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AD1 LP2 - 2016 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais - CCH 
 
 Licenciatura em Pedagogia 
LIPEAD/UNIRIO/Cederj 
AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA (AD1) 
Língua Portuguesa na Educação II 2016.1 
Nome:____________________________________________________ 
Matrícula:____________________Polo:__________________________ 
 
Prezada ou prezado colega, 
 
Esta primeira AD tem por objetivo levá-la(lo) a refletir sobre os conteúdos propostos 
em nossa disciplina, principalmente, na sequência de aulas propostas em nosso cronograma. 
Mas, antes, é preciso fazer alguns esclarecimentos. 
Os saberes e conhecimentos que apresentamos nesses materiais são propostos com 
vistas a que o estudante de Pedagogia possa refletir sobre o funcionamento e os usos da 
linguagem. Não se trata, portanto, de saberes a serem “ensinados” aos estudantes do ensino 
básico. Refletir sobre o modo como o conhecimento prévio de cada leitor atua na capacidade 
de interação com o texto, conhecer as diferentes possibilidades de compreender o texto em 
função do papel que cada gênero de discurso desempenha são, para a equipe de LP2, 
exemplos de bases teóricas necessárias para organizar uma “caixa de ferramentas” que será 
útil para as atividades de leitura e de escrita de textos que virão a desenvolver com os 
estudantes. Compartilhamos da premissa apresentada e colocada em prática por muitos 
professores de que LER e ESCREVER se aprende LENDO e ESCREVENDO. Por isso, 
apresentamos, além de um texto voltado a pensar o contexto atual da educação no Brasil, 
propostas de atividades de leitura e escrita com crianças para que você as comente à luz dos 
conteúdos teóricos apresentados em nossos materiais. 
 
 
OBS. 1: Procure saber em seu polo se há professor-tutor de LP2 (esperamos que sim!). 
Caso tenha, estamos propondo que seja feita uma oficina para realização desta AD. A 
participação nesta atividade valerá ponto para a AP1. 
 
OBS. 2: Observe a diferença entre os exercícios trazidos (questões 2 e 3) como proposta 
da professora (aos quais você NÃO irá responder) e às questões que são para você, estudante 
do curso de Pedagogia UNIRIO. 
. 
 
Data limite de entrega desta AD1: 22/02 (segunda-feira) – para postagem nos 
 correios 
 27/02 (sábado)– para entrega no polo 
 2 
 
Questão 01 (3,5 pontos) 
 
 O texto a seguir, é parte do que foi escrito por Antônio Gois para o jornal O 
Globo, publicado na segunda-feira, dia 1 de fevereiro de 2016. Você precisará lê-lo 
para responder ao que se pede. 
 
Nossa melhor geração 
Qualidade do ensino ainda é precária, mas nunca tivemos uma população em 
idade escolar com características tão favoráveis ao aprendizado 
 
Hoje começa o ano letivo na maioria dos colégios públicos e privados do país. Cerca 
de 40 milhoes de estudantes de todas as etapas da educação básica voltarão à sua rotina de 
deslocamento para as escolas, onde passarão ao menos quatro horas por dia aos cuidados de 
professores, diretores e funcionários. 
Tradicionalmente, o início das aulas é um momento de renovar a esperança em nossa 
capacidade de fazer com que essas crianças e jovens aproveitem todo o seu potencial. O 
momento atual, porém, não é de otimismo. As projeções preocupantes do cenário econômico 
do país acabam por contaminar a expectativa de melhoria em quase todos os setores. Não 
bastasse essa onda impulsionada pela economia, temos também razões de sobra para 
insatisfação com os atuais indicadores educacionais. 
Hoje, quase metade (46%) dos jovens brasileiros competa 19 anos de idade sem ter 
concluído o ensino médio, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 
do IBGE. Do grupo que consegue chegar a esta última etapa da educação básica, apenas 9% 
têm aprendizado adequado em matemática e 27% em língua portuguesa. O ensino médio é o 
nível com indicadores mais preocupantes, mas não é onde começam os problemas. No 
terceiro ano do ensino fundamental, apenas 10 dos estudantes conseguem escrever textos 
adequados ao final do ciclo de alfabetização, de acordo com a Avaliação Nacional de 
Alfabetização. 
São indicadores preocupantes, que mostram que há muito a avançar. Ao mesmo 
tempo, por mais paradoxal que pareça, nunca tivemos um cenário tão favorável para fazer 
com que todas as crianças aprendam. Não podemos esquecer que pagamos até hoje a conta de 
nosso atraso histórico no setor. Em 1940, o Censo do IBGE indicava que 70 em cada cem 
brasileiros de 7 a 14 anos estavam fora da escola. Hoje, esta relação é de apenas uma criança 
sem estudar para cada cem da mesma faixa etária. 
A atual geração tem também pais com escolaridade muito menos precária, em 2014, 
59% das mulheres de 20 a 49 anos tinham ensino médio completo, proporção que era de 
apenas 16% em 1981. E as crianças ingressam na escola mais cedo. Hoje, 90% já estudam aos 
cinco anos de idade. Em 1992, eram apenas 43%. Em resumo, podemos dizer que hoje quase 
todas as crianças de 7 a 14 anos estão na escola, têm pais mais escolarizados e começaram a 
estudar mais cedo. (...) 
 
 
Segundo Bakhtin (1997, p.352), “praticar o ato de compreender é tornar-se parte integrante do 
texto, do enunciado, (mais precisamente, dos enunciados, da dialogicidade entre eles da qual 
participa um novo parceiro)”. Convidamos você a participar do texto acima, tomando o 
ponto de vista do educador/educadora, reagindo ao que é enunciado, em alguns parágrafos. 
 3 
 
Questão 02 (3,5 pontos) 
 
Em uma turma do 4º ano do ensino fundamental, a professora projeta o título de uma notícia, 
publicada no jornal Diário de Pernambuco em 16 de junho de 2015, acompanhada de uma 
imagem. 
 
Escola adota cachorros e apresenta 
trabalhos sobre cuidados com os animais 
 
 
 
Foto: Antônio Tenório/PCR/ Divulgação 
 
E diz a professora: 
 
“Vocês se lembram de que já lemos antes outras notícias de jornal? Quais foram ?! ” E as 
crianças vão se lembrando : “aquela sobre e...” . “Hoje vamos saber notícias sobre a adoção 
de dois cachorros feita por uma escola” . 
 
A tarefa pedida: 
“ Todo mundo já fez uma primeira leitura do título da notícia, não é? Nessa leitura global 
vocês perceberam que há um título seguido de uma imagem, uma foto, acompanhada de uma 
legenda. Que título é esse?” E as crianças respondem. Que relação tem a imagem com o título. 
O que diz a legenda? Por que ela está ali, bem abaixo da foto? Onde estão essas crianças? 
Como elas estão? Chateadas?...” 
Depois do diálogo que se segue, no qual as crianças vão respondendo à professora e também 
vão construindo em conmjunto o significado da palavra adoção, as crianças começam a 
formular hipóteses sobre o que cada um dos estudantes na foto estaria dizendo antes de serem 
fotografados. 
 4 
Agora é sua vez: a partir da Aula 16, apresente e explique que níveis de conhecimento prévio 
a professora está requerendo das crianças nessa prática inicial de leitura. 
 
Questão 03 (3,0 pontos) 
 
 
A fim de realizar essa questão, leia as aulas 17 e 18. Depois escreva sobre os aspectos 
ligados ao conteúdo temático, à forma composicional e a estilo de língua que terão sido 
trabalhados pela professora com a turma a partir da leitura da íntegra da notícia (abaixo) cujo 
título apresentou inicialmente. Além disso, reproduza possíveis perguntas que ela tenha feito à 
turma com esse objetivo. 
 
 
Na Escola Municipal de Tempo Integral (EMTI) Antônio Heráclio do Rego, em Água Fria, o 
ensino sobre os cuidados com o meio ambiente e os animais ultrapassou a teoria e dá um 
exemplo de cidadania. Depois de adotar dois cachorros de rua, que recebem os cuidados de 
diretores, professores, funcionários e alunos, a unidade de ensino resolveu incluir os animais no 
projeto pedagógico Cãolega, que está sendo apresentadonesta sexta-feira. 
 
Os cerca de 350 alunos desenvolveram trabalhos sobre os cuidados com os animais e a 
natureza. Os estudantes mostram hoje o resultado de atividades que tiveram como foco o tema 
Direito de ter, dever de cuidar. Foram realizadas pesquisas sobre preservação do meio 
ambiente, animais em extinção, adoção e cuidados com os animais e sobre o cão comunitário, 
cachorro que é cuidado por um grupo de pessoas e não apenas um único dono, como o que 
acontece na própria escola. O secretário-executivo de Direitos dos Animais, Rodrigo Vidal, 
participa da culimância do projeto e fará uma palestra sobre a responsabilidade de ser tutor de 
um animal e os cuidados necessários. 
 
Há três anos, a vice-diretora Marília Oliveira resgatou da rua a cadela Júlia e a abrigou na 
escola. Ao perceber que os alunos se apegaram ao animal, a vice-gestora resolveu manter a 
cadela na escola. Após cinco meses, foi adotado outro cachorro que vinha fazendo companhia a 
Júlia e por isso foi batizado de Júlio. A partir disso, os professores passaram a trabalhar em sala 
de aula temáticas relativas aos animais. Para entrar em contato com as crianças e adolescentes, 
os cachorros foram vacinados, vermifugados e recebem acompanhamento de veterinários. 
 
De acordo com a professora de português Juliana Ramos, o relacionamento dos estudantes 
com os animais mudou o comportamento dos alunos, gerando um processo de humanização, 
respeito e valorização do próximo. "Antes os alunos não se preocupavam em jogar o resto da 
comida no lixo e terminavam jogando no chão ou deixavam na mesa. Hoje isso não acontece 
porque eles sabem que se deixarem comida no chão os cães podem ingerir, o que é errado", 
relata Juliana, que também faz parte do grupo Bicho Querido, que resgata animais abandonados 
e oferece um lar provisório até colocá-los para adoção. Segundo a docente, vários estudantes 
também adotaram cães em casa após a experiência na escola. 
 
O diretor Arnóbio de Paiva lembra que no início os cães sofreram com a rejeição de algumas 
mães que achavam que os cachorros iriam fazer mal à saúde dos alunos. "Elas reclamavam do 
risco de os cachorros transmitirem doenças, mas depois perceberam que Júlio e Júlia ajudaram 
a despertar o lado humano dos estudantes", lembra o gestor. Aluna do 8º ano, Franciny Oliveira, 
14 anos, enfatiza que os cachorros tornaram a ida à escola mais divertida, além de melhorarem 
o convívio de todos na unidade de ensino. "Acho que toda escola deveria ter um cachorro 
porque eles nos dão carinho e atenção pra gente, principalmente quando nos sentimos sozinhos. 
Esse apego com eles nos torna mais compreensivos com nossos colegas de classe",ensina.

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