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Introdução ao Curso de Escatologia Livre

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Prévia do material em texto

ESCATOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL DIDÁTICO – INTRODUÇÕES 
 
1 
 
 
APRESENTAÇÃO DO CURSO 
 
O material aqui presente tem como objetivo introduzir a aprendizagem dos discentes, anexando 
conteúdos livres no material, para enriquecimento dos mesmos. 
 
Faça-se menção aos autores dos conteúdos. Trata-se apenas de uma junção de textos interessantes 
e disponíveis para estudo online, que caracterizam a liberdade dos Cursos Livres. Dessa forma, 
esta apostila somente poderá ser utilizada pelos alunos da Faculdade Teológica Nacional, 
disponibilizada gratuitamente aos alunos da mesma. 
 
Segue abaixo a Grade Curricular e Carga Horária do Curso de Escatologia Livre: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
GRADE CURRICULAR CARGA HORÁRIA 
1 INTRODUÇÃO À ESCATOLOGIA I 40 
2 INTRODUÇÃO À ESCATOLOGIA II 40 
3 FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA ESCATOLOGIA I 40 
4 FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA ESCATOLOGIA II 40 
5 CONCEITOS ESCATOLÓGICOS 40 
6 ESCATOLOGIA EM ISAÍAS 40 
7 ESCATOLOGIA EM DANIEL 40 
8 ESCATOLOGIA EM APOCALÍPSE I 40 
9 ESCATOLOGIA EM APOCALÍPSE II 40 
10 ESCATOLOGIA EM APOCALÍPSE III 40 
SUMÁRIO 
 
 
 
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................ 3 
DEFINIÇÕES EM ESCATOLOGIA..................................................................................................................................... 4 
A SEGUNDA VINDA DE CRISTO ..................................................................................................................................... 6 
A TRIBULAÇÃO .............................................................................................................................................................. 9 
O MILÊNIO .................................................................................................................................................................. 11 
AS RESSUREIÇÕES ....................................................................................................................................................... 13 
O ALVO DA REVELAÇÃO DIVINA ................................................................................................................................. 15 
TIPOS DE ESCATOLOGIA.............................................................................................................................................. 17 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA ESCATOLOGIA..................................................................................................... 20
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
Estamos no limiar do terceiro milênio. Nestes dias que antecedem os últimos momentos deste 
sistema dos reinos do mundo, muitas doutrinas e filosofias têm surgido e o esoterismo, misturado 
com os ensinamentos profusos da chamada Nova Era, tendem a confundir os mais desavisados e 
os desconhecedores da Bíblia. É de suma importância que tenhamos um conhecimento mais 
aprofundado do que a Bíblia ensina a respeito dos acontecimentos mundiais mais importantes, e 
daquilo que está à nossa espera em breves dias futuros. Inúmeras pessoas se filiam, a cada dia, às 
diversas igrejas espalhadas em todo mundo. Entretanto, sabemos, também, que um número 
razoável dessas pessoas se afastam em razão de interpretações errôneas e falsas das Escrituras 
Sagradas. Nessas oportunidades, surgem as seitas e religiões fanáticas (Exs. Jim Jones, na Guiana 
Inglesa e o líder espiritual David Koresh, de uma seita em Waco - Texas, EUA), marcando datas 
da volta de Jesus, do fim do mundo e outras heresias. Para essa finalidade, o estudo sério e bíblico 
da Escatologia, é essencial para dirimir dúvidas e esclarecer muitas questões relacionadas com os 
eventos presentes e futuros e trazer uma compreensão de importantes temas bíblicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL 
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CAPÍTULO 1 
 
DEFINIÇÕES EM ESCATOLOGIA 
 
 
 
“ENTRETANTO, o Espírito Santo nos diz claramente que nos últimos tempos alguns na 
igreja se desviarão de Cristo e se tornarão seguidores de mestre com ideias de inspiração diabólica” 
ITm. 4.1. Alguns falsos ensinadores têm introduzido no meio do povo de Deus ensinos deturpantes 
sobre as coisas que ainda hão de acontecer. Ë de se lamentar que essas heresias têm desviado 
muitos cristão que por sua vez perdem o gosto pelo verdadeiro ensino, contido nas Sagradas 
Escrituras, concernente ao futuro. 
O estudo da Escatologia requer muita atenção e cuidado para não entrar na classe dos 
falsos mestres que Paulo enfatizou que, nos últimos tempos surgiriam. 
Não é difícil o estudo sobre Escatologia, desde que o estudante dedicado busque a 
orientação de Deus que por sua vez iluminará a mente do seu discípulo. Uma coisa é certa: o 
Espírito Santo é o único e verdadeiro intérprete que merece toda a nossa confiança, no que tange 
a todo o conteúdo plausível da Bíblia Sagrada, o Livro de Deus. 
I – DEFININDO O TERMO ESCATOLOGIA. 
O termo escatologia deriva de duas palavras gregas: escathos e logos, que se traduzem 
por “últimas coisas” e “estudo” ou “tratado”. É o estudo ou doutrina das últimas coisas. É chamada 
bíblica, no nosso caso, porque ela pode ser extrabíblica. 
No estudo da escatologia bíblica, é de caráter fundamental, Ter o cuidado em não 
apresentar falsas interpretações, evitando, com isso, questionamento e especulações. Deus nos 
adverte dizendo que devemos “manejar bem a Palavra da verdade.”(II Tm.2.15). “Porque a visão 
é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará e não mentirá; se tardar, espera-o, porque 
certamente virá, não tardará”.(Hc.2.3). 
II – ENTENDENDO O CAMPO DA ESCATOLOGIA BÍBLICA. 
Littera scripta manet – “a palavra escrita permanece”, disse Horácio na Roma Antiga a 
mais de 2.000 anos atrás. O que caracteriza o vislumbre do cumprimento das profecia no palco da 
escatologia, é a maneira de como Deus trabalha para mostrar a sua vontade, revelada na palavra 
escrita. Este trabalho consiste em ampliar a revelação divina, nos dando a entender que a palavra 
 
 
 
FACULDADE TEOLÓGICA NACIONAL
 
5 
 
 
escrita continua em pé, revigorada pela forte atuação e inspiração do Espírito Santo de Deus. A 
ordem que o profeta Jeremias recebeu do Senhor foi esta: “escreve num livro todas as palavras que 
eu te disse”, Jr. 30.2. 
Não podemos duvidar nem admitir falha na palavra de Deus. Ela é inspirada pelo Espírito 
Santo; 2Tm. 3.16. A inerrância das escrituras tem sua base na infabilidade da Palavra do Senhor. 
Com isso podemos ir mais além do que Horácio afirmou. “a palavra escrita ‘não’ apenas 
permanece – ela floresce como trepadeira nas fronteiras do nosso entendimento”. Ela alcança o 
mais profundo dos recônditos da nossa alma. Para entender o campo da escatologia, precisamos 
saber de 3 (três) verdades básicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 2 
 
A SEGUNDA VINDA DE CRISTO 
 
 
A) Sua Realidade: 
Já no tempo dos apóstolos a segunda vinda de Cristo era negada (IIPe.3:4), e ainda hoje 
encontramos pessoas que negam a realidade desta doutrina. Por isso é necessário demonstrar, pelas 
Escrituras, a sua realidade. Ela é estabelecida por vários testemunhos bíblicos: 
1) Pelo Testemunho dos Profetas (Zc.14:3-5; Ml.3:1; Ez.21:26,27). 
2) Pelo Testemunho de João Batista (Lc.3:3-6) 
3) Pelo Testemunho de Cristo (Jo.14:2,3).4) Pelo Testemunho dos Anjos (At.1:11). 
5) Pelo Testemunho dos Apóstolos (Mc.13:26; Lc.21:27; IJo.3:1-3; Tg.5:7; IPe.1:7,13; 
ITs.4:13-18; Hb.9:27). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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B) A Natureza da Segunda Vinda: 
1) Não é Espiritual: 
a) Como a vinda do Espirito Santo no Pentecostes. 
b) Como na conversão do pecador. 
c) Como na conversão do mundo, pela expansão do cristianismo (Lc.18:8; IITs.2:13-12; 
ITm.4:1; Lc.17:26-30). 
2) É Literal: 
a) Pessoal e Corporal: A parousia indica presença pessoal (At.1:11; ITs.4:14-17). A 
palavra parousia é usada nas seguintes passagens: (Mt.24:3,27,37,39; ICo.1:8;15:23; ITs.2:19; 
ITs.3:13;4:15;5:23; IITs.2:1; Tg.5:7; IIPe.1:16;3:4,12; IJo.2:28; e nas seguintes passagens 
referindo-se a homens: (ICo.16:17; Fp.2:12; IICo.10:10) 
b) Visível: A apokalupsis indica a visibilidade da vinda do Senhor (Ap.1:7,9-11; 
Mt.24:26,27,30; Lc.21:27; Tt.2:13; IJo.3:2,3; Is.52:8; Os.5:15). O termo apokalupsis é usado nas 
seguintes passagens: (Rm.8:19; IITs.1:7; IPe.1:7,13;4:13) Obs.: O termo epiphaneia (aparição, 
manifestação) é usado tanto para o primeiro advento (IITm.1:10), como para o segundo (IITs.2:8; 
ITm.6:14; IITm.4:1,8; Tt.2:13). 
3) É Súbita (Ap.22:7,12,20; Mt.24:27). 
4) É Iminente, do ponto de vista profético (Tt.2:13; Hb.9:28; ITs.1:9,10; Rm.13:11). 
5) É Próxima, do ponto de vista histórico (Lc.21:28; Mt.16:3;24:33;24:3). 
6) Em duas Fases (Sf.2:3). 
a) A primeira fase: O arrebatamento da igreja, nos ares (ITs.4:16,17; Jo.14:3); a parousia.. 
b) A segunda fase: A revelação ao mundo, na terra (IITs.1:7-9;2:7,8; Cl.3:4; Ap.1:7; 
Jl.3:11; ITs.3:11; Zc.14:4,5; Jd.14). 
7) Analogias: Há na Bíblia algumas analogias interessantes a estes dois aspectos da 
segunda vinda. 
a) Davi: A volta de Davi da outra banda do Jordão depois de Abraão e seus seguidores 
terem sido derrotados, a ida de Judá ao seu encontro, e a volta dos dois juntos para Jesuralém 
(IISm.19:10-15,40; IISm.20:1-3). 
b) Joiada: A revelação particular de Joiada aos capitães e aos cários, e sua revelação 
pública um pouco mais tarde (IIRs.11:4-12). 
 
 
 
 
 
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c) Pedro: O encontro de Pedro com Jesus, andando sobre as águas. Pedro foi até Ele, e os 
dois voltaram juntos para o barco (Mt.14:22-34). 
d) Paulo: Quando Paulo aproximou-se de Roma, os irmãos foram ao seu encontro e todos 
voltaram juntos para a capital (At.18:15,16). 
e) Isaque: O encontro de Isaque com Rebeca (Gn.24). Neste trecho Abraão é um tipo de 
um Rei que faria o casamento de seu Filho (Mt.22:2). O Servo anônimo um tipo do Espirito Santo, 
que não fala de si mesmo mas das coisas do Noivo para conquistar a noiva (Jo.16:13,14), e que 
enriquece a noiva com presentes do Noivo (ICo.12:7-11; Gl.5:22-23), e que traz a noiva ao 
encontro do Noivo (At.13:4;16:6-7; Rm.8:11; ITs.4:14-17). Rebeca é um tipo da igreja, a virgem 
noiva de Cristo (Gn.24:16; IICo.11:2; Ef.5:25-32). Isaque, um tipo do Noivo, a quem não havendo 
visto, a noiva ama através do testemunho do Servo anônimo (IPe.1:8), e que sai ao encontro de 
Sua noiva para recebê-la (Gn.24:63; ITs.4:14-17). Estes incidentes não provam a teoria, mas 
ilustram a dupla natureza da volta de Cristo. 
8) Pré-Tribulacional: A primeira fase (Ap.3:10). 9) Pré-Milenista: A primeira e segunda 
fase (IITm.2:12). 
Os Sinais Precedentes da Segunda Vinda: 
1) Sinais nos Céus (Lc.21:25a). 
2) Sinais na Terra (Lc.21:25b; Mt.19:28;24:6-8). 
a) Terremotos (Mt.24:7) 
b) Pestes (Mt.24:7) 
c) Guerras e fome (Mt.24:7). 
d) Progresso científico (Dn.12:4; Na.2:4). 
e) Apostasia (ITm.4:1; IITm.4:1-4; IIPe.2:1,2). 
f) Tempos difíceis (IITm.3:1-5; Tg.5:1-8). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 3 
 
A TRIBULAÇÃO 
 
 
A) Tipos de Tribulação: 
Os teólogos se dividem em três diferentes correntes 
1) Mid-Tribulacionistas: Os 
defensores desta opinião acreditam que a 
igreja vai passar pela primeira metade da 
tribulação, e será arrebatada no meio (mid) 
dos dois períodos de três anos e meio cada. 
Seus defensores citam At.14:22 para 
fundamentar esta opinião. 
2) Pós-Tribulacionistas: Estes acreditam que a igreja passará por todo o período da 
tribulação, e será arrebatada apenas após a tribulação, por ocasião da segunda vinda de Cristo. Eles 
não distinguem a segunda vinda em duas fases. 
3) Pré-Tribulacionistas: Os defensores desta doutrina acreditam que a igreja não passará 
pela tribulação, pois será arrebatada antes que ela se inicie (Ap.3:10; Rm.5:9; ITs.1:10;5:9) 
B) O Período da Tribulação: 
Segundo as Escrituras o período da tribulação é de sete anos, um período que será 
abreviado por causa dos eleitos (Mt.24:22). 
1) Identificado com a 70 semana: 
A tribulação é também chamada de septuagésima semana de Daniel. Deus revelou a 
Daniel que 70 semanas de anos (Ez.4:5,6; Gn.29:27; Lv.25:8; Dn.9:2,24) estavam determinada 
sobre Israel. Estas 70 semanas iniciaram-se com a volta de Neemias e com a reconstrução dos 
muros e da cidade de Jerusalém (Dn.9:25; Ne.2:1-8). O sacrifício de Cristo na cruz ocorreu depois 
da 69 semana (Dn.9:25), bem como a destruição de Jerusalém em 70 d.C. A última semana, ou 
seja a septuagésima, mencionada em Dn.9:27, ainda não se cumpriu, demonstrando que há uma 
quebra na sucessão das semanas, por um período de tempo indeterminado, entre a 69 e a 70 semana, 
período este reservado para os gentios (Lc.21:24). 
2) Dividido em dois Períodos: 
 
 
 
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Esta última semana divide-se em dois períodos de três anos e meio cada um. a) Anos: A 
expressão "um tempo, tempos e metade de um tempo" (Dn.7:25;12:7; Ap.12:14) se refere a "um 
ano, dois anos e metade de um ano", o que equivale a "três anos e meio". b) Meses: Este período 
de três anos e meio equivale ao período de "quarenta e dois meses" mencionado na Bíblia 
(Ap.11:2;13:5). c) Dias: O mesmo período também identificado na Bíblia por dias: "1.260 dias" 
(Ap.11:3;12:6; Dn.12:11,12). 
3) A Primeira Metade da Tribulação: 
a) Aliança de Israel com o Anticristo (Dn.9:27; Jo.5:43; Is.28:14-18). 
b) As duas testemunhas (Ap.11;3). 
4) A Segunda Metade da Tribulação: Chamada de grande tribulação ou angústia de Jacó 
(Mt.24:21; Jr.30:7; Dn.12:1). 
a) Perseguição aos judeus (Ap.11:2;12:6,14). 
b) Perseguição aos convertidos (Ap.7:13,14). 
c) A besta política, o Anticristo (Ap.13:1-10). 
d) A besta religiosa, o Falso Profeta (Ap.13:11-18) 
e) Os 144.000 judeus (Ap.7:4-8;14:1-5). 
f) Abominação desoladora (Dn.9:27;12:11; Mt.24:15; Ap.13:14,15; IITs.2:9). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 4 
 
O MILÊNIO 
 
 
Depois da tribulação Cristo voltará à terra com Seus santos e inaugurará o reino milenial 
(Ap.20:2-7). A palavra millennium vem do latim mille e annus que significa mil anos. O termo 
grego usado na Bíblia é chiliasm (quiliasmo). 
A) Tipos de Milênio: 
1) Amilenistas: Os que defendem esta posição não crêem na literalidade do reino milenial. 
Para eles o milênio é uma realidade puramente espiritual, que se estende do primeiro advento ao 
segundo advento de Cristo, período este que já se completou quase 2.000 anos, e que culminará na 
grande tribulação para restauração da igreja e o progresso do testemunho do evangelho. 
2) Pós-Milenistas: Tal como os 
amilenistas, os pós-milenistas colocam a 
segunda vinda e o arrebatamento da igreja 
depois do milênio e da tribulação. eles 
identificam a tribulação com a revolta de 
Gogue e Magogue (Ap.20:8,9). Os pós- 
milenistas acreditam que a história avança 
em direção à cristianização do mundo pela 
igreja, e que haverá um milêniofuturo de 
duração indeterminada. 
3) Pré-Milenistas: Para estes o milênio é futuro e literal de mil anos na terra, que vem 
precedido pela tribulação, e é posterior a segunda vinda. Há dois tipos de pré-milenismo, a saber: 
a) Pré-Milenismo Histórico: Colocam o milênio depois da tribulação, mas crêem que a tribulação 
será um período breve e indeterminado de aflição. b) Pré-Milenismo Dispensacionalista: Estes 
vinculam a tribulação à 70 semana de Daniel, e, assim, baseado nela, consideram a sua duração 
por um período de sete anos. 
B) A Natureza do Milênio: 
1) Cristo Reinará (Zc.14:9). 
2) Davi Reinará (Ez.34:23,24;37:24; IICr.13:5; At.15:16). 
 
 
 
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3) Os Crentes Reinarão (Dn.7:18; Ap.5:10). 
4) Haverá Justiça (Is.32:1; Sl.66:3;81:15; Zc.14:17-19). 
5) Haverá Conhecimento de Deus (Is.11:9; Jr.31:34). 
6) Haverá Paz (Is.2:4;9:6,7) 
7) Haverá Prosperidade (Is.35:1,2;51:3; Am.9:13). 
8) Haverá Longevidade de Vida (Is.65:20;33:24). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 5 
 
AS RESSUREIÇÕES 
 
 
A) Ensinada pelo Antigo Testamento 
(Jó 19:25-27; Sl.16:9-11;17:15; Is.26:19; Os.13:14; IIRs.4:32-35;13:20,21 IRs.17:17-24; 
Dn.12:2). 
B) Ensinada pelo Novo Testamento 
(Jo.5:21,28,29; IPe.1:3 
At.26:8,22,23;23:6-8; Jo.6:39,40,44,54; 
Lc.14:13,14;20:35,36; ICo.15:22,23; 
ITs.4:14-16; Fp.3:11; Ap.20:4-6,13,14; 
Jo.11:41-44; Lc.7:12-15;8:41,42,49-56; 
Mt.27:52,53; Mt.28; Jo.20). 
C) A Natureza da Ressurreição: 
1) Universal (Jo.5:28,29). 
2) Dupla (Dn.12:2; Ap.20:4,5). 
a) A primeira ressurreição: Em cinco etapas: 
- Cristo: as primícias (ICo.15:23a; Mt.27:52,53). 
- Igreja: pré-tribulacionista (talvez representada por Enoque Hb.11:5;ICo.15:23b; 
ITs.4:13-15). 
- Duas testemunhas: mid-tribulacionista (Ap.11:11). 
- Mártires da grande tribulação e santos do Antigo Testamento: pós-tribulacionista 
(Dn.12:1; Is.26:19; Ez.37:12-14; Ap.20:4). 
- Salvos do milênio: pós-milenista. 
b) A segunda ressurreição (Jo.5:29b; Ap.20:5a,12-14). 
D) Características do Corpo Ressuscitado: 
1) Do Crente: 
a) Identificado com o corpo sepultado (Jó 19:25-27; Lc.24:31; At.7:55,56) 
b) Semelhante ao de Cristo (IJo.3:2). 
c) Real (Lc.24:39). 
 
 
 
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d) Livre de limitações terrenas (Jo.20:19). 
2) Do Incrédulo: Mortal e corrupto (Mt.5:29;10:28; Ap.20:12,13;21:8; Gl.6:7,8). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 6 
 
O ALVO DA REVELAÇÃO DIVINA 
 
 
Toda a revelação aponta para o futuro. O futuro consiste num plano traçado por Deus para 
que a Igreja caminhe neste mundo “pela fé a esta graça, na qual estando firme, gloria-se na 
esperança da glória de Deus”, Rm. 5.2 
Argumentando o fato de nós sermos alvo da revelação divina, o apóstolo Paulo escreveu 
aos Efésios dizendo que Deus “nos elegeu antes da fundação do mundo, para sermos santos e 
irrepreensíveis diante dele. Em amor nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, 
para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade”, Ef. 1.4,5. Somente aqueles que são santos 
e filhos de Deus é que têm o privilégio de ter a revelação das coisas que em breve hão de acontecer. 
Em contraste, o mundo pagão, que não tem a revelação de Deus, se fecha num ciclo de 
falsas expectativas em relação ao futuro. 
No consenso filosófico da humanidade a maior parte da população do mundo vê com 
grande otimismo a era que está por vir. Pressentindo um fantástico progresso material e científico, 
vivendo na era da velocidade e vendo a aquisição do conhecimento se acelerar, muitos poderão se 
tornar otimistas demais. Contudo o apóstolo Paulo nos adverte: “quando andarem dizendo: paz e 
segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição”, ITm. 5.3. 
Aos olhos dos franceses do final do século XIX, o novo século parecia uma espécie de 
Idade de Ouro. Mas o entusiasmo durou até 1914, quando a 1ª Guerra Mundial pôs fim ao sonho 
dourado. 
Outra parte da humanidade certamente adentrará o 3º milênio cheia de superstições, medo, 
insegurança e pessimismo; preocupada com desgraças, desemprego, violência e caos social. 
A história registra que, na passagem do ano 999 para 1.000, a maior parte da Europa não 
conseguiu comemorar a data, pois esperava o “Apocalipse”. Segundo o historiador Frederick H. 
Martins, um sentimento de terror dominou a multidão amontoada na imensa Basílica de São Pedro, 
em Roma, na noite de 31 de dezembro de 999. Inclusive o Papa Silvestre II parecia aterrado. 
Isso aconteceu porque o povo não tinha acesso à Bíblia. Quem conhece a revelação sabe 
que o mundo irá de mal a pior, mas não se desespera. E o Senhor Jesus profetiza: “homens 
desmaiarão de terror, na expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo… e quando estas coisas 
 
 
 
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começarem a acontecer, fiquem firmes e levantem a cabeça, pois a vossa redenção está próxima, 
Lc. 21.26,28. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 7 
 
TIPOS DE ESCATOLOGIA 
 
 
Além de ser um dos capítulos da dogmática cristã, ou seja, o estudo sistemático e lógico 
das doutrinas concernentes às últimas coisas, há quatro outros tipos de escatologia, segundo nos 
apresenta o Dicionário Teológico (CPAD). 
a) Escatologia consistente. 
Termo nascido com Alberto Schweitzer, segundo o qual a ações e a doutrina de Cristo, 
tinha um caráter essencialmente escatológico. Não resta dúvida, pois de que o Senhor Jesus haja 
se preocupado em ensinar aos discípulos as doutrinas das últimas coisas. Todavia, sua preocupação 
básica era a salvação do ser humano. Ele Jamais deixou de se referir à vida prática e sofrida do 
homem. 
b) Escatologia idealista. 
Corrente doutrinária que relaciona a escatologia bíblica às verdades infinitas. Os que 
defendem tal posicionamento, alegam que a doutrina das últimas coisas não terá qualquer efeito 
sobre a história da humanidade. Relegam-na, pois, à condição de mera utopia, ou seja, projeto 
irrealizável, fantasia. 
Mas, o que dirão elas, por exemplo, acerca das profecias já cumpridas? Será que estas não 
referendam as que estão por se cumprirem? Não esqueçamos, pois, ser a profecia a essência da 
Bíblia. Se descremos daquela, não podemos crer nesta. 
c) Escatologia individual. 
Estudo das últimas coisas que dizem respeito exclusivamente ao indivíduo, tratando de 
sua morte, estado intermediário, ressurreição e destino eterno. Neste contexto, nenhuma 
abordagem é feita, quer a Israel, quer a Igreja. 
d) Escatologia realizada. 
Ponto de vista defendida por C.H. Dodd, segundo o qual as previsões escatológicas das 
Sagradas Escrituras foram cumpridas nos tempos bíblicos. Atualmente, portanto, não nos resta 
nenhuma expectativa profética de acordo com o ensino de Dodd. 
Gostaríamos, porém que ele nos respondesse as seguintes perguntas: 
 
 
 
 
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· A 2ª vinda de Cristo já foi realizada? 
· A grande Tribulação já é história? 
· O julgamento final já foi consumado? 
 
 
3 – AS SETE DISPENSAÇÕES. 
Para melhor compreender o campo da escatologia bíblica, faz-se necessário um resumido 
estudo sobre as sete dispensações, sabendo que, a última dispensação é para o futuro. 
Segundo o Pr. Severino Pedro da Silva, em seu livro “Escatologia”, uma dispensação “é 
um período em que o homem é experimentado emrelação à sua obediência a alguma revelação 
especial da vontade tanto permissiva como diretiva de Deus”. 
A palavra dispensação deriva do termo grego “oikonimia” que por sua vez significa 
economia que é a “boa ordem na administração na despesa de uma casa”. 
As sete dispensações são: 
3.1 – Dispensação da Inocência 
Seu início deu-se na criação e findou-se na queda de Adão. O tempo não é revelado. 
3.2 – Dispensação da Consciência 
Esta dispensação começou em Gn. 3 e durou cerca de 1656 anos: de zero (0 ) a 1656 a.C., 
abrangendo o período desde a queda do homem até o dilúvio; Gn. 7.21,22. 
3.3 – Dispensação do Governo Humano 
Esta dispensação começou em Gn. 8.20 e perdurou cerca de 427 anos. Desde o tempo do 
Dilúvio até a dispersão dos homens sobre a superfície da terra, sendo consolidada com a chamada 
de Abraão; Gn. 10.15; 11.10-19;12.1. 
3.4 – Dispensação Patriarcal 
Teve início com a Aliança de Deus com Abraão, cerca de 1963 a.C., ou seja, 427 anos 
depois do dilúvio. Sua duração foi de 430 anos; Gl. 3.17; Hb. 11.9,13. A palavra chave é 
PROMESSA. Por meio desta dispensação, Abraão e seus descendentes vieram a ser herdeiros da 
promessa. 
3.5 – Dispensação da Lei 
Ela teve início em Êx. 19.8, quando o povo de Israel proclamou dizendo que “tudo que o 
Senhor falou, faremos.” Sua extensão é de 1430 anos. Do Sinai ao Calvário; do Êxodo à cruz. 
3.6 – Dispensação da graça 
 
 
 
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Esta dispensação começou com a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo e 
terminará em plenitude com o arrebatamento da Igreja; porém, oficialmente falando, seus efeitos 
continuarão até Apocalipse 8.1-4. 
3.7 – Dispensação do Reino 
Esta dispensação terá, de acordo com a própria escritura, a duração de 1.000 anos; Ap. 
20.1-6. É também chamada de a dispensação do Governo Divino. 
Esta dispensação é algo para o futuro, logo após o julgamento das nações descrito em Mt. 
25.31-46, e antes do Juízo do Grande Trono Branco (GTB). 
É neste ponto, é que se encontra a essência do entendimento do campo da escatologia 
bíblica, ou seja, compreender o que Deus traçou para o futuro da Igreja, Israel e dos gentios. 
Esta última dispensação, que é a juntura do presente século e do vindouro, fornece um 
nítido exemplo de sobreposição das dispensações, isto é, que às vezes há um período transitório 
entre uma e outra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 8 
 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA ESCATOLOGIA 
 
 
Nesta seção aprenderemos os métodos utilizados na interpretação de porções bíblicas que 
concerne ao futuro. Lembrando que, na história da Igreja tem sido adotados vários métodos de 
interpretação no que tange às escrituras proféticas. No entanto, faz-se necessário o bom 
conhecimento e a maneira correta de se aplicar dois métodos de interpretação que devem merecer 
nossa atenção. 
1 – Método alegórico ou figurado 
O termo alegoria é definido, por alguns teólogos, como qualquer declaração de fatos 
supostos que admite a interpretação literal, mas que requer, também, uma interpretação moral ou 
figurada. Se não atentarmos para o sentido real, figurado ou literal, de uma profecia bíblica, 
negamos o seu valor histórico, dando uma interpretação de menos importância, e assim corremos 
o risco de anular a revelação de Deus naquela profecia. 
Portanto, o método alegórico deve ser utilizado de maneira correta. Leia Gl. 4.21-31 e 
observe que Paulo tomou figuras ilustradas no texto com focos literais da antiga dispensação, mas 
apresentou-os como sobras de eventos futuros. 
2 – Método literal ou textual 
Este método se preocupa em dar um sentido literal às palavras da profecia, interpretando- 
as conforme o significado ordinário, de uso normal. A preocupação básica é interpretar o texto 
sagrado consoante a natureza da inspiração da profecia. 
Ambos os métodos são válidos. Há uma perfeita ralação entre as verdades literais e a 
linguagem figurada. Por exemplo, no texto de Jo.1.6 diz: “Houve um homem enviado de Deus, 
cujo nome era João. E em Jo. 1.29 nos fala: “Eis aí o Cordeiro de Deus.” Palavras pronunciadas 
pelo próprio João Batista ao ver a Jesus. 
Agora vejamos os métodos de interpretação aplicado em ambos os textos. O 1º está 
falando literalmente de um homem, cujo nome, de fato, era João. No 2º texto João Batista usou a 
forma figurada para denotar a pessoa de Jesus. 
 
 
 
 
 
 
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Em se tratando do livro de Apocalipse, que em sua parte, é um livro escatológico, têm 
surgido diversas classes de intérpretes, as quais devem ser conhecidas pelos pastores e por aqueles 
que exercem o Ministério da Palavra. Por quê? 
Porque os crentes pentecostais, em sua maioria, não sabem em que classe de intérpretes 
do Apocalipse, eles se encaixam, e por conseguinte deixam ser levados por ensinos deturpantes 
que contradizem a Palavra de Deus. Por exemplo, os Adventistas do 7º Dia, vêem a vinda de Cristo, 
a este mundo, como em uma única vez, sem ser dividida em duas fases distintas, e assim não dão 
espaço para o período da Grande Tribulação e a restauração de Israel. 
Vejamos os principais intérpretes com seus respectivos ensinos. 
1º – Os Preteristas. Esta classe crê que a maior parte do Apocalipse já foi cumprida, a 
muito tempo atrás. Eles relegam tudo ao passado. O relacionamento que eles fazem entre o texto 
e o evento é muito subjetivo e precário. 
2º – Os Historicistas. Os intérpretes 
que assumem esta posição procuram encaixar 
todos os acontecimentos previstos no 
Apocalipse em várias épocas da história 
humana. Interpretam o Apocalipse como um 
estudo progressivo dos destinos da Igreja 
desde o seu início até a consumação. Estes 
asseveram que as profecias estão cumpridas 
em parte e em parte estão por cumprir e 
algumas estão sendo cumpridas diante de nós. 
3º – Os futuristas. Estes interpretes dividem-se em dois grupos: 
a) Futuristas extremos – acham que todo o Apocalipse refere-se à vinda do Senhor Jesus 
Cristo. 
b) Futuristas simples – Aceitam que os 3 primeiros caps. do livro como já cumpridos; 
tudo o que se segue refere-se à aparição vindoura de Cristo. A maioria dos Pentecostais 
Fundamentalistas têm uma visão futurista do livro. Sob esta perspectiva tudo, ou quase tudo que é 
narrado após o cap. 4, será cumprido num curto espaço de tempo (sete anos) após o término da 
Dispensação da Igreja. 
 
 
 
 
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Os intérpretes do Apocalipse estão também divididos na forma COMO ABORDAM O 
MILÊNIO. (Os mil anos mencionados no cap. 20). A maneira como se encara o Milênio afeta a 
interpretação do Apocalipse como um todo. É necessário levantarmos, aqui, alguns pontos. 
1º – Amilenistas. Ensinam que não haverá nenhum Milênio, pelo menos não na terra. 
Alguns simplesmente dizem que, como o Apocalipse é simbólico, não há sentido algum em se 
falar em Milênio Literal. Outros interpretam os mil anos como algo que ocorrerá no céu. Pegam o 
número mil como um algarismo ideal, um período indefinido. Assim, esperam que este período da 
Igreja termine com a ressurreição e julgamento geral, tanto do justo como do ímpio, seguindo-se 
imediatamente o reinado eterno no novo céu e na nova terra. A maioria dos amilenistas consideram 
Agostinho (o bispo de Hipona, no Norte da África 396 – 430 d.C.) um dos principais promotores 
do amilenismo. 
2º – Pós-Milenista. Começou a espalhar-se a partir do século XVIII. Seus adeptos 
interpretam os mil anos do Milênio, como uma extensão do período atual da Igreja. Ensinam que 
o poder do Evangelho ganhará todo o mundo para Cristo, e a Igreja assumirá o controle dos reinos 
seculares. Após haverá a ressurreição e o julgamento geraltanto do justo como do ímpio, seguido 
pelo reinado eterno no novo céu e na nova terra. O pós-milenismo também espiritualiza 
irritadamente as profecias da Bíblia, não dando espaço à restauração de Israel ou reinado literal de 
Cristo sobre a terra durante o Milênio. 
3º – Pré-Milenista. Acreditam que, o retorno de Cristo, a ressurreição dos salvos e o 
tribunal de Cristo, será antes do Milênio. No final deste, Satanás será solto, engana as nações, mas 
há de ser prontamente derrotado para todo o sempre. Segue-se o julgamento do GTB, que 
sentenciará o restante dos mortos. Aí sim, teremos o reino eterno no novo céu e na nova terra. 
A perspectiva Pré-Milenista e futurista simples, juntas, encaixam-se melhor nas 
orientações de Jesus. É essa classe de intérpretes do Apocalipse que a maioria dos Pentecostais 
pertence. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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