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Universidade Estácio de Sá Campus Sulacap Graduação em Psicologia EFEITO STROOP Por Marcio Candido de Brito Rio de Janeiro - RJ Novembro/2017 Universidade Estácio de Sá Campus Sulacap Graduação em Psicologia EFEITO STROOP Por Marcio Candido de Brito Trabalho realizado em cumprimento às exigências da Disciplina Psicologia da Percepção da Graduação em Psicologia da Universidade Estácio de Sá, ministrada pela Professora Janimar Lima Neves. Rio de Janeiro – RJ Novembro/2017 Efeito Stroop Há evidências de inibição prejudicada em patologias do desenvolvimento e adquiridas como lesões cerebrais traumáticas, autismo, transtorno obsessivo- compulsivo, síndrome de Tourette e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (ADHD). Em 1886, JM Cattell verifica que o tempo necessário para ler as palavras é muito inferior ao necessário para reconhecer cores simples. Várias investigações sobre esse fenômeno levaram ao que foi chamado mais tarde o efeito Stroop (Stroop, 1935) e a criação de um dos testes mais utilizados na escola e no ambiente neuropsicológico. O efeito Stroop, originalmente descrito por seu descobridor, John R. Stroop, em 1935, refere-se à interferência que ocorre no sujeito quando ele realiza um teste no qual ele deve indicar a cor da tinta com a qual uma palavra está escrita, o que não corresponde ao seu significado (Stroop-PC). Este teste requer a execução em um processo controlado de uma nova tarefa, evitando a intrusão de um processo automático. Ou seja, é o que é chamado de classe de interferência semântica produzida como consequência de nossa automatização na leitura. Isso acontece quando o significado da palavra interfere com a tarefa de nomear, por exemplo, a cor da tinta em que está escrito. Imagine que eles nos perguntam de que cor as seguintes palavras estão escritas: Vermelho, Casa, Verde. A maioria de nós responderá rapidamente o nome da cor em que a palavra vermelho está escrita, pois corresponde ao significado da palavra. Por outro lado, com a palavra casa vamos demorar um pouco mais a responder, porque isso nos causa uma interferência, embora baixa, o verdadeiro significado semântico. Mas o que nos causa a maior complicação de todos é o último, porque tendemos a dizer verde quando a cor em que está escrita é azul. Nossa atenção é seletiva, isso significa que controlamos como estamos interessados, para que possamos prestar atenção voluntariamente a algumas coisas do que outras em um determinado momento, mas às vezes sofremos interferências como é o caso do efeito Stroop. O teste Stroop é um teste de atenção que avalia a capacidade de resistir à interferência verbal, o que é uma boa medida de atenção seletiva. Em termos básicos, avalia a capacidade de classificar a informação ambiental e reagir seletivamente a essa informação. Entre as características do teste, encontramos: É de aplicação individual. Duração 5 minutos. Idade da aplicação: entre 7-70 anos. Detecção de problemas neurológicos e cerebrais e medição de interferência. A versão utilizada consiste em três folhas (100 elementos / 5 colunas). Sensível à perseverança perceptual, uma vez que exige que a avaliação suprima as respostas automáticas em favor de uma resposta específica solicitada pelo avaliador. Medição da atenção seletiva e, em segundo lugar, da velocidade de processamento. O teste consiste em 3 placas que contêm cinco colunas de 20 elementos separados um do outro por cerca de três centímetros que devem ser administrados na seguinte ordem: 1. Palavra de leitura (P), cada um dos elementos da página número um, é o nome das três cores utilizadas no teste repetidas aleatoriamente e impressas em tinta preta. A pessoa deve ler por 45 segundos os nomes das cores "vermelho", "verde" e "azul", impresso em preto. O número de hits é marcado. (por exemplo, VERDE-VERMELHO-AZUL). 2. Denominação de cor (C), página número dois, consiste em cinco colunas de design "XXX" coloridas aleatoriamente com as três cores usadas no teste. A pessoa é convidada, durante 45 segundos, a citar as cores impressas em cada linha de "x", e o número de hits é marcado. (por exemplo, XXX-XXX- XXX). 3. Finalmente, a condição de interferência, Words-Colors (PC). Finalmente, na página número três, o nome das três cores utilizadas no teste, mas impresso em tinta colorida, aparece novamente, aleatoriamente e sem concordância entre o nome da cor e da cor da tinta em que esta é impressa. A pessoa, por 45 segundos, deve nomear a cor da tinta com a qual a palavra é impressa, ignorando o significado. O número de hits é marcado. (por exemplo, VERDE- VERMELHO-AZUL). As folhas sempre são apresentadas na mesma ordem, o sujeito é instruído a ler ou nomear os elementos o mais rápido possível. Se o assunto cometeu um erro, ele é interrompido e a execução do elemento em questão é solicitada novamente. Após a medição destes três índices P, C e PC, as operações matemáticas devem ser realizadas a posteriori. Com as duas primeiras medidas, P e C, PC "são calculados, uma estimativa do escore que o sujeito deve obter na condição de interferência (PC)”. PC = (P x C) / (P + C) Posteriormente, a subtração entre a pontuação que realmente fica na condição de interferência (PC) e a estimativa do que deve ser obtido (PC) é o indicador que relata quanto o indivíduo pode interferir com o efeito do tipo (Stroop, 1935). Se a pontuação for positiva, o indivíduo inibiu adequadamente a resposta automática e, se negativo, presumivelmente inibiu o que seria esperado (sempre considerando que a população geral oscila aproximadamente entre -10 e 10). INTERFERÊNCIA = PC PC A comparação dos escores obtidos nas três tarefas permite avaliar os efeitos da interferência no sujeito e sua capacidade de controle atencional. Esta diminuição acentuada na velocidade de identificação das cores é conhecida como "efeito de interferência de palavras coloridas". A simplicidade dos estímulos e o seu curto período de aplicação (30 minutos) nos permitem usar este teste em casos muito diversos (danos cerebrais, abuso de substâncias, demência, psicopatologia, estresse, etc.), independentemente do nível cultural do sujeito. Várias investigações mostraram a função anormal do córtex pré-frontal no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Este córtex está envolvido no controle de funções executivas relacionadas ao planejamento e execução de estratégias orientadas a objetivos, memória funcional, inibições, flexibilidade cognitiva e atenção seletiva. A atenção seletiva envolve o foco no estímulo alvo, ignorando as distrações que competem pela atenção. Normalmente, o teste Stroop (Stroop, 1935) é usado para avaliar a atenção seletiva. Em resumo, existem vários modelos que associam TDAH e dificuldade na capacidade de inibir ou controlar respostas automáticas que podem ser derivadas dos resultados do terceiro teste do teste Stroop. Referências Bibliograficas 1 - BEHAR, Claudia e PERIN, Fábio - Psicologia da Percepção, 1ª edição - SESES, Rio de Janeiro - 2015 2 - https://www.fundacioncadah.org/web/articulo/que-es-el-test-de-stroop-y-su- utilidad-en-la-evaluacion-del-tdah.html (Acesso: 02 de novembro de 2017 as 13:00h)
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