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Manual de Patologias da Audição

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
DIRETORIA DE ENSINO 
 ÁREA DA SAÚDE 
 FONOAUDIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Larissa Guimarães dos Santos 
Audiologia Clínica 
Prof. Fga. Marion Cristine de Barba 
 
Canoas, 2018 
 
MANUAL DE 
PATOLOGIAS DA 
AUDIÇÃO 
 
2 
 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 
DIVISÕES DA ORELHA .................................................................................................... 4 
DOENÇA DE MÉNIÈRE ................................................................................................... 5 
NEURINOMA DO ACÚSTICO ou SCHWANOMA .............................................................. 7 
PAIR – PERDA INDUZIDA POR RUIDO............................................................................. 9 
OTOTOXICIDADE ......................................................................................................... 11 
OTOSCLEROSE ............................................................................................................. 13 
PRESBIACUSIA ............................................................................................................. 15 
TRAUMA ACÚSTICO .................................................................................................... 17 
OTITES ........................................................................................................................ 19 
SURDEZ SÚBITA ........................................................................................................... 22 
FÍSTULA PERILINFÁTICA ............................................................................................... 24 
EXAMES E TESTES ................................................................................................ 26 
QUADRO PATOLÓGICO AUDITIVO ..................................................................... 28 
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 31 
 
 
 
3 
 
 INTRODUÇÃO 
 
Patologia é o termo utilizado para referir-se ao “estudo das doenças”, ou 
seja, consiste no estudo das alterações causadas no corpo por uma doença. 
Na área da Audiologia, campo que estuda a audição e os sons, tem-se, por 
eventuais causas, as patologias da audição, onde classificam-se e diferenciam-
se pelos tipos e grau de perda, curva timpanométrica, fatores de risco, entre 
outros. 
O presente Manual de Patologias visa esclarecer e reforçar as definições 
e características, sintomas, causas, tratamento, bem como padrão audiológico 
das principais doenças do sistema auditivo. Ao final, traz uma breve síntese 
dos exames e testes utilizados no diagnóstico e monitoramento das perdas 
auditivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
DIVISÕES DA ORELHA 
A orelha externa é formada pelo pavilhão auditivo (antigamente 
denominado orelha) e pelo canal auditivo externo ou meato auditivo. O 
canal auditivo externo termina numa delicada membrana - tímpano ou 
membrana timpânica - firmemente fixada ao conduto auditivo externo por um 
anel de tecido fibroso, chamado anel timpânico. Tem função de captar, filtrar e 
amplificar o som. 
A orelha média começa na membrana timpânica e consiste, em sua 
totalidade, de um espaço aéreo – a cavidade timpânica – no osso temporal. 
Dentro dela estão três ossículos articulados entre si, cujos nomes descrevem 
sua forma: martelo, bigorna e estribo. Esses ossículos encontram-se 
suspensos na orelha média, através de ligamentos. Tem função de conduzir e 
amplificar a energia sonora. 
A orelha interna é formada por escavações no osso temporal, 
revestidas por membrana e preenchidas por líquido. A orelha média apresenta 
uma parte anterior, a cóclea - relacionada com a audição, e uma parte 
posterior - relacionada com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo e 
pelos canais semicirculares. Tem função de transformar a energia mecânica 
em elétrica (cóclea) e de equilíbrio (labirinto) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
DOENÇA DE MÉNIÈRE 
Distúrbio causado pelo aumento do volume da endolinfa (líquido 
existente no labirinto, responsável pelo equilíbrio), na orelha interna. 
Inicialmente a perda auditiva é flutuante, podendo vir a ser permanente. 
Sintomas: zumbido, perda auditiva, plenitude auricular, vertigem, 
acompanhada de náuseas e vômitos. Os sintomas podem vir de maneira 
repentina, e ter duração de minutos a horas. 
Incidências: mais em homens. Ocorre por volta 30 e 60 anos. 
Causa: Não tem-se uma causa exata conhecida. A perda auditiva pode tornar-
se permanente, associada a desconforto diante sons fortes, sensação de 
oclusão e dificuldade de compreender palavras. 
Classificação: 
 Típica: todos os sintomas estão presentes; 
 Atípica: sintomas cocleares ou vestibulares; 
 Progressiva: sintomas não conseguem ser controlados. Crises tornam-
se mais frequentes. 
 Não progressiva: evolui com crises e sintomas esporádicos. 
Grau: 
 Leve: tonturas alternadas 
 Moderada: tonturas alternadas e desequilíbrio 
 Severa: sintomas impossibilitam qualquer atividade. Acompanha 
náuseas e vômitos. 
Tratamento: não existe cura, medicação tratará os sintomas. 
 
 
 
PADRÃO AUDIOLÓGICO 
 Perda sensorioneural 
 Unilateral 
 Inicialmente acomete as baixas frequências 
 IRF abaixo de 90%, compatível com o grau da perda 
 Curva timpanométrica do tipo A 
 Reflexos presentes, indicando recrutamento 
 Compromete função coclear e vestibular 
 
6 
 
Audiograma 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imitanciometria 
 
 
 
 
 
7 
 
NEURINOMA DO ACÚSTICO ou SCHWANOMA 
Tumores do nervo auditivo com crescimento fibroso não maligno do VII 
nervo craniano, que se originam no nervo vestibular ou no nervo da audição 
(coclear). Mais comum se desenvolver no conduto interno. 
Características: 
 Benigno 
 Ocorre entre 30 e 60 anos, sendo que os sintomas ocorrem entre 40 e 
60 anos 
 Ocorrem em todas as raças, vindo acometer mais mulheres. 
 Crescimento lento e variável 
 Unilateral ou associado a neurofibromatose tipo II 
 Comumente assintomático 
 Não faz metástase 
Causas: Não tem fator hereditário, pré-disposição genético ou deformação do 
embrião, trauma, doença metabólica. 
Sintomas: Perda da audição, zumbido, desequilíbrio. Perda nas frequências 
agudas. Comprometimento vestibular. Dor de cabeça. Perda de movimento da 
hemiface e sensibilidade. 
Tratamento: cirurgias, monitoramento... 
 
 
. 
 
 
 
 
PADRÃO AUDIOLÓGICO 
 Perda sensorioneural 
 Unilateral 
 Assimétrica 
 Acomete frequências agudas 
 Curva timpanométrica do tipo A 
 Reflexos ausentes 
 PEATE apresentaria anomalia dos limiares e latências. Aumento nas ondas I e III 
(2,3ms). Intervalo aumentado entre as ondas I e V (acima de 4,4ms). Diferença 
Interaural (acima de 0,4ms) na onda V. Ausência de onda I. 
 Baixo índice de IRF 
 
8 
 
Audiometria 
 
 
 
 
 
 
Imitanciometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
PAIR – PERDA INDUZIDA POR RUIDO 
 Ocorre a degeneração das células ciliadas externas (parte basal das 
c.c.e, da região do órgão de Corti), por exposição a ruídos de forma contínua e 
de elevados níveis de pressão sonora. Agravante de PAIR para os 
trabalhadores é quando a média da exposição está acima de 85 dB em 08h de 
trabalho. 
Causas: A perda auditiva relacionada ao trabalho é considerada umadas 
doenças mais frequentes na população trabalhadora. Agentes causais: 
vibração (britadeiras), calor (caldeiras), substâncias químicas (combustíveis e 
solventes). 
Incidência: A PAIR pode ser encontrada principalmente em ramos como: têxtil, 
siderurgia, metalurgia, papel, vidraria entre outros. 
Sintomas: Perda auditiva, cefaleia, zumbido, dificuldade de discriminação 
sonora. Dificuldade no entendimento de fala. 
Tratamento: PAIR é irreversível e progressiva quando não cessada a 
exposição ao ruído (agente causador). Reabilitação pode ser feita por meio de 
ações terapêuticas individuais e em grupo, a partir da análise cuidadosa da 
avaliação audiológica do trabalhador por um profissional capacitado, o 
fonoaudiólogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PADRÃO AUDIOLÓGICO 
 Perda sensorioneural 
 Bilateral 
 Acomete frequências altas – 3000/4000 (importantes para fala) e 6000Hz 
 Curva timpanométrica do tipo A 
 Reflexos presentes 
 
 
10 
 
Audiometria 
 
 
 
 
 
 
 
 Imitanciometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
OTOTOXICIDADE 
 Danos aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposição a 
substâncias químicas (agentes ototóxicos): drogas medicamentosas, químicos 
e metais pesados. 
Tipos: 
 Ototoxicidade coclear: ocorre degeneração das células ciliadas externas, 
na parte basal do órgão de Corti. 
 Ototoxicidade vestibular: ocorre degeneração das células ciliadas 
vestibulares dos canais semicirculares. 
Fatores de risco: 
 Função renal alterada 
 Predisposição 
 Dose sérica ou cumulativa 
 Idade 
 Gravidez... 
Tratamento: limiares auditivos podem voltar a normalidade desde que cessada 
exposição ao agente. Alguns indivíduos podem perda progressão da perda, 
gerando comprometimento mais severo. Monitoramento auditivo é 
fundamental. 
 
 
 
 
 
 
 
Sintomas: 
 Perda auditiva 
 Zumbido 
 Alteração do equilíbrio, 
 Náusea, vomito, vertigem 
 
PADRÃO AUDIOLÓGICO 
 Perda sensorioneural 
 Bilateral 
 Acomete frequências altas 
 Assimétrica 
 Curva audiometrica descendente, posteriormente horizontal 
 Curva timpanométrica do tipo A 
 Reflexos presentes 
 
 
12 
 
Audiometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imitanciometria 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
OTOSCLEROSE 
 É a calcificação do estribo, onde a movimentação dele torna-se 
incorreta, impedindo que as vibrações sonoras passem para o ouvido interno 
(surdez de condução) Estas alterações também podem ocorrer em regiões da 
cóclea levando a surdez da cóclea (surdez neural). Não há comprometimento 
do martelo nem da bigorna. 
Incidência: 
 Mais em mulheres, por volta dos 20 a 30 anos 
 Pode evoluir para surdez após os 50 anos. 
Sintomas: Perda auditiva, zumbido em 70% dos casos, vertigens e 
desequilíbrios 
Causa: 
 Hereditariedade em 80% dos casos. 
Tratamento: medicamentoso e indicação de prótese auditiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Audiometria 
PADRÃO AUDIOLÓGICO 
OTOSCLEROSE ESTRIBO 
 Condutiva 
 Acomete frequências baixas 
 Curva timpanométrica do tipo Ar 
 Rinne negativo 
 Reflexos ausentes 
 
OTOSCLEROSE COCLEAR 
 Sensorioneural 
 Com progressão 
 Pode – se fazer implante coclear ou 
de tronco encefálico 
 Curva timpanométrica do tipo Ar 
 Rinne negativo 
 Reflexos ausentes 
 
 
14 
 
Audiometria 
 
 
 
 
 
 
 
Imitanciometria 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
PRESBIACUSIA 
É a diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento, por alterações 
degenerativas, fazendo parte do processo individual de envelhecimento. Com o 
avanço da idade ocorre diminuição de mitose de algumas células. 
 Tem caráter lento, gradual, silenciosa. 
Sintomas: Perda da inteligibilidade de fala, zumbido, comprometimento da 
comunicação verbal, incapacidade auditiva 
Classificação: 
 Neurossensorial: mais comum, bilateral e assimétrica. Progressão 
lenta. Não atinge fala. Ocorre atrofia do órgão de Corti e nervo auditivo. 
 Neural: perda auditiva rápida e progressiva. Acomete entendimento de 
fala. Melhor adaptação a aparelho. Paciente tem perda generalizada do 
neurônio. 
 Metabólica: perda do tipo sensorioneural, curva plana e ótima 
discriminação de fala. Limiares abaixo de 50dB no gráfico. 
 Mecânica (coclear condutiva): Distúrbio da mobilidade mecânica devido 
ao enrijecimento da membrana basilar e alterações nas características 
de ressonância. Curva descendente, bilateral e simétrica. Excelente 
discriminação de fala 
Tratamento: não existe tratamento. É irreversível. 
 
 
 
 
 
 
 
PADRÃO AUDIOLÓGICO 
 Sensorioneural 
 Bilateral 
 Assimétrica 
 Inicialmente nas frequências altas, progredindo para média e baixas frequências. 
 Compromete a discriminação de fala 
 Curva timpanométrica do tipo A 
 Reflexos acústicos presentes 
 
16 
 
Audiometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imitanciometria 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
TRAUMA ACÚSTICO 
É perda súbita da audição, decorrente de uma ÚNICA exposição ao 
ruído muito intenso. Geralmente aparece o zumbido, podendo haver o 
rompimento da membrana timpânica. 
Características: 
 Intensidade sonora capaz de provocar trauma acústico é de 120dB. 
 Em muitos casos, o primeiro impacto da perda está nos sons de alta 
frequência, seguido dos de baixa frequência. 
 Quando ocorre uma explosão, a descompressão brusca e violenta pode 
acarretar dor e lesões simultâneas da orelha média, como rotura da 
membrana timpânica e/ou desarticulação dos ossículos, assim como 
distúrbios vestibulares. 
 
Sintomas: Perda auditiva, zumbido 
 
Tratamento: medicamentoso ou indicação de uso de aparelho auditivo. 
Importante monitoramento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PADRÃO AUDIOLÓGICO 
 Sensorioneural 
 Bilateral 
 Acomete frequências altas, principalmente em 4000Hz 
 Grau da perda leve, severa ou profunda. 
 Pode haver comprometimento da discriminação vocal 
 Curva timpanométrica do tipo A (quando não há comprometimento da membrana 
timpânica) 
 Reflexos acústicos presentes 
 
18 
 
Audiometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imitanciometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
OTITES 
 
Inflamação de orelha média e externa, assim como na mucosa do ouvido 
ou do tímpano. 
Otite recorrente é a infecção de ouvido ocorrida antes dos seis meses 
por acúmulo persistente de fluido no ouvido, infecções anteriores, etc. 
Características: 
 Dor de ouvido, principalmente pela entrada de microrganismos na 
orelha. 
 Mais comum em crianças entre seis e 36 meses, embora possa 
acontecer em qualquer idade, devido a hábitos de higiene prejudiciais. 
 Problema corriqueiro e de fácil solução. 
 Pode ser viral ou bacteriana. 
Sintomas: 
Otite externa: 
 Dor intensa 
 Dificuldade em ouvir 
 Secreção no ouvido 
 Coceira 
Otite média: 
 Inchaço das mucosas e do nariz 
 Acumulação de líquido no ouvido médio 
 Dor 
 Febre 
 Pressão no ouvido 
Tipos: 
Otite Média Crônica: ocorre no ouvido médio. Obstrução da tuba auditiva 
causada por uma qualquer no ouvido. Sintomas dependem da parte do 
tímpano que estiver perfurado (central ou marginal). 
 
20 
 
 
 
Otite Média Aguda: ocorre no ouvido médio. Mais comum em crianças entre 
três meses e três anos, podendo ser viral ou bactericida Pode ser relacionada a 
congestionamentonasal ou alergia respiratória superior. Sintomas são dor 
persistente; dificuldade de audição; dor; diarreia; febre alta; líquido no ouvido; 
dor de cabeça. 
 Otite média aguda com formação de líquido podem ser classificadas em: 
Otite média aguda serosa – O líquido presente na cavidade timpânica tem 
aspecto seroso e transparente. Geralmente, é consequência de infecções 
respiratórias. 
Otite média aguda supurativa – Caracteriza-se pela presença de pus na 
cavidade timpânica. A infecção é bacteriana, e pode ser decorrente de uma 
infecção respiratória. 
Otite média aguda necrotizante – É basicamente a mesma infecção da otite 
média aguda supurativa, no entanto se diferencia pela rapidez em que se 
instala e pelo poder de destruição de tecidos quando se instala em pessoas 
com imunidade baixa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PADRÃO AUDIOLÓGICO 
 Condutiva 
 Unilateral 
 De grau leve a moderado 
 Na otite media crônica (avançada) PA do tipo mista 
 GAP apresenta de 25 a 40dB 
 Apresenta boa reserva coclear 
 Curva timpanométrica do tipo C ou B (avançado) 
 Reflexos acústicos ausentes 
 
21 
 
Audiometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imitanciometria 
 
 
 
 
 
22 
 
SURDEZ SÚBITA 
É a perda auditiva abrupta ou rapidamente progressiva da audição, no 
decorrer de minutos, horas ou dias. 
Características: 
 Ocorre por perda de cerca de 30 dB em três ou mais frequências 
consecutivas, em um período de 72 horas. 
 Causa inexata (chamada surdez súbita idiopática) 
 Causas relacionadas com a perda súbita de audição são: virais, 
distúrbios vasculares, ototóxicas, traumas acústicos, rupturas de 
membranas e fatores de pré-disposição, como: diabetes, traumas 
cranianos, hipertensão arterial, entre outros. 
 
Sintomas: Diminuição da audição, zumbido, vertigem, sensação de pressão no 
ouvido, estalo no ouvido afetado (esporadicamente) 
Tratamento: medicamentos corticoides, anti-inflamatório e/ou vasodilatadores 
para tratar o problema. Estima-se que um terço dos pacientes tenha alguma 
melhora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PADRÃO AUDIOLÓGICO 
 Sensorioneural 
 Unilateral 
 Curva timpanométrica do tipo A 
 Reflexos acústicos presentes 
 
23 
 
Audiometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imitanciometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
FÍSTULA PERILINFÁTICA 
Considerada como uma comunicação anormal entre a cóclea e a 
cavidade da orelha média, é um comprometimento raro do labirinto. 
Sintomas: vertigem (com sensação de rotação), náusea, desequilíbrio, 
zumbido e hipoacusia, ocorrem de maneira associada ou isolada. O paciente 
pode ter crises de curta duração (segundos a minutos) desencadeadas por 
pequenos esforços, em alguns casos os sintomas podem ser prolongados ao 
longo de dias. 
Tratamento: Essa condição pode ser curada, mas necessita de cirurgia para 
corrigir e pode ser temporária ou permanente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PADRÃO AUDIOLÓGICO 
 Sensorioneural 
 Unilateral 
 Curva timpanométrica do tipo A ou AD 
 Reflexos acústicos presentes 
 
25 
 
Audiometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imitanciometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
EXAMES E TESTES 
 
Audiometria tonal convencional – avalia a audição nas frequências de 250 a 
8000Hz a nível aéreo e 500 a 4000Hz a nível ósseo. Utilizado para descobrir o 
grau e tipo de perda auditiva. Exame está prescrito para todas as patologias 
acima descritas. 
 
Audiometria tonal de altas frequências – avalia a audição em 
frequências acima das normalmente usadas, ou seja, testa de 9000 a 1800Hz. 
Utilizado principalmente para detecção precoce de perda auditivas por 
degeneração na base do ducto coclear. Exame utilizado nos casos de PAIR, 
Trauma Acústico, Ototoxicidade, Neurinoma do Acústico... 
 
Audiometria vocal (logoaudiometria) – avaliar a discriminação de fala. 
Exame é utilizado nos casos de Presbiacusia, Neurinoma do Acústico, Truma 
Acústico e Doença de Mèniére... 
Rinne e Weber –Tendem os resultados serem compatíveis aos tipo de 
perda encontrado na audiometria. Utilizado para casos de Otosclerose, Otite... 
 
PEATE – teste que avalia o sistema auditivo a nível periférico e central – 
avalia a integridade funcional das vias auditivas nervosas desde a orelha 
interna até o córtex cerebral. Eficaz na detecção precoce e monitoramento da 
deterioração auditiva. Exame utilizado nos casos de Neurinoma do Acústico, 
Ototoxicidade... 
 
EOA – teste que avalia a integridade coclear, especificamente as células 
ciliadas externas. Utilizados para casos de ototoxicidade... 
 
 
27 
 
Eletrococleografia – semelhante ao PEATE, analisa os potenciais 
elétricos a nível de orelha interna. Utilizado para casos de Doença de Mèriére, 
Ototoxicidade... 
 
Eletronistagmografia – exame que avalia o movimento involuntário dos 
olhos. Usado para diagnosticar vertigem, tontura, desequilíbrio. Faz 
monitorização vestibular, através do teste calórico ou rotacional. Utilizado para 
casos de Doença de Mèriére, Ototoxicidade... 
 
Audiometria comportamental – Teste pediátrico (crianças de zero a 
dois anos) onde é avaliado o comportamento da criança diante da incitação 
auditiva, objetos sonoros de diferentes frequências. Utilizado para casos de 
Ototoxicidade... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
QUADRO PATOLÓGICO AUDITIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
CONCLUSÃO 
 
 Conclui-se que O Manual de Patologias da Audição vem como 
instrumento para acrescentar aos saberes dentro da Audiologia Clínica, sendo 
fonte de pesquisa e retomada de conteúdos sempre que necessários. 
Cumpriu-se o objetivo do mesmo diante as informações nele inseridas, 
como, definição, sintomas, padrão audiológico e exames e testes que auxiliam 
na investigação diagnóstica.

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