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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Centro de Ciências Humanas e Sociais - CCH Licenciatura em Pedagogia LIPEAD/UNIRIO/Cederj AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA (AD1) Língua Portuguesa na Educação II 2015.1 Nome:____________________________________________________ Matrícula:____________________Polo:__________________________ Prezada ou prezado colega, Tendo em vista o momento do curso em que estamos pedindo esta AD1, resolvemos propor 3 questões que acompanhem diretamente a leitura ou releitura das aulas estudadas até aqui. Além das aulas indicadas, você deverá complementar seu estudo com as atividades postadas na plataforma. Data limite de entrega desta AD1: 21/02 (sábado) – para postagem nos correios 24/02 (terça) – para entrega no polo 2 Questão 01 - (3,5 pontos) O que interessa saber é por que não aprendemos a ler corretamente. O PISA mostra que os alunos brasileiros conseguem decifrar o texto e ter uma ideia geral sobre o que ele está dizendo. Daí para frente, empacam. Isso não seria uma grande surpresa, diante da realidade das nossas escolas públicas, ainda esmagadas por problemas angustiantes no seu funcionamento básico. Mas poderíamos esperar que nossas escolas de elite fizessem uma bela apresentação. Afinal, operam com (...) os melhores alunos e sem problemas econômicos prementes. Contudo, o nível de leitura de nossas elites é, ao mesmo tempo, o resultado mais trágico e o que mais traz esperanças. Saímo-nos mal, muito mal (...) Ou seja, nossa incapacidade (...) não se deve à pobreza, mas a um erro sistêmico. Estamos ensinando sistematicamente errado. (Castro, 1997, p.142) Releia o fragmento do texto de Cláudio Castro, acima apresentado, e : a) Volte a explicar a afirmação de que “o nível de leitura de nossas elites é, ao mesmo tempo, o resultado mais trágico e o que mais traz esperanças”. b) Em sua resposta, contemple a diferença entre uma prática de ensino que compreende a leitura como um processo de compreensão responsiva e aquela que a toma unicamente como decodificação/decifração da língua. Questão 02 - (3,5 pontos) Releia a Aula 17 e a Aula 18 e também leia o texto abaixo, escrito por Luis Fernando Veríssimo, publicado no dia 5 de fevereiro de 2015, no jornal O Globo. 3 Outra carta da Dorinha Recebo outra carta da ravissante Dora Avante. Dorinha, como se sabe, não revela sua idade para ninguém, mas nega que já viu o cometa Halley passar duas vezes. Só o Pitanguy e Deus sabem a sua verdadeira idadee, um está aposentado e o outro está quase. Dorinha tem se reunido com seu grupo de carteado e pressão política, as Socialites Socialistas, que lutam pela implantação no Brail do socialismo soviético na sua fase terminal, que é a volta do feudalismo (mas esclarecido desta vez, segundo elas). As reuniões das Socialites Socialistas também tratam do trabalho social do grupo. Por exemplo: todas se comprometeram a doar seus botox para transplante, caso venham a morrer. O assunto predominante nas reuniões, claro, tem sido os escândalos das empreteiras. Três do grupo estão com os maridos presos, o que acham ótimo. “Assim pelo menos a gente sabe onde eles estão dormindo”, diz Suzana (“Su”) Cata, para inveja das que têm maridos soltos. Mas a preocupação maior de todas é... Deixemos que a própria Dorinha nos conte. Sua carta veio escrita com tinta púrpura em papel magenta cheirando a “Mange moi”, um perfume proibido pelo vaticano, mas que, dizem, o Papa Francisco está prestes a liberar. “Caríssimo! Beijos secos para poupar saliva. Sim, estamos todas empenhadas na campanha contra o desperdício de água. Senti como o problema é grave quando fiz uma enquete no grupo e se revelou que todas – todas! – estão dando banho em seus cachorros com água mineral S. Pellegrino. Menos eu, que lavo a Desirée de Gourmont, meu poodle (o nome é maior do que ela), com champanhe rosé. A Tatiana (“Tati”) Bitati, vice-líder do grupo, abaixo de mim, acha que devemos começar a pensar num plano D, de dar o fora, se a crise hídrica piorar muito. Ela propõe o exílio e já se informou sobre um condomínio em Miami que só recebe brasileiros fugitivos da crise e tem o nome sugestivo de “Bye, bye, Brazil”. Nos mudaríamos para lá até que os reservatórios enchessem de novo ou se o país virasse um imenso Piauí. E não houvesse mais razão para voltar. Mas assez de misère! Como o próximo carnaval periga ser o último antes do Juízo Final, decidi voltar a desfilar. Sim, estarei de novo na avenida! Só preciso encontrar meu agogô e meu tapa-sexo. O tapa-sexo foi visto pela última vez na boca da “Desirée de Gourmont”, que brincava com ele distraída, sem se dar conta do simbolismo da cena. Meu único sentimento é que o Pitanguy não poderá estar ao meu lado, para ouvir o povo aplaudir meu corpo e pedir “O autor! O autor!”. a) Utilize o conceito de gênero de discurso como ferramenta para pensar e escrever sobre a composição do irônico, no texto acima. Em outras palavras, reflita e escreva sobre a ironia, apresentada por Veríssimo, em seu texto. Escreva demosntrando seus conhecimentos sobre o conceito de gênero de discurso (devidamente explorado nas Aulas 17 e 18). Ou seja, situe a questão da ironia, fazendo relação com o conceito de gênero de discurso, que é abordado nas aulas 17 e 18. 4 Questão 03 - (3,0 pontos) Releia a Aula 16 e escreva sobre como os diferentes níveis de conhecimento prévio atuaram para sua compreensão do texto de Veríssimo, transcrito acima. Dê exemplos.
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