esse ph ácido favorece a formação de nitritos com as aminas no estômago.
Nitritos: o nitrito age com a hemoglobina, oxidando o ferro ao estado férrico (Fe3+), impedindo assim a função normal da hemoglobina no transporte de oxigênio.
 Amina: NÃO É VILÃ. Estão presentes nos aminoácidos que forma as 
 proteínas dos seres humanos. As aminas são compostos orgânicos 
nitrogenados, da amônia (NH3), pela substituição de um, dois ou três hidrogênios por grupos alquila ou arila.
→ O problema é que essa substâncias é um potente carcinogênico e o consumo elevado de nutritos e nitratos , observado- se a ocorrência de processo cancerígenos.
→ Essa substâncias é encontrada em todos alimentos embutidos, processados. É utilizada é utilizada na fabricação de linguiças, salsichas, lasanhas prontas... etc → Desfumação: queima.
Explicação Carina: No ascorbato pode prevenir a formação de nitrosaminas por meio de reações não enzimática com nitrito e outros compostos nitrosos chamadas formando NO, NO2, e N2,
Altas concentrações de vitamina C ela é capaz de reagir oxigênio transformando o O2 em radical superóxido, promovendo ações dos radicais livres no organismo causando danos.
Portanto o excesso de O2 promove ↑ R.L, causando danos, modificando a estrutura celular e oxidação de aminoácidos, modificação celular e gênica – EFEITO REBOTE – com danos nos ácidos nucleícos.
A ↑ ingestão prejudica a excreção.
Varredura de radicais livres – A ação antioxidante da vitamina C se dá pela capacidade de varrer RL. O ascorbato pode captar os radicais de oxigênio, que de outra forma reagiriam pra formar peróxidos lipídicos.
Peroxidação lipídica: a peroxidação lipídica diz respeito à degradação oxidativa dos lípidos. É o processo através do qual os radicais livres capturam elétrons dos lípidos nas membranas celulares.
Redução do radical tocoferoxil- Quando a vitamina E (a tocoferol) é oxidada se transforma num radical livre (tocoferoxil), a vitamina C vai diminuir o tocoferoxil fazendo com que ele volte a ser a vitamina E.
Prevenção da peroxidação lipídica e oxidação do LPL- colesterol - 
Altas concentrações – ação pró oxidante
Redução do oxigênio molecular em superóxido.
Absorção e metabolismo de vitamina C
Absorção de vitamina C é feita por processo ativo
Dependente de sódio: na membrana da borda em escova da mucosa intestinal.
Independente de sódio: na membrana basolateral.
Ascorbato e deidroascorbato: absorção pela mucosa bucal por PROCESSO PASSIVO mediado por carreadores, sendo para ser absorvido o deidroascorbato é reduzido a ascorbato antes de ser transportado por meio da membrana basolateral.
Em baixas concentrações de vitaminaC, a absorção é rápida e eficiente, portanto com alta biodisponibilidade, tendo-se proposto um sistema de transporte ativo mediado por carregadores.
Esse mecanismo de absorção começa a tornar-se saturado quando a concentração da vitamina na mucosa é maior que 6 mmol/L. Isso pode explicar o fato de que a proporção de vitamina C alimentar absorvida diminui com o aumento da ingestão.
Com ingestão normal (até 100 mg de vitamina C), cerca de 80 a 95% do ascorbato alimentar são absorvidos.
Quando as quantidades aumentam, a absorção diminui proporcionalmente à dose.
O excesso de ascorbato não absorvido é substrato para o metabolismo de bactérias intestinais – pode causar diarreia e desconforto intestinal.
Ascorbato e deidroascorbato podem circular no organismo livres ou ligados à albumina. Cerca de 5% da vitamina C no plasma estão como deidroascorbato.
Captação de Vitamina C pelos tecidos
A captação de ascorbato é feita por MECANISMO ATIVO.
A captação de deidroascorbato pode entrar nas células por MECANISMO ATIVO e também por DIFUSÃO, pelo fato de ser lipofílico (tem filia por lipídeo) no ph fisiológico .
→ Tanto ascorbato, quanto o deidroascorbato são carreados pelo sistema transportador de glicose – em altas concentrações de glicose (hiperglicemia) pode ocorrer inibição de ascorbato pelos tecidos, ou seja na hiperglicemia os tecidos não vão captar a vitamina C.
Leucócitos, glândula adrenal e pituitária apresentam concentrações significativas de vitamina C e podem ser consideradas como reservatório da vitamina C no organismo, mas o principal reservatório de vitamina C é o TECIDO MUSCULAR, apesar da concentração ser baixa devido a extensão do músculo.
Músculo- maior do pool corporal da vitamina C (5 a 8,5mmol ou 900 a 1.500mg).
Absorção máxima–ingestão de doses espassadas de menos de 1 g ao longo do dia.
Grande parte de ácido ascórbico e deidroascobato sofre excreção urinária- seja intacto ou na forma de deidroascorbato (ácido dicetogulônico →ácido oxálico)e dioxogulonato.
→ Ambos são filtrados pelos glomérulos e podem ser reabsorvidos por difusão facilitada (passagem do soluto pelas proteínas da membrana plasmática – do meio mais concentrado para o menos concentrado).
→ O deidroascorbato reabsorvido é reduzido a ascorbato nos RINS.
A excreção de ascorbato e deidroascorbato ocorre quando há saturação na filtração glomerular, isto é quando a concentração plasmática de ascorbato este entre 70 e 85 nmol/L – excreção proporcional a ingestão.
A excreção da vitamina C também pode ocorrer na forma de ácido lixônico, xilônico e dexilose → ácido dicetogulônico; cetogulonato e 2-sulfato ascorbato.
Eficiência de absorção e valores absolutos
Uma concentração mais baixa vai absorver mais eficientemente, mas em valores absolutos a concentração vai ser menor.
Numa concentração maior a capacidade do intestino absorver.
Se o indivíduo suplementar altas doses de Vitamina C, além de provocar efeitos maléficos no TGI, causando diarreia osmótica (pois esta alta concentração vai puxar água no lúmen) e gases.
Biodisponibilidade
Mede-se o aumento da vitamina C no plasma após uma dose oral, em comparação como aumento da concentração após a mesma dose administra da por via intravenosa. 
Deficiência de Vitamina C
NÃO HÁ UM ORGÃO ESPECIFÍCO PARA ARMAZENAR VITAMINA C.
Os sinais de deficiência em indivíduos bem nutridas só se desenvolvem após 4 a 6 meses de baixa ingestão (geralmente menores que 10 mg\dia) - ↓ considerável das concentrações plasmáticas e teciduais.
Esquimoses e petéquias - primeiros sintomas de deficiência de vitamina C.
Equimose: (extravasamento de fluído orgânico) é um sangramento no tecido subcutâneo, com diâmetro maior que 1cm, originado da ruptura de um ou mais capilares sanguíneos.
Petéquias: é um pequeno ponto vermelho no corpo (na pele ou mucosas), causado por uma pequena hemorragia de vasos sanguíneos.
As equimoses se tornam mais proeminentes, desenvolvendo hiperqueratose folicular e hemorragia ocular.
Hiperqueratose: é o espessamento do estrato córneo (a camada mais externa da epiderme), muitas vezes associada com a presença de uma quantidade anormal de queratina[1] e também geralmente acompanhada por um aumento na camada granular.
Hemorragia ocular: ou derrame nos olhos ocorre, na maioria dos casos, na “parte da frente do olho”, na conjuntiva, contudo pode também ocorrer derrame ocular interno, ou seja, derrames de sangue no “interior do olho”.
Anormalidades psicológicas : histeria e depressão.
Sintomas tardios: fadiga e depressão. No caso da fadiga se associam ao sinais clínicos de escorbuto e pode estar relacionada na síntese de colágeno, como resultado da diminuição da atividade de prolina e lisina.
Escorbuto: doença aguda ou crônica devida a uma carência de vitamina C, caracterizada por hemorragias, alteração das gengivas e queda da resistência às infecções.
→ O escoburto é rara em países desenvolvidos, mas pode ocorrer em alcoólatras crônicos. 
→ O escorbuto pode ser prevenido com o consumo de 10 a 15 mg de ácido ascórbico por dia. 
Sintomas:
Apatia (sem reação), indisposição geral, mudanças na personalidade e no desenvolvimento psicomotor- prejuízo na síntese de catecolaminas, como resultado da baixa atividade da dopamina b- hidroxilase.
As catecolaminas são quaisquer aminas que ocorram naturalmente e funcionam como neurotransmissores e hormonas. Elas são solúveis em água e 50% circulam na corrente sanguínea ligadas a proteínas plasmáticas →dopamina, a epinefrina (adrenalina) e a norepinefrina (noradrenalina) são alguns exemplos de catecolaminas.
Todas as catecolaminas são sintetizadas a partir do aminoácido L-tirosina de acordo com a seguinte sequência: tirosina → dopa (dihidroxifenilalanina) → dopamina → norepinefrina (noradrenalina) → epinefrina (adrenalina).
Lassidão (diminuição da força) e fadiga: deficiência do ascorbato na síntese de colágeno e depleção da carnitina muscular - a deficiência de carnitina pode causar necrose muscular, mioglobinúria, miopatia de armazenamento de lipídios, hipoglicemia, gordura hepática e hiperamonemia com dor muscular, fadiga, confusão e cardiomiopatia.
Deficiência em vitamina C é frequente em doenças do TGI– diarreia (aumenta perda fecal de vitamina C) acloridria (diminui a quantidade absorvida).
Acloridria: ausência de ácido clorídrico no suco gástrico,
As necessidades são maiores em períodos da gestação e lactação, nas doenças inflamatórias crônicas e agudas, após cirurgias e em pacientes queimados.
Anemia está associada ao escorbuto- anemia macrocítica (indica deficiência de folato) ou hipocrômica (indica deficiência de Ferro)-escoburto causa anemia devido a hemorragia – a deficiência de ácido fólico causa anemia macrocítica, pois a vitamina C tem papel no organismo de manter o folato na forma reduzida que é a forma ativa do folato no nosso organismo – 57 ¨43¨
•Na deficiência-eritrócitos apresentam meia vida mais curta que o normal - ↓redução dos radicais tocoferoxil.
Fontes de Vitamina C
O ascorbarto é encontrado principalmente em alimentos de origem vegetal – suco de laranja, mamão papaia, morango, kiwwi, melão- catanlupo, suco de tomate, tomate, manga, couve de Bruxelas e couve-flor, uva...
A concentação de vitamina C nos alimentos é afetada por fatores, como: estação do ano, transporte, estágio de maturação, tempo de armazenamento e modo de cocção.
Produtos animais contêm pouca vitamina C 
Grãos NÃO POSSUEM VITAMINA C!
Pode ser sintetizada pela maioria dos mamíferos, exceto :homem, primatas, porcos-da-guiné e morcegos.
Perdas de Vitamina C
A vitamina C é rapidamente perdida na cocção de alimentos, devido a solubilidade em água, já que se trata de uma vitamina HIDROSSOLÚVEL.
Maior disponibilidade em alimentos de origem animal consumidos crus.
Estocagem de alimentos frescos por longo período pode reduzir significamente os teores de vitamina c.
→ Cocção rápida e limitação

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