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VISTORIA DE PONTES E VIADUTOS EM CONCRETO

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Leandro Motti
Romeu Hiromi Kawabata
Winston Silva Gheur
VISTORIA DE PONTES E VIADUTOS EM CONCRETO:
PROCEDIMENTOS TECNICOS
Trabalho apresentado como requisito parcial ao
Curso de P6s-Gradua9ao Lata Sensu, Patologia
nas Obras eivis, da Universidade Tuiuti do
Parana.
Orientador: Prof. Mestre Carlos Henrique Siqueira
Co-orientador: Prof. Mestre Luis Cesar S. de Luca
SETORIAl BARIGUI
Curitiba
2007
iv
RESUMO
TiTULO: VISTORIA DE PONTES E VIADUTOS EM CONCRETO:
PROCEDIMENTOS TECNICOS
Este trabalho consiste em uma investiga<;ao de procedimentos teenicos de vistoria em pontes e
viadutos de concreto, conforme a literatura nacional e internacional, comparando-se com a Norma
NBR 9452/86, sugerindo-se a atualizar;ao dessa norma, uma vez que esta 5e apresenta
desatualizada em relalYao a procedimentos ja adotados em Quiros paises e mesmo par Qutras
instituir;6es brasileiras. 0 objetivo do Irabalho e levantar direlrizes nao observadas na Norma NBR
9452/86 para a vistoria de pontes e viadutos em concreto com base na literatura e em normas
nacionais e estrangeiras para a sua alualizaCflo. Busca-5e delalhar as parametros estabelecidos pela
Norma para a vistoria de pontes e viadutos em concreto, bern como se apresenta diretrizes propostas
pela literatura consultada, observa-se, tambE!m, as concordancias e diverg~ncias entre esses
parametros. A Norma NBR 9452/86 foi estudada, observando-se os principais procedimentos. Na
literatura consultada observa-se que M parametros nao contemplados na Norma, tais como:
equipamentos de inspe<;ao, ensaios compJementares, centrele de trafego. qualifica<;ae des
inspeteres, planejamento e prepara<;aopara a inspe<;ao,inspe<;aesubmersa, inspe<;03oem concreto
protendido. Quanto aos tipos de vistoria, a norma apresenta apenas tr~s tipos basicos, enquanto na
literatura recomenda-se pel0 menos outros deis tipos. A metodologia ulilizada neste trabalho e a de
pesquisa bibliografica, procedendo-se uma analise qualitativa dos procedimentos adotados pelos
autores consultados. As convergencias e divergencias encontradas entre a norma NBR 9452/86 e
normas nacionais e estrangeiras foram apontadas. Nas considerar;:6es finais apresenta-se urna
proposta para a atualiza<;aoda norma quanto aos parametros apontados, e se faz uma proposta para
novos esludos, enfocando outros parametros que merecem um estudo mais aprofundado.
PALAVRAS-CHAVES: pontes, viadutos, qualifica<;ao, manutenr;:ao, vistoria, planejamento,
procedimentos, equipamentos, testes.
SUMARIO
RESUMO............. . iv
1 INTRODU9AO 6
1.10BJETIVOGERAL.. . 7
1.2 OBJETIVOS ESPECiFICOS.. . 7
1.3 APRESENTA9AO DO TRABALHO 7
2 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 9
3 DIRETRIZES PROPOSTAS PELA NBR 9452 (1986) 11
3.1 VISTORIA CADASTRAL.. .. 11
3.1.1 Roteiro para a Vistoria Cadastral.. .. 12
3.1.2 Relatorios da Vistoria Cadastral.. . 15
3.2 VISTORIA ROTINEIRA E VISTORIA ESPECIAL.. . 16
3.3 APRESENTA9AO DOS RESULTADOS, CONCLUSOES E
RECOMENDA90ES. . 19
4 OUTRAS DIRETRIZES PARA A VISTORIA DE PONTES E VIADUTOS DE
CONCRETO E LlTERATURA INTERNACIONAL.. 21
4.1 TIPOS DE VISTORIA EM PONTES E VIADUTOS EM CONCRETO 21
4.2 VISTORIA SUBMERSA.. . 32
4.2.1 Procedimentos de Inspe9ao Submersa 37
4.3 VISTORIA DE PONTES E VIADUTOS EM CONCRETO PROTENDID0.40
4.3.1 Procedimentos de Inspe9ao em Concreto Protendido . .42
4.4 PROCEDIMENTOS DE INSPE9AO.. .. .47
4.5 EQUIPAMENTOS DE INSPE9AO.. . 59
4.5.1 Equipamentos Especiais.. . . 64
4.6 QUALIFICA9AO DOS INSPETORES.. . 65
4.7 CONTROLE DE TRAFEGO.. . . 69
4.8 ENSAIOS COMPLEMENTARES '-..... . 72
5 VERIFICA9AO DAS CONVERGENCIAS E DIVERGENCIAS 90
5.1 EQUIPAMENTOS DE INSPE9Ao.. . 91
5.2 ENSAIOS COMPLEMENTARES.. . 92
5.3 CONTROLE DE TRAFEGO.. . 93
5.4 QUALIFICA9AO DOS INSPETORES.. . 94
5.5 PLANEJAMENTO E PREPARA9AO PARA A INSPE9AO.. . . 95
5.6 TIPOS DE INSPE9AO 96
5.7 INSPE9Ao SUBMERSA.. .. 97
5.8 INSPE9AO EM CONCRETO PROTENDIDO.. . 98
6 CONSIDERA90ES FINAlS E PROPOSTAS PARA NOVOS TRABALHOS
............................................................................................................................. 101
6.1 CONSIDERA90ES FINAlS.. . 101
6.2 PROPOSTAS PARA NOVOS TRABALHOS.. . 104
REFERENCIAS.................. . 106
6
INTRODU<;:AO
Neste trabalho investiga-se as procedimentos tecnicos de vistoria em pontes
e viadutos de concreto, conforme a literatura nacional e internacional, comparando-
as com as procedimentos adotados na Norma NBR 9452 - ABNT (1986), sugerindo-
S8 a atualiza<;ao dessa norma, tendo em vista a importancia econ6mica e social
dessas obras de arte especiais para a sociedade brasileira.
Constata-se que a referida Norma apresenta-se desatualizada em relagao
aDs procedimentos adotados em outros paises, visando manter a seguranya e a
qualidade das obras no longo prazo, minimizando custos e garantido maior
seguranya aDs usuarios.
A investiga<;c3o de procedimentos tecnicos para vistoria em obras de arte
especiais e a proposta de alteragao da norma NBR 9452/86 da ABNT se deve a
constata<;c3o de que a referida norma nao satisfaz as reais necessidades dos
profissionais especialistas em vistoria de pontes e viadutos de concreto,
principalmente em relav<3o aos procedimentos ja adotados em normas internacionais
mais recentes.
Conforme Raina (1996) a finalidade da vistoria e a de identificar a
necessidade de manutenC;<3o estrutural, estabelecer a reabilitav<3o ou a substituiv<3o
da estrutura, bem como fornecer guias e metodologias para que os engenheiros
tornem decisoes racionais quanto a manutenC;<3oou reabilitav<3o da ponte ou viaduto
e de outras estruturas rodoviarias.
lnspevoes regula res tern 0 objetivo econ6mico e tecnico de planejamento de
programas de manutenv<3o e reparo, de modo a manter a funv<30 e a seguranva da
7
estrutura, com 0 menor custo passivel, registrando-se continua mente 0 estado das
estruturas.
1.1 OBJETIVO GERAL
Levantar diretrizes para a vistoria de Pontes e Viadutos em Concreto,
baseadas na literatura e em normas nacionais e internacionais nao observadas na
1.2 OBJETIVOS ESPECiFICOS
NBR 9452/86, para propor sua atualiza,ao.
I - detalhar os para metros da NBR-9452/86 da ABNT sobre "Vistoria de
Pontes e Viadutos de Concreto";
II - apresentar as diretrizes propostas par literaturas nacionais e
in tern aciona is;
111-observar as concordancias e divergencias entre as parametros supra
elencados.
1.3 APRESENTA<;:Ao DO TRABALHO
Alem do presente capitulo, 0 segundo capitulo refere-se a metodologia
utilizada para a realizay2lo da pesquisa, focalizando os procedimentos de analise
qualitativa dos autores pesquisados.
o terceiro capitulo refere-se as diretrizes propostas pela NBR 9452/86, em
que S8 apresentam procedimentos de vistoria preconizados na referida norma,
quanta ao tipo de vistoria, procedimentos de vistoria e relat6rios de inspe9ao.
No quarto capitulo evidencia~se a pesquisa bibliogratica propriamente dita,
consultando~se diferentes autores, nacionais e estrangeiros, quanto os tipos de
vistoria,. procedimentos de vistoria, vistoria submersa e em concreto protendido, bem
como equipamentos utilizados, procedimentos de seguran9a e de contrale de
trafega, alem de capacita9ao dos inspetores.
o quinto capitulo trata das convergencias e divergencias, encontradas entre
a norma nacional e as diretrizes adotadas para a vistoria, no exterior e par outras
institui90es nacionais.
o sexto capitulo refere-se as considera90es finais e propostas para novas
estudos.
Apos, sao apresentadas as referencias bibliograficas.
9
2 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Este capitulo descreve os procedimentos realizados para 0 desenvolvimento
do trabalho.
o trabalho consiste em uma revisao da bibliografia encontrada sobre
vistorias de pontes e viadutos em concreto, para S8 estabelecer uma comparaC;8o
entre os procedimentos definidosna Norma NBR 9452/86 - ABNT e outras diretrizes
ja adotadas par institui90es nacionafs e no exterior.
A OP9aopela pesquisa bibliog"ifica deveu-se a necessidade de se conhecer
sistemas de vistoria em pontes e viadutos a partir de experiencias utilizadas em
Qutros paises para S8 verificar S8 a norma em vigor cumpre 0 papel de orientar as
profissionais especializados neste tipo de vistoria.
Conforme Cervo e Bervian (2002) a pesquisa bibliograiica permite obter
informac;6es em material ja elaborado, a partir de livros, artigos cientificos e Qutras
Fontes de dados aproveitando-se a contribuiC;80 dos diversos autores sabre 0
assunto, e cotejar os diferentes pontcs de vista, efetuando-se analises das
converg€mcias e contradic;:oes em atendimento aos objetivos da pesquisa.
Para os referidos autores, a pesquisa bibliografica tambem serve de apoio a
outras modalidades de pesquisa, como as pesquisas de campo, os levantamentos,
os sUNeys e estudos de caso, possibilitando que este estudo seja utilizado para
embasar outros estudos futuros sobre vistoria.
A pesquisa bibliog"ifica possibilita 0 conhecimento direto da realidade com
economia de tempo, apesar das limitac;:oescomo a dificuldade em encontrar material
elaborado que atenda aos objetivos da pesquisa, apesar da variedade de fontes
disponiveis nas bibliotecas.
10
Neste estudo buscou-se verificar as convergemcias e divergencias entre as
procedimentos adotados na literatura estudada e os da Norma NBR-9452/86 -
ABNT , apontando-se as procedimentos que podem ser incorporados a esla, para a
atualizar.
Optou-se par uma analise qualitativa dos achados na literatura, quanta aos
parametres:
• Contrale de trafego;
• Ensaios nao-destrutivos;
Equipamenlos de inspe9ao;
• Procedimentos de inspec;:ao;
• Qualifica<;ao e deveres dos inspetores;
• Tipos de vistoria;
• Vistoria em concreto protendido;
• Vistoria submersa.
Verificou-se que, na Norma NBR 9452/86 - ABNT, alguns desses
parametres sequer foram mencionados, e Quiros fcram apenas mencionados
superficialmente, necessitando urn aprofundamento, visando melhor orientar os
profissionais de vistoria em seu trabalho, antes, durante e apes a vistoria.
11
3 DIRETRIZES PROPOSTAS PELA NBR 9452 (1986)
Neste capitulo verificam-se os procedimentos adotados na Norma NBR 9452
- ABNT (1986) necessarios para a realizagc30 de vistorias em pontes e viadutos de
concreto e para a apresenta,ao dos resultados da vistoria. A norma tem por objetivo
principal a padronizagao de procedimentos de inspegao, servindo como orienta<;:c3o
aos profissionais quanta a correta aplicac;c3o de tecnicas de vistoria visando
principalmente a qualidade do trabalho e a seguranga dos usuarios, bern como
assegurar a durabilidade das estruturas.
A referida norma determina tres tip os de vistorias: a vistoria cadastral; a
rotineira e a especial. A primeira refere-s8 aDs procedimentos a serem adotados
para a verificac;ao da seguranga e da durabilidade da obra, sendo esta vistoria
complementadas com os documentos e informes construtivos, compreendendo a
identificay8a da obra, sua descriyao e caracteristicas estruturais.
""A vistoria rotineira e realizada com a finalidade de manter ° cadastro da obra
atualizado, e devera ser realizada a intervalos de tempos regulares, nao superiores a
um ano, au sempre que houver ocorrencias excepcionais que a motive.
o terceiro tipa de vistoria, a especial, tem por finalidade interpretar e avaliar
ocorrencias danosas detectadas em vistorias rotineiras, podendo ser visual e
instrumental, realizada por engenheiros especialistas.
3.1 VISTORIA CADASTRAL
Os procedimentos para a vistoria cadastral consistem em efetuar registros
de vistoria cadastral, analisar documentos e informes construtivos e anotayoes
adicionais, bern como realizar documento fotografico.
12
3.1.1 Roteiro para a Vistoria Cadastral
Conforme a NBR 9452 (1986) 0 registro cadastral consiste em seguir 0
reteire:
Identificayc30 da obra quanta a dasse, localiza\.fao, data, dados
complementares de identificar;ao da obra, projetistas, construtora, periodo da
constrw;ao e lis tag em de documentos.
II. Descrigao da obra, em que se obtem informagoes tais como:
caracteristicas da superestrutura, concepc;:ao estrutural - vigas isostaticas,
continuas, serrao caixao, s8c;ao T, aporticados, existencia de dentes gerber, e
outras; forma da s8yao transversal; existencia de transversinas de apoio ou
intermediarias; n!imero de vaos; comprimentos dos vaos; comprimento total; largura
do tabuleiro e eventuais variar;oes; passeios laterais, centrais e/au inferiores;
barreiras, defensas e/au guarda-corpo - existemcia e tipo; perfil longitudinal; curvas;
declividade transversal; escom,idade em relaryao ao obstaculo; tipo de armaryao -
aramado ou protendido; 10calizac;:ao de acessos ao interior dos caix6es; condiry6es
de execu9ao das peyas - locais ou pre-moldado.
o relatorio devera apontar as falhas observadas, quanta aos danos
causados por acidentes; deslocamentos linea res au angulares; deformay6es
excessivas; apontar defeitos construtivos, tais como falhas de montagem,
desaprumo, desalinhamento de formas, armaduras aparentes, juntas frias,
condiryoes superficiais do concreto, falhas de concretagem, e outras. Indicar 0 estado
de fissurayao das peryas com 0 mapeamento, extensao e abertura de fissuras,
drenos da injeryEio nao arrematados; falhas de acabamento dos nichos de
ancoragem das armaduras protendidas quando visiveis; e outras falhas observadas.
13
De acordo com a NBR 9452 (1986), as superestruturas devem ser
analisadas quando ao usa rodoviario: indicando numero de pistas, numero de faixas,
largura de pistas, largura total, tipo e espessura do pavimento, tipo de juntas, falhas
observadas quanta ao estado do pavimento (presenya de desgaste superficial, de
ondula90es, cavidades, etc), quanta a espessura excess iva do pavimento, estado
das juntas de dilatagc3o, estado de sinalizag<3o horizontal e vertical, ocorrencia de
descontinuidade de greide nos extremos.
No usa ferroviario deve-s8 verificar tambem 0 numero de vias, a bitola das
vias; a existencia de aparelho de mudanc;a de vias, tipo de fixa98o, tipo de juntas,
existencia de eletrificac;ao, existencia de sistemas eletro-eletronicos, a espessura do
lastra, anotando-se as falhas observadas quanto a defeitos nos trilhos - ondulac;oes
e desgastes; falha de adensamento do lastro, dormentes soltos ou danificados,
fixayoes danificadas, juntas entre trilhos desalinhados, espessura excess iva do
lastro, e ainda a presenC;a de estruturas multiplas - justapostas independentes,
superpostas, e se necessario, fazer cadastros independentes.
Conforme a Norma NBR 9452 - ABNT (1986) deve-se verificar tambem as
caracteristicas dos sistemas de aparelhos de apoio, tais como material dos
aparelhos - concreto, ac;o, elast6mero, chumbo e outros; caracteristicas de
funcionamento - fixos ou m6veis; dimensoes, posicionamento em relayao as vigas,
pilares e extrem~s, os tipos de assentamento - materiais utilizados; anotando-se as
falhas observadas quanto a inexistencia de aparelho de apoio, dificuldade de
substituiyao, bloqueio, posicionamento inadequado, condic;oes de limpeza -
ocorrencia de agentes agressivos; rupturas, fissuras, trincas, esmagamentos,
deformayoes latera is excessivas, deslocamentos, distorc;ao excessiva, pec;:as de avo
14
oxidadas do aparelho e expostas, descolamentos, assentamento irregular com
concentra9ao de esforgos e Qutras.
Os profissionais precisam tambem verificar as caracteristicas dos pilares
observando as colunas isoladas - maci9as au vazadas; os pilares parede - macigo
au vazada, pilar pendular, colunas contraventadas, as materiais de constituigflo dos
pilares, dimens6es- S8gaO transversal e longitudinal.
Devern S8r observadas as caracteristicas quanta ao meio ambiente -
aterrado, submerso, encosta. As falhas observadas quando ao desaprumo, defeitos
construtivos - falhas de concretagem, desaprumo ou desalinhamento de formas,
armaduras aparentes, bern como as condi90es superficiais do concreto, - fissuras,
IOC89f30 dos pilares, quebra de canto do topa do pilar, agentes agressivos nas base
do pilar, danos provocados por impactos, esmagamento, outros.
A NBR 9452 - ABNT (1986) especifica que as funda,6es devem ser
observadas quando aos materia is utilizados (concreto, madeira, ayo e outros), tipo
(direta ou profunda); falhas observadas (defeitos construHvos, erosao, corrosao por
exposiyc30 a agentes agressivos, fissurayao com mapeamento, extensao e abertura
das fissuras, condig6es superficiais do concreto).
Quanto aos extremes devem ser observados ° tipo - encontro, balanyo,
muro arm ado, caix2l0 e Qutros; os materia is constituintes, as dimens6es e funday6es
- material e tipo. As falhas observadas quanto a defeitos construtivos -
descontinuidade de greide, desaprumo, desalinhamento, deslocamento, translayao e
rotayao, erosao, inexistencia de proteg2lo dos taludes, instabilidade destes, fuga de
aterro, condig6es superiiciais do concreto, e estado de fissurayc30 com e
mapeamento, extensao e abertura.
15
Quanta ao sistema de drenagens, a NBR 9452 - ABNT (1986) estabelece
que dev8.-se verificar 0 tipo, 0 material constituinte, a localizaC;03o de pontcs de
escoamento, a quantidade e as dimens6es desses pontcs. Anotar as falhas
observadas quanta
empo9amentos.
entupimentos, vazamentos, condutos rompidos e
3.1.2 Relat6rios da Vistoria Cadastral
o relat6rio de vistoria cadastral deve ainda conter informa~6es adicionais
quanta ao aceSSD a obra, 0 acesso as partes da obra, sua seguranc;a e a seguranc;a
da equipe de vistoria.
A analise dos documentos e de informes construtivDS oferece elementos
importantes para se definir as caracteristicas da obra e estabelecer cronogramas de
vistorias e de conservac;c3o da obra. Todos esses documentos e informes devem
constar da vistoria cadastral.
Os principais documentos e informes construtivos exigidos pela NBR 9452 -
ABNT (1986) referem-se a elementos do projeto, como os levantamentos
topograficos, geotecnicos, hidrol6gicos e outros, os desenhos de projeto, memoriais
descritivos e de calculo, especificac;oes de servic;:os e de materia is e oulros.
Especifica ainda a importancia de se fazer urn programa de execuC;:8o da
obra e pianos de execuC;8o de fundac;oes, concretagens, cimbramentos,
descimbramentos e desformas; 0 diiuio da obra, os relat6rios de fiscalizac;:ao e/ou de
supervisao da construc;:ao da obra, contrato de constrUl.;:ao, com 0 terrno de
recebimento da obra, registro de alterac;:6es ocorridas durante a fase construtiva da
obra, relat6rios de ensaios de materiais utilizados na obra, registro de protec;ao e
inspec;:ao, registros de contra Ie de execUl;8o das fundac;:oes, referencias
16
topogrilficas, deixadas na estrutura, para contrale de deformagoes a longo prazo,
registros de eventuais refon;o.s, reparos, recuperal;oes e quaisquer outras
modifica<;:oes de projeto e de utiliza<,;:ao.
Devern ser feitas anotag6es adicionais para complementag8o da vista ria
cadastral, enfocando esquemas de vigamento principais, contraventamentos,
aparelhos de apoio, mapas de fissuras e de outras anomalias, e Qutros.
A NBR 9452 - ABNT (1986) determina, ainda, que devem fazer parte da
vistoria cadastral fotos da obra que permitam a visualiza<;c3o da situa<;ao e aspectos
gerais e estruturais, como uma vista geral do tabuleira e de detalhes julgados
necessarios.
Alem da vistoria cadastral, recomenda a NBR 9452 - ABNT (1986) que se
fa9am vistorias rotineiras, que devem ser peri6dicas, ou quando S8 verificar
visualmente a evolu<;:ao de falhas observadas em vistorias anteriores, ou quando
surgem novas ocorrencias, reparos, refon;os, recupera90es e qualquer modifica9ao
do projeto, efetuados no periodo.
3.2 VISTORIA ROTINEIRA E VISTORIA ESPECIAL
A vistoria rotineira pode ser realizada sem 0 concurso de instrumentos de
precisao ou de equipamentos especiais. a relat6rio de vistoria rotineira deve ser
ordenado, e em conformidade com 0 roteiro estabelecido para as vistorias
cadastrais, juntando-se documentos e material fotografico.
Na NBR 9452 - ABNT (1986) preconiza-se que se deve realizar vistorias
especiais, por engenheiros especiaiistas, quando houver necessidade constatada
em vistorias rotineiras. Obras de grande vulto e excepcionais por sua complexidade
ou antecedentes, como reforgos, reparos, recalques, danos a estrutura, precisam ser
17
periodicamente inspecionadas, em prazo nao superior a cinco anos, au na
frequencia recomendada par entidade responsavel, em substitui~ao parcial as
vistorias rotineiras. As vistorias especiais, conforme a NBR 9452/86 - ABNT devem
seguir 0 roteiro fixado no fluxograma (f;9.1).
FIGURA 1 - FLUXOGRAMA DE VISTORIA ESPECIAL, CON FORME NBR 9452186.
Fonte: NBR9452J86 - ABNT
18
19
33 APRESENTAyAo DOS RESULTADOS, CONCLUSOES E
RECOMENDAyOES
Conforme a NBR 9452 - ABNT (1986) os resultados, conclusoes e
recomendayoes da vistoria devem ser apresentados em relatcrias especificos para
cada obra, contend a indice, introdw;ao, relatorios preliminares, fichas cadastrais e
rotineiras, registro das observa!,(oes de campo, relat6rios teknicos complementares,
parecer final, recomendac;6es e a bibliografia.
o indice cantera a relac;ao dos componentes do relat6rio, indicando as
paginas cnde estes itens se iniciam.
Na introduc;ao as profissionais faraD uma caracterizac;ao da obra, indicando
as motivos que ensejaram a vistoria, bern como informay6es administrativas de
interesse, como a numera do contrato, datas da ordem de servic;os e Qutros.
Os relat6rios preliminares e os registros de vistorias cadastrais e rotineiras
contem todos 0$ dados obtidos durante a realiza~30 dos servi~os, e os registros de
vistorias cadastral e rotineiras, fornecidos pelas entidades e outras informa95es do
cadastro que se revelem importantes. Para a obra em fase de vis tori a cadastral
deve-se seguir 0 roteiro basico de vistoria cadastral.
Conforme a NBR 9452 - ABNT (1986), no item registro das observa~oes de
campo, deve-se anotar as informa95es que possibilitem conhecer 0 estado de
conservaCY30 da obra e seu comprimento estruturaL 0 registro de observa~5es de
campo tambam seguira 0 roteiro basico de vistoria.
Os relat6rios tacnicos complementares solicitados pete engenheiro
especialista devem ser apresentados, juntamente com as justificativas que
determinaram tais servi~os. Nos relat6rios complementares devem constar
elementos como: analises estruturais, estudos hidrol6gicos ou geotecnicos, ensaios
20
tecnol6gicos, instrumentat;:oes especificas para observat;:6es da estrutura, provas de
carga estaticas OUdinamicas, e Qutros estudos que S8 revelarem necessarios.
o relatorio cantera ainda urn parecer final, com base na analise dos
resultados dos itens inspecionados, relatando-se os problemas detectados na obra,
correlacionados as suas causas e conseqOencias.
Os especialistas deverao fazer recomenda<;6es com base no estudo
realizado enos conhecimentos tecnicos consagrados e especificados nas normas au
ainda desenvolvidos para 0 case em estudo. 0 relat6rio cantera ainda a bibliografia
utilizada para fundamentar os estudos do casc.
21
4 OUTRAS DIRETRIZES PARA A VISTORIA DE PONTES E
VIADUTOS DE CONCRETO E LlTERATURA INTERNACIONAL
Neste capitulo faz-s8 uma revisao bibliografica sabre Qutras diretrizes de
vistoria de pontes e viadutos em concreto, embasando-se, principalmente na
literatura internacional,enfocando as tipos de vistoria, a vistoria submersa, a vistoria
em concreto protendido, as equipamentos de inSpeyc30, as ensaios nao-destrutivos,
as qualifica90es e os deveres do inspetor, bern como as procedimentos anteriores a
4.1 TIPOS DE VISTORIA EM PONTES E VIADUTOS EM CONCRETO
Raina (1996) considera que ha tres tipos de inspe98o: a rotineira, a
detalhada e a especial.
A vistoria rotineira, segundo Raina (1996) e uma vistoria geral, realizada
rapidamente e freqOentemente par engenheiros de manuten&ao de estradas, dotado
de conhecimento pratico razoavel de estruturas. Em alguns casos havera
necessidade de pessoal com conhecimento especializado em detalhes de projetos
ou em problemas especiais de constru9ao de pontes ou viadutos. A finalidade da
vistoria rotineira e a de relatar as deficiencias 6bvias, que possam causar problemas
ou acidentes futuros, com objetivo de realizar reparos ou manutenc;ao. As inspec;6es
rotineiras devem ter uma frequemcia mensa I.
A vistoria detalhada, conforme Raina (1995) divide-se em duas categorias:
uma geral e outra principal, de acordo com a frequemcia e a intensidade respectiva
de inspet;ao. A vistoria geral deve ser realizada a intervalos anuais, cobrindo todos
22
tipo de vistoria e visual, podendo ser utilizado equipamentos padr6es. 0 relat6rio da
vis tori a informa as condic;:6es da ponte au viaduto em suas diferentes partes.
A vista ria principal, de acarda com Raina (1996) deve ser mais intensa que a
geral e requer exames mais detalhados dos diferentes elementos da estrutura da
obra, podendo requerer equipamentos especiais, como plataformas de acesso. Esse
tipo de vistoria dependera da importancia da estrutura e deve ter uma freqOencia
entre 2 a 3 anos, au realizada quando S8 observar condic;:oes ambientais mais
agressivas.
A vistoria especial, conforme Raina (1996) deve ser realizada em ocasioes
especiais, quando ocorrem problemas graves como terremotos, passagem de
carregamentos extremos, inundac;6es au outro fen6meno ambiental imprevisto, ou
ocorrencia de acidentes graves no local. Esse tipo de vistoria deve ser
complementado com testes, analises estruturais. Os profissionais da equipe devem
ser especialistas, inclusive contando com engenheiro projetista estrutural de pontes
e viadutos, experiente.
As inspe90es especiais, de acordo com Raina (1995), devem ser realizadas
em period as frequentes e que permitam uma avalia98.o mais critica da estrutura,
como itens de funda90es, trabalhos de proteg8.o, niveis de inunda98.o. A vistoria
pode ser realizada antes, durante e depois do evento (como inunda90es, terremotos,
acidentes graves, temperaturas extremas, etc), verificando-se apoios e juntas e
outros elementos importantes da estrutura.
A freqOencia de inspe90es rotineiras deve ser determinada pela importancia
da estrutura, condi90es ambientais e custos, verificando-se material, condi98.0 e
situa98.0 da estrutura, seguindo a lisla de elementos a serem inspecionados.
23
Radomski (2002) observa que a vistoria de pontes e viadutos e necessaria
como parte do programa de manutenc;ao e de avaliac;ao das condigoes tecnicas
dessas estruturas. 0 autor recomenda que a vistoria de pontes deve ser
determinada com relagao a instruc;oes relevantes, guias e pactr6es ou regulamentos
oficiais.
Conforme Radomski (2002) a administra9ao de estradas e ferrovias, em
diversos paises, estabelece os procedimentos referentes a vistoria de pontes e de
viadutos, que podem ser diferentes, dependendo das condic;oes ambientais e das
tecnicas empregadas. As regras basicas, contudo, sao as mesmas para qualquer
pars. De modo geral, as instru96es sabre vistori8 de pontes e viadutos seguem urn
roteiro como:
• vistoria de curso - e realizada par equipe de manutenc;ao de estrada
durante as inspec;oes de rotina, com uma freqOencia que pode ser diaria;
• vistoria basica - realizada geralmente com freqOencia anual, e par
inspetores locais de pontes e viadutos;
• vistoria detalhada - realizada pelo menos a cada cinco anos, em pontes e
viadutos selecionados par inspetores regionais de pontes e viadutos;
• vistoria especial - realizada por especialistas, altamente qualificados, e de
acordo com as necessidades tecnicas, geralmente como conseqOencia de
resultados questionaveis em inspec;oes basicas ou detalhadas. Nesse tipo
de vistoria necessita-se determinar a nivel de seguranya cia estrutura,
quando ocorrem situayoes extraordinarias ou acidentais, tais como, apos
uma inundac;ao ou terremoto, ou outro acidente.
As tres primeiras categorias de vistoria sao norma is, mas a vistoria especial
deve ser realizada sob circunsltmcias particulares.
24
Conforme Radomski (2002) a vistoria de curso pode indicar a necessidade
de manutengc30 usual, como pequenos reparos no pavimento ou em juntas de
expansao. Esse tipo de vistoria e limitado a um controle superficial da ponte ou
viaduto, sem interferir em elementos da superestrutura, como colunas. Mas deve-s8
ficar atento a condic;:oes como erosao nos limites e apoios, prote<;6es de inclinagoes,
etc.
A vista ria de curso e geralmente realizada de forma visual, e seus resultados
podem levar a proposta de um plano de manutenyao. A equipe de vistoria pode
utilizar ferramentas de detecgao e de simples controle, especificados em instruryoes
ou em regulamentos. No casa de pontes ou viadutos pode ser necessaria a
utilizayao de plataformas de inspeyao, "cherry pickers" ou "bucket snoopers", para
controlar a parte inferior da superestrutura.
Radomski (2002) considera que os resultados de uma vistoria detalhada
podem sugerir necessidade de repares au de trabalhos de modernizayao que devem
ser planejados de forma a estabelecer a limitay80 de trafego. Nesse tipo de vistoria
utilizam-se ferramentas de detecc;ao e de controle avan<;:ados, especificados em
regulamentos relevantes, tais como plataformas de inspe<;:ao. "cherry pickers" au
"bucket snoopers" sao utilizados para 0 controle da parte inferior da estrutura.
Neste tipo de inspel'ao, conforme Radomski (2002), verificam-se elementos
como a condil):ao de colunas e limites da ponte au viaduto, bern como suas
funda<;:oes. As investiga<;:oes de campo podem ser complementadas per testes
laboratoriais, realizadas com amostras de material retiradas da estrutura.
Radomski (2002) observa que as inspeyoes de curso, basica e detalhada
podem apresentar resultados tais que indiquem a necessidade de inspec;6es
25
especiais, cuja metodologia e escapo deve ser formulada par regulamentos oficiais,
que determinam uma serie de testes em campo para ayistoria de pontes e viadutos.
As inspe,oes especiais, conforme Radomski (2002) tanto podem ser de
engenharia ou de pesquisa. A equipe de inspe,ao, geralmente e formada par
especialistas, e equ;pada com ferramentas de medidas, de deteq:ao e monitorac;8o.
Em alguns casas, este tipo de vistoria e realizado para S8 determinar a margem de
seguran9a da estrutura e para S8 controlar au adequar 0 modelo de concePCY8o
te6rico da ponte au viaduto ao seu real comportamento com relaC;8o a 8980 do peso
do trafego, e S8 determinar as caracteristicas dos materiais atuais com relaCY80 ao
tipo e nivel de deteriora,ao.
Conforme 0 FIB (2002) as inspe,oes dividem-se em duas grandes
categorias: as inspec;6es "ad hoc", e as inspec;6es integradas em Sistemas de
Gerencia e Manuten,ao (SGM).
As inspe,oes "ad hoc", segundo 0 FIB (2002) sao realizadas irregularmente,
ligadas a ocorrencia de urn evento nao diretamente relacionadas a condi93o e
performance da estrutura, como compra, venda, traca de usuario, troca de fun930
inspe9aO de instalac;oes e utilidades, realizada em casas e predios e eventualmente
em estruturas externas expostas a ambiente mais agressivo.
As Inspe,oes de Sistemas de Gerenciae Manuten,ao (SGM) subdividem-se
em inspec;oes superficiais; inspe90es de rotina e investiga90es detalhadas,
realizadas em obras de grande complexidade e normalmente descritas
detalhadamente em manuals.
As inspe90es superficiais, conforme 0 FIB (2002) sao visuais, e tem por
finalidade identificar defeitos serios e repentinos relacionados tanto a fun9aO como a
seguran9a da estrutura, nao sendo realizadas per engenheiros estruturais;
26
As inspe(foes de retina - au gerais/principais - sao sistematicas, regula res,
realizadas par profissionais competentes (engenheiros estruturais), com finalidade
de avaliar visualmente a condivao de lodos as elementos da estrutura, a taxa de
deteriorac;ao, a necessidade de reparo ou de investigac;6es mais detalhadas.
As inspec;oes de rotina, conforme 0 FIB (2002) pod em ser complementadas
par testes basicos, que tern par finalidade avaliar estruturas localizadas em
ambientes agressivDs, au estruturas sujeitas a mecanismos especificos de
deteriorayao. Os testes podem incluir medidas de profundidade da cobertura de
concreto, do local de refon;o, da intensidade de carbona e conteudo, distribuigao de
cloretos e presenga de fissuras e os respectivos mapeamentos.
As investigac;oes detalhadas, conforme 0 FIB (2002), consistem em
investigag6es especiais, da condig8.o da estrutura em mau estado, causado por
deteriorag<3o, ou se a estrutura por qualquer motivo deva ser reconstruida ou
reabilitada, no caso de ocorrencia de incidentes como enchentes, explos6es, danos
por acidentes. 0 objetivo de investigay6es detalhadas e definir a causa do dano, °
mecanismo da deteriora<;:ao, bern como a extensao do dan~, estimando-se a taxa
futura do desenvolvimento do dan~.
Hartle et a/. (2002) e Siqueira (2006) consideram que ha cinco tipos basicos
de inspec;ao:
a} inicial ou cadastral;
b) rotineira au peri6dica;
c) estrago;
d) em profundidade;
e) especial.
27
A vistoria inicial au cadastral e a prime ira da obra, e deve fazer parte do
arquivo da obra, sendo repetida sempre que ocorrer alguma mudan9a na
configurac;ao da estrutura (como ventos fortes, aumento no comprimento, inciinac;:6es
adicionais) au uma mudanc;:a decorrente de dana a ponte ou viaduto.
A vistoria inicial, conforme Hartle et al. (2002) deve ser documentada,
acompanhada par avaliac;:oes da capacidade de carregamento e outros documentos.
Este tipo de vistoria fornece uma avaliac;:ao do relatorio estrutural e os arquivos
necessarios para as inspec;:6es rotineiras, estabelecendo a condic;c3oestrutural base
e a identificaC;:8ode problemas construtivos existentes.
A vistoria rotineira ou peri6dica, conforme Hartle et af. (2002) e Siqueira
(2006) e regulamente agendada, e consiste de observal'oes ou medidas necessarias
para determinar a condic;:ao fisica e funcional da obra, e para identificar quaisquer
mudangas nas condig6es iniciais ou anteriores, e garantir que a estrutura satisfaz as
condig6es de trafego atuais.
Hartle et al. (2002) consideram que a vistoria de estrago geralmente nao e
programada, e tem a finalidade de avaliar as danos estruturais decorrentes de
fatores ambientais au de ag6es humanas. A vistoria devera determinar a
necessidade de restrigao de carregamento emergencial, au a fechamento do trafego
na obra para evitar riscos a seguranga do usuario. A vistoria tern como escopo a
determinagao da necessidade de se efetuar reparos au a manutengao. Uma vistoria
rotineira, realizada em profundidade, pode eliminar a necessidade desse tipo de
inspegao.
A vistoria em profundidade e mais detalhada, verificando-se as diferentes
componentes da obra, acima ou abaixo do nivel da agua, visando identificar
28
quaisquer defeitos que nao foram identificados na vistoria rotineira, vista que este
tipo de vistoria utiliza procedimentos mais rapidos e visuais.
A vistoria em profundidade, segundo Hartle et al. (2002) e realizada quando
S8 mostra evidente a necessidade de S8 verificar quaisquer defeitos, e realizar
ensaios nao destrutivQs em campo. A vistoria pade incluir avaliac;ao do
carregamento, determinando-se a capacidade residual de urn au mais componentes,
dependendo da profundidade do dana, deteriora,ao ou estrago. A vistoria em
profundidade deve incluir os elementos criticos da estrutura. Em estruturas mais
complexas ou grandes, a vistoria devera ser agendada para seguimentos
predefinidos, ou para grupos de etementos designados.
A vistoria especial, conforme Hartle et al. (2002) e Siqueira (2006) e vistoria
agendada previamente, tendo por escapo manitorar uma defrci€mcia conhecida au
suspeita, tais como acomodal,fElo da fundac;c3o, fadiga de materiais, ou danos. A
vistoria seguira guias e procedimentos efetuando medidas e observaryoes, e testes
para se interpretar os resultados obtidos em campo.
o Instituto de Pesquisas Radoviarias (IPR, 2004) em seu Manual de
Inspec;ao Rodoviiuia adota cinco tipos de inspel,(ao: a cadastral, a rotineira e a
Especial, a Extraordinaria e a Intermediaria.
A inspec;8.o cadastral e a primeira inspel,(ao da obra efetuada imediatamente
apos a conclus8.o e antes de incorpora-Ia ao sistema viario. Este tipo de inspec;ao
deve se realizar sempre que ocorrer alguma alterac;ao sensivel na configurac;8.o da
obra, como alargamentos, acrescimos de comprimento, refon;os, mudanc;a no
sistema estrutural, etc. A inspe,ao, segundo 0 IPR (2004) deve ser amplamente
documentada, incluindo os projetos completos e todos informes construtivos
29
disponiveis, alem dos relatorios de inspec;6es anteriores, S8 houverem, incluindo urn
ample documentario fotografico, e 0 preenchimento da ficha cadastral.
o IPR (2004) considera que a inspey2lo rotineira deve ser programada em
intervalos adequados, de urn a dais anos, devendo instruir a coleta de dad as,
observayoes e medic;:oes visando identificar qualquer alterac;:ao no estado da obra,
em relac;c3o a inspeC;Elo cadastral au inspe96es rotineiras anteriores.
Este tipo de inspeyao e visual, observando-se a situac;:ao do estrada, do
terreno, do nivel de agua ou de plataformas e tabuleiros. Se necessaria deve-s8
utilizar equipamentos especiais, para S8 inspecionar determinados trechos de
interesse. Da mesma forma que a inspec;ao cadastral deve se basear em farta
documenta9ao, e documentario fotogratico, preenchendo~se a ficha de inspec;ao
rotineira.
A inspel'ao Especial para 0 IPR (2004) deve realizar-se ern period os
maximos de cinco anos, em pontes e viadutos considerados excepcionais, pelo porte
ou pelo sistema estrutural, ou ainda pelo comportamento problematico, ou ainda se
em inspec;;ao rotineira julgar-se necessaria. Este tipo de inspec;ao tam bern se baseia
em relatorios e documentos fotograficos, minuciosos e amplos, a criterio dos
inspetores, mas obedecendo a estrutura basica de inspec;oes rotineiras, com
preenchimento de fichas padronizadas.
A inspel'ao extraordinaria conforme 0 IPR (2004) e uma inspel'ao nao
programada, efetuada tao logo ocorram danos estruturais, provocados pelo hom em
ou pelo meio ambiente. A equipe deve ser especializada, e competente para avaliar
a gravidade dos danos e limitar a carga de tratego, ou mesmo interromper ° trafego,
e, ainda solicitar a inspec;;ao especial.
30
A inspe<;ao intermediaria, de acordo com 0 IPR (2004) e recomendada
quando verificada uma anormalidade ou uma suspeita, como urn pequeno recalque
de funda~ao, au erosao incipiente, au ainda trechos parcialmente descalyados, au
para verificar determinado elemento estrutural.
o DNIT (2004) estabeleceu a norma DNIT 010/2004-PRO que estabelece
parametres para inspec;ao em pontes e viadutos em concreto armada e protendido.
Nessa norma especifica~se a necessidade de inspe9ao cadastral, realizada aD
termino da obra, analisando-se tada a documentac;:<3.oda obra, ta;5 como projetos,
informes construtivQs, relat6rios de fiscalizac:;:c3o e de supervisao e que tern como
objetivo servir de referencia as inspec;:oes posteriores. Este tipo de inspec:;:ao e
minucioso e realizado por equipe competente. A inspec:;:ao cadastral devera ser
realizada toda vez que ocorrer alguma mudanya na configura98o estrutural da ponte
ou viaduto, como 0 alargamento, os refon;:os para mudan9a de classe, bloqueios de
articulac;oes, etc.
A inspeC;8o rotineira, conforme 0 DNIT (2004) ocorre de forma peri6dica,
normal mente a cad a dois anos, para se verificar visualmente a evolugc3o de falhas
detectadas em inspegoes anteriores, e anotar novos defeitos e ocorrencias, como os
reparos, reforgos, recuperac;oes e outras modificac;oes no projeto, realizadas no
periodo. Neste tipo de inspeg80 busca-se verificar as defe;tos v;sua!;zados no
exterior das estruturas, e avaliar alinhamento, prumo e deformac;oes vistas
visual mente.
A inspey80 especial e mais pormenorizada, tendo tambem urn carater de
inspey80 visual, devendo se realizar em period os maximos de cinco anos. As partes
de dificil acesso serao examinadas com a usa de equipamentas tais como lunetas,
andaimes, veiculas especiais dotados de langa e gondolas. As observagoes podem
31
ser complementadas par mediyoes convencionais, como medidas de flechas e
deforma96~s efetuadas com instrumental de precisao.
Recomenda-se que as inspe<;:6es especiais sejam realizadas quando a
inspe<;:ao cadastral ou rotineira revelar defeitos graves au criticos na estrutura da
obra, au ainda quando a obra liver grande vullo au complexidade, em intervalos
regulares de no maximo cinco anos ou em substitui<;:ao as inspec;6es rotineiras. A
inspe<;:ao tambem pode ser recomendada case ocorra passagem de cargas
excepcionais, antes, durante ou depois.
A inspec;ao intermediaria, para 0 ON IT (2004) e recomendada para monitorar
deficiencias suspeitadas au detectadas, como pequeno recalque de fundac;ao,
erosao incipiente, ou encontro de descal~amento, ou para se verificar 0 estado de
determinado elemento estrutural.
A inspel'aO extraordinaria, conforme 0 DNIT (2004) e uma inspel'aO nao
programada, e solicitada para avaliar um dana estrutural excepcional, causado pelo
homem ou pela natureza. Sera realizada quando ocorrer urn grave acidente na obra
ou quando ocorrer urn fen6meno natural que altere algurn elemento estrutural da
obra.
Lencioni (2005) considera que ha cinco tipos de inspe~ao: cadastral,
rotineira, extraordinaria, especial e intermediaria, segundo as defini~6es da Norma
DNIT 010/2004-PRO. Entretanto, conforme a autora, inexiste nas normas e manuais
brasileiros para inspegc30 de pontes e viadutos em concreto armada, estudos sobre a
influemcia dos aspectos ambientais ao redor das estruturas e 0 aconselhamento do
registro de caracteristicas do meio circundante, ou esle aspecto e apresentado de
forma insuficiente, au inconsistente.
32
Conforme a autora, a considera9ao dos fatores ambientais para 0
surgimento e/ou desenvolvimento de manifestac;6es patologicas permite conhecer
como 0 meio ambiente ao redor da estrulura influi em sua durabilidade, ou pode
requerer intervenc;oes antes do periodo previslo em projeto, ou ainda, tarnam
inadequados certes processos de recuperac;ao das estruturas, devido a
incompatibilidade entre 0 meio e 0 material empregado.
Dessa forma, Lencioni (2005) propos que as inspec;6es rotineiras sigam uma
planilha que contemple a avaliac;ao do meio ao redor da estrutura, avaliando-se as
causas de degradac;ao de obras em concreto armada, investigando, par exemplo,
elementos como: iluminac;ao e pintura dos locais ande trafegam os veicu!os,
sistemas de tubulac;:ao afixadas na estrutura, inexistencia de considerac;oes quanta a
influencia de fatores ambientais sabre as condic;6es do meio circundante a estrutura,
nas planilhas de inspe~ao.
4.2 VISTORIA SUBMERSA
Raina (1996) considera que alem das inspe~6es acima e importante efetuar-
se a vistoria submersa, sempre que for necessario. Este tipo de vistoria e altamente
especializada, requerendo 0 emprego de equipe experiente no reconhecimento de
corrosao na armadura de pilar de concreto. Os pilares de concreto protendido e
reforc;ados nao estao imunes a falhas abaixo do nivel de agua. Os pHares de
madeira sao vulneraveis.
Conforme Raina (1996) tais investiga~6es sao importantes, principalmente
em obras sujeitas a ac;ao da agua do mar, cujas propriedades sao mais deleterias do
que a agua pura.
33
Raina (1996) considera que a vistoria submersa deve verificar a situayao de
elementos como:
• pilares: verificando-se as indicaryoes de deteriora98:0 au de estrago abaixo
do nivel da agua, quanto a presen9a de fissuras em pilares de concreto -
principalmente quando utilizado 0 concreto protencticto, observando-se 0
desplacamento devido a ataque de cloretos;
• golfinhos (estrutura de prote9ao) - estes elementos devem ser
examinados na parte submersa quanta a presentya de deterioraryao e
estragos provocados par embarca90es au objetos grandes flutuantes que
possam provocar danos par impactos;
• condic;oes de colunas e dos limites - 85sa parte da infra-estrutura deve ser
examinada quanta it deterioraryao no concreto, observando-se sinais de
movimentary8:o nas colunas enos limites;
• erosao da superficie do concreto - deve-s8 verificar a condic;ao do fundo
do rio, ern torno de colunas e limites, quanto ao desenvolvimento de
buracos de erosao na superficie do concreto e exposic;ao dos pilares,
complementada por uma verificac;ao na estrutura que fica na superficie.
Raina (1996) considera que a profissional que realizara a vistoria submersa
deve ter conhecimentos de mergulho, e preparo fisico e psicol6gico, visto que a
seguranC;a do mergulhador dependera do seu conhecimento dos fatores e condic;6es
de seguranc;a no trabalho, requerendo-se habilidade para reconhecer situac;6es
inseguras.
Raina (1996) observa que mesmo que haja uma supervisao de especialistas
em mergulho, as opera90es devem ser orientadas pelo inspetor de pontes, que
devera ajudar ° mergulhador a reconhecer os elementos que devera inspecionar, e
34
compreender qual e a tarefa de vistoria que devera realizar. Alem disso, 0 inspetor
devera fornecer*lhe dados de arquivQs, como relat6rios de inspevoes anteriores e
Qutros elementos que poderao S8r uteis na realizac;:ao da larefa.
o profissional de vistoria devera preparar 0 local de inspeyao, limpando a
area de pilares e outras a serem inspecionadas eliminando-se algas e Qutros
crescimentos marinhos, antecipadamente.
Raina (1996) observa ainda que e preciso garantir uma equipe treinada no
barco, que devera manter 0 compressor de ar e capacetes devidamente testados.
Conlorme Hartle et al. (2002) e Siqueira (2006) as inspe90es submersas de
partes da infra-estrutura nao S8 limitam as observac;;oes durante 0 periodo de nivel
de agua baixo e busca-se verificar sinais de solapamento. As areas da estrutura a
serem monitoradas mais de perto devem ser aquelas que foram especificadas em
inspet;:0es anteriores ou aquelas que apresentam areas criticas de carregamento.
As inspet;:oes submersas, dependendo das condit;:6es, podem ser de cinco
tipos:
Insper;ao cadastral;
Rolineira;
Excepcional;
Especial; e.
Intermediaria. (IPR. 2004, p. 212)
Geralmente, os tipos mais realizados de inspeyElo sao: rotineiras e especiais.
A inspet;:Elo cadastral e realizada quando do termino da obra, au quando houver
sUbstanciais modificat;:6es geometricas ou estruturais na obra, como alargamentos,
alongamentos, introduyao de novos apoios, etc. E uma inspet;:ao bem documentada,
analisando os calculos anallticos de capacidade de carga da ponte e da
probabilidade de ocorrencia de eros6es.35
A inspec;ao rotineira e geralmente programada, e repetida a intelValos
regula res, de nivel media, com finalidade de coleta de dados e medic;6es suficientes
para determinar as condil'oes fisicas e funcionais da ponte, conforme 0 IPR (2004).
o intervalo de tempo recomendado por esse instituto e de no minima a cad a
cinco anos; percebendo-se a presenc;a de infra-estruturas com elementos
parcialmente deteriorados, ou condic;6es de instabilidade em canais, faz que as
intervalos de inspec;6es sejam mais curtes.
o escapo minima de inspec;ao eo de Nivell, analisando-se toda a estrutura
submersa. Dependendo das condil'oes do leito do rio, 0 escopo da inspel'ao e de
Nivel 11,com analise de pelo menDS 10% dos elementos submersos, selecionados
previamente na Inspec;ao de Nivel L Eventualmente pade-s8 programar uma
inspel'ao de Nivel III, se houver necessidade de coleta de dados adicionais com
avaliac;ao estrutural.
o IPR (2004) observa que a inspec;ao excepcianal acarre de forma nao
programada, quando se verificar passiveis danas provocadas par alterac;6es
. ambientais au acidentes causados pelo homem. A equipe deve ser competente para
avaliar as condic;6es e adotar medidas de emergemcia como a limitac;ao au interdic;aa
do tn!fego, e indicar providencias minimas para a liberayaa do trafego ou da obra.
Algumas ocarrencias pod em justificar esse tipo de inspec;ao, como:
Enchentes - elementos de pontes localizados em rios com forte
correnteza devem ser inspecionados apos as enchentes para verifica<;ao
de possiveis erosoes;
Choques de Embarca<;oes- em rios navegaveis, imediatamente apos 0
conhecimento do choque de alguma embarca<;.3o em elementos
eSlruturais;
Acumulo de Materias Flutuantes - apoios intermediarios e encontros
podem ser afetados por acumulo de materials, tanto pelo acrescimo da
forya da correnteza, como par eventuais erosoes provocadas por
movimentay.3odesordenada da correnteza;
Oeteriora<;aoe/ou Movimenta<;aodos Apoios - algumas anomalias em
elementos submersos somente sao percebidas quando ha reflexos nos
36
trechos emersos; estas manifestat;:Oes podem ser recalques au
movimentos laterais. (IPR, 2004, p. 213).
Conforme 0 IPR (2004) a inspe9ao especial submersa e mais minuciosa, e
acompanhada par testes nao-destrutivos, sendo indicada na ocorrencia de fatos, tais
como:
a) Relatorios inconclusivos de uma inspe.yi:lo rotineira anterior;
b) Pontes particularmente importantes, cuja perda au interdityao seria
desastrosa;
c) Pontes com sistemas estruturais incomuns, que necessitam de
monitoramento.
d) Pontes que j.3 apresentaram deficiencias anterlormente:
e) Pontes que serao reabilitadas, alargadas au submetidas a maiores
cargas;
CondityOes ambientais particularmente adversas. (IPR, 2004, p. 214).
A inspeCY130 Intermediaria submersa e solicitada pelo responsavel regional
da ponte, segundo 0 IPR (2004), com finalidade de acompanhamento de anomalias
existentes ou suspeitadas, como recalques ou defeitos causados par erosao.
o IPR (2004) instrui que as inspe90es submersas, em decorrencia da
necessidade de pessoal e equipamento especializado, sejam realizadas com uma
frequencia de, no maximo, cinco anos de intervalo. Devido ao custo elevado da
insper;ao, e das suas dificuldades, e preciso que se selecione adequadamente as
obras submetidas a este tipo de inspeyao.
Este tipo de inspeyc30 requer estudos minuciosos e profissionalismo da
equipe no levantamento das reais condiy6es da infra~estrutura e de funda96es de
pontes.
o IPR (2004) recomenda alguns criterios para a sele9ao das obras,
principalmente apoios de ponte, infra~estrutura e fundar;6es permanentemente
submersos, fazendo~se uma inspeyc30 global, que envolve procedimentos:
estruturais, hidraulicos, geol6gicos e geotecnicos.
37
o intervalo maximo, de cinco anos, e sugerido para a realiza930 de
inspegoes para obras em born estado de conservagao e situadas em ambientes nao
muito agressivos. Entretanto alguns fatores podem interierir no intervalo de tempo de
inspegoes, como a idade da obra, 0 tipo de material empregado, 0 estado do
sistema estrutural global e da infra-8strutura, bern como a constrUl;ao de obras
pr6ximas, como represas, diques e marinas que alterem 0 regime do rio, a
possibilidade de erosao no leita do rio, a agressividade do ambiente, como a agua
marinha ou a poluig30 da agua, e os eventuais danos causados par embarcagoes au
Qutros equipamentos flutuantes.
Conlorme 0 IPR (2004) as obras que apresentam um ou mais dos latores de
risco cjtados aeirna podem requerer urn inventario especial, contendo informa90es
tais como:
tipo e locac;ao da ponte;
tipo e frequencia recomendados para as inspec;6es;
locac;ao dos elementos a serem inspecionad~s;
procedimentos de inspec;oes;
dalas e informac;oes de inspec;oes anteriores;
providE!Ocias recomendadas e medidas adotadas ap6s a ultima inspec;ao;
equipamentos especiais necessarios;
dados geometricos e geotecnicos das fundac;6es e da infra-estrutura,
(IPR, 2004, p. 210).
4.2.1 Procedimentos de Inspe<;:ao Submersa
o IPR (2004) utiliza tres metodos basicos para inspeyoes submersas:
• inspe90es em aguas rasas;
• inspe90es com equipamentos de mergulho;
• inspe90es com escafandro.
38
No primeiro metoda a equipe de inspev80 nao necessita de equipamentos
especiais, pod end a ser efetuada pel a mesma equipe que faz as inspe.yoes normais,
utilizando equipamentos como botas de borracha, bas tao comprido e resistente, com
referencias metricas, e S8 necessaria, urn pequeno bote. A inspe.y3o avalia a infra-
estrutura da ponte e 0 leito do rio.
As inspe.yoes com equipamento de mergulho requerem mergulhadores
experientes, que utilizam reservat6rios de ar presos as costas, conforrne 0 IPR
(2004).
Nas inspeyoes com escafandro, dependentes de 5uprimento externo de ar,
ha necessidade de uma equipe terrestre de apoio. E realizada em ambiente de
condic;oes adversas, como aguas polufdas, com grande velocidade de correnteza de
ate 4 mIs, ou em longa durac;:ao. As equipes de mergulho ficam limitadas a uma
profundidade de 30 m, mas em geral as inspegoes nao ultrapassam os 10m.
Para a selec;:ao do metodo de inspec;:ao submersa, deve-se avaliar a
profundidade a ser alcanyada e fatores tais como altura do nivel de agua,
visibilidade proporcionada pela agua, velocidade de correnteza, condiyoes do leito
do rio, materiais flutuantes e configuray80 da infra-estrutura, bern como a presenya
de lama, ou de leila mole au com rochas escorregadias, conforme 0 IPR (2004).
o IPR (2004) utiliza padr6es de intensidade de inspe9ao submersa
originarios de classifica980 da Marinha dos Estados Unidos e da industria de
plataformas de petroleo, em tn3s diferentes niveis.
No nivel I realiza-se inspeyao visual e tactil. No nivel II, a inspegao e
detalhada, requerendo limpeza parcial e no nivel III e altamente detalhada e com
testes nao-destrutivos.
39
Conforme ° IPR (2004) a inspe,8o submersa de nivel I abrange estudo
detalhado de descontinuidades significativas e de deteriorac;ao pronunciada em
infra-estrutura e no leito do rio e proximidades. Neste tipo de inspec;ao, tudo deve
estar ao alcance do bral):o, e com uma superficial e reduzida limpeza. as dados
colhidos sao de natureza visual e talil, fornecendo uma vi sao geral da infra-8strutura,
e confirmac;ao de desenho ~As-builr, pod em indicar necessidade de uma nova
inspec;ao de nivel superior.
A inspe,ao submersa de nivel II e mais detalhada e parcial, buscando por
amostragem, detectar e identificar anomalias que possam estar encobertas,
requerendo uma limpeza mais cuidadosa das superficies investigadas. A limpeza
fica rest rita aos objetivos da inspec;ao, principalmente nos elementos mais pr6ximos
ao nivel minima das aguas, pr6ximas ·ao fundo e as que fieam a meia altura.o IPR (2004) recomenda que neste tipo de inspe,ao, deve-se realizar uma
limpeza das estruturas, na altura de 25 em:
1 eslacas relangulares - limpar pelo menos Ires lados;
2. estacas octogonais - limpar pelo menos seis lados;
3. estacas circulares - limpar pelo menos 0/.. do peri metro;
4 estacas H - lim par as faces externas dos flanges e um dos lados da
alma;
5. a limpeza de grandes superficies, como paredes, pilares e encontros,
deve abranger Ires niveis de areas de 30/30 em, em cada face do
elemento;
6. em areas descontinuas deve-se examinar e medir a gravidade das
anomalias e documenta-Ias. (IPR,2004, p. 212).
Conforme IPR (2004) a inspe,8o submersa de Nivel III e mais minuciosa,
escolhendo-se uma estrutura au urn elemento estrutural em estado critieo, com
vistas a uma extensa reeupera~ao ou substitui~ao, e nesse easa, a limpeza e mais
extensa, as medi90es sao mais detalhadas, podendo eseolher-se testes nao-
destrutivos e !eenieas parcialmente destrutivas, como 0 uso do ultra-sam au a
extra~ao de testemunhos.
40
Conforme Hartle et at. (2002)e Siqueira (2006) as inspe,oes submersas de
partes da infra-estrutura limitam-se a 9bservaC;:8o durante 0 periodo de nivel de agua
baixo au a verificar sinais de solapamento. As areas da estrutura a serem
monitoradas mais de perta, sob a agua, sao as que fcrem especificadas em
inspec;:oesanteriores e ou as areas criticas de carregamento.
4.3 VISTORIA DE PONTES E VIADUTOS EM CONCRETO
PROTENDIDO
Para Tonias (1995) na inspe,ao em concreto protendido devem ser
observadas condigoes basicas quanta a fissurag8o, areas molhadas,
desplacamentos, deflexao ou deformaC;<3oexcessiva de elementos, a presenc;a de
efioreSCEmcias, 0 abaixamento ou levantamento da estrutura.
Conforme Tonias (1995) uma das maiores preocupa90es e quanto a
condi9ao dos cabos de protensao, que apresentam algumas dificuldades para a
inspeC;c30adequada do a90 de protensao, localizado em vigas, com utilizag80 de
metodos visuais apenas. A suspeita de existencia de corrosao nos cabos, demanda
par metodos de avaliayao tais como: periurar 0 elemento de concreto e inspecionar
visualmente 0 ayo.
Para determinar as locais de perfurayao da viga, deve-se considerar sinais
de deteriaray8.o, tais como: marcas de ferrugem, pontos molhados, ou usando testes
que indicam a presenya de grande quantidade de cloretos, de acordo com Tonias
(1995).
Para Tonias (1995) devem-se evitar riscos de danos a viga que possam
acelerar 0 processo de deteriaraQao, tomando-se cuidado no processo de
41
perfura<;ao, utilizando-se urn martel0 para remover parte do concreto e expor as
cabos de protensao.
Podem-se ainda utilizar Qutros melodos, como tecnicas ultrassonicas,
elE3tricas e radiograticas, para S8 indicar as possiveis delamina90es no concreto e
corros6es no a90 de protensao. A inspey:3o em eslruturas de concreto protendido
devem ser focadas em areas rnais sensiveis da ponte ou viaduto, principalmente as
areas em zonas de ancoragens e finais de vigas, alem de areas mais suscetiveis a
vazamentos de juntas e de fissuraC;:3o, devido a alta concentraC;<3o de tens6es.
As vigas de a90 protendidas tambem sao suscetfveis ao impacto de veiculos
e quando localizadas em passagens de paueD espac;amento vertical podem sofrer
desplacamentos no concreto ou exposiryao de cabos de protensao ou mesmo os
danos em cabos de protensao, devendo ser periodicamente vistoriadas.
Raina (1996) considera que em pontes e viadutos em concreto protendido
nao se deve esperar a presenrya de fissuras, sob condi90es normais. Entretanto, a
ocorrencia de fissuras em tabuleiros de concreto protendido pode indicar redUl;:ao
na tensao de protensao ou excesso de tensao.
A vistoria em obras em concreto protendido tende a verificar a existencia de
fissuras pr6ximas de ancoragens, ou fissuras decorrentes de assentamento,
corrosao, agregados reativos e carregamento, similares as esperadas em tabuleiros
de concreto armado. A presenrya de fissuras em concreto protendido decorre de
fatores que podem provocar efeitos muito perigosos. A inspec;ao em obras em
concreto protendido tende a observar os indicadores de defeitos que causem
possiveis perdas de protensao, como danos e corrosao em ancoragem, e indicac;6es
de corrosao nos cabos de protensao e aumento de deflexao.
42
Raina (1996) cansidera que a inspegaa busca a presen,a de danas no
concreto protendido a partir da inspeyao detalhada em campo, e a monitoramento
de fissuras, utilizando-se analises estruturais, verificayoes de niveis de tensao na
estrutura danificada, comparadas ao projeto original.
o lPR (2004) considera que a inspeyc30 de estrutura em concreto protendido
deve buscar as causas da degradac;ao das estruturas, lais como:
• projeto inadequado, na concepr;:ao au no dimensionamento, no detalhamenlo e
especificacOes;
• construcao sem controle de qualidade, podendo gerar escoramenlo e f6rmas
defeituQsas, rna colocatyao de armaduras, cobrimentos insuficientes, concreto
com qualidades inferiores as especificac;;oes, ausenda de plano de
concretagem, etc;
• manutencao inexislente ou inadequada;
• utilizacao inadequada da estrutura, submetendo-a a sobrecargas imprevistas;
• causas de origem quimica, como reac6es internas do concreto, presenca de
cloretos, presenca de agua, presenca de anidrido carbOnico, presenca de
acidos e sais;
causas de origem fisica, como a acao do calor, do vento ou da agua;
causas de origem mecimica, como choques de veiculos e embarcacoes,
acidentes de origem diversa e recalque de fundacoes;
causas de origem biol6gica, como a crescimento de vegetais nas juntas, ou de
raizes sob fundacoes diretas e superficiais, acao de insetos como cupins e
formigas. (IPR, 2004, p. 55).
4.3.1 Procedimentos de Inspe<;:8o em Concreto Protendido
Raina (1995) considera ser necessario que a inspec;ao em concreto
protendido deve verificar a existemcia de fissuras longitudinais nas bordas das
superficies, - em pontes e viadutos antigos de concreto protendido, pode haver
grampos insuficientes e pode haver falhas no retirar as formas; verifica.yao de
fissuras e desplacamentos em areas pr6ximas aos apoios, bern como verifica<;:ao da
parte inferior de vigas ou de tabuleiros protendidos, durante a passagem dos
veiculos.
Raina (1996) sugere que a inspe,ao de campo devera ineluir em suas
verifica.y6es:
43
danos nos cabos de protensao protendidos - localizando-se 0 dana, 0
numero de cabes daniflCados e uma comparacao com as projetos de
'As-Suilf originais;
danos no concreto - localizar-se 0 dana, 0 comprimento. a severidade
da fissura e desplacamenlos, e determinar fraturas internas;
danos em componentes estruturais adjacentes (como diafragmas e
parapeitos). em casa de concreto refon;:ado;
dana pequeno: consiste em danos em algumas partes do concreto
e que pod em 5er de pequeno grau de deteriora9ao, como
desplacamentos em superficies, sem expor as cabos de protensao,
ou fissuras aceitaveis no concreto. Os danos pequenos geralmente
naD requerem analises estruturais;
danos moderados: consislem em desplacamentos excessivos com
exposi<;:Zlo dos cabos de protensao e de fissuras aceiti:lveis a
medias. Neste caso sao requeridas analises estruturais e
verifica<;:c1o do nrvel de ten sao nos cabos de protensao.
danos severos: podem incluir estragos no concreto e em cabos de
protensao, lais como: perda substanciaJ de bordos de setyOes,
perdas de cabos de protensao e/ou cabos de protensao
severamente deformados; fissuras estendendo-se aos tramos;
perdas significativas de tramos, incluindo-se quebras nos refortyos;
desalinhamentos horizontais e verticais excessivos nas vigas;
fissurasexcessivas. (RAINA, 1996, p. 101)
Raina (1996) observa que na area danificada havera perda de parte da for,a
de protensao, devido a set;6es reduzidas,perdas em cabos de protensao ou falta de
protensao.
,
De acordo com Raina (1996) nos casos de danos pequenos, podem-se fazer
reparos com injet;ao de epoxi e preenchimento com concreto. No caso de haver
tensao excess iva, e preciso tomar medidas adequadas para restringir as cargas
variiweis na estrutura ou ainda utilizar suportes temporarios ate finalizar os reparos,
caso os cabos restantes nao possam atingir os niveis de tensao suficiente.
Raina (1996) define como danos criticos os defeitos com grande perda de
cabos e de fort;a de protensao que nao podern ser restauradas sem urn custo
razoavel; as deformat;6es laterais na viga protendida ou 0 excesso de
desalinhamento vertical; e 0 desenvolvimento de fissuras largas, que podem indicar
que os cabos de protensao nao resistem e que uma deforma9ao permanente jil.
ocorreu.
44
Conforme Raina (1996) a vistoria em concreto protendido deve ser completa,
estendendo-se a todas as formas possiveis de deteriorattao que oeorrem no
concreto armada, tais como a verificac;ao de existemcia de fissuras longitudinais em
todas as bordas das superiicies, cnde ocorrem a preseng8 de grampos insuficientes
ou que nao S8 tenha tornado cuidado suficiente na retirada das formas; verificagao
de existencia de fissuras e de desplacamento em areas pr6ximas aos apoios.
Verificac;ao dos tabuleiros protendidos, principalmente na parte inferior das vigas,
durante a passagem de tratego, verificando-se S8 alguma viga age independente
das Qutras.
as elementos de concreto protendido devem ser examinados quanta a
deflexao excessiva, fissuras e desplacamentos, verificando-se as areas criticas,
como as zonas de ancoragens, jun90es de diafragmas, partes inferiores pr6ximas ao
centro de um vao e os suportes pr6ximos.
Conforme 0 IPR (2004) a presen,a de fissuras parciais ou completas no
concreto do elementa, par si 56 nao indica perda de resistencia ou de durabilidade,
entretanto, confarme a NB 1178, a fissura9aO pode tornar-5e nociva quando a
abertura de fis5uras na superficie do concreto armado e nao protendido, ultrapassa
valores tais como:
0,1 mm para pe,as nao protegidas em meio agressivo;
0,2 mm para pe9as nao protegidas em meio nao agressivo;
0,03 mm para pe,as protegidas.
Os regulamentos internacionais, conforme 0 IPR (2004) sao mais tolerantes,
e mesmo em estruturas protendidas, a fissura pode ter uma abertura de ate 0,2 mm.
As fissuras em estruturas de concreto protendido, conforme 0 IPR (2004)
devem ser mapeadas, no comprimento, na largura, na loCa9ao e na orienta930.
45
Deve-s8 ainda observar a presen~a de ferrugem, eflorescencias e a movimenta9ao
das fissuras nao estabilizadas ou vivas, enquanto as estabilizadas ou mortas, devem
ser anotadas.
As fissuras de ton;ao causadas par tens6es provocadas pel a carga
permanente e pela carga m6vel pod em ser encantradas nas proximidades dos
centres de vaos, ou nas faces inferiores, prolongando-se pelas faces latera is. Nos
apoios, podem ser encontradas nas faces superiores, prolongando-se pelas faces
laterais.
As fissuras de forc;:a cortante pod em ocorrer na alma das vigas, nas
proximidades dos apoios, e sao mais perigosas que fissuras de fiexao, podendo
prenunciar urna ruptura fragil.
A vistoria deve identificar tambem DutroS tipos de fissuras, como as de tapa
de pilares isolados ou de pilares-parede. Na vistoria pode-se identificar tambem a
perda de aderencia entre 0 ac;:o tensionado e 0 concreto, a relaxac;:ao do ac;:o de
protensao, a retrac;ao do concreto, a fluencia do concreto, e a corrosao do ac;:o de
protensao, quando em tensao.
Durante a inspec;ao de estruturas em ac;:o deve-se observar se ha elementos
estruturais fletidos ou avariados, determinando-se 0 tipo e a origem da avaria, as
medidas de intensidade e de afastamento da posiyao normal, pesquisando-se
eventuais fissuras, trincas ou lacerayoes nas proximidades da regiao afetada.
Canforme a IPR (2004) a presen9a de carrasaa deve ser avaliada quanta a
severidade, podendo ocorrer destacamento de laminas do elemento estrutural,
devendo ser avaliada visual e fisicamente.
Deve-se observar se ocorrem fissuras ou trincas de fadiga em pontos da
estrutura ende ha descontinuidade eu restric;ao ou de elementos imperfeitamente
46
conectados, atraindo ou transferindo tens6es adicionais. Bern como elementos
avariados, independentemente da gravidade da avaria, que estao desalinhados,
flelidos ou torcidos. Se ha corrosao, que possa reduzir a capacidade do elemento
estrutural, tornando-o menes resistentes a cargas estaticas e a cargas repetitivas,
bern como outros detalhes, como soldas e excess iva vibrac;ao.
Nos procedimentos de inspey80 de extremidades visuais de trinca, devem-
S8 observar todos as detalhes e realizar exame dos defeitos na pintura e oxidac;6es
e casa haja dificuldade em S8 avaliar visualmente, deve-s8 providenciar 0
jateamento de areia au ensaios com liquido penetrante ou ultra-som au ainda,
tecnicas destrutivas e nao-destrutivas.
Conforme 0 FIB (2002) as avalia90es de deteriora9ao no concreto
protendido sao feitas em inspe90es de rotina e investiga90es detalhadas,
categorizando-se as areas degradadas da estrutura e 0 grau e taxa de corrosao, e
das for9as de protensao residuais.
A avalia9ao pode requerer testes especiais e investigac;oes detalhadas da
capacidade real de carga, estimando-se a seguran9a e a predic;ao do tempo restante
de vida da obra.
o FIB (2002) considera que a inspe9ao em estruturas de concreto
protendido sao requeridas quando hi! confian9a de que a estrutura esta amea9ada
devido a deteriora9ao do concreto au do reforc;o, ou quando cargas adicionais
devam ser suportadas pela estrutura, ou ainda, para a coleta de dados necessarios
para 0 projeto de reparos au de melhoramento.
A inspec;ao de rotina pode ser visual visando determinar as causas e niveis
de deteriorac;ao estabelecendo-se com seguranc;a a durabilidade da estrutura.
47
o FIB (2002) estabelece que tres tipos de testes podem ser realizados
quando se constatar corrosao:
Os testes para determinar as propriedadesdo concreto e do a90
relacionados a aspectos mecanicos e de durabilidade;
Os testes para determinar a corrosao alual do reforc;o ou da protensao
e sua taxa de corrosao;
Os testes para avaliar a resposta global da estrutura. (FIB, 2002, p. 3),
4.4 PROCEDIMENTOS DE INSPE<;:Ao
Tonias (1995) considera que no processo de vistoria de pontes e viadutos
em concreto, deve-s8 rever todas as informac;:oes disponiveis com 0 prop6sito de S8
desenvolver projetos de reparos. lode vistoria deve iniciar-se com urn born
planejamento, revisando-se os projetos e relat6rios de vistoria anteriores, e os
projetos de estrutura existentes para se identificar as areas que apresentam maior
probabilidade de deteriora9ao.
Os inspetores, no minima dais, devem ser engenheiros licenciadas e com
canhecimentos tecnicos sabre pontes e viadutos, conforme Tonias (1995). A vistoria
deve ser previamente agendada, determinando-se equipes e equipamentos
necessarios. Os profissionais devem familiarizar-se com os tempos permitidos para
o fechamento de pistas ao trMego, para realiza9ao de seus trabalhos. A agenda de
vistoria deve ser flexivel de modo a prever possiveis atrasos, causado por condic;:6es
ambientais, quebras de equipamentos ou falta de pessoal.
Antes de realizar uma inspe9ao, segundo Tonias (1995) deve-se realizar
reuniao com tad a equipe, de modo a coordenar os trabalhos, e passar instruc;:6es
relevantes, de modo que ao iniciar os trabalhos, todos saibam a que deve ser feito e
como faze-Io com seguranc;:a.
48
Tonias (1995) considera que S8 deve tambem informar as autoridades vista
que muitas vezes S8 torn a necessaria 0 fechamento de pistas aD tratego,
principalmenteem locais com muito movimento. Alguns locais requerem tambem urn
licenciamento previa, vista a interferencia no tratego.
Durante a procesSD de vistoria e preciso anotar-S8 toda irregularidade
constatada, escrevendo-as de forma clara e precisa, vista que 0 engenheiro de
vistoria e responsavel pela seguranga dos usuarios. Entretanto, as anota90es devem
ser sigilosas, confiadas apenas ao cliente.
o planejamento da inspe,ao, conforme Tonias (1995) deve prever a
sequencia das atividades, recomendando-se examinar toda a estrutura de modo a
identificar os possiveis problemas e formar uma ideia de suas causas e
conseqOencias. Em alguns locais haven! necessidade de uso de equipamentos
especiais para 0 aces so a determinadas areas da estrutura analisada.
Brinckerhoff (1993) considera que hi! algumas etapas a serem
desenvolvidas antes e durante a inspegEio. Antes da inspegao e preciso fazer urn
adequado planejamento da seqOencia das atividades, verificando-se todos os
documentos existentes, como relat6rios de inspegoes anteriores, projetos,
documenta9E1o fotogri3fica, para se verificar a extensao dos trabalhos e definir os
equipamentos de acesso para as areas especificas. 0 planejamento da inspegao
poupa trabalhos e tempo.
A prepara,ao da inspe,ao, conforme Brinckerhoff (1993) possibilita aos
inspetores ganhar tempo durante a realiza9ao da inspegao, visto que a revisao dos
projetos da estrutura permite identificar as areas a se preocupar durante a inspeg80
e ajuda a desenvolver os projetos de reparos para a mesma.
49
Brinckerhoff (1993) recomenda que a equipe formule uma agenda das
atividades que deve ser flexivel, para se determinar as. equipamentos e equipes
necessarias a realiza<;:ao da inspe<;:ao e para a familiariza<;:ao com os tempos
permitidos para 0 fechamento de pistas ou de trabalhos na estrada. A agenda
flexivel permite que S8 adeque a passiveis atrasos causados pelas condic;:oes do
tempo, por quebra de equipamentos ou falta de pessoal. A agenda de trabalhos
deve ser informada aDs superiores e aDs clientes, para que, se houver alguma
mudanc;:a, estes saibam cnde encontrar a equipe.
Uma coordenac;ao das atividades pade ser definida em reuniao com as
demais membros da equipe, que aD chegar ao local da inspeC;2Io terae amplos
conhecimentos sabre as tarefas a realizar, e como as realizar em seguranc;a.
Antes de realizar a inspec;:ao, Brincherhoff (1993) recomenda que S8 informe
as autoridades competentes, caso haja necessidade de fechamento de pistas ao
trafego. Em alguns locais pode ser necessaria uma licencya. Quando a inspe<;ao
interferir na navegacyao, pode ser necessaria informar a guarda costeira para que se
possa avisar aos navegantes para desviar 0 trMego no local.
Durante a inspe9ao e importante que um dos inspetores fa9a anota96es, que
precisam ser completas, daras e precisas, fazendo 0 correto registro dos achados.
A precisao e indispensavel, po is ao investigar a condicyao dos componentes da
estrutura e importante verificar as possiveis causas da deteriorac;:ao, para se
determinar a correta terapia a ser aplicada.
Conforme Hartle ef a/. (2002) e Siqueira (2006) a vistoria de pontes e
viadutos em concreto reveste-se de importante e crescente papel na preserva<;ao
das infra-estruturas da obra. As pontes e viadutos envelhecem e se deterioram, e e
50
preciso fazer urn julgamento critico das condi<;:oes da obra, prevendo-se urn sistema
de manutenc;ao.
Hartle et at. (2002) consideram que a equipe de vistoria de pontes e viadutos
em concreto devem:
• planejara insp~ao;
• preparar-separaa insp~o;
• realizar a inspe~ao;
• preparar a relatorio;
• idenUficar itens a serem recuperados e mantidos. (HARTLE et al. 2002,
p.3).
Para Hartle et at. (2002) 0 planejamento da vistoria consiste em um esfor90
eficiente, ordenado e sistematico, determinando-se as tarefas basicas a serem
desenvolvidas. As atividades de vistoria incluem a determinac;ao do tipo de vistoria"e
a selec;ao da equipe de inspec;ao, bern como a avaliac;ao de atividades a serem
desenvolvidas, como os ensaios nao-destrutivos e a vistoria submersa. 0
planejamento determinaf(~ a desenvolvimento da seqOencia de inspec;ao, e °
estabelecimento da agenda.
Na segunda fase, as inspetores devem preparar-se para a vistoria,
organizando as ferramentas e equipamentos adequados, revendo arquivos
estruturais da obra e localizar as projetos da estrutura. 0 sucesso da vistoria
dependera do esfor90 9asto na fase de prepara98o, em que os profissionais devem
rever:
os arquivos da obra, obtendo as informat;:oes existentes sobre ela;
projetos de "As-Built";
relatorios de inspet;:oes anleriores:
dados de manutent;:ao e reparos anleriores;
projetos de reabililat;:ao/refrofit;
dados goetecnicos;
dados hidrol6gicos;
projetos da estrada;
51
projetos de sua utilizayc3o;
projetos dos sentidos das vias. (HARTLE et a/.. 2002, p. 4).
Hartle et a/. (2002) consideram que os projetos 'As-8uilr da ponte ou viaduto
cantem informar;6es sabre 0 tipo de obra que fa; executada, 0 numero de extens6es,
o usa das extens6es simples au continuas, e materiais utjlizados na construy2lo.
Os relatorios de inspe,oes anteriores, segundo Hartle el a/. (2002), fornecem
informar;6es detalhadas e valiosas sobre 0 hist6rico da obra, documentando sua
condir;ao em anos anteriores. Estas informac;:6es serao utilizadas para determinar
quais elementos DU componentes da obra precisam de atenr;80 especial e possibilita
que as inspetores possam camparar 0$ achados atuais com os achados ante rio res e
observar as niveis de deteriorar;80 para S8 determinar as reparos au manutenr;6es
requeridos.
Hartle et a/. (2002) e Siqueira (2006) consideram que os dad os das
manuten90es 8./eparos anteriores fornecem indica96es importantes aDs inspetores
sabre 0 tipo e extensao e datas dos reparos, e quais reparos devem ser refeitos. as
projetos de reabilita9aolretrofit sao projetos que mostram as modifica<;:oes e
substitui<;:6es realizadas na estrutura.
Hartle et a/. (2002) informam que os dados geotecnicos fornecem indica90es
da situa,iio do solo abaixo da estrutura.
Os dados hidrologicos tambem devem S8r analisados, fornecendo
informa<;:oes sabre a forma e localiza9ao do canal, a presen9a de elementos de
prote<;:ao, frequ€mcia de inunda<;:oes, nivel da agua em diferentes intervalos de
inundac;6es, sendo importante para S8 avaliar a correnteza e fluxo de inunda<;:6es
esperadas, bern como a velocidade da agua.
52
Hartle et al. (2002) consideram que as inspetores pod em abter informag6es
valiosas no projeto da estrada, que complementam as projetos de pontes au
viadutos.
A analise de dados adicionais tais como as projetos de utilizag80 da obra,
pade ser determinante para S8 definir os tipos e numeros de ligagoes utilizc3veis; as
projetos dos sentidos das vias sao importantes para S8 determinar as limites de
sentido das vias, fator relevante na determinaryao das necessidades de acesso dos
inspetores.
Os inspetores, segundo Hartle et al. (2002) e Siqueira (2006) devem ainda
avaliar as componentes principais e acess6rios da obra, estabelecendo-se uma
orientagao da estrutura, e 0 sistema de identificag80 dos diferentes componentes e
acess6rios da ponte au viaduto. Os desenhos e relat6rios de inspe90es anteriores
indicam 0 sistema de identifica9ao utilizado que podera ser 0 mesmo para as atuais
e futuras inspe90es. Se nao houver dados anteriores disponiveis, 0 inspetor tera de
estabelecer um sistema de identificayao, utilizando marcadores de mil has ou
estacionarios, e a dire9ao a ser usada para identificar 0 inicio e 0 fim da ponte ou
viaduto.
Hartle et al. (2002) consideram ser importante desenvolver-se uma
seqOencia de vistoria, iniciando-se pelo tabuleiro e superestrutura

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