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ETEC “DONA ESCOLÁSTICA ROSA” CURSO TÉCNICO EM NUTRIÇÃO E DIETÉTICA CARLOS HELBER SOARES RODRIGUES DE LIMA FRANCISCO JOSÉ CASTRO SANTOS ROSIMAR DA SILVA DOS SANTOS SILVIA REGINA TONON RODRIGUES TÂNIA REGINA SOUZA CONTAMINAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DE MAMADEIRAS Santos - SP 2015 CARLOS HELBER SOARES RODRIGUES DE LIMA FRANCISCO JOSÉ CASTRO SANTOS ROSIMAR DA SILVA DOS SANTOS SILVIA REGINA TONON RODRIGUES TÂNIA REGINA SOUZA CONTAMINAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DE MAMADEIRAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico em Nutrição e Dietética da ETEC Escolástica Rosa, do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, como requisito para a obtenção do diploma de Técnico de Nível Médio em Nutrição e Dietética sob a orientação da Professora Kátia Antônia de Castro Dias. Santos - SP 2015 Dedicatória Dedicamos ао universo pоr mudar as coisas, por nunca fazê-las serem da mesma forma, pois assim não teríamos о qυе pesquisar о qυе descobrir е o qυе fazer, pois através dіstо conseguimos concluir а nossa monografia. Аоs meus amigos, pеlаs alegrias, tristezas е dores compartilhadas. Cоm vocês, аs pausas entre υm parágrafo е outro dе produção melhorou tudo о qυе produzimos nа vida. AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus que nos deu a vida e saúde para superar as dificuldades. Ao instituto Centro Paula Souza, a instituição Etec “Dona Escolástica Rosa” e ao sеυ corpo docente, direção е administração pеlа confiança nо mérito, pela ética aqui presente e pela oportunidade dе realizar о curso em um ambiente criativo е amigável qυе proporciona. Meus agradecimentos аоs amigos Carlos Hélber Soares Rodrigues de Lima, Francisco José Castro Santos, Rosimar da Silva Santos, Sílvia Regina Tonon Rodrigues e Tânia Regina de Souza, companheiros dе trabalhos е irmãos nа amizade qυе fizeram parte dа minha formação е qυе vão continuar presentes еm minha vida cоm certeza. Agradecimentos especiais a todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha formação, о mеυ muito obrigado. A todos os professores em especial professora Fernanda Freitas e nossa orientadora professora Kátia Antônia de Castro Dias pela paciência e dedicação durante a execução do nosso estudo. EPÍGRAFE “Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas gerações (...). Receba essa herança, honre-a, acrescente a ela e, um dia, fielmente, deposite-a nas mãos de seus filhos.” ( EINSTEIN, 2007) RESUMO O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e experimental, cujo instrumento de coleta de dados foi um questionário aplicado junto aos pais, cuidadores e lactaristas de crianças entre 0 a 18 meses de idade em escolas e creches particulares e públicas das cidades de Santos e Praia Grande, nos meses de setembro e outro de 2015. O objetivo do estudo foi Informar cuidadores, pais e lactaristas sobre os procedimentos corretos de higienização de mamadeiras. Em segundo momento foram testados os procedimentos de higienização de mamadeiras, para desenvolvimento de um folder informativo. Segundo todas as informações levantadas, a maior parte dos cuidadores não realiza a higienização completa e não tiveram instruções para fazê-la de maneira correta. Os folders foram distribuídos para os pais, cuidadores e lactaristas de escolas e creches. Palavras chaves: mamadeiras, higienização, pais, cuidadores e lactaristas. RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA This study deals with a bibliographic research, field work and experimental, whose instrument for data collection was a questionnaire applied to the parents, carers and lactaristas of schools and kindergartens. The study aims to gather information on what forms are being used to carry out the cleaning of bottles, whether they are doing the right way and have capacity to conduct proper procedure in some responsible institutions and caregivers for care of children aged 0 to 18 months. To avoid any diseases and maintain health of children is necessary to know how to sanitize, to have all the attention the quality of the bottle material, the period of validity, care in storage and careful exposure to some chemicals that can damage or harm sanitation. According to all the information gathered, most caregivers do not realize the full cleaning and had no instructions to do it properly. On top of this data produce an instructional brochure with two correct and effective to sanitize bottles ways: by sodium chloride and by boiling. We distribute these brochures for parents, caregivers and lactaristas of schools and kindergartens. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 01 – Questionário de Diagnóstico.............................................................24 Ilustração 02 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Hipoclorito de Sódio Parte I........................................................................................................................30 Ilustração 03 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Hipoclorito de Sódio Parte II.......................................................................................................................31 Ilustração 04 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Fervura Parte I........................................................................................................................32 Ilustração 05 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Fervura Parte II....33 Ilustração 06 – Conteúdo do folder frente.................................................................34 Ilustração 07 – Conteúdo do folder verso.................................................................34 Ilustração 08 – Entrega do folder no Colégio Atlas – Santos...................................37 Ilustração 09 – Entrega do folder na Creche Marotynho – São Vicente..................37 Ilustração 10 – Entrega do folder na Creche Municipal – Praia Grande..................38 Ilustração 11 – Entrega do folder na Creche Vila Sônia – Praia Grande................38 Ilustração 12 – Entrega do folder no Educandário Santista – Santos......................39 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01: Importância do procedimento de higiene das mamadeiras.....................25 Gráfico 02. Eficiência do método de higienização .....................................................26 Gráfico 03: Método de higienização de mamadeiras preferido. ................................27 Gráfico 04: Capacitação para execução do procedimento de higienização de mamadeiras................................................................................................................28 Gráfico 05: Faixa etária das crianças pesquisadas....................................................29 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 11 1.1 Justificativa ............................................................................................................11 1.2 Objetivos ................................................................................................................. 12 1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 12 1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 12 2 A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE DE MAMADEIRAS .............................................. 13 2.1 Alimentação Pós-Desmame ............................................................................... 13 2.2 Validade das Mamadeiras ................................................................................... 14 2.2.1Hora de trocar a mamadeira ................................................................................ 14 2.3 Os vários tipos de contaminação e suas causas ............................................. 15 2.3.1 As bactérias ........................................................................................................ 15 2.4 Higienização de Mamadeiras ................................................................................. 16 2.4.1 Agente de desinfecção por Fervura ............................................................. 16 2.4.2 Desinfecções por Produtos químicos ......................................................... 17 2.5 Os malefícios de mamadeiras para os bebes ................................................... 20 2.5.1 Mamadeiras podem passar contaminantes aos bebes ........................... 21 3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 22 4 RESULTADOS ................................................................................................................... 24 4.1 Gráficos ....................................................................................................................... 24 4.2 Fluxograma de higienização de mamadeira por hipoclorito de sódio ....... 30 4.3 Fluxograma de higienização de mamadeira por fervura ................................ 32 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 35 6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 36 7 APÊNDICE .......................................................................................................................... 37 8 ANEXOS .............................................................................................................................. 40 8.1 Anexo I - portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013 .............................................. 40 8.2 Anexo II - Manual programa de alimentação centros de educação infantil conveniados (CEIS), da prefeitura do município de São Paulo. ......................... 41 8.3 Anexo III- Orientações gerais para central de esterilização - secretaria de saúde unidades hospitalares do rio de janeiro ....................................................... 43 8.4 Anexo IV - Cartilha alimentação por faixa etária - Belo Horizonte 2010 .... 47 11 1 INTRODUÇÃO No mundo ideal, a criança mamaria no peito exclusivamente até os seis meses de idade, continuaria mamando leite materno e começaria a conhecer outros alimentos a partir dessa idade, e talvez nunca experimentasse uma mamadeira. Mas na maioria dos casos as coisas não funcionam assim, e por isso é bem provável que a criança, consuma leite em mamadeira. (SALGADO, 2014) Contaminação de mamadeiras é um assunto muito sério e de extrema importância. O cuidado com a higiene é essencial para evitar a contaminação de mamadeiras por micro-organismos prejudiciais à saúde dos bebês. Estudo realizado por pesquisadora do interior de São Paulo mostra como o cuidado com a higiene é essencial para evitar a contaminação de mamadeiras por micro-organismos prejudiciais à saúde dos bebês. O micro-organismo encontrado é a Enterobactersakazakii, associado a infecções intestinais em recém-nascidos. “A quantidade encontrada nas amostras, por si só, não é suficiente para causar problemas, mas sem os cuidados apropriados essas bactérias podem se multiplicar”, alerta a pesquisadora. (DOS SANTOS, 2013) Os métodos utilizados hoje para higienização de e mamadeiras realmente não são tão eficazes. Poucos pais estão agindo de maneira correta nas escolhas de tipos de e mamadeiras e não estão conscientes dos danos que e mamadeiras causam aos nossos filhos. A maioria dos pais e cuidadores desconhecem os procedimentos corretos, adequados e eficientes de higienização de mamadeiras. 1.1 Justificativa O presente estudo tem importância na necessidade de informar os pais, cuidadores e lactaristas, quanto ao risco de mamadeiras contaminadas, consequentes dos procedimentos de higienização inadequados. 12 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral Informar cuidadores, pais e lactaristas sobre os procedimentos corretos de higienização de mamadeiras. 1.2.2 Objetivos Específicos Levantar e avaliar os procedimentos de higienização de mamadeiras executados por cuidadores, pais e lactaristas. Testar os procedimentos de higiene para mamadeiras previstas em legislações. Informar procedimentos corretos de higienização de mamadeiras. 13 2 A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE DE MAMADEIRAS Com o sistema imunológico ainda em formação, os bebês são vulneráveis a doenças provocadas por bactérias, nos primeiros meses de vida. Por essa razão, todo o cuidado é pouco com a limpeza de seus utensílios. As mamadeiras devem ser limpas e esterilizadas para evitar a proliferação de bactérias que poderiam contaminar seu bebê. E lavar com água quente não é suficiente para realizar essa esterilização (que é a eliminação de todas as bactérias ali contidas); no máximo, a lavagem com água escaldante e detergente produz uma redução da maioria das bactérias (mas não de todas, como na esterilização). Como o leite é uma substância orgânica e um meio de proliferação de bactérias, a esterilização das mamadeiras é de fundamental importância para evitar problemas, como diarreias. Quanto mais novo o bebe for, mais frágil é seu sistema imune, e maiores os cuidados que devem ser tomados para evitar as contaminações. Por isso, esterilize as mamadeiras sempre depois de utilizá-las para dar leite ou outros líquidos (como sucos, chás) ao seu filhote. O leite é um alimento rico em gorduras e nutrientes que agradam também as bactérias, por isso, tão importante quanto ferver é higienizar. Resíduos de leite na mamadeira podem formar um biofilme (conjunto de bactérias aderidas) de difícil remoção e com grande potencial que causar infecções nos pequenos. Vale lembrar que não é possível nem muito menos indicado que as crianças vivam em um ambiente isento de microrganismos. O contato dos bebês com o ambiente e suas sujeirinhas estimula o sistema imunológico e é muito positivo, desde que claro, respeitando os limites. (CAMPOS, 2014) 2.1 Alimentação Pós-Desmame Embora a amamentação seja a melhor escolha para a maioria das crianças, a fórmula infantil é amplamente utilizada, comumente introduzida durante o período neonatal, e, geralmente, dada a bebês em mamadeiras que podem ser difíceis de limpar. ( JEREISSAT, 2015) 14 2.2 Validade das Mamadeiras Tão importante quanto higienizar e ferver mamadeiras, é respeitar os prazos de troca. A inspeção visual é o padrão ouro para determinar quando o utensílio deve ser substituído e todo bico rasgado ou com presença de asperezas e manchasde difícil remoção deve ser desprezado. Mas não é só. Recomenda-se que o prazo de troca não exceda três meses, mesmo se aparentemente tudo estiver em bom estado. Quanto às mamadeiras em si, o material costuma ser mais resistente que o bico, mas o próprio desenvolvimento do bebê exige a troca e adequação, então observe rachaduras e porosidades no material, procedendo à troca. (ZOLLNER,2015) 2.2.1Hora de trocar a mamadeira De acordo com a especialista em saúde materno-infantil Ana Cristina Ribeiro Zollner, do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo, as mães precisam ficar atentas a alguns indícios de que chegou o momento de trocar o utensílio e providenciar um novo. Observar as seguintes características: No bico: A descoloração pode ser sinal de que ele está se deteriorando; Ao esticar a parte de cima do bico, ele deve retornar à posição original. Caso contrário, é sinal de que ele está afinando e não é mais apropriado para o uso; Quando adquire uma textura pegajosa, significa que está em processo de degradação e deve ser inutilizado. Rasgos e rachaduras podem elevar o risco de engasgos. Na mamadeira: Rachaduras podem facilitar o acúmulo de resíduos e favorecer a proliferação de bactérias; Plástico danificado representa risco de ferimentos no bebê. (ZOLLNER. 2015) 15 2.3 Os vários tipos de contaminação e suas causas 2.3.1 As bactérias Alguns dos micro-organismos que agridem o organismo dos bebês são provenientes do próprio leite pasteurizado, dos utensílios contaminados ou até de mãos mal lavadas. De acordo com o microbiologista de alimentos Êneo Alves, diretor da Central de Diagnósticos Laboratoriais, em São Paulo, essas bactérias pertencem ao grupo dos coliformes fecais e totais que, em grandes concentrações, causam diarreia, febre, desidratação, fezes com sangue, e, em casos extremos, podem levar o bebê à morte, devido à fragilidade do organismo nessa fase da vida. Em tese de mestrado e doutorado, a microbiologista Rosana Siqueira dos Santos, professora da faculdade Veris IBTA Metrocamp (do Grupo Ibmec Educacional), detectou a presença de uma bactéria causadora de doenças em 12% de 98 amostras de fórmulas infantis em pó. O micro-organismo encontrado é a Enterobactersakazakii, associado a infecções intestinais em recém-nascidos. “A quantidade encontrada nas amostras, por si só, não é suficiente para causar problemas, mas sem os cuidados apropriados essas bactérias podem se multiplicar”, alerta a pesquisadora. Segundo ela, as tecnologias utilizadas na produção das fórmulas infantis em pó não são capazes de reduzir os níveis de micro-organismos procedentes das matérias- primas. Assim, é preciso caprichar na higiene durante a preparação do alimento até o momento do consumo. Suscetibilidade infantil e os riscos decorrentes de infecções associadas à mamadeira fórmula infantil em pó têm recebido maior atenção nos últimos anos. Contaminação intrínseca da mamadeira com patógenos tem sido relatada e contaminação extrínseca pode ser introduzida a partir do manipulador ou do ambiente durante a reconstituição. Conselhos desinfecção e descontaminação recomendada garrafa mudaram nos últimos anos e o objetivo deste estudo foi validar a eficácia de quatro métodos de desinfecção atuais utilizando mamadeiras que continham reconstituídos cravado com qualquer cultura bacteriana. Antes de desinfecção, mamadeiras foram limpas de acordo com as orientações recomendadas. Os procedimentos de desinfecção testados incluíram uma solução química à base de hipoclorito e três métodos à base de calor. Antes da limpeza e 16 desinfecção, a tampa de rosca interior e interior-teta foram os locais mais fortemente contaminados. (CARVALHO, 2011) 2.4 Higienização de Mamadeiras A higienização é a operação que engloba a limpeza e a desinfecção. É muito importante realizar a higienização, porque os microrganismos se multiplicam em resíduos ou sujidades que permanecem nesses locais, contaminando-os e disseminando doenças. A limpeza é a etapa mais importante do processo de higienização. Consiste em retirar a sujeira de um local (pisos, paredes, móveis, equipamentos e outros objetos). Deve ser feita sempre esfregando bem com água e sabão ou detergente, com posterior enxágue e secagem. A segunda etapa da higienização é desinfecção que é o processo de destruição de microrganismos que causam doenças (vírus, bactérias e fungos), mediante a aplicação de agentes físicos e químicos. (NAKAMURA. 2008). 2.4.1 Agente de desinfecção por Fervura Quando objetos (por exemplo, as mamadeiras) são fervidos durante 5 minutos alcança-se um alto grau de desinfecção; Segue abaixo o fluxograma de higienização de mamadeiras desenvolvido no Manual de boas práticas de manipulação CEASA (Centrais de abastecimento de campinas S.A). Fluxograma de higienização de mamadeira, utilizando fervura: Enxaguar bem em água corrente os frascos e acessórios, um a um; ▼ Imergir os bicos protetores, arruelas e frascos em solução de água com detergente; ▼ Deixar macerar e desprezar esta solução de imersão; ▼ 17 Lavar cuidadosamente usando escova apropriada para os frascos, por dentro e por fora, todos os acessórios até retirar todas as sujidades; ▼ Enxaguar em água corrente até que estejam limpos e livres de vestígios de detergentes (obs.: enxágue dos bicos deve forçar a água a sair pelos orifícios, certificando-se que não estão entupidos); ▼ Ferver por 15 minutos; ▼ Deixar secar naturalmente; ▼ Guardar em recipiente fechado e se possível, sob refrigeração. (CEASA, 2013) 2.4.2 Desinfecções por Produtos químicos Utilizados para a desinfecção de utensílios. Para cada tipo de substância desinfetante existe uma indicação própria em termos de uso, diluição e exposição. Devem-se seguir sempre as instruções do fabricante; As instruções básicas para a desinfecção são as seguintes: Limpar bem os objetos ou superfícies a serem desinfetados; Submergir o objeto ou deixar o produto desinfetante em contato com a superfície, conforme recomendação do fabricante; Enxaguar e deixar secar naturalmente. Os produtos desinfetantes têm a finalidade de diminuir a carga microbiana e devem ser registrados no Ministério da Saúde com indicação para este fim. Para a desinfecção, normalmente usa-se o cloro inorgânico (hipoclorito de sódio). Possui ação bactericida (contra bactérias), tuberculicida (contra o bacilo da tuberculose) e fungicida (contra fungos); É um desinfetante de baixa toxidade oral, característica importante quando se considera que a criança frequentemente leva objetos à boca; 18 Deve ser aplicado em superfícies previamente limpas, pois não age na presença de matéria orgânica, exceto em concentrações muito elevadas; Quando a limpeza for feita com detergente, há necessidade de sua total retirada, pois há interferência na ação do hipoclorito; O tempo de exposição para ter a ação germicida deve ser respeitado, lembrando que o hipoclorito possui ação corrosiva em metais, quando excedido o tempo de exposição; As concentrações recomendadas para a desinfecção de alimentos, ambientes e diferentes tipos de materiais encontram-se na tabela vista acima: Obs: As dosagens foram aproximadas para facilitar o preparo das soluções e suas respectivas diluições. * Concentração base (comprada) de hipoclorito de sódio ** Copo de café = copinho de café descartável Para a desinfecção de alimentos, é permitido o uso da água sanitária a 2,0 - 2,5% (desinfetante de usogeral), composta por hipoclorito de sódio, com indicação no rótulo para esta finalidade, conforme a Portaria SMS-G nº. 1210, de 02 de agosto de 2006. Em decorrência da segurança do produto para a desinfecção de alimentos, o mesmo poderá ser aplicado para a desinfecção de mamadeiras. Deve-se observar que os produtos alvejantes são contraindicados para a desinfecção de alimentos e de mamadeiras, pois podem apresentar na sua PREPARO DE SOLUÇÃO PARA DESINFECÇÃO (5 LITROS) Para desinfetar: Hipoclorito de Sódio a 1%* Hipoclorito de Sódio ou Água Sanitária a 2,5% Alvejante Volume de água fria Concentração final Tempo de exposição ao produto Mamadeira (frasco / acessórios) 100 mL ou 2 copos de café 40 mL ou 8 colheres de sobremesa Não indicado Completar o volume até 5 litros 0,020% 15 min. Bancadas, equipament os de cozinha e refeitório 125 mL ou 2 + ½copos de café 50 mL ou 1 copo de café 50 mL ou 1 copo de café Completar o volume até 5 litros 0,025% 2 min. 19 composição outras substâncias, como metais pesados, perfume, etc..., que são prejudiciais à saúde. Os funcionários que realizarem esta tarefa devem utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). O processo de higienização do ambiente, dos equipamentos e dos utensílios deve ser registrado nos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s), descrevendo o método utilizado, sua frequência, o responsável pelo procedimento, condições de uso, concentração do produto utilizado e tempo de exposição. A periodicidade depende do tipo de objeto a ser limpo e da necessidade, basicamente como descrito. A organização também é importante para manter a higiene de um local. Todos os materiais usados na higienização (panos, vassouras, baldes, etc.) devem ser mantidos em bom estado de conservação e guardados em locais próprios, separados de acordo com o tipo de utilização. Ex: panos de chão separados dos panos de pia. Segue abaixo tabela de procedimentos para Limpeza e desinfecção dos ambientes, equipamentos e utensílios especialmente mamadeiras. AMBIENTES, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS FREQÜÊNCIA LIMPEZA DESINFECÇÃO Mamadeiras Após o uso Encaminhar as mamadeiras para o lactário (ou cozinha), logo após o uso; Separar os frascos, bicos, arruelas e protetores plásticos das mamadeiras; Os frascos devem estar separados dos bicos e acessórios em recipientes diferentes! Escovar os frascos um a um, com água e sabão (ou detergente), eliminando todos os resíduos; Ferver em água por 5 minutos ou mergulhar completamente todo o material na solução de hipoclorito de sódio a 0,02% e deixar de molho por 15 minutos em recipiente plástico com tampa, sendo um recipiente exclusivo para os frascos, e outro para os bicos, as arruelas e os protetores plásticos; 20 Enxaguar bem e deixar secar sobre uma superfície limpa e desinfetada; Lavar os bicos, arruelas e protetores por dentro e por fora, com água e sabão (ou detergente), escovando bem; Enxaguar e deixar secar naturalmente em recipiente limpo e coberto. Lavar muito bem as mãos e retirar os utensílios dos recipientes (ou usar um pegador universal); Enxaguar bem em água corrente e deixar secar naturalmente sobre uma superfície limpa e desinfetada. Escova de limpeza das mamadeiras Após o uso • Lavar com água e sabão; • Enxaguar bem e deixar secar naturalmente; • Guardar em local protegido. ___ (NAKAMURA. 2008). 2.5 Os malefícios de mamadeiras para os bebes Embora utilizadas pela maioria das crianças, mamadeiras podem causar inúmeros danos e serem transmissores de germes e vermes. Por isto, uma série de recomendações e normas, está sendo criadas para desencorajar o uso e controlar a publicidade destes produtos, até então inocentes símbolos da infância. O passo nove para o sucesso do Aleitamento Materno adotado pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança da OMS/UNICEF estabelece que não deva ser dado ao lactente chuquinhas ou mesmo sendo ortodônticas. O uso de artificiais leva ao fenômeno "confusão de", isto é, uma forma errônea de recém-nascido posicionar a língua e sugar o seio, levando-o ao desmame precoce. O recém-nascido (RN) nasce com o reflexo de sugar e deglutir que permite, quando bem posicionado por sua mãe, a uma pega correta dos seios, ou seja, envolvendo o mamilo e a aréola. Numa boa pega, a língua fica por baixo (no assoalho da cavidade oral) para pressionar o osso de palato, formando um movimento peristáltico, ritmado, como uma onda. Desta forma ele consegue ordenhar os ductos ou ampolas lactíferas, esvaziando os seios e satisfazendo-se. Na posição errada (má pega) o RN só abocanha o mamilo, não conseguindo esvaziar os seios, causando dor, fissuras, tensão materna, fome, choro e insatisfação do bebê. 21 Na mamadeira ou na chuquinha, o RN empurra a ponta da língua contra o palato para deter o fluxo do leite artificial, da água ou do soro glicosado (que são dispensáveis) e não suga, mas apenas engole passivamente o alimento. Um estudo realizado no Rio Grande do Sul e publicado internacionalmente constata que o risco de um lactente ser desmamado era maior para os usuários dos artificiais e do que para os não usuários. Além de o bebê ficar viciado com uma pega inadequada, o fato de ele sugar menos o peito, faz com que a sua mãe produza menos leite. Os recém-nascidos que usam geralmente sofrem de Moniliase Oral (Candidíase ou o famoso "sapinho") e as chuquinhas ou mamadeiras são veículos de contaminação, porque os líquidos ou leites artificiais podem ser preparados de forma não higiênica e atrapalham a proteção imunológica fornecida pelo Leite Materno. (CARVALHO,2011) 2.5.1 Mamadeiras podem passar contaminantes aos bebes Análises laboratoriais realizadas em abril de 1996, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial indicam que estes produtos estão oferecendo riscos ao consumidor mais vulnerável. Uma dezena de marcas foram testadas em vários itens como: embalagem, material, construção e ensaios físicos (tração e fervura) e o resultado é que apenas uma marca teve aprovação em todos os quesitos. O Ministério da Indústria e Comércio junto com o Ministério da Saúde estão criando um regulamento de Certificação de A Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes (CNS, 1992) deixa bem claro que os rótulos de mamadeiras devem conter a seguinte mensagem: "A criança amamentada ao seio não necessita de mamadeira e de bico". (CARVALHO, 2011) 22 3. MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e experimental, cujo instrumento para coleta de dados foi um questionário aplicado junto aos pais, cuidadores e lactaristas de escolas e creches, localizados na cidade de Santos, São Vicente e Praia Grande nos meses de Agosto à Setembro de 2015. Após a aplicação dos questionários os pais, cuidadores e lactaristas receberam um folder informativo sobre como realizar a higienização de mamadeiras. O questionário foi desenvolvido com 05 questões, baseadas nas rotinas já executadas nas redes públicas (creches e escolas infantis) e na legislação sanitária. O Folder foi desenvolvido após testes experimentais para desenvolvimento do Fluxograma de Higienização de Mamadeiras, esta parte experimental e fotográfica foi realizada no laboratóriode nutrição e dietética da Etec Dona Escolástica Rosa, no mês de setembro de 2015. Segue abaixo modelo do questionário aplicado: 23 Ilustração 01 – Questionário de Diagnóstico (Fonte do próprio autor – 2015) Os dados foram tabulados e expressos em gráficos do Microsoft Excel. 24 4 RESULTADOS 4.1 Gráficos Quanto a importância da higienização das mamadeiras, dos 13 cuidadores, pais e lactaristas participantes, 100%(n=13) responderam que reconhecem a importância do procedimento. Gráfico 01: Importância do procedimento de higiene das mamadeiras (Fonte do próprio autor – 2015) Diante dos dados acima ilustrados os participantes responderam reconhecer a importância do procedimento da higiene das mamadeiras. Com o sistema imunológico ainda em formação, os bebês são vulneráveis a doenças provocadas por bactérias, nos primeiros meses de vida. Por essa razão, todo o cuidado é pouco com a limpeza de seus utensílios. (CARROTTI, 2014) 100% 0% Sim Não 1. Há alguma importância em se higienizar corretamente as mamadeiras? 25 Quanto ao método de higienização que está sendo utilizados, dos 13 participantes (pais, cuidadores e lactaristas) 92,3% (n=12) responderam que sim, acham eficientes e 7,6% (n=1) dos participantes respondeu não ter certeza da eficiência do método utilizado. Gráfico 02. Eficiência do método de higienização (Fonte do próprio autor – 2015) Diante dos resultados acima ilustrados as maiorias dos participantes acreditam fazer corretamente os procedimentos de higiene de mamadeiras. 92% 8% Sim Não 2. Você acha eficiente o método de higienização que está sendo utilizado? 26 Com relação a escolha do método de higienização de mamadeira a ser utilizado, obteve-se que dos 13 participantes (pais, cuidadores e lactaristas) 69,23% (n=9) responderam que utilizam o método de fervura, 23,5% (n=3) responderam que utilizam o método de solução clorada e 7,6% (n=1) dos participantes respondeu entrevistado o método de autoclave. Gráfico 03: Método de higienização de mamadeiras preferido. (Fonte do próprio autor – 2015) Os resultados mostram que a maioria dos entrevistados prefere a fervura como método de higienização, pois acreditam ser o método mais eficiente. 70% 24% 6% Fervura Cloro Autoclave 3. Qual o método de higienização é preferível na sua área de trabalho? 27 Das 13 pessoas que responderam o questionário, 100%(n=13 )não tem capacitação específica para higienização de mamadeiras. Sabendo-se que o tempo de fervura para esterilização das mesmas por 15 minutos com temperatura de no mínimo 44ºC.(CEASA CAMPINAS, 2013) Gráfico 04: Capacitação para execução do procedimento de higienização de mamadeiras. (Fonte do próprio autor 2015) Os dados acima ilustrados evidenciaram que não houve entre os participantes, capacitação específica para higienização de mamadeiras, o procedimento é realizado em lactários e creches do município por orientação de uma nutricionista. Já entre os pais e cuidadores residenciais as informações possivelmente foram passadas de pais para filhos. Diante desta preocupação com relação à capacitação, algumas cidades e municípios criaram portarias específicas para regulamentar a higienização de mamadeiras em creches e escolas. (ANEXO I, PORTARIA CVS-5, 2013). 0% 100% Sim Não 4. A pessoa que é responsável pela higienização e desinfecção das mamadeiras tem curso de capacitação em que área? 28 Este funcionário deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação em Boas Práticas oferecido por instituição de ensino ou qualificação profissional ou pela vigilância sanitária. Faixa etária das crianças: de 0 a 6 meses 54% (n=7), de 7- 12 meses 39% (n=5) e de 13-18 7% (n=1). Gráfico 5: faixa etárias das crianças pesquisadas. (Fonte do próprio autor 2015) Levando este último resultado fica bem evidente que o maior número de crianças que utilizam mamadeiras pertence à faixa etária de 0 a 6 meses, são crianças que passam seus dias em creches e escolas devido à rotina de trabalho de suas mães. Não podemos deixar de enfatizar que o mais importante é o aleitamento materno conforme segue as recomendações da OMS listada abaixo: Segundo recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) /UNICEF, 2013 as crianças devem fazer aleitamento materno exclusivo até aos seis meses de idade. Ou seja, até essa idade, o bebé deve tomar apenas leite materno e não deve dar–se nenhum outro alimento complementar ou bebida. A partir dos seis meses de idade todas as crianças devem receber alimentos 54% 39% 7% 0‐6 meses 7‐12 meses 13‐18 meses 5. Qual a faixa etária das crianças neste estabelecimento que utilizam mamadeiras? 29 complementares (sopas, papas, etc.) e manter o aleitamento materno. As crianças devem continuar a ser amamentadas, pelo menos, até completarem os dois anos de idade. "A criança amamentada ao seio não necessita de mamadeira e de bico”. (CARVALHO, 2011) 30 4.2 Fluxograma de higienização de mamadeira por hipoclorito de sódio Ilustração 02 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Hipoclorito de Sódio Parte I (Fonte do próprio autor – 2015) 31 Ilustração 03 – Fluxograma de Higienização de Mamadeira por Hipoclorito de Sódio Parte II (Fonte do próprio autor – 2015) 32 4.3 Fluxograma de higienização de mamadeira por fervura Ilustração 04 – Fluxograma de higienização de mamadeira por fervura Parte I (Fonte do próprio autor – 2015) 33 Ilustração 05 – Fluxograma de higienização de mamadeira por fervura Parte II (Fonte do próprio autor – 2015) 34 Ilustração 06 – Conteúdo do folder frente (Fonte do próprio autor – 2015) Ilustração 07 – Conteúdo do folder verso (Fonte do próprio autor – 2015) 35 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante dos dados levantados pode-se considerar que o objetivo foi alcançado, pois pais, cuidadores e lactaristas foram informados sobre os procedimentos corretos para higiene de mamadeiras. Durante todo o estudo os dados mostraram que a maior parte dos cuidadores e instituições não possuem capacitação ou instruções para realizar a higienização das mamadeiras, o que pode comprometer a integridade e a saúde do bebê. O erro pode estar na parte de esterilização. A higienização realizada pode ser falha. Pois o tempo de fervura para esterilização das mesmas por 15 minutos com temperatura de no mínimo 44ºC. (CEASA CAMPINAS, 2013) Também não podemos deixar de evidenciar as recomendações da Organização Mundial da Saúde/UNICEF, as crianças devem fazer aleitamento materno exclusivo até aos seis meses de idade. Ou seja, até essa idade, o bebé deve tomar apenas leite materno e não deve dar–se nenhum outro alimento complementar ou bebida. A partir dos seis meses de idade todas as crianças devem receber alimentos complementares (sopas, papas, etc.) e manter o aleitamento materno. As crianças devem continuar a ser amamentadas, pelo menos, até completarem os dois anos de idade. 36 6. REFERÊNCIAS EINSTEIN, A.The World As I See It. San Diego: Book Tree, 2007. SALGADO, N, Dr Odontologia, Mil Dicas de Mãe, publicadoem 16 DE SETEMBRO de 2012. Disponível em: http://www.mildicasdemae.com.br/2012/09/esterilizar- mamadeiras-como-por-que-e-ate-quando.html DOS SANTOS, R. S. Higiene correta da mamadeira é essencial para evitar contaminação, UOL, Ciência e Saúde, São Paulo/SP, publicado em 05 de Novembro de 2011 às 07h00. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas- noticias/redacao/2011/11/05/higiene-correta-da-mamadeira-e-essencial-para-evitar- contaminacao-mostra-estudo.htm CAMPOS, S.O. Professora de infectologia pediátrica da Universidade Federal de São Paulo, Mamadeiras livres de bactérias. Publicado em 2014. Disponível em: http://bebe.abril.com.br/materia/higiene-da-mamadeira) ZOLLNER. A.C.R., Higiene da mamadeira. Publicado em 2000. Disponível em: http://bebe.abril.com.br/materia/higiene-da-mamadeira NAKAMURA, A. A., Técnica responsável, Manual de Boas Práticas de Higiene e de Cuidados Com a Saúde Para Centros de Educação Infantil, São Paulo/SP, 2008. CARVALHO, M. R., Amamentação IBFAN Rio, Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFRJ, Leblon, Rio de Janeiro – RJ, publicado em 3 de Fevereiro de 2011. Disponível em: http://www.aleitamento.com/amamentacao/conteudo.asp?cod=361 CEASA, Manual de boas práticas de manipulação CEASA centrais de abastecimento de Campinas S.A, Campinas/SP, 2013. 37 7 APÊNDICE Ilustração 08 – Entrega do folder no Colégio Atlas – Santos (Fonte do próprio autor – 2015) Ilustração 09 – Entrega do folder na Creche Marotynho– São Vicente (Fonte do próprio autor – 2015) 38 Ilustração 10 – Entrega do folder na Creche Municipal – Praia Grande (Fonte do próprio autor – 2015) Ilustração 11 – Entrega do folder na Creche Vila Sônia – Praia Grande (Fonte do próprio autor – 2015) 39 Ilustração 12 – Entrega do folder no Educandário Santista – Santos (Fonte do próprio autor – 2015) 40 8 ANEXOS 8.1 Anexo I - portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013 DOE de 19/04/2013 ‐ nº. 73 ‐ Poder Executivo – Seção I – pág. 32 ‐ 35 Aprova o regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o roteiro de inspeção, anexo. REGULAMENTO TÉCNICO DE BOAS PRÁTICAS PARA ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS DE ALIMENTOS E PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO CAPÍTULO II Higiene e Saúde dos Funcionários, Responsabilidade Técnica e Capacitação de Pessoal. Seção III Responsabilidade Técnica e Capacitação de Pessoal Art. 16. As cozinhas industriais e os serviços de nutrição e dietética hospitalares devem ter um Responsável Técnico inscrito no órgão fiscalizador de sua profissão, cuja categoria profissional seja competente e regulamentada para a área de alimentos. Art. 17. Nos estabelecimentos comerciais de alimentos e serviços de alimentação, aos quais não se exige um Responsável Técnico profissional, a responsabilidade pela elaboração, implantação e manutenção de Boas Práticas pode estar a cargo do proprietário do estabelecimento, ou de funcionário capacitado, que trabalhe efetivamente no local, acompanhe integralmente o processo de produção e implemente os parâmetros e critérios estabelecidos neste regulamento. Este funcionário deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação em Boas Práticas oferecido por instituição de ensino ou qualificação profissional ou pela vigilância sanitária, cujo conteúdo programático mínimo deve abordar os seguintes temas: doenças transmitidas por alimentos; higiene e saúde dos funcionários; qualidade da água e controle integrado de pragas; qualidade sanitária na manipulação de alimentos; Procedimentos Operacionais Padronizados para higienização das instalações e do ambiente. 41 8.2 Anexo II - Manual programa de alimentação centros de educação infantil conveniados (CEIS), da prefeitura do município de São Paulo. 20.3. Higienização de Mamadeiras Encaminhar para a área de higienização de mamadeiras, imediatamente após o uso; Esvaziar os frascos e enxaguar um a um em água fria para retirar o resíduo do alimento; Separar os bicos arruelas e protetores plásticos das mamadeiras; Imergir os frascos em solução de detergente com água preferencialmente morna (42°C), por 20 minutos; Repetir o mesmo procedimento, em outro recipiente, para os acessórios (bicos, arruelas e protetores plásticos); Desprezar a solução de imersão; Lavar os frascos das mamadeiras cuidadosamente um a um com escova apropriada, preferencialmente as com cerdas escuras, em solução de detergente; Lavar cada acessório um a um com escova apropriada e solução de detergente, retirando toda a sujidade. Os bicos devem ser lavados cuidadosamente por dentro e por fora; virando pelo avesso a fim de retirar qualquer resíduo aderente; Enxaguar em água corrente, preferencialmente quente; Emborcá-los, se possível, em galheteiros de aço inox lavado ou em outra superfície apropriada (ex: placa de apoio perfurada, cestos), para escorrer a água; Ao final da operação, higienizar as escovas com detergente, enxaguar bem e secar. 20.3.1. Desinfecção de Mamadeiras Após a lavagem correta de todas as partes da mamadeira iniciar a desinfecção; Utilizar recipiente plástico, exclusivo para este fim; Preparar a solução de água com hipoclorito de sódio, conforme tabela abaixo, é muito importante fazer a diluição correta e também utilizar a solução imediatamente após a diluição; Destinar sempre que possível um recipiente para os frascos e outro para os acessórios; 42 Colocar os frascos e/ou os acessórios no recipiente com a solução clorada, evitando formação de bolhas de ar, deixar por 15 minutos e se possível tampar o recipiente utilizando uma tampa de material plástico; Atenção: os fracos e acessórios deverão ficar totalmente imersos na solução; Escorrer a água; Enxaguar bem, em água corrente; Emborcá-los em galheteiros de aço inox lavados ou em outra superfície apropriada (ex: placa de apoio perfurada, cestos), para escorrer a água. Em situação emergencial, na falta de hipoclorito, a desinfecção poderá ser substituída pela fervura de todas as partes, por 15 minutos. Diluição de Hipoclorito Água Hipoclorito 2,5% Hipoclorito 1% 5 litros 50 ml 1 copo descartável de café 100 ml 2 copos descartáveis de café 10 litros 100 ml 2 copos descartáveis de café 200 ml 4 copos descartáveis de café 20 litros 200 ml 4 copos descartáveis de café 400 ml 8 copos descartáveis de café 20.3.2. Armazenamento das Mamadeiras e seus Acessórios Após a secagem total à temperatura ambiente dos frascos, bicos, arruelas e protetores em recipiente adequado, acondicioná-los em caixa plástica com tampa; Os frascos devem ser acondicionados em recipiente separados dos acessórios. 43 8.3 Anexo III- Orientações gerais para central de esterilização - secretaria de saúde unidades hospitalares do rio de janeiro 4.2 Métodos de desinfecção A desinfecção de artigos pode ser feita por métodos físicos, químicos e físico- químicos. Agentes Físicos - Pode ser feita por imersão dos artigos em água a 100ºC (ebulição) por 30 minutos. Preferencialmente utilizando sistemas automáticos, lavadoras termo desinfetadoras, com programas específicos, validados para cada grupo de artigos. Agentes Químicos - Exigem que todos os artigos estejam criteriosamente limpos-secos antes de serem completamente em solução desinfetante. Como o agente desinfetante age por contato, o artigo deveser colocado em recipiente contendo solução suficiente para que tal artigo fique totalmente imerso. Quando o artigo tem áreas ocas, a solução desinfetante deve preenchê-la totalmente. O recipiente utilizado deve ser preferencialmente de plástico. Após a desinfecção, os artigos devem ser abundantemente enxaguados em água de qualidade, conforme descrito posteriormente. 4.3 Princípios ativos utilizados para desinfecção ou esterilização química A fim de que os profissionais de saúde possam utilizar os artigos com segurança, a Portaria 15/88 do MS estabelece os seguintes princípios ativos para desinfetantes de artigos hospitalares: • Aldeídos (Formaldeído / Glutaraldeído) • Fenílicos (Fenol Sintético) • Quaternário de Amônio • Compostos orgânicos liberadores de cloro ativo • Compostos inorgânico liberadores de cloro ativo • Iodo e derivados • Álcool • Glicois 44 • Biguanidas • Peróxidos 4.3.3 Compostos Inorgânicos liberadores de cloro ativo Hipoclorito de sódio / cálcio / lítico - Produto instável, termos sensível, fotossensível e inativado rapidamente em presença de matéria orgânica, que diminui sua atividade rapidamente em recipientes claros ou em altas temperaturas. Por ser corrosivo seu uso é contraindicado em artigos metálicos. Na forma não diluída o tempo máximo de armazenamento é de seis meses. Hipoclorito de sódio - São formulações comercializadas na forma líquida. Devem ser utilizados nas seguintes concentrações em tempo de contato: I. Desinfecção / Descontaminação de superfícies - 10.000 ppm ou 1% de cloro ativo - 10 minutos de contato II. Desinfecção de lactários e utensílios de serviço de nutrição e dietética (SND) - 200 ppm ou 0,02% cloro ativo - 60 minutos. III. Desinfecção de artigos de inaloterapia e oxigenoterapia não metálicos - 220 ppm ou 0,02% a 0,5% de cloro ativo - 60 minutos. Dispensando enxague. VI. Desinfecção de artigos semicríticos - 10.000 ppm ou 1% de cloro ativo - 30 minutos. Hipoclorito de cálcio e lítico - são compostos sólidos comercializados na forma de pó. Efeitos adversos: os compostos inorgânicos liberados de cloro ativo são tóxico, irritantes de pele, mucosa e árvore respiratória. 4.4 Métodos de esterilização Convencionalmente considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos contaminantes é menor do que 1:1000.000. A exposição de um artigo a um agente esterilizante, não garante a segurança do processo, uma vez que esta depende de limpeza eficaz. A seção do método de esterilização do tipo de artigo a ser esterilizado. Estes poderão ser físicos, químicos ou físico-químicos. 45 4.4.1 Métodos físicos Métodos físicos são aqueles que utilizam calor em diferentes formas e alguns tipos de radiação para esterilizar artigos. Nas centrais de esterilização hospitalares o método mais utilizado e factível é autoclavação por vapor saturado sob pressão. Outro método igualmente conhecido, porém, tendendo ao desuso pelas dificuldades operacionais e pelo avanço da tecnologia das autoclaves a vapor, é o calor seco (estufa). A esterilização por radiação é usada no processamento por tal método pelos produtores de materiais hospitalares descartáveis em uso nas instituições hospitalares de saúde. No entanto a manipulação do método é restritiva às indústrias que recebem a orientação/capacitação do CNEN (Conselho Nacional de Energia Nuclear). O uso da radiação UV (ultra-violeta) para esterilização de artigos é proibido pelo Ministério da Saúde (Portaria nº 674, de 31.12.97). 4.4.1.1 Vapor saturado sob pressão (autoclavação) Este é o processo de eleição nas unidades hospitalares, indicado para os artigos termo resistentes. Destrói os microrganismos por coagulação das proteínas. Dá-se o nome de vapor saturado porque na sua temperatura equivale ao ponto de ebulição da água, e produz-se pela combinação da energia que aquece a água com níveis de pressão maiores que a pressão atmosférica. Que aceleram o aquecimento levando ao alcance de temperaturas próprias para esterilização (121ºC à 135ºC), em tempo mais rápido. Portanto as variáveis para validação do método são tempo, temperatura e pressão. Os aparelhos são programados com uma razão tempo/temperatura, isto é, aumentando a temperatura, o tempo necessário para esterilização diminui ou vice- versa. A programação deverá seguir os critérios estabelecidos na validação do equipamento e das cargas a serem processadas pelas instituições. Vapor saturado é um gás e está sujeito às leis da física, sendo assim, não se altera a temperatura do vapor sem alterar a pressão e vice-versa. 46 Anexo II - Quadro 2 artigos semicrítico 47 8.4 Anexo IV - Cartilha alimentação por faixa etária - Belo Horizonte 2010 Uma boa nutrição é condição fundamental para promover o bem-estar físico, mental e social de crianças, jovens e adultos, garantindo, em condições normais de saúde, uma boa qualidade de vida. Em todas as fases da vida dos seres humanos a alimentação deve ser variada e equilibrada. Um só tipo de alimento não contém todos os nutrientes que o corpo necessita - proteínas, carboidratos, vitaminas, sais minerais, gorduras e fibras. Além do mais, diferentes grupos de pessoas possuem diferentes necessidades nutricionais, que dependem de fatores como idade, sexo, atividade física, gravidez e amamentação. As necessidades alimentares de uma criança, por exemplo, não são as mesmas de um adolescente, de um adulto ou de uma pessoa idosa. Tudo isso e muito mais você vai ler nesta cartilha: “Alimentação por Faixa Etária”. Ela orienta sobre a alimentação adequada para crianças, adolescentes, adultos e idosos. A Alimentação na Infância Somente o leite materno, nos primeiros seis meses de vida, é suficiente para garantir uma alimentação completa. A partir dessa idade é preciso diversificar os alimentos, fornecendo todos os nutrientes que serão utilizados no metabolismo alimentar, já que não existe um alimento que contenha todos os nutrientes necessários é funcionamento do organismo. Além da manutenção das funções vitais, o organismo da criança precisa de nutrientes para o crescimento, desenvolvimento do sistema nervoso e da estrutura óssea. 48 Mas é importante saber que tanto a falta quanto o excesso de alimentos podem causar doenças nutricionais como desnutrição, anemia, raquitismo, hipovitaminoses e obesidade (essa última provocada pelo excesso). A Alimentação da Criança no Primeiro Ano de Idade O leite materno é produzido especificamente para atender as necessidades nutricionais e afetivas da criança, e, sempre que possível, deverá ser o único alimento oferecido nos primeiros seis meses de vida. Não precisa dar sucos, chás ou água. O leite materno funciona como uma vacina, protegendo a criança de infecções, diarreia e doenças respiratórias. Não custa nada e é muito prático. A amamentação também protege a saúde da mãe: diminui o sangramento do parto; favorece a contração do útero; ajuda na recuperação do peso normal; reduz o risco de anemias, de infecções e do câncer de mama. Aleitamento Artificial O aleitamento artificial só deve ser introduzido caso a mãe seja portadora de alguma doença que impossibilite a amamentação ouse o bebê apresentar intolerância ao leite materno. 49 Caso não haja disponibilidade de leite doado pelo Banco de Leite Humano, o bebê deve ser alimentadocom outro tipo de leite, a critério do médico ou nutricionista. No caso do uso de mamadeira ou outros utensílios, os cuidados com higienização são fundamentais. Mamadeira: a superfície deve ser lisa e o fundo plano, de preferência graduada e resistente ao calor. O bico deve ser de borracha ou de silicone e com furo apropriado. Posição da mamadeira: inclinar, aos poucos, até a posição vertical, com o gargalo sempre cheio. Apenas nos casos do aleitamento artificial ou da interrupção do aleitamento materno, a alimentação complementar pode ser introduzida mais cedo, a partir de 3 ou 4 meses de idade (muitas vezes quando a mãe retorna ao trabalho). Higienização e Esterilização de Mamadeiras 1 – Desmontar a mamadeira. 2 – Lavar com água e detergente de boa qualidade, usando uma escova própria. Enxaguar bem em água tratada. 3 – Secar naturalmente e guardar adequadamente em local protegido de poeira e insetos. 4 – Um pouco antes de usar a mamadeira, colocar para ferver numa panela com água tratada por 10 minutos (contar o tempo após levantar fervura). 5 – Escorrer e deixar de cabeça para baixo sobre um pano de prato limpo e seco. 50 6 – Colocar o leite já preparado e servir. Não preparar as mamadeiras com antecedência, para evitar contaminações. É importante sempre ter em mente que o momento de alimentara criança deve ser um momento de prazer, de comunhão, de troca de carinho entre a criança e a família. Introdução de Novos Alimentos A partir dos seis meses o bebê está pronto para receber, deforma lenta e em pequenas porções, alimentos complementares: papas de legumes, verduras, carnes e cereais; papas de frutas; água e sucos de frutas. Mas o leite materno deve continuar até o segundo ano de vida do bebê. A alimentação da criança deve ser variada e composta de alimentos frescos e coloridos. No início ela tende a devolver as primeiras ofertas dos alimentos, pois tudo é novo: a colher, a consistência e o sabor. O importante é ter paciência e continuar oferecendo o alimento até a criança se adaptar. O bebê deve receber alimentos quando demonstrar fome. Horários rígidos para a oferta de alimentos prejudicam a capacidade da criança de diferenciar a sensação de fome e de estar satisfeito após a refeição. 51 As papas salgadas do bebê devem combinar sabor, cor, textura e nutrientes. Elas precisam ser preparadas com um alimento de cada grupo abaixo: Grupo do arroz, pães, massas, batata e mandioca Grupo das verduras e legumes Grupo das frutas Grupo dos feijões (feijão, soja, lentilha, grão-de-bico) Grupo dos leite, queijos e iogurte Grupo das carnes e ovos (frango, boi, miúdos, gema de ovo) Apenas depois do primeiro ano os ovos podem ser oferecidos inteiros à criança. Até esta idade, usar apenas a gema cozida, ainda assim, com moderação. Os alimentos devem ser preparados e servidos na hora. Ao colocar os alimentos no prato, amassar com o garfo. Se necessário, passar na peneira nos primeiros dias. Não bater no liquidificador. Não utilizar mamadeira para os alimentos pastosos (sopas, cremes, papas de frutas e legumes), preferir sempre acolher. Os óleos e o sal também são importantes na alimentação infantil, mas devem ser usados com moderação. O açúcar também deve ser usado com moderação: muitos alimentos já possuem açúcar na sua composição. Evitar alimentos enlatados, frituras, refrigerantes, café, balas, salgadinhos e outros produtos industrializados. Esses alimentos não são saudáveis e, além de competir com alimentos nutritivos, eles podem causar cáries e obesidade, e interferir na absorção de alguns nutrientes. O fígado é uma boa opção de vitaminas A e B12, ferro e proteína. Incluir na alimentação da criança pelo menos a cada15 dias. A partir da introdução de novos alimentos é importante oferecer água à criança (tratada, filtrada ou fervida). Alimentos que devem ser evitados: Até 6 meses: Beterraba, espinafre, acelga, rabanete e farinha de trigo. 52 Até 1 ano: Alimentos duros (de difícil mastigação), frituras, feijão com casca, peixes, carne de porco, clara de ovo, mel, castanhas, chocolate e bebidas achocolatadas, café, sucos artificiais, abacate, refrigerantes, alimentos enlatados e embutidos. O quadro abaixo apresenta algumas orientações sobrea introdução de novos alimentos: 53 54
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