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Distúrbios Hemodinâmicos - edema, hiperemia, congestão

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Distúrbios Hemodinâmicos 
Edema, hiperemia e congestão 
 
O sistema circulatório é um conjunto fechado de vasos interligados que conduz o sangue 
impulsionado por um mecanismo de bombas. – Bogliolo, 2016 
O sistema circulatório possui a capacidade de controlar o fluxo e a pressão dentro do sistema 
no qual circula um volume aproximadamente constante de sangue, através da variação no fluxo e 
resistência periférica, assim como tem também capacidade de adaptar-se a variações de volemia. Tal 
adaptação pode ser compreendida pela distensibilidade dos vasos, que acomoda maiores volumes, e 
por sua capacidade de constrição, que reduz o compartimento para menores volumes e, ainda, pela 
alternância dos territórios de perfusão na microcirculação, representada pela circulação intermitente 
nos capilares. 
Fatores hemodinâmicos 
 Viscosidade sanguínea 
 Fluxo sanguíneo 
Passagem de sangue na unidade de tempo 
 Variações pressóricas 
Entre os vasos e entre circulação e meio intersticial 
 Resistência da parede dos vasos 
Dependente do comprimento do vaso, seu calibre e atrito sofrido pelos elementos em 
suspensão no sangue. 
Controle do equilíbrio circulatório 
O controle da microcirculação é feito pela ação de reguladores neurais (inervação), humorais 
(hormonais), endoteliais e metabólicos. 
A regulação nervosa depende da inervação simpática; as células musculares lisas das 
arteríolas têm receptores alfa ou beta em proporções diferentes: os vasos periféricos têm receptores 
α-adrenérgicos, enquanto nos viscerais predominam receptores β-adrenérgicos. 
 
A regulação hormonal ou humoral é feita por receptores para vasopressina e angiotensinas 
I e II (vasoconstritores) e receptores para histamina, bradicinina, prostaglandinas E2 e I2e opioides 
endógenos (vasodilatadores). 
A regulação endotelial é mediada pela produção de substâncias vasodilatadoras (óxido 
nítrico e PGI2 ou prostaciclina) e vasoconstritoras (endotelinas e TXA2 ou tromboxano) pelas células 
endoteliais. 
A regulação metabólica vem de diferentes produtos do metabolismo que atuam em 
receptores no músculo liso arteriolar e nos esfíncteres pré-capilares. ADP e adenosina agem em 
receptores purinérgicos do músculo liso arteriolar produzindo vasodilatação; aumento de íons 
hidrogênio reduz a sensibilidade do músculo liso aos vasoconstritores e favorece a abertura dos 
esfíncteres pré-capilares. 
A regulação metabólica é a que mantém, na microcirculação, um fluxo sanguíneo adequado 
para atender as necessidades dos tecidos nos diferentes momentos funcionais. 
Os mecanismos de trocas entre o sangue e a matriz extracelular variam em diferentes órgãos, 
dependendo do tipo de capilar existente e de acordo com a maior ou menor necessidade de passagem 
de substâncias entre esses compartimentos. Desse modo, a parede capilar é semipermeável, e o líquido 
que a atravessa é um filtrado. No entanto, nos capilares existe uma intensa atividade de trânsito de 
vesículas da face luminal para a abluminal, e vice-versa, que permite a passagem de macromoléculas 
de um lado para outro quando preciso; tal mecanismo de transporte através da parede capilar recebe 
o nome de transcitose (transporte vesicular). 
Estrutura da microcirculação 
 
 
Tipos de capilares 
 Capilar contínuo ou somático, em que as células endoteliais ficam unidas por 
interdigitações e estruturas juncionais, que incluem junções oclusivas. É o tipo mais comum, presente 
em todos os tecidos musculares, glândulas exócrinas e tecido nervoso 
 Capilar fenestrado ou visceral, com junções interendoteliais, no qual as células 
endoteliais apresentam poros ou fenestras. Presentes nos rins, intestino, glândulas endócrinas e 
capilares glomerulares (sem diafragma). 
 Capilar sinusóide, no qual existem espaços entre as células endoteliais. Nesse tipo de 
capilar, inexiste membrana basal (MB) ou ela é incompleta. Presente no fígado e em órgãos 
hematopoiéticos. 
 
 
 
 
Patologias relacionadas à circulação sanguínea 
 
Edema 
“O acúmulo de líquido no interstício ou em cavidades pré-formadas do organismo”. 
 
O líquido acumulado na MEC ou em cavidades pré-formadas do organismo pode ser de dois 
tipos. Transudato é o líquido constituído por água e eletrólitos e pobre em células e proteínas (sua 
densidade < 1.020 g/mL); é encontrado em edemas originados por desequilíbrio nas forças de 
Starling, com maior filtração do que a capacidade de reabsorção dos capilares sanguíneos e linfáticos. 
Exsudato é o líquido rico em proteínas e/ou células inflamatórias (densidade > 1.020 g/mL); é 
formado quando a permeabilidade vascular está aumentada, como acontece em inflamações, 
traumatismos na microcirculação e em vasos malformados no interior de neoplasias. 
O edema pode ser localizado ou generalizado; edema generalizado recebe o nome de 
anasarca. Nomes especiais são utilizados para identificar edemas em cavidades naturais. De modo 
geral, utiliza-se o prefixo hidro seguido da palavra que indica a cavidade. Assim: hidroperitônio (ou 
ascite), hidropericárdio, hidrotórax, hidrartro, hidrocele (cavidade escrotal) etc. 
Mecanismos de formação de edema 
 ↑ da Pressão hidrostática (P.H.): 
Localizado: obstrução venosa 
O aumento local da pressão hidrostática pode resultar de drenagem venosa focal deficiente. 
Ex.: A trombose venosa profunda nas extremidades inferiores pode causar um edema 
localizado na perna afetada. 
 
Generalizado: insuficiência cardíaca 
O aumento generalizado da pressão venosa, resultando em edema sistêmico, ocorre com 
maior frequência na Insuficiência cardíaca congestiva, na qual o comprometimento da função 
ventricular direita leva a um acúmulo de sangue na circulação venosa. 
 
“O edema se forma de onde vem o fluxo de líquido” 
I.C.E 
Edema Pulmonar 
Observa-se 
acúmulo de líquido 
intra-alveolar 
I.C.D 
Edema generalizado 
(anasarca) 
Edema que 
geralmente começa 
por MMII 
 
 
 ↓ da Pressão da Pressão Oncótica (P.O.) 
 Regulada pelas proteínas plasmáticas 
A pressão osmótica plasmática reduzida ocorre quando a albumina, a principal proteína 
plasmática, não é sintetizada em quantidades adequadas ou é perdida na circulação. 
Ex.: Desnutrição, hepatopatias, nefropatias, enteropatias 
 
 ↑ da Permeabilidade vascular 
Inflamações, toxemias, reações alérgicas agudas 
 
 Retenção de sódio e água 
O aumento da retenção de sal associado obrigatoriamente à água, provoca tanto o aumento 
da pressão hidrostática (devido à expansão de líquido intravascular) quanto a diminuição da pressão 
osmótica coloidal vascular (devido à diluição). 
 
 Obstrução linfática 
A drenagem linfática deficiente resulta no linfadema que é normalmente localizado. 
Um importante exemplo é observado em infecções parasitárias por filaríase, em que a 
obstrução linfática ocorre devido à extensa fibrose linfática na região inguinal e nos linfonodos, 
podendo resultar em edema de membros inferiores e dos órgãos genitais externos, que é tão grave, 
que recebe o nome de elefantíase. 
Outro exemplo é o edema de membro superior causado por drenagem dos linfonodos axilares 
em terapias agressivas de câncer de mama. 
Tipos de edema: 
 Edema Subcutâneo 
 Comum em MMII 
 
Identificação semiológica: Sinal de cacifo 
Pressão digital causando depressão modelada pelo dedo na superfície edemaciada 
 
 Edema pulmonar 
 Edema periorbital 
 
Comum em edemas resultantes de disfunção renal 
 
 Edema de glote 
 Edema cerebral 
 Anasarca 
Hiperemia e Congestão 
Hiperemia é o aumento da quantidade de sangue no interior dos vasosem um órgão ou 
tecido, especialmente na microcirculação. Maior volume de sangue na microcirculação resulta do 
aumento da velocidade do fluxo sanguíneo (hiperemia ativa), da redução da drenagem venosa por 
diminuição da velocidade de fluxo (hiperemia passiva ou congestão) ou desses dois fatores, quando 
há hiperfluxo associado a dificuldade de retorno venoso, como acontece em inflamações (hiperemia 
mista). 
Hiperemia (processo ativo) 
Ocorre por vasodilatação arteriolar, o que aumenta o fluxo de sangue no local, o qual toma 
coloração avermelhada (eritema). 
São exemplos fáceis de observar a hiperemia facial (rubor facial) de origem neurogênica, o 
rubor facial que acompanha o exercício físico e a hiperemia nas fases iniciais de uma inflamação 
aguda (rubor no tecido inflamado). 
Hiperemia ativa é causada por estímulos vasodilatadores neurogênicos ou metabólicos e por 
mediadores inflamatórios vasodilatadores. 
Congestão (processo passivo) 
Ocorre quando a drenagem venosa está dificultada por: 
(1) retorno venoso reduzido em consequência de bloqueio obstrutivo e localizado, como 
acontece em trombose venosa, compressão de veias por causas variadas ou condições que favorecem 
o empilhamento de eritrócitos e o aumento da viscosidade sanguínea (hiperemia passiva ou congestão 
localizada); 
(2) por redução do retorno venoso sistêmico ou pulmonar, como acontece na insuficiência 
cardíaca (hiperemia passiva pulmonar e hiperemia passiva sistêmica). 
 
 
Congestão dos leitos capilares → edema. 
Morfologicamente apresenta-se como vasos sanguíneos ingurgitados com sangue (aumento 
do volume), assim, o tecido adquire uma coloração azul-avermelhada (cianose). 
Consequências da congestão venosa 
 
Morfologia da congestão pulmonar 
 Aguda→ distensão dos capilares alveolares, edema/hemorragia intra-alveolar. 
 Crônica→ Septos espessados, fibrose, macrófagos repletos de hemossiderina - células 
da insuficiência cardíaca (siderófagos) 
 Representantes histológicos de extravasamento vascular 
Morfologia da congestão hepática 
 Aguda→ sinusóides dilatados, degeneração dos hepatócitos centrais. 
 Devido à hipóxia tecidual 
 Crônica→ regiões centrais dos lóbulos hepáticos de coloração marrom-avermelhadas 
e estão levemente deprimidas (devido à morte celular) – Fígado em noz-moscada 
A maioria do suprimento sanguíneo no fígado tem origem venosa logo, observa-se 
hemorragia centrolobular (regiões com menor acesso venoso), macrófagos carregados de 
hemossiderina e degeneração de hepatócitos. 
 
 
 
 
Estase sanguínea
Hemorragia
Hemossiderose
Fibrose Congestiva
Edema Hipóxia
Degeneração
Trombose venosa
 Zona 1: Zona mais 
oxigenada (veia porta + 
artéria hepática) 
 Zona 2: intermediária 
 Zona 3: Zona menos 
oxigenada, logo, sofre 
hipóxia mais facilmente.

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