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CONTAMINAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DE MAMADEIRAS

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ETEC “DONA ESCOLÁSTICA ROSA” 
CURSO TÉCNICO EM NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
 
 
 
CARLOS HELBER SOARES RODRIGUES DE LIMA 
FRANCISCO JOSÉ CASTRO SANTOS 
ROSIMAR DA SILVA DOS SANTOS 
SILVIA REGINA TONON RODRIGUES 
TÂNIA REGINA SOUZA 
 
 
 
 
 
CONTAMINAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DE MAMADEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos - SP 
2015 
 
 
 
CARLOS HELBER SOARES RODRIGUES DE LIMA 
FRANCISCO JOSÉ CASTRO SANTOS 
ROSIMAR DA SILVA DOS SANTOS 
SILVIA REGINA TONON RODRIGUES 
TÂNIA REGINA SOUZA 
 
 
 
 
 
CONTAMINAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DE MAMADEIRAS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso Técnico em Nutrição e Dietética da 
ETEC Escolástica Rosa, do Centro Estadual de 
Educação Tecnológica Paula Souza, como 
requisito para a obtenção do diploma de Técnico 
de Nível Médio em Nutrição e Dietética sob a 
orientação da Professora Kátia Antônia de 
Castro Dias. 
 
 
 
 
 
 
 
Santos - SP 
2015 
 
 
 
Dedicatória 
 
 
Dedicamos ао universo pоr mudar as coisas, por nunca fazê-las serem da 
mesma forma, pois assim não teríamos о qυе pesquisar о qυе descobrir е o qυе 
fazer, pois através dіstо conseguimos concluir а nossa monografia. 
Аоs meus amigos, pеlаs alegrias, tristezas е dores compartilhadas. 
Cоm vocês, аs pausas entre υm parágrafo е outro dе produção melhorou tudo 
о qυе produzimos nа vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Primeiramente a Deus que nos deu a vida e saúde para superar as dificuldades. 
Ao instituto Centro Paula Souza, a instituição Etec “Dona Escolástica Rosa” e 
ao sеυ corpo docente, direção е administração pеlа confiança nо mérito, pela ética 
aqui presente e pela oportunidade dе realizar о curso em um ambiente criativo е 
amigável qυе proporciona. 
Meus agradecimentos аоs amigos Carlos Hélber Soares Rodrigues de Lima, 
Francisco José Castro Santos, Rosimar da Silva Santos, Sílvia Regina Tonon 
Rodrigues e Tânia Regina de Souza, companheiros dе trabalhos е irmãos nа amizade 
qυе fizeram parte dа minha formação е qυе vão continuar presentes еm minha vida 
cоm certeza. 
Agradecimentos especiais a todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа 
minha formação, о mеυ muito obrigado. 
A todos os professores em especial professora Fernanda Freitas e nossa 
orientadora professora Kátia Antônia de Castro Dias pela paciência e dedicação 
durante a execução do nosso estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas 
gerações (...). Receba essa herança, honre-a, acrescente a ela e, um dia, 
fielmente, deposite-a nas mãos de seus filhos.” 
( EINSTEIN, 2007) 
 
 
RESUMO 
 
O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e 
experimental, cujo instrumento de coleta de dados foi um questionário aplicado junto 
aos pais, cuidadores e lactaristas de crianças entre 0 a 18 meses de idade em escolas 
e creches particulares e públicas das cidades de Santos e Praia Grande, nos meses 
de setembro e outro de 2015. O objetivo do estudo foi Informar cuidadores, pais e 
lactaristas sobre os procedimentos corretos de higienização de mamadeiras. Em 
segundo momento foram testados os procedimentos de higienização de mamadeiras, 
para desenvolvimento de um folder informativo. Segundo todas as informações 
levantadas, a maior parte dos cuidadores não realiza a higienização completa e não 
tiveram instruções para fazê-la de maneira correta. Os folders foram distribuídos para 
os pais, cuidadores e lactaristas de escolas e creches. 
 
Palavras chaves: mamadeiras, higienização, pais, cuidadores e lactaristas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA 
 
 This study deals with a bibliographic research, field work and experimental, 
whose instrument for data collection was a questionnaire applied to the parents, carers 
and lactaristas of schools and kindergartens. The study aims to gather information on 
what forms are being used to carry out the cleaning of bottles, whether they are doing 
the right way and have capacity to conduct proper procedure in some responsible 
institutions and caregivers for care of children aged 0 to 18 months. To avoid any 
diseases and maintain health of children is necessary to know how to sanitize, to have 
all the attention the quality of the bottle material, the period of validity, care in storage 
and careful exposure to some chemicals that can damage or harm sanitation. 
According to all the information gathered, most caregivers do not realize the full 
cleaning and had no instructions to do it properly. On top of this data produce an 
instructional brochure with two correct and effective to sanitize bottles ways: by sodium 
chloride and by boiling. We distribute these brochures for parents, caregivers and 
lactaristas of schools and kindergartens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Ilustração 01 – Questionário de Diagnóstico.............................................................24 
Ilustração 02 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Hipoclorito de Sódio 
Parte I........................................................................................................................30 
Ilustração 03 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Hipoclorito de Sódio 
Parte II.......................................................................................................................31 
Ilustração 04 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Fervura 
Parte I........................................................................................................................32 
Ilustração 05 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Fervura Parte II....33 
Ilustração 06 – Conteúdo do folder frente.................................................................34 
Ilustração 07 – Conteúdo do folder verso.................................................................34 
Ilustração 08 – Entrega do folder no Colégio Atlas – Santos...................................37 
Ilustração 09 – Entrega do folder na Creche Marotynho – São Vicente..................37 
Ilustração 10 – Entrega do folder na Creche Municipal – Praia Grande..................38 
Ilustração 11 – Entrega do folder na Creche Vila Sônia – Praia Grande................38 
Ilustração 12 – Entrega do folder no Educandário Santista – Santos......................39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 01: Importância do procedimento de higiene das mamadeiras.....................25 
Gráfico 02. Eficiência do método de higienização .....................................................26 
Gráfico 03: Método de higienização de mamadeiras preferido. ................................27 
Gráfico 04: Capacitação para execução do procedimento de higienização de 
mamadeiras................................................................................................................28 
Gráfico 05: Faixa etária das crianças pesquisadas....................................................29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO	
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 11 
1.1  Justificativa ............................................................................................................11 
1.2  Objetivos ................................................................................................................. 12 
1.2.1  Objetivo Geral ................................................................................................. 12 
1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 12 
2  A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE DE MAMADEIRAS .............................................. 13 
2.1  Alimentação Pós-Desmame ............................................................................... 13 
2.2  Validade das Mamadeiras ................................................................................... 14 
2.2.1Hora de trocar a mamadeira ................................................................................ 14 
2.3 Os vários tipos de contaminação e suas causas ............................................. 15 
2.3.1 As bactérias ........................................................................................................ 15 
2.4 Higienização de Mamadeiras ................................................................................. 16 
2.4.1 Agente de desinfecção por Fervura ............................................................. 16 
2.4.2 Desinfecções por Produtos químicos ......................................................... 17 
2.5 Os malefícios de mamadeiras para os bebes ................................................... 20 
2.5.1 Mamadeiras podem passar contaminantes aos bebes ........................... 21 
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 22 
4 RESULTADOS ................................................................................................................... 24 
4.1 Gráficos ....................................................................................................................... 24 
4.2 Fluxograma de higienização de mamadeira por hipoclorito de sódio ....... 30 
4.3 Fluxograma de higienização de mamadeira por fervura ................................ 32 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 35 
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 36 
7 APÊNDICE .......................................................................................................................... 37 
8 ANEXOS .............................................................................................................................. 40 
8.1 Anexo I - portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013 .............................................. 40 
8.2 Anexo II - Manual programa de alimentação centros de educação infantil 
conveniados (CEIS), da prefeitura do município de São Paulo. ......................... 41 
8.3 Anexo III- Orientações gerais para central de esterilização - secretaria de 
saúde unidades hospitalares do rio de janeiro ....................................................... 43 
8.4 Anexo IV - Cartilha alimentação por faixa etária - Belo Horizonte 2010 .... 47 
11 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
No mundo ideal, a criança mamaria no peito exclusivamente até os seis meses 
de idade, continuaria mamando leite materno e começaria a conhecer outros 
alimentos a partir dessa idade, e talvez nunca experimentasse uma mamadeira. Mas 
na maioria dos casos as coisas não funcionam assim, e por isso é bem provável que 
a criança, consuma leite em mamadeira. (SALGADO, 2014) 
Contaminação de mamadeiras é um assunto muito sério e de extrema 
importância. 
O cuidado com a higiene é essencial para evitar a contaminação de mamadeiras 
por micro-organismos prejudiciais à saúde dos bebês. 
Estudo realizado por pesquisadora do interior de São Paulo mostra como o 
cuidado com a higiene é essencial para evitar a contaminação de mamadeiras por 
micro-organismos prejudiciais à saúde dos bebês. 
O micro-organismo encontrado é a Enterobactersakazakii, associado a infecções 
intestinais em recém-nascidos. 
“A quantidade encontrada nas amostras, por si só, não é suficiente para causar 
problemas, mas sem os cuidados apropriados essas bactérias podem se multiplicar”, 
alerta a pesquisadora. 
(DOS SANTOS, 2013) 
Os métodos utilizados hoje para higienização de e mamadeiras realmente não 
são tão eficazes. 
Poucos pais estão agindo de maneira correta nas escolhas de tipos de e 
mamadeiras e não estão conscientes dos danos que e mamadeiras causam aos 
nossos filhos. 
A maioria dos pais e cuidadores desconhecem os procedimentos corretos, 
adequados e eficientes de higienização de mamadeiras. 
1.1 Justificativa 
 O presente estudo tem importância na necessidade de informar os pais, 
cuidadores e lactaristas, quanto ao risco de mamadeiras contaminadas, consequentes 
dos procedimentos de higienização inadequados. 
12 
 
 
 
1.2 Objetivos 
1.2.1 Objetivo Geral 
Informar cuidadores, pais e lactaristas sobre os procedimentos corretos de 
higienização de mamadeiras. 
1.2.2 Objetivos Específicos 
Levantar e avaliar os procedimentos de higienização de mamadeiras 
executados por cuidadores, pais e lactaristas. 
Testar os procedimentos de higiene para mamadeiras previstas em legislações. 
Informar procedimentos corretos de higienização de mamadeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
2 A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE DE MAMADEIRAS 
 
Com o sistema imunológico ainda em formação, os bebês são vulneráveis a 
doenças provocadas por bactérias, nos primeiros meses de vida. Por essa razão, todo 
o cuidado é pouco com a limpeza de seus utensílios. 
As mamadeiras devem ser limpas e esterilizadas para evitar a proliferação de 
bactérias que poderiam contaminar seu bebê. E lavar com água quente não é 
suficiente para realizar essa esterilização (que é a eliminação de todas as bactérias 
ali contidas); no máximo, a lavagem com água escaldante e detergente produz uma 
redução da maioria das bactérias (mas não de todas, como na esterilização). 
Como o leite é uma substância orgânica e um meio de proliferação de bactérias, 
a esterilização das mamadeiras é de fundamental importância para evitar problemas, 
como diarreias. Quanto mais novo o bebe for, mais frágil é seu sistema imune, e 
maiores os cuidados que devem ser tomados para evitar as contaminações. Por isso, 
esterilize as mamadeiras sempre depois de utilizá-las para dar leite ou outros líquidos 
(como sucos, chás) ao seu filhote. 
O leite é um alimento rico em gorduras e nutrientes que agradam também as 
bactérias, por isso, tão importante quanto ferver é higienizar. Resíduos de leite na 
mamadeira podem formar um biofilme (conjunto de bactérias aderidas) de difícil 
remoção e com grande potencial que causar infecções nos pequenos. 
Vale lembrar que não é possível nem muito menos indicado que 
as crianças vivam em um ambiente isento de microrganismos. O 
contato dos bebês com o ambiente e suas sujeirinhas estimula o 
sistema imunológico e é muito positivo, desde que claro, respeitando 
os limites. (CAMPOS, 2014) 
 
2.1 Alimentação Pós-Desmame 
 
Embora a amamentação seja a melhor escolha para a maioria das crianças, a 
fórmula infantil é amplamente utilizada, comumente introduzida durante o período 
neonatal, e, geralmente, dada a bebês em mamadeiras que podem ser difíceis de 
limpar. ( JEREISSAT, 2015) 
14 
 
 
2.2 Validade das Mamadeiras 
 
Tão importante quanto higienizar e ferver mamadeiras, é respeitar os prazos de 
troca. A inspeção visual é o padrão ouro para determinar quando o utensílio deve ser 
substituído e todo bico rasgado ou com presença de asperezas e manchasde difícil 
remoção deve ser desprezado. Mas não é só. Recomenda-se que o prazo de troca 
não exceda três meses, mesmo se aparentemente tudo estiver em bom estado. 
Quanto às mamadeiras em si, o material costuma ser mais resistente que o bico, mas 
o próprio desenvolvimento do bebê exige a troca e adequação, então observe 
rachaduras e porosidades no material, procedendo à troca. (ZOLLNER,2015) 
 
2.2.1Hora de trocar a mamadeira 
 
De acordo com a especialista em saúde materno-infantil Ana Cristina Ribeiro 
Zollner, do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da 
Sociedade de Pediatria de São Paulo, as mães precisam ficar atentas a alguns 
indícios de que chegou o momento de trocar o utensílio e providenciar um novo. 
Observar as seguintes características: 
No bico: 
A descoloração pode ser sinal de que ele está se deteriorando; 
Ao esticar a parte de cima do bico, ele deve retornar à posição original. Caso 
contrário, é sinal de que ele está afinando e não é mais apropriado para o uso; 
Quando adquire uma textura pegajosa, significa que está em processo de 
degradação e deve ser inutilizado. 
Rasgos e rachaduras podem elevar o risco de engasgos. 
Na mamadeira: 
Rachaduras podem facilitar o acúmulo de resíduos e favorecer a proliferação de 
bactérias; 
Plástico danificado representa risco de ferimentos no bebê. (ZOLLNER. 2015) 
 
 
15 
 
2.3 Os vários tipos de contaminação e suas causas 
2.3.1 As bactérias 
Alguns dos micro-organismos que agridem o organismo dos bebês são 
provenientes do próprio leite pasteurizado, dos utensílios contaminados ou até de 
mãos mal lavadas. De acordo com o microbiologista de alimentos Êneo Alves, diretor 
da Central de Diagnósticos Laboratoriais, em São Paulo, essas bactérias pertencem 
ao grupo dos coliformes fecais e totais que, em grandes concentrações, causam 
diarreia, febre, desidratação, fezes com sangue, e, em casos extremos, podem levar 
o bebê à morte, devido à fragilidade do organismo nessa fase da vida. 
Em tese de mestrado e doutorado, a microbiologista Rosana Siqueira dos 
Santos, professora da faculdade Veris IBTA Metrocamp (do Grupo Ibmec 
Educacional), detectou a presença de uma bactéria causadora de doenças em 12% 
de 98 amostras de fórmulas infantis em pó. 
O micro-organismo encontrado é a Enterobactersakazakii, associado a infecções 
intestinais em recém-nascidos. “A quantidade encontrada nas amostras, por si só, não 
é suficiente para causar problemas, mas sem os cuidados apropriados essas 
bactérias podem se multiplicar”, alerta a pesquisadora. 
Segundo ela, as tecnologias utilizadas na produção das fórmulas infantis em pó 
não são capazes de reduzir os níveis de micro-organismos procedentes das matérias-
primas. Assim, é preciso caprichar na higiene durante a preparação do alimento até o 
momento do consumo. 
Suscetibilidade infantil e os riscos decorrentes de infecções associadas à 
mamadeira fórmula infantil em pó têm recebido maior atenção nos últimos anos. 
Contaminação intrínseca da mamadeira com patógenos tem sido relatada e 
contaminação extrínseca pode ser introduzida a partir do manipulador ou do ambiente 
durante a reconstituição. Conselhos desinfecção e descontaminação recomendada 
garrafa mudaram nos últimos anos e o objetivo deste estudo foi validar a eficácia de 
quatro métodos de desinfecção atuais utilizando mamadeiras que continham 
reconstituídos cravado com qualquer cultura bacteriana. 
Antes de desinfecção, mamadeiras foram limpas de acordo com as orientações 
recomendadas. Os procedimentos de desinfecção testados incluíram uma solução 
química à base de hipoclorito e três métodos à base de calor. Antes da limpeza e 
16 
 
desinfecção, a tampa de rosca interior e interior-teta foram os locais mais fortemente 
contaminados. (CARVALHO, 2011) 
 
2.4 Higienização de Mamadeiras 
A higienização é a operação que engloba a limpeza e a 
desinfecção. É muito importante realizar a higienização, porque os 
microrganismos se multiplicam em resíduos ou sujidades que 
permanecem nesses locais, contaminando-os e disseminando 
doenças. 
A limpeza é a etapa mais importante do processo de 
higienização. Consiste em retirar a sujeira de um local (pisos, paredes, 
móveis, equipamentos e outros objetos). Deve ser feita sempre 
esfregando bem com água e sabão ou detergente, com posterior 
enxágue e secagem. 
 
A segunda etapa da higienização é desinfecção que é o processo de destruição 
de microrganismos que causam doenças (vírus, bactérias e fungos), mediante a 
aplicação de agentes físicos e químicos. (NAKAMURA. 2008). 
2.4.1 Agente de desinfecção por Fervura 
Quando objetos (por exemplo, as mamadeiras) são fervidos durante 5 minutos 
alcança-se um alto grau de desinfecção; 
Segue abaixo o fluxograma de higienização de mamadeiras desenvolvido no 
Manual de boas práticas de manipulação CEASA (Centrais de abastecimento de 
campinas S.A). 
Fluxograma de higienização de mamadeira, utilizando fervura: 
 
Enxaguar bem em água corrente os frascos e acessórios, um a um; 
▼ 
Imergir os bicos protetores, arruelas e frascos em solução de água com 
detergente; 
▼ 
Deixar macerar e desprezar esta solução de imersão; 
▼ 
17 
 
Lavar cuidadosamente usando escova apropriada para os frascos, por dentro 
e por fora, todos os acessórios até retirar todas as sujidades; 
▼ 
Enxaguar em água corrente até que estejam limpos e livres de vestígios de 
detergentes (obs.: enxágue dos bicos deve forçar a água a sair pelos orifícios, 
certificando-se que não estão entupidos); 
▼ 
Ferver por 15 minutos; 
▼ 
Deixar secar naturalmente; 
▼ 
Guardar em recipiente fechado e se possível, sob refrigeração. (CEASA, 2013) 
2.4.2 Desinfecções por Produtos químicos 
Utilizados para a desinfecção de utensílios. Para cada tipo de substância 
desinfetante existe uma indicação própria em termos de uso, diluição e exposição. 
Devem-se seguir sempre as instruções do fabricante; 
As instruções básicas para a desinfecção são as seguintes: 
 Limpar bem os objetos ou superfícies a serem desinfetados; 
Submergir o objeto ou deixar o produto desinfetante em contato com a 
superfície, conforme recomendação do fabricante; 
Enxaguar e deixar secar naturalmente. 
 
Os produtos desinfetantes têm a finalidade de diminuir a carga microbiana e 
devem ser registrados no Ministério da Saúde com indicação para este fim. 
Para a desinfecção, normalmente usa-se o cloro inorgânico (hipoclorito de 
sódio). 
 Possui ação bactericida (contra bactérias), tuberculicida (contra o bacilo da 
tuberculose) e fungicida (contra fungos); 
É um desinfetante de baixa toxidade oral, característica importante quando se 
considera que a criança frequentemente leva objetos à boca; 
18 
 
 
Deve ser aplicado em superfícies previamente limpas, pois não age na 
presença de matéria orgânica, exceto em concentrações muito elevadas; 
 Quando a limpeza for feita com detergente, há necessidade de sua total 
retirada, pois há interferência na ação do hipoclorito; 
 O tempo de exposição para ter a ação germicida deve ser respeitado, 
lembrando que o hipoclorito possui ação corrosiva em metais, quando excedido o 
tempo de exposição; 
 As concentrações recomendadas para a desinfecção de alimentos, ambientes 
e diferentes tipos de materiais encontram-se na tabela vista acima: 
Obs: As dosagens foram aproximadas para facilitar o preparo das soluções e suas 
respectivas diluições. 
* Concentração base (comprada) de hipoclorito de sódio 
** Copo de café = copinho de café descartável 
Para a desinfecção de alimentos, é permitido o uso da água sanitária a 2,0 - 
2,5% (desinfetante de usogeral), composta por hipoclorito de sódio, com indicação 
no rótulo para esta finalidade, conforme a Portaria SMS-G nº. 1210, de 02 de agosto 
de 2006. Em decorrência da segurança do produto para a desinfecção de alimentos, 
o mesmo poderá ser aplicado para a desinfecção de mamadeiras. 
Deve-se observar que os produtos alvejantes são contraindicados para a 
desinfecção de alimentos e de mamadeiras, pois podem apresentar na sua 
 
PREPARO DE SOLUÇÃO PARA DESINFECÇÃO (5 LITROS) 
Para 
desinfetar: 
Hipoclorito de 
Sódio a 
1%* 
Hipoclorito 
de Sódio ou
Água 
Sanitária a 
2,5% 
Alvejante
Volume 
de água 
fria 
Concentração
final 
Tempo de 
exposição 
ao produto
Mamadeira 
(frasco / 
acessórios) 
100 mL ou 2 
copos de café 
40 mL ou 8 
colheres de 
sobremesa
Não 
indicado 
Completar 
o volume 
até 5 litros
0,020% 15 min. 
Bancadas, 
equipament
os 
de cozinha e 
refeitório 
125 mL ou 2 
+ ½copos de 
café 
50 mL ou 1 
copo de café
50 mL ou 1 
copo de 
café 
Completar 
o volume 
até 5 litros
0,025% 2 min. 
19 
 
composição outras substâncias, como metais pesados, perfume, etc..., que são 
prejudiciais à saúde. 
Os funcionários que realizarem esta tarefa devem utilizar os Equipamentos de 
Proteção Individual (EPIs). 
 O processo de higienização do ambiente, dos equipamentos e dos utensílios 
deve ser registrado nos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s), 
descrevendo o método utilizado, sua frequência, o responsável pelo procedimento, 
condições de uso, concentração do produto utilizado e tempo de exposição. 
A periodicidade depende do tipo de objeto a ser limpo e da necessidade, 
basicamente como descrito. 
 A organização também é importante para manter a higiene de um local. Todos 
os materiais usados na higienização (panos, vassouras, baldes, etc.) devem ser 
mantidos em bom estado de conservação e guardados em locais próprios, separados 
de acordo com o tipo de utilização. Ex: panos de chão separados dos panos de pia. 
Segue abaixo tabela de procedimentos para Limpeza e desinfecção dos 
ambientes, equipamentos e utensílios especialmente mamadeiras. 
AMBIENTES, 
EQUIPAMENTOS E 
UTENSÍLIOS 
FREQÜÊNCIA LIMPEZA DESINFECÇÃO 
Mamadeiras Após o uso 
 Encaminhar as mamadeiras 
para o lactário (ou cozinha), 
logo após o uso; 
 Separar os frascos, bicos, 
arruelas e protetores plásticos 
das mamadeiras; 
Os frascos devem estar 
separados dos bicos e 
acessórios em recipientes 
diferentes! 
 Escovar os frascos um a um, 
com água e sabão (ou 
detergente), eliminando todos 
os resíduos; 
 Ferver em água por 5 
minutos ou mergulhar 
completamente todo o 
material na solução de 
hipoclorito de sódio a 
0,02% e deixar de 
molho por 15 minutos 
em recipiente plástico 
com tampa, sendo um 
recipiente exclusivo 
para os frascos, e 
outro para os bicos, as 
arruelas e os 
protetores plásticos; 
20 
 
 Enxaguar bem e deixar secar 
sobre uma superfície limpa e 
desinfetada; 
 Lavar os bicos, arruelas e 
protetores por dentro e por fora, 
com água e sabão (ou 
detergente), escovando bem; 
 Enxaguar e deixar secar 
naturalmente em recipiente 
limpo e coberto. 
 Lavar muito bem as 
mãos e retirar os 
utensílios dos 
recipientes (ou usar 
um pegador universal); 
 Enxaguar bem em 
água corrente e deixar 
secar naturalmente 
sobre uma superfície 
limpa e desinfetada. 
Escova de 
limpeza das 
mamadeiras 
Após o uso 
• Lavar com água e sabão; 
• Enxaguar bem e deixar 
secar naturalmente; 
• Guardar em local protegido. 
 
___ 
(NAKAMURA. 2008). 
2.5 Os malefícios de mamadeiras para os bebes 
 
Embora utilizadas pela maioria das crianças, mamadeiras podem causar 
inúmeros danos e serem transmissores de germes e vermes. Por isto, uma série de 
recomendações e normas, está sendo criadas para desencorajar o uso e controlar a 
publicidade destes produtos, até então inocentes símbolos da infância. 
O passo nove para o sucesso do Aleitamento Materno adotado pela Iniciativa 
Hospital Amigo da Criança da OMS/UNICEF estabelece que não deva ser dado ao 
lactente chuquinhas ou mesmo sendo ortodônticas. O uso de artificiais leva ao 
fenômeno "confusão de", isto é, uma forma errônea de recém-nascido posicionar a 
língua e sugar o seio, levando-o ao desmame precoce. O recém-nascido (RN) nasce 
com o reflexo de sugar e deglutir que permite, quando bem posicionado por sua mãe, 
a uma pega correta dos seios, ou seja, envolvendo o mamilo e a aréola. Numa boa 
pega, a língua fica por baixo (no assoalho da cavidade oral) para pressionar o osso 
de palato, formando um movimento peristáltico, ritmado, como uma onda. Desta forma 
ele consegue ordenhar os ductos ou ampolas lactíferas, esvaziando os seios e 
satisfazendo-se. Na posição errada (má pega) o RN só abocanha o mamilo, não 
conseguindo esvaziar os seios, causando dor, fissuras, tensão materna, fome, choro 
e insatisfação do bebê. 
21 
 
Na mamadeira ou na chuquinha, o RN empurra a ponta da língua contra o palato 
para deter o fluxo do leite artificial, da água ou do soro glicosado (que são 
dispensáveis) e não suga, mas apenas engole passivamente o alimento. 
Um estudo realizado no Rio Grande do Sul e publicado internacionalmente 
constata que o risco de um lactente ser desmamado era maior para os usuários dos 
artificiais e do que para os não usuários. Além de o bebê ficar viciado com uma pega 
inadequada, o fato de ele sugar menos o peito, faz com que a sua mãe produza menos 
leite. 
Os recém-nascidos que usam geralmente sofrem de Moniliase Oral (Candidíase 
ou o famoso "sapinho") e as chuquinhas ou mamadeiras são veículos de 
contaminação, porque os líquidos ou leites artificiais podem ser preparados de forma 
não higiênica e atrapalham a proteção imunológica fornecida pelo Leite Materno. 
(CARVALHO,2011) 
2.5.1 Mamadeiras podem passar contaminantes aos bebes 
Análises laboratoriais realizadas em abril de 1996, pelo Instituto Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial indicam que estes produtos estão 
oferecendo riscos ao consumidor mais vulnerável. Uma dezena de marcas foram 
testadas em vários itens como: embalagem, material, construção e ensaios físicos 
(tração e fervura) e o resultado é que apenas uma marca teve aprovação em todos os 
quesitos. O Ministério da Indústria e Comércio junto com o Ministério da Saúde estão 
criando um regulamento de Certificação de A Norma Brasileira de Comercialização de 
Alimentos para Lactentes (CNS, 1992) deixa bem claro que os rótulos de mamadeiras 
devem conter a seguinte mensagem: 
"A criança amamentada ao seio não necessita de mamadeira e de bico". 
(CARVALHO, 2011) 
 
 
 
 
 
22 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e 
experimental, cujo instrumento para coleta de dados foi um questionário aplicado junto 
aos pais, cuidadores e lactaristas de escolas e creches, localizados na cidade de 
Santos, São Vicente e Praia Grande nos meses de Agosto à Setembro de 2015. 
Após a aplicação dos questionários os pais, cuidadores e lactaristas receberam 
um folder informativo sobre como realizar a higienização de mamadeiras. 
O questionário foi desenvolvido com 05 questões, baseadas nas rotinas já 
executadas nas redes públicas (creches e escolas infantis) e na legislação sanitária. 
O Folder foi desenvolvido após testes experimentais para desenvolvimento do 
Fluxograma de Higienização de Mamadeiras, esta parte experimental e fotográfica foi 
realizada no laboratóriode nutrição e dietética da Etec Dona Escolástica Rosa, no 
mês de setembro de 2015. 
Segue abaixo modelo do questionário aplicado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Ilustração 01 – Questionário de Diagnóstico 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
Os dados foram tabulados e expressos em gráficos do Microsoft Excel. 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
4 RESULTADOS 
4.1 Gráficos 
 
Quanto a importância da higienização das mamadeiras, dos 13 cuidadores, pais 
e lactaristas participantes, 100%(n=13) responderam que reconhecem a importância 
do procedimento. 
Gráfico 01: Importância do procedimento de higiene das mamadeiras 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
 
  Diante dos dados acima ilustrados os participantes responderam reconhecer a 
importância do procedimento da higiene das mamadeiras. 
Com o sistema imunológico ainda em formação, os bebês são vulneráveis a 
doenças provocadas por bactérias, nos primeiros meses de vida. Por essa razão, todo 
o cuidado é pouco com a limpeza de seus utensílios. (CARROTTI, 2014) 
 
 
 
100%
0%
Sim Não
1. Há alguma importância em se higienizar 
corretamente as mamadeiras?
25 
 
Quanto ao método de higienização que está sendo utilizados, dos 13 
participantes (pais, cuidadores e lactaristas) 92,3% (n=12) responderam que sim, 
acham eficientes e 7,6% (n=1) dos participantes respondeu não ter certeza da 
eficiência do método utilizado. 
Gráfico 02. Eficiência do método de higienização 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
 
Diante dos resultados acima ilustrados as maiorias dos participantes acreditam 
fazer corretamente os procedimentos de higiene de mamadeiras. 
 
 
 
 
 
 
92%
8%
Sim Não
2. Você acha eficiente o método de 
higienização que está sendo utilizado?
26 
 
Com relação a escolha do método de higienização de mamadeira a ser 
utilizado, obteve-se que dos 13 participantes (pais, cuidadores e lactaristas) 69,23% 
(n=9) responderam que utilizam o método de fervura, 23,5% (n=3) responderam que 
utilizam o método de solução clorada e 7,6% (n=1) dos participantes respondeu 
entrevistado o método de autoclave. 
Gráfico 03: Método de higienização de mamadeiras preferido. 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
 
Os resultados mostram que a maioria dos entrevistados prefere a fervura como 
método de higienização, pois acreditam ser o método mais eficiente. 
 
 
 
 
 
70%
24%
6%
Fervura Cloro Autoclave
3. Qual o método de higienização é preferível 
na sua área de trabalho?
27 
 
Das 13 pessoas que responderam o questionário, 100%(n=13 )não tem 
capacitação específica para higienização de mamadeiras. 
Sabendo-se que o tempo de fervura para esterilização das mesmas por 15 
minutos com temperatura de no mínimo 44ºC.(CEASA CAMPINAS, 2013) 
 
Gráfico 04: Capacitação para execução do procedimento de higienização de 
mamadeiras. 
 
(Fonte do próprio autor 2015) 
Os dados acima ilustrados evidenciaram que não houve entre os participantes, 
capacitação específica para higienização de mamadeiras, o procedimento é realizado 
em lactários e creches do município por orientação de uma nutricionista. Já entre os 
pais e cuidadores residenciais as informações possivelmente foram passadas de pais 
para filhos. 
Diante desta preocupação com relação à capacitação, algumas cidades e 
municípios criaram portarias específicas para regulamentar a higienização de 
mamadeiras em creches e escolas. (ANEXO I, PORTARIA CVS-5, 2013). 
0%
100%
Sim Não
4. A pessoa que é responsável pela 
higienização e desinfecção das mamadeiras 
tem curso de capacitação em que área? 
28 
 
Este funcionário deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação 
em Boas Práticas oferecido por instituição de ensino ou qualificação profissional ou 
pela vigilância sanitária. Faixa etária das crianças: de 0 a 6 meses 54% (n=7), de 7-
12 meses 39% (n=5) e de 13-18 7% (n=1). 
Gráfico 5: faixa etárias das crianças pesquisadas. 
 
(Fonte do próprio autor 2015) 
Levando este último resultado fica bem evidente que o maior número de 
crianças que utilizam mamadeiras pertence à faixa etária de 0 a 6 meses, são crianças 
que passam seus dias em creches e escolas devido à rotina de trabalho de suas mães. 
Não podemos deixar de enfatizar que o mais importante é o aleitamento materno 
conforme segue as recomendações da OMS listada abaixo: 
Segundo recomendações da OMS (Organização Mundial de 
Saúde) /UNICEF, 2013 as crianças devem fazer aleitamento 
materno exclusivo até aos seis meses de idade. Ou seja, até essa 
idade, o bebé deve tomar apenas leite materno e não deve dar–se 
nenhum outro alimento complementar ou bebida. A partir dos seis 
meses de idade todas as crianças devem receber alimentos 
54%
39%
7%
0‐6 meses 7‐12 meses 13‐18 meses
5. Qual a faixa etária das crianças neste 
estabelecimento que utilizam mamadeiras?
29 
 
complementares (sopas, papas, etc.) e manter o aleitamento 
materno. As crianças devem continuar a ser amamentadas, pelo 
menos, até completarem os dois anos de idade. 
"A criança amamentada ao seio não necessita de mamadeira e de bico”. 
(CARVALHO, 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
4.2 Fluxograma de higienização de mamadeira por hipoclorito de sódio 
Ilustração 02 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Hipoclorito de Sódio 
Parte I 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
 
31 
 
Ilustração 03 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Hipoclorito de Sódio 
Parte II 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
 
 
 
32 
 
4.3 Fluxograma de higienização de mamadeira por fervura 
Ilustração 04 – Fluxograma de higienização de mamadeira por fervura Parte I 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
 
33 
 
Ilustração 05 – Fluxograma de higienização de mamadeira por fervura Parte II 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Ilustração 06 – Conteúdo do folder frente 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
Ilustração 07 – Conteúdo do folder verso 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
35 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante dos dados levantados pode-se considerar que o objetivo foi alcançado, 
pois pais, cuidadores e lactaristas foram informados sobre os procedimentos corretos 
para higiene de mamadeiras. 
Durante todo o estudo os dados mostraram que a maior parte dos cuidadores 
e instituições não possuem capacitação ou instruções para realizar a higienização das 
mamadeiras, o que pode comprometer a integridade e a saúde do bebê. 
O erro pode estar na parte de esterilização. A higienização realizada pode ser 
falha. Pois o tempo de fervura para esterilização das mesmas por 15 minutos com 
temperatura de no mínimo 44ºC. (CEASA CAMPINAS, 2013) 
Também não podemos deixar de evidenciar as recomendações da 
Organização Mundial da Saúde/UNICEF, as crianças devem fazer aleitamento 
materno exclusivo até aos seis meses de idade. Ou seja, até essa idade, o bebé deve 
tomar apenas leite materno e não deve dar–se nenhum outro alimento complementar 
ou bebida. 
 A partir dos seis meses de idade todas as crianças devem receber alimentos 
complementares (sopas, papas, etc.) e manter o aleitamento materno. 
 As crianças devem continuar a ser amamentadas, pelo menos, até completarem 
os dois anos de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
EINSTEIN, A.The World As I See It. San Diego: Book Tree, 2007. 
SALGADO, N, Dr Odontologia, Mil Dicas de Mãe, publicadoem 16 DE SETEMBRO 
de 2012. Disponível em: http://www.mildicasdemae.com.br/2012/09/esterilizar-
mamadeiras-como-por-que-e-ate-quando.html 
DOS SANTOS, R. S. Higiene correta da mamadeira é essencial para evitar 
contaminação, UOL, Ciência e Saúde, São Paulo/SP, publicado em 05 de Novembro de 
2011 às 07h00. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-
noticias/redacao/2011/11/05/higiene-correta-da-mamadeira-e-essencial-para-evitar-
contaminacao-mostra-estudo.htm 
CAMPOS, S.O. Professora de infectologia pediátrica da Universidade Federal de São 
Paulo, Mamadeiras livres de bactérias. Publicado em 2014. Disponível em: 
http://bebe.abril.com.br/materia/higiene-da-mamadeira) 
ZOLLNER. A.C.R., Higiene da mamadeira. Publicado em 2000. Disponível em: 
http://bebe.abril.com.br/materia/higiene-da-mamadeira 
NAKAMURA, A. A., Técnica responsável, Manual de Boas Práticas de Higiene e de 
Cuidados Com a Saúde Para Centros de Educação Infantil, São Paulo/SP, 2008. 
CARVALHO, M. R., Amamentação IBFAN Rio, Departamento de Pediatria da 
Faculdade de Medicina da UFRJ, Leblon, Rio de Janeiro – RJ, publicado em 3 de 
Fevereiro de 2011. Disponível em: 
http://www.aleitamento.com/amamentacao/conteudo.asp?cod=361 
CEASA, Manual de boas práticas de manipulação CEASA centrais de 
abastecimento de Campinas S.A, Campinas/SP, 2013. 
 
 
 
37 
 
7 APÊNDICE 
Ilustração 08 – Entrega do folder no Colégio Atlas – Santos 
 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
 
Ilustração 09 – Entrega do folder na Creche Marotynho– São Vicente 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
38 
 
Ilustração 10 – Entrega do folder na Creche Municipal – Praia Grande 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
 
Ilustração 11 – Entrega do folder na Creche Vila Sônia – Praia Grande 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
 
 
 
39 
 
Ilustração 12 – Entrega do folder no Educandário Santista – Santos 
 
 
(Fonte do próprio autor – 2015) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
8 ANEXOS 
8.1 Anexo I - portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013 
DOE de 19/04/2013 ‐ nº. 73 ‐ Poder Executivo – Seção I – pág. 32 ‐ 35  
Aprova o regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos 
comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o roteiro de inspeção, 
anexo. 
REGULAMENTO TÉCNICO DE BOAS PRÁTICAS PARA 
ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS DE ALIMENTOS E PARA SERVIÇOS DE 
ALIMENTAÇÃO 
CAPÍTULO II 
Higiene e Saúde dos Funcionários, Responsabilidade Técnica e Capacitação 
de Pessoal. 
Seção III Responsabilidade Técnica e Capacitação de Pessoal 
Art. 16. As cozinhas industriais e os serviços de nutrição e dietética hospitalares 
devem ter um Responsável Técnico inscrito no órgão fiscalizador de sua profissão, 
cuja categoria profissional seja competente e regulamentada para a área de 
alimentos. 
Art. 17. Nos estabelecimentos comerciais de alimentos e serviços de 
alimentação, aos quais não se exige um Responsável Técnico profissional, a 
responsabilidade pela elaboração, implantação e manutenção de Boas Práticas pode 
estar a cargo do proprietário do estabelecimento, ou de funcionário capacitado, que 
trabalhe efetivamente no local, acompanhe integralmente o processo de produção e 
implemente os parâmetros e critérios estabelecidos neste regulamento. Este 
funcionário deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação em Boas 
Práticas oferecido por instituição de ensino ou qualificação profissional ou pela 
vigilância sanitária, cujo conteúdo programático mínimo deve abordar os seguintes 
temas: doenças transmitidas por alimentos; higiene e saúde dos funcionários; 
qualidade da água e controle integrado de pragas; qualidade sanitária na manipulação 
de alimentos; Procedimentos Operacionais Padronizados para higienização das 
instalações e do ambiente. 
 
41 
 
8.2 Anexo II - Manual programa de alimentação centros de educação 
infantil conveniados (CEIS), da prefeitura do município de São Paulo. 
20.3. Higienização de Mamadeiras 
Encaminhar para a área de higienização de mamadeiras, imediatamente após 
o uso; 
Esvaziar os frascos e enxaguar um a um em água fria para retirar o resíduo do 
alimento; 
Separar os bicos arruelas e protetores plásticos das mamadeiras; 
Imergir os frascos em solução de detergente com água preferencialmente 
morna (42°C), por 20 minutos; 
Repetir o mesmo procedimento, em outro recipiente, para os acessórios (bicos, 
arruelas e protetores plásticos); 
Desprezar a solução de imersão; 
Lavar os frascos das mamadeiras cuidadosamente um a um com escova 
apropriada, preferencialmente as com cerdas escuras, em solução de detergente; 
Lavar cada acessório um a um com escova apropriada e solução de detergente, 
retirando toda a sujidade. Os bicos devem ser lavados cuidadosamente por dentro e 
por fora; virando pelo avesso a fim de retirar qualquer resíduo aderente; 
Enxaguar em água corrente, preferencialmente quente; 
Emborcá-los, se possível, em galheteiros de aço inox lavado ou em outra 
superfície apropriada (ex: placa de apoio perfurada, cestos), para escorrer a água; 
Ao final da operação, higienizar as escovas com detergente, enxaguar bem e 
secar. 
20.3.1. Desinfecção de Mamadeiras 
Após a lavagem correta de todas as partes da mamadeira iniciar a desinfecção; 
Utilizar recipiente plástico, exclusivo para este fim; 
Preparar a solução de água com hipoclorito de sódio, conforme tabela abaixo, 
é muito importante fazer a diluição correta e também utilizar a solução imediatamente 
após a diluição; 
Destinar sempre que possível um recipiente para os frascos e outro para os 
acessórios; 
42 
 
Colocar os frascos e/ou os acessórios no recipiente com a solução clorada, 
evitando formação de bolhas de ar, deixar por 15 minutos e se possível tampar o 
recipiente utilizando uma tampa de material plástico; 
Atenção: os fracos e acessórios deverão ficar totalmente imersos na solução; 
Escorrer a água; 
Enxaguar bem, em água corrente; 
Emborcá-los em galheteiros de aço inox lavados ou em outra superfície 
apropriada (ex: placa de apoio perfurada, cestos), para escorrer a água. 
Em situação emergencial, na falta de hipoclorito, a desinfecção poderá ser 
substituída pela fervura de todas as partes, por 15 minutos. 
 Diluição de Hipoclorito 
Água Hipoclorito 2,5% Hipoclorito 1% 
5 litros 
50 ml 
1 copo descartável de café 
100 ml 
2 copos descartáveis de café 
10 litros 
100 ml 
2 copos descartáveis de café 
200 ml 
4 copos descartáveis de café 
20 litros 
200 ml 
4 copos descartáveis de café 
400 ml 
8 copos descartáveis de café 
 
20.3.2. Armazenamento das Mamadeiras e seus Acessórios 
Após a secagem total à temperatura ambiente dos frascos, bicos, arruelas e 
protetores em recipiente adequado, acondicioná-los em caixa plástica com tampa; 
Os frascos devem ser acondicionados em recipiente separados dos acessórios. 
 
 
 
 
 
 
43 
 
8.3 Anexo III- Orientações gerais para central de esterilização - secretaria 
de saúde unidades hospitalares do rio de janeiro 
 
4.2 Métodos de desinfecção 
 
 A desinfecção de artigos pode ser feita por métodos físicos, químicos e físico-
químicos. 
 Agentes Físicos - Pode ser feita por imersão dos artigos em água a 100ºC 
(ebulição) por 30 minutos. Preferencialmente utilizando sistemas automáticos, 
lavadoras termo desinfetadoras, com programas específicos, validados para cada 
grupo de artigos. 
 Agentes Químicos - Exigem que todos os artigos estejam criteriosamente 
limpos-secos antes de serem completamente em solução desinfetante. 
 Como o agente desinfetante age por contato, o artigo deveser colocado em 
recipiente contendo solução suficiente para que tal artigo fique totalmente imerso. 
Quando o artigo tem áreas ocas, a solução desinfetante deve preenchê-la 
totalmente. 
 O recipiente utilizado deve ser preferencialmente de plástico. 
 Após a desinfecção, os artigos devem ser abundantemente enxaguados em 
água de qualidade, conforme descrito posteriormente. 
 
4.3 Princípios ativos utilizados para desinfecção ou esterilização química 
 
 A fim de que os profissionais de saúde possam utilizar os artigos com 
segurança, a Portaria 15/88 do MS estabelece os seguintes princípios ativos para 
desinfetantes de artigos hospitalares: 
 • Aldeídos (Formaldeído / Glutaraldeído) 
 • Fenílicos (Fenol Sintético) 
 • Quaternário de Amônio 
 • Compostos orgânicos liberadores de cloro ativo 
 • Compostos inorgânico liberadores de cloro ativo 
 • Iodo e derivados 
 • Álcool 
 • Glicois 
44 
 
 • Biguanidas 
 • Peróxidos 
 
4.3.3 Compostos Inorgânicos liberadores de cloro ativo 
 
 Hipoclorito de sódio / cálcio / lítico - Produto instável, termos sensível, 
fotossensível e inativado rapidamente em presença de matéria orgânica, que diminui 
sua atividade rapidamente em recipientes claros ou em altas temperaturas. Por ser 
corrosivo seu uso é contraindicado em artigos metálicos. Na forma não diluída o tempo 
máximo de armazenamento é de seis meses. 
 Hipoclorito de sódio - São formulações comercializadas na forma líquida. 
 Devem ser utilizados nas seguintes concentrações em tempo de contato: 
 I. Desinfecção / Descontaminação de superfícies - 10.000 ppm ou 1% de cloro 
ativo - 10 minutos de contato 
 II. Desinfecção de lactários e utensílios de serviço de nutrição e dietética (SND) 
- 200 ppm ou 0,02% cloro ativo - 60 minutos. 
 III. Desinfecção de artigos de inaloterapia e oxigenoterapia não metálicos - 220 
ppm ou 0,02% a 0,5% de cloro ativo - 60 minutos. Dispensando enxague. 
 VI. Desinfecção de artigos semicríticos - 10.000 ppm ou 1% de cloro ativo - 30 
minutos. 
 Hipoclorito de cálcio e lítico - são compostos sólidos comercializados na 
forma de pó. 
 Efeitos adversos: os compostos inorgânicos liberados de cloro ativo são tóxico, 
irritantes de pele, mucosa e árvore respiratória. 
 
4.4 Métodos de esterilização 
 
 Convencionalmente considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de 
sobrevivência dos microrganismos contaminantes é menor do que 1:1000.000. A 
exposição de um artigo a um agente esterilizante, não garante a segurança do 
processo, uma vez que esta depende de limpeza eficaz. 
 A seção do método de esterilização do tipo de artigo a ser esterilizado. Estes 
poderão ser físicos, químicos ou físico-químicos. 
 
45 
 
4.4.1 Métodos físicos 
 
 Métodos físicos são aqueles que utilizam calor em diferentes formas e alguns 
tipos de radiação para esterilizar artigos. Nas centrais de esterilização hospitalares o 
método mais utilizado e factível é autoclavação por vapor saturado sob pressão. Outro 
método igualmente conhecido, porém, tendendo ao desuso pelas dificuldades 
operacionais e pelo avanço da tecnologia das autoclaves a vapor, é o calor seco 
(estufa). 
 A esterilização por radiação é usada no processamento por tal método pelos 
produtores de materiais hospitalares descartáveis em uso nas instituições hospitalares 
de saúde. No entanto a manipulação do método é restritiva às indústrias que recebem 
a orientação/capacitação do CNEN (Conselho Nacional de Energia Nuclear). 
 O uso da radiação UV (ultra-violeta) para esterilização de artigos é proibido pelo 
Ministério da Saúde (Portaria nº 674, de 31.12.97). 
 
4.4.1.1 Vapor saturado sob pressão (autoclavação) 
 
 Este é o processo de eleição nas unidades hospitalares, indicado para os 
artigos termo resistentes. Destrói os microrganismos por coagulação das proteínas. 
 Dá-se o nome de vapor saturado porque na sua temperatura equivale ao ponto 
de ebulição da água, e produz-se pela combinação da energia que aquece a água 
com níveis de pressão maiores que a pressão atmosférica. Que aceleram o 
aquecimento levando ao alcance de temperaturas próprias para esterilização (121ºC 
à 135ºC), em tempo mais rápido. Portanto as variáveis para validação do método são 
tempo, temperatura e pressão. 
 Os aparelhos são programados com uma razão tempo/temperatura, isto é, 
aumentando a temperatura, o tempo necessário para esterilização diminui ou vice-
versa. A programação deverá seguir os critérios estabelecidos na validação do 
equipamento e das cargas a serem processadas pelas instituições. 
 Vapor saturado é um gás e está sujeito às leis da física, sendo assim, não se 
altera a temperatura do vapor sem alterar a pressão e vice-versa. 
 
 
 
46 
 
Anexo II - Quadro 2 artigos semicrítico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
8.4 Anexo IV - Cartilha alimentação por faixa etária - Belo Horizonte 2010 
 
Uma boa nutrição é condição fundamental para promover o bem-estar físico, 
mental e social de crianças, jovens e adultos, garantindo, em condições normais de 
saúde, uma boa qualidade de vida. 
Em todas as fases da vida dos seres humanos a alimentação deve ser variada 
e equilibrada. Um só tipo de alimento não contém todos os nutrientes que o corpo 
necessita - proteínas, carboidratos, vitaminas, sais minerais, gorduras e fibras. 
Além do mais, diferentes grupos de pessoas possuem diferentes necessidades 
nutricionais, que dependem de fatores como idade, sexo, atividade física, gravidez e 
amamentação. As necessidades alimentares de uma criança, por exemplo, não são 
as mesmas de um adolescente, de um adulto ou de uma pessoa idosa. 
Tudo isso e muito mais você vai ler nesta cartilha: “Alimentação por Faixa 
Etária”. Ela orienta sobre a alimentação adequada para crianças, adolescentes, 
adultos e idosos. 
 
A Alimentação na Infância 
 
Somente o leite materno, nos primeiros seis meses de vida, é suficiente para 
garantir uma alimentação completa. A partir dessa idade é preciso diversificar os 
alimentos, fornecendo todos os nutrientes que serão utilizados no metabolismo 
alimentar, já que não existe um alimento que contenha todos os nutrientes 
necessários é funcionamento do organismo. 
Além da manutenção das funções vitais, o organismo da criança precisa de 
nutrientes para o crescimento, desenvolvimento do sistema nervoso e da estrutura 
óssea. 
 
 
 
 
 
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Mas é importante saber que tanto a falta quanto o excesso de alimentos podem 
causar doenças nutricionais como desnutrição, anemia, raquitismo, hipovitaminoses 
e obesidade (essa última provocada pelo excesso). 
 
 
A Alimentação da Criança no Primeiro Ano de Idade 
 
O leite materno é produzido especificamente 
para atender as necessidades nutricionais e afetivas da 
criança, e, sempre que possível, deverá ser o único 
alimento oferecido nos primeiros seis meses de vida. 
Não precisa dar sucos, chás ou água. 
O leite materno funciona como uma vacina, 
protegendo a criança de infecções, diarreia e doenças 
respiratórias. Não custa nada e é muito prático. 
A amamentação também protege a saúde da 
mãe: diminui o sangramento do parto; favorece a 
contração do útero; ajuda na recuperação do peso normal; reduz o risco de anemias, 
de infecções e do câncer de mama. 
 
Aleitamento Artificial 
 
O aleitamento artificial só deve ser introduzido caso a mãe seja portadora de 
alguma doença que impossibilite a amamentação ouse o bebê apresentar intolerância 
ao leite materno. 
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Caso não haja disponibilidade de leite doado pelo Banco de Leite Humano, o 
bebê deve ser alimentadocom outro tipo de leite, a critério do médico ou nutricionista. 
No caso do uso de mamadeira ou outros utensílios, os cuidados com higienização são 
fundamentais. 
Mamadeira: a superfície deve ser lisa e o fundo plano, de preferência graduada 
e resistente ao calor. O bico deve ser de borracha ou de silicone e com furo 
apropriado. 
Posição da mamadeira: inclinar, aos poucos, até a posição vertical, com o 
gargalo sempre cheio. 
 
 
 
Apenas nos casos do aleitamento artificial ou da interrupção 
do aleitamento materno, a alimentação complementar pode 
ser introduzida mais cedo, a partir de 3 ou 4 meses de idade 
(muitas vezes quando a mãe retorna ao trabalho). 
 
Higienização e Esterilização de Mamadeiras 
 
1 – Desmontar a mamadeira. 
2 – Lavar com água e detergente de boa qualidade, usando uma escova própria. 
Enxaguar bem em água tratada. 
3 – Secar naturalmente e guardar adequadamente em local protegido de poeira e 
insetos. 
4 – Um pouco antes de usar a mamadeira, colocar para ferver numa panela com água 
tratada por 10 minutos (contar o tempo após levantar fervura). 
5 – Escorrer e deixar de cabeça para baixo sobre um pano de prato limpo e seco. 
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6 – Colocar o leite já preparado e servir. Não preparar as mamadeiras com 
antecedência, para evitar contaminações. 
 
 
É importante sempre ter em mente que o 
momento de alimentara criança deve ser um 
momento de prazer, de comunhão, de troca de 
carinho entre a criança e a família. 
 
Introdução de Novos Alimentos 
 
 
 
 
A partir dos seis meses o bebê está 
pronto para receber, deforma lenta e em 
pequenas porções, alimentos complementares: 
papas de legumes, verduras, carnes e cereais; 
papas de frutas; água e sucos de frutas. 
 
 
 
Mas o leite materno deve continuar até o segundo ano de vida do bebê. 
 
A alimentação da criança deve ser variada e composta de alimentos frescos e 
coloridos. No início ela tende a devolver as primeiras ofertas dos alimentos, pois tudo 
é novo: a colher, a consistência e o sabor. O importante é ter paciência e continuar 
oferecendo o alimento até a criança se adaptar. 
 
 
 
 
 
 
O bebê deve receber alimentos quando 
demonstrar fome. Horários rígidos para a oferta 
de alimentos prejudicam a capacidade da 
criança de diferenciar a sensação de fome e de 
estar satisfeito após a refeição. 
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As papas salgadas do bebê devem combinar sabor, cor, textura e nutrientes. 
Elas precisam ser preparadas com um alimento de cada grupo abaixo: 
Grupo do arroz, pães, massas, batata e mandioca 
Grupo das verduras e legumes 
Grupo das frutas 
Grupo dos feijões (feijão, soja, lentilha, grão-de-bico) 
Grupo dos leite, queijos e iogurte 
Grupo das carnes e ovos (frango, boi, miúdos, gema de ovo) 
Apenas depois do primeiro ano os ovos podem ser oferecidos inteiros à criança. 
Até esta idade, usar apenas a gema cozida, ainda assim, com moderação. 
Os alimentos devem ser preparados e servidos na hora. 
Ao colocar os alimentos no prato, amassar com o garfo. 
Se necessário, passar na peneira nos primeiros dias. Não bater no 
liquidificador. 
Não utilizar mamadeira para os alimentos pastosos (sopas, cremes, papas de 
frutas e legumes), preferir sempre acolher. 
Os óleos e o sal também são importantes na alimentação infantil, mas devem 
ser usados com moderação. 
O açúcar também deve ser usado com moderação: muitos alimentos já 
possuem açúcar na sua composição. 
Evitar alimentos enlatados, frituras, refrigerantes, café, balas, salgadinhos e 
outros produtos industrializados. Esses alimentos não são saudáveis e, além de 
competir com alimentos nutritivos, eles podem causar cáries e obesidade, e interferir 
na absorção de alguns nutrientes. 
O fígado é uma boa opção de vitaminas A e B12, ferro e proteína. Incluir na 
alimentação da criança pelo menos a cada15 dias. 
A partir da introdução de novos alimentos é importante oferecer água à criança 
(tratada, filtrada ou fervida). 
Alimentos que devem ser evitados: 
 
Até 6 meses: 
 
Beterraba, espinafre, acelga, rabanete e farinha de trigo. 
 
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Até 1 ano: 
 
Alimentos duros (de difícil mastigação), frituras, feijão com casca, peixes, carne 
de porco, clara de ovo, mel, castanhas, chocolate e bebidas achocolatadas, café, 
sucos artificiais, abacate, refrigerantes, alimentos enlatados e embutidos. 
 
O quadro abaixo apresenta algumas orientações sobrea introdução de novos 
alimentos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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