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resumo portinho PULSOS e PA

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Antônio de Castro, MED UFSM 104 
RESUMO DE PULSOS E PRESSAO ARTERIAL, Portinho 8ª ed: 
PULSO RADIAL: 
• Localização: apófise estiloide do rádio e tendão dos flexores 
• A mão do paciente deve estar repousada ou em completa supinação 
• Verifica-se: parede arterial, frequência, ritmo, amplitude/magnitude, tensão/dureza, tipo de 
onda; sempre com o lado homólogo. 
• Parede normal: lisa, sem tortuosidade e de fácil depressão. Situações que alteram essas 
características são chamadas de arteriosclerose, no caso de artéria radial, mediosclerose de 
Mönckeberg 
o diferente de arterosclerose, é uma esclerose da camada média, que pode culminar em 
calcificação, não tem relevância clínica, mas em pctes idosos pode representar uma pseudo HAS, 
ao se instalar em artérias braquiais, ulnares, femorais, uterinas etc. 
 
• Manobra de Osler e pseudo hipertensão arterial: insuflar o manguito acima da pressão sistólica, 
o pulso em radial não será mais palpável, mas o vaso sim. Frequentemente positiva em idosos. 
Tem baixa especificidade e sensibilidade. 
 
• Taquicardia (>100bpm) em exercícios 
físicos, gravidez, febre, 
hipertireoidismo, IC, taquicardia 
paroxística, miocardite, colapso 
periférico e hipovolemia. 
• Bradicardia (<60bpm) em pessoas 
hígidas, atletas, infecções (febre tifoide 
e viroses), hipertensão intracraniana e 
icterícia, bradicardia sinusal e bloqueio 
atrioventricular
 
• Ritmo é regular ou irregular, sendo as principais arritmias: arritmia sinusal, extrassistolia, 
fibrilação atrial e bloqueio cardíaco. 
o Arritmia sinusal: pulsos que aceleram e diminuem, acompanhando a respiração (ins é 
mais rápido; exp mais lento). Mais comum e intensa em crianças e adolescentes 
(fenômeno fisiológico). Ocorre devido à influência vagal sobre o nó sinusal. Patologias: 
hipertensão craniana e cardiopatia isquêmica. 
o Extrassistolia: é a arritmia mais comum. Pode indicar lesão cardíaca ou não. Nota-se 
falhas na sequência do pulso radial (compensatória à extrassístole). Classificação: 
isoladas, bigeminadas ou trigeminadas. Quanto maior a frequência em 60s, maior o 
significado clínico. 
o Fibrilação atrial: constante e total irregularidade de pulso (frequência e amplitude sem 
padrão). Verifica-se déficit do pulso mesmo com alta FC. 
o Bloqueio cardíaco: no bloqueio de 2º grau tipo Wenckebach os estímulos no nó atrial 
não chegam ao ventrículo, ocorre pausas como na extrassístole. 
 
Déficit de pulso: extrassistolia e fibrilação atrial: quando a contração ventricular não é forte suficiente para impulsar 
sangue para aorta. 
 
• Amplitude = grau de enchimento (na sístole) e esvaziamento (na diástole), classifica-se me amplo 
(insuf. Aórtica), mediano e pequeno (estenose aórtica e hipotensão arterial). 
• Tipos de onda: 
o normal; 
o célere ou martelo d’água: 
▪ aparece e some rápido, golpe breve e seco, devido à grande diferença da 
pressão entre dois pontos, 
▪ ocorrem em insuf. Aórtica, fístulas arteriovenosas, anemias graves e no 
hipertireoidismo. 
▪ Tecnica: levantar o braço do paciente acima da cabeça e o examinador usa a 
mao como uma pulseira no punho anterior do pcte. 
o pequeno ou parvus: 
▪ ascensão lenta e pico prolongado, 
▪ visto em estenose aórtica grave, IC e hipovolemia 
o filiforme 
▪ pequeno e mole, 
▪ indica colapso circulatório periférico 
o alternante 
▪ uma onda ampla seguida de uma pequena, sentida por maior compressão, 
▪ relaciona-se com IVE. 
▪ Técnica: desinflar o manguito até fase I de Korotkoff, quando há alternâcia de 
ruídos fortes e fracos; deixando o manguito inflado nesse nível e palpando 
radial, sente-se as ondas alternantes seguidas 
o parodoxal 
▪ Kussmaul, 1873 
▪ reflete pericardite constritiva, tamponamento cardíaco, derrame pericárdico 
volumosos e enfisema pulmonar. 
▪ Devido a redução exagerada da pressão sistólica durante a inspiração 
 
PULSOS PERIFÉRICOS: 
 
• Avaliar: carotídeo, temporal superficial, subclávio, axilar, braquial, cubital, radial, aórtico 
abdominal, ilíaco, femoral, poplíteo, tibial anterior e posterior, pedioso ou dorsal dopé. 
• Sempre avaliar com pulso homólogo: presença do pulso, amplitude, frequência e ritmo. 
• Semiotécnicas: coloquei somente dos que avaliamos em aula 
o Carótidas: pcte em pé ou sentado, médico de frente para o pcte, buscar na borda 
anterior do ECM, utilizar a polpa do polegar esquerdo. 
o Femorais: região inguinal, logo abaixo do ligamento inguinal ou de Poupart, pcte em 
decúbito dorsal examinador em pé ao lado, com as polpas do indicador, médio e anular 
o Poplítea: mais profundas e de sensação difusa. 2 técnicas: 
▪ A. pcte em decúbito dorsal, joelho fletido e perna relaxada, as polpas das duas 
mãos na linha media posterior do joelho, faz-se compressão profunda na fossa 
poplítea. 
▪ B. pcte em decúbito ventral, flete a perna, examinador segura a perna do pcte 
com uma das mãos e com o polegar da outra procura profundamente a artéria, 
fechando a pinça com os demais dedos. 
o Tibial posterior: localizam-se imediatamente atrás do maléolo interno, com a polpa do 
indicador, médio e anular. 
o Pedioso: usar a polpa do indicador, médio e anular e fixar o polegar na planta do pé do 
pcte, buscar na linha do entre hálux e 2º pododáctilo. 
 
• Manobras: 
o Manobra de Allen: detectar oclusao da artéria ulnar ou radial. 
▪ Pcte sentado, com membro superior estendidos para frente, o médico 
pressiona arterial radial, pede para pcte fechar a mão, espera ocorrer palidez 
e descomprime e pcte abre a mao, observando tempo de reperfusão. Se repete 
a técnica comprimindo radial e depois ulnar. 
o Manobra de Addson: utilizada para diagnostico de compressão de artéria suclavia e 
plexo braquial pelo escaleno anterior, costela cervical processo transverso longo da C7 
ou bridas fibróticas. 
▪ Pcte sentado, com braços apoiados nos joelhos, medico palpa radial e ausculta 
região supraclavicular, pcte faz inspiração profunda e rotação da cabeça para 
o lado examinado. 
▪ Se positivo, o pulso radial desaparece e surge um sopro na região 
supraclavicular. 
 
o Manobra Costoclavicular: detectar compressão de subclávia ao passar pelo espaço 
costoclavicular. 
▪ Mesma coisa que anterior, sem rotação de cabeça e com ausculta infra ou 
supraclavicular. 
 
o Manobra de hiperabdução: compressão da subclávia pelo tensão do pequeno peitoral. 
▪ Pcte com braço sobre o joelho, palpar radial, pedir parar erguer braço acima 
da cabeça, ainda palpando radial, se radial diminuir ou sumir, sinal positivo. 
 
o Manobra da isquemia: provocada para avaliar fluxo sanguíneo em membros inferiores. 
 
PRESSÃO ARTERIAL: 
• É a força exercida pelo sangue sobre as paredes do vaso. Está relacionada com o 
trabalho do coração e traduz o sistema de pressão vigente na árvore vascular. 
• Fatores determinantes: PA = Débito Cardíaco x Resistência Periférica, além da 
elasticidade dos grandes vasos, viscosidade sanguínea e volemia. 
• Débito Cardiaco (DC): é resultante do Volume Sistólico x Frequência Cardíaca. Em 
condições de repouso e fisiologia normal, o DC é de 5-6L/min. Variando para 30L 
durante o exercício físico. Está diretamente relacionado com a capacidade contrátil do 
miocárdio e com o retorno venoso, influindo na Pressão Sistólica. 
• Resistência Periférica (RP): representada pela vasocontralidade da rede arteriolar (fibras 
musculares da camada média e esfíncteres pré-capilares), sendo fator para manutenção 
da Pressão Diastólica. Depende do SNSimpático (alfa receptores – vasocontrição; beta 
receptores – vasodilatação) e da influencia humoral (SRAA, catecolaminas – 
vasoconstrição; prostaglandinas e cininas – vasodilatação).• Elasticidade: queda da elasticidade da aorta (pessoas idosas) resulta em aumento da 
Pressão Sistólica. 
• Volemia: hipovolemia resulta em queda de PA (desidratação e homorragias); 
Hipervolemia resulta em aumento da PA (glomerulonefrite – renina) 
• Viscosidade Sanguínea: influencia pequena na PA, anemias graves (queda da PA) ou 
policetemias (aumento de PA). 
• Regulação da PA: via neurogênica ou humoral através de todos os fatores que 
determinam a PA, principalmente da reatividade vascular. 
o Neurogênica: córtex cerebral, hipotálamo, centro vasomotores, SNAutônomo 
(simpático e parassimpático), suprarrenais, rins, barorreceptores, nervo de 
Cyon e de Hering. 
o Humoral: rins e suprarrenais (SRAA, prostaglandinas, vasopressina, 
desoxicorticosterona e glicocorticoides) 
• Fases de Korotkoff: sons produzidos ao desinflar o manguito e o sangue voltar a circular 
pela artéria colabada. 
o Fase I: surgimento do som → valor da sístole 
o Fase II: batimentos com sopro. 
o Fase III: desaparecimento de sopros, batimentos mais audíveis e acentuados 
o Fase IV: abafamento dos sons ao restabelecer o calibre arterial normal 
o Fase V: desaparecimento do som (diastólica) 
Hiato Auscultatório: durante a última parte da Fase I e o inicio da Fase II, podendo cobrir 30-
40mmHg, evitável ao usar o método palpatório antes de auscultar. 
• Alguns casos, pode-se ouvir sons até o 0mmHg, assim, considera-se a diastólica como a 
Fase IV e marca-se os 3 valores: Fase I, Fase IV e Fase V (0): 120x80x0mmHg 
• Em idosos: atentar à hipotensão postural e ao Sinal de Osler (endurecimento do vaso) e 
lembrar que a pseudo hipertensão pode dar valores mais baixos que os reais devido à 
esclerose, calcificação endurecimento das artérias. 
• Em gestantes: alterações com a posição a partir do 3 trimestre. Verificar em DLE com o 
braço no nível do coração, frequentemente audíveis sons até o 0mmHg. 
• Problemas: 
o Repetição de medidas sem esperar de 1 a 3 min para reinsuflar o manguito. 
o Arremangar a roupa do pcte ao invés de tirar 
o Auscultar por baixo do manguito 
o Pcte previamente fumou, ingeriu álcool, café com menos de 1h 
o Pcte de bexiga cheia. 
o Elevação transitória da PA após comer (eleva DC e fluxo esplâncnico) 
o Elevação da PA ao acordar 
o PA sempre maior em decúbito e menor em ortostática 
 
• Pressão Diferencial: PA sistólica – PA diastólica = 30-60mmHg. 
o Pressão convergente: hipotensão arterial aguda, estenose aórtica, derrame 
pericárdico, pericardite constritiva e IC grave. 
o Pressão Divergente: síndromes hipercinéticas (hipertireoidismo, fístula 
arteriovenosa, insuficiência aórtica) e na fibrose senil de grandes vasos. 
• Variações da PA: sofre uma variável fisiológica contínua, dependente de estímulos 
externos (tabaco, exercício físico, estresse) e internos (sono, dor, respiração, postura...), 
sempre a fim de manter correta perfusão tissular. Por isso, o mais adequado é fazer uma 
curva pressórica com aferições seguindo o ciclo circadiano. Os valores médios de PA 
seguem uma distribuição Gaussiana, com valores arbitrários médios, com relação ao 
risco cardiovascular sendo limítrofe 140x90mmHg. 
o As principais variáveis são a idade, o sexo, a etnia, o sono, emoções 
(hipertensão do avental branco), exercícios e a alimentação. 
 
• Hipertensão Arterial: síndrome que tem várias causas. Critério arbitrário de separar o 
risco de doentes. Tanto o valor sistólico como o diastólico tem a mesma relevância, mas 
em idosos a pressão sistólica tem maior reflexo na morbimortalidade. 
o Considera-se hipertensos indivíduos maiores de 18 anos com PA igual ou maior 
a 140x90mmHg. 
o Sempre que se registra hipertensão, deve-se buscar a etiologia. 
o Hipertensao sistólica isolada: fibrose senil da aorta, insufiencia aórtica, 
bloqueio atrioventricular total, hipertireoidismo e fistula arteriovenosa. 
o Classificação: 
▪ Essencial ou primária: 95% dos casos, etiologia não exata, relacionada 
a genética, alimentação rica em sal, obesidade, alcoolismo. 
▪ Secundária: 5% dos casos, relacionada a afecções 
• Renais: glomerulonefrite, pielonefrite, tromboses, 
colagenoses; 
• Endócrinas: Cushing, feocromocitoma, acromegalia 
• Vascular: coarctação de aorta 
• SNC: apneia do sono, hipertensão intracraniana, Guillain-
Barre 
• Toxemia Gravídica: pré-eclampsia e eclampsia 
• Medicamentos: AC, AINES e AIES, descongestionante nasal, 
anorexígenos, antidepressivos tricíclicos, eritropoetina 
• outras causas: alcoolismo, drogas, queimaduras, 
hipoglicemia, anemia falciforme, neop de ovário... 
o Prognostico depende de níveis tensionais, evolução e presença de dano ao 
órgão alvo. 
 
• Hipotensão Arterial: não existem níveis de pressão arterial mínimos considerados 
normais. Na verdade, pacientes com menor PA tem menor risco a doenças 
cardiovasculares. 
o Em idosos: hipotensão postural devido a diminuição da sensibilidade dos 
barorreceptores, queda da capacidade renal de conservar sal, baixos níveis de 
renina e aldosterona, aumento do FNA, diminuição do enchimento ventricular. 
 
Hipotensão Postural: quando há queda de 20mmHg ou mais na sistólica e 10mmHg ou mais na diastólica em aferição 
após 5min de repouso em decúbito dorsal e após 1-3min com paciente sentado ou em pé. É importante tomar o pulso 
e contar a FC (em indivíduos normais, se eleva 6-12bpm em ortostática)e havendo aumento de 20bpm em posição 
supina, sugere hipovolemia.