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Roteiro de Estudo Desenvolvimento da Oclusão (2)

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DESENVOLVIMENTO DA OCLUSÃO
Desenvolvimento Embrionário
Botão: Início 6a semana de vida embrionária, células da camada basal do epitélio bucal se proliferam, formação da lâmina dentária, surgem 10 tumefações esféricas em cada maxilar (dentes decíduos).
- Molares permanentes = lâmina dentária
- Is, Cs, e PMs = antecessores decíduos
Falha: ausência dentária, presença de dentes supranumerários
Capuz: Proliferação célula, invaginação rasa na superfície profunda do botão (capuz), epitélio externo e interno do esmalte
Falha (restos epiteliais):Dentes supranumerários, odontomas, cistos, fusão, geminação, concrescência.
Câmpanula: Diferenciação celular = ameloblastos e odontoblastos, fim do estágio proliferativo, esboço da forma e tamanho do dente
Falha: Amelogênese e dentinogênese imperfeita, aberrações de forma e tamanho dos dentes (conoides, microdontia e macrodontia).
Aposição: Secreção de matriz tecidual (esmalte e dentina)
Falha: Hipoplasia do esmalte e dentina
Calcificação: Precipitação de sais inorgânicos na matriz anteriormente depositada (mineralização)
Falha: dentina interglobular, desenvolvimento excessivo (esclerose dentinária) e deficiente.
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO DA OCLUSÃO
Rodetes Gengivais: Contato dos rebordos dentários, relação de normalidade: Arcos topo à topo, arco superior à frente do inferior e anormalidade arco inferior à frente do superior. 
Arco superior forma arredondada e abóboda rasa, arco inferior forma de u, sendo arco superior e inferior mais proeminentes na região anterior, os rodetes gengivais não estão no mesmo plano ântero-posterior, pois rodete inferior = 5 a 6mm distalizado em relação ao superior
Dentes natais (presentes ao nascimento) ou neonatais (irrompem até 30 dias após o nascimento), não devem ser extraídos, para melhor conduta odontopediatra.
Sinais e Sintomas: Aumento da salivação, irritação e inquietação, coceira gengival, intensificação do hábito de chupar o dedo ou chupeta, perda de apetite, dor local e desconforto
Recomendações: Higiene correta do local com gaze umedecida em água filtrada ou fervida, dar objetos limpos para morder (mordedores), aplicação de anestésico tópico no dente (3 à 4X ao dia) tendo cuidado em lactentes (absorção sistêmica)
Dentadura Decídua
Dos 6 meses aos 6 anos de idade, apresenta 20 dentes e arco formato ovóide
Classificação de Baume: Arco tipo I: presença de espaços generalizados, arco tipo II: presença de espaços primatas. 
A cronologia e sequência da erupção é muito variável e parece haver uma tendência à precocidade na transição entre dentadura decídua e mista em crianças com padrões eruptivos precoces dos dentes decíduos. 
Presença de degraus :Degrau Distal = Classe II, degrau Mesial = Classe III, plano Terminal Reto = Oclusão topo a topo.
Entre 5 e 6 anos ocorre um maior desenvolvimento mandibular - um degrau mesial pode ser formado a partir de uma oclusão de topo a topo, a ocorrência de degraus não está relacionada ao gênero da criança, após o estabelecimento dos degraus, há poucas mudanças até a dentadura mista.
Características de normalidade: Arco superior encobrindo o arco inferior, trespasse vertical e horizontal +, ausência de curva de Spee e Wilson, ATM paralela ao plano oclusal, canino superior ocluir na ameia entre Canino e o Primeiro Molar decíduo, inclinação axial dos dentes decíduos (180 graus) - paralelos ao plano oclusal, implantação Vertical.
Hábitos deletérios persistentes após 4 anos têm maior chance de causar danos oclusais irreversíveis espontaneamente!
Dentadura Mista 
Primeiro Período Transitório: troca dos Incisivos decíduos e irrompimento dos Primeiros Molares permanentes, aproximadamente dos 6 aos 8 anos de idade; apinhamento primário na região anterior do arco devido a discrepância dente X osso, fase das “JANELINHAS”
- Período Intertransitório :Não ocorrem mudanças clínicas significativas, não há o irrompimento de nenhum dente, o Canino superior começa a irromper dentro do osso e traciona levemente a raiz do Incisivo Lateral superior – distalizado, 
fase do “PATINHO FEIO”
 entre os 9 e 10 anos de idade; incisivos superiores inclinados labialmente e com diastemas, desalinhamento dentário na região dos incisivos inferiores = normalidade, dentes decíduos posteriores podem estar desgastados pela atrição durante a função, ou pelo bruxismo, irrompimento dos caninos = a pressão é transferida da região apical dos incisivos para a região das coroas, melhorando sua inclinação e fechando o diastema.
- Segundo Período Transitório: Último estágio da dentadura mista, dos 10 aos 12 anos, irrompimento dos demais dentes permanentes (C, PMs e 2Ms), apinhamento secundário: região posterior dos arcos, importância do “Leeway Space”- 
Espaço Livre de Nance:Diferença entre a soma das distâncias mésio-distais do canino, primeiro e segundo molar decíduos e a soma das distâncias mésio-distais do canino, primeiro e segundo pré-molares permanentes;
- Hemiarcada inferior = 1,7 a 2,0 mme hemiarcada superior = 0,9 a 1,0 mm
Os segundos pré-molares inferiores e caninos permanentes superiores = mais suscetíveis à impacção e falta de espaço. 
Dentadura Permanente
Início de esfoliação do último dente decíduo, completa, intercuspidação 28 dentes (exceto 3os molares), cerca de 12-13 anos (irrompimento dos segundos molares), formato dos arcos e alinhamento das coroas = afetado pelo equilíbrio muscular, pressão de lábio, bochecha, língua influência na posição dos dentes, posição final dos ápices = determinada pela morfologia dos MXs e espaço existente, 3o Molar;
Apinhamento tardio incisivos inferiores - pressão mesial
Mudanças fisiológicas acontecem na mesma época em que o terceiro molar se encontra em processo de erupção: redução do perímetro do arco inferior (mesmo em pacientes com agenesia de terceiros molares) e crescimento tardio da mandíbula em relação à maxila, redução da abrasão dentária na região dos incisivos inferiores
Maior prevalência em homens = maior desenvolvimento mandibular masculino.

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