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OS DOMÍNIOS DA VIDA SAUDÁVEL QUALIDADE DE VIDA É uma noção eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar. O termo abrange muitos significados, que refletem conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades que a ele se reportam em variadas épocas, espaços e histórias diferentes, sendo, portanto, uma construção social com a marca da relatividade cultural. QUALIDADE DE VIDA (OMS) “A percepção que um indivíduo tem sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Trata-se de uma definição que contempla a influência da saúde física e psicológica, nível de independência, relações sociais, crenças pessoais e das suas relações com características inerentes ao respetivo meio na avaliação subjetiva da qualidade de vida individual. Neste sentido, poderemos afirmar que a qualidade de vida é definida como a “satisfação do indivíduo no que diz respeito à sua vida quotidiana”. QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE Saúde e qualidade de vida são temas muito relacionados. A saúde contribui para melhorar a qualidade de vida das pessoas. A qualidade de vida é fundamental para que um indivíduo ou comunidade tenha saúde. Não significa apenas saúde física e mental, mas que essas pessoas estejam de bem não só com elas próprias, mas também com a vida, com as pessoas que as cercam. Ter qualidade de vida é estar em harmonia com vários fatores. Qualidade de vida é, muitas vezes, considerada em termos de como a saúde pode ser afetada de forma negativa: ocorrência de uma doença debilitante que não trás risco de vida, uma doença que constitui risco de vida, o declínio natural da saúde de uma pessoa idosa, o declínio mental, processos de doenças crônicas, etc. Todas estas situações influenciam na qualidade de vida. QUALIDADE DE VISA E SAÚDE FÍSICA Relação entre atividade física, a melhoria da condição de saúde e a qualidade de vida. Relação entre uma correta alimentação e a qualidade de vida. A qualidade de vida e alimentação saudável são conceitos que estão estritamente relacionados. A melhora da condição de saúde física, através da promoção da saúde, melhora a qualidade de vida. QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE MENTAL Importância crescente no domínio da saúde mental e dos cuidados de saúde, aumentando a sua importância no discurso e prática médica. A saúde mental possui, hoje, uma enorme importância. Existe um aumento dos casos de stress crônico e Burnout, ansiedade e depressão para além de tantos outros problemas psicológicos e emocionais. STRESS E QUALIDADE DE VIDA O stress é na atualidade um grave problema com inquestionáveis implicações na qualidade de vida. Os problemas serão mais intensos dependendo do nível de stress a que o indivíduo está sujeito, das causas que lhe deram origem e dos sintomas percebidos. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Refere-se aos benefícios e malefícios do ambiente de trabalho para o indivíduo. Desenvolvimento de ambientes de trabalho que sejam tão favoráveis tanto para o indivíduo como para a saúde econômica da organização. QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE Orientação de políticas para um envelhecimento bem-sucedido, o que para a maioria dos idosos, está relacionada ao bem-estar, à felicidade, à realização pessoal, enfim, à qualidade de vida nessa faixa etária. QUALIDADE DE VIDA Qualidade de vida é o método utilizado para medir as condições de vida do ser humano ou é o conjunto de condições que contribuem para o bem físico e espiritual dos indivíduos em sociedade. Envolve o bem espiritual, físico, psicológico e emocional; além de relacionamentos sociais; saúde, educação, poder de compra, habitação, saneamento básico e outras circunstâncias da vida. Não deve ser confundida com padrão de vida, uma medida que quantifica a qualidade e quantidade de bens e serviços disponíveis. A OMS desenvolveu um questionário para aferir a qualidade de vida, que possui duas versões validadas para o português: um deles composto por 100 questões e outro composto por 26 questões: The World Health Organization Quality of Life – (WHOQOL 100 e brief) Tem seis domínios: o físico, o psicológico, o do nível de independência, o das relações sociais, o do meio ambiente e o dos aspectos religiosos. DOMÍNIO I – DOMÍNIO FÍSICO Dor e desconforto Energia e fadiga Sono e repouso DOMÍNIO II – DOMÍNIO PSICOLÓGICO Sentimentos positivos Pensar, aprender, memória e concentração Autoestima Imagem corporal e aparência Sentimentos negativos DOMÍNIO III – NÍVEL DE INDEPENDÊNCIA Mobilidade Atividades da vida cotidiana Dependência de medicação ou de tratamentos Capacidade de trabalho DOMÍNIO IV – RELAÇÕES SOCIAIS Relações pessoais Suporte (apoio) social espaço Atividade sexual DOMÍNIO V - AMBIENTE Segurança física e proteção Ambiente no lar Recursos financeiros Cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade Oportunidades de adquirir novas informações e habilidades Participação em, e oportunidades de recreação/lazer Ambiente físico: (poluição/ruído/trânsito/clima) Transporte DOMÍNIO VI - ASPECTOS ESPIRITUAIS/ RELIGIÃO/CRENÇAS PESSOAIS Espiritualidade/religião/crenças pessoais. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede o nível de desenvolvimento humano dos países utilizando como critérios indicadores de educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).Pelo Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), o Brasil se manteve no 79º lugar no ranking que abrange 188 países, do mais ao menos desenvolvido. O relatório foi elaborado em 2016 e tem como base os dados de 2015. (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Pnud) O ranking mundial de desenvolvimento humano dos países apresenta o índice de cada nação, que varia de 0 a 1 – quanto mais próximo de um, mais desenvolvido é o país. No RDH, o Brasil registrou IDH de 0,754, mesmo índice que havia sido registrado em 2014. EXPECTATIVA DE VIDA Também chamada de esperança de vida, é um índice (número médio) que representa quantos anos se espera que um indivíduo possa viver quando nasce. Fatores que influenciam: Qualidade de vida da população. Qualidade dos serviços públicos, principalmente, educação e saúde. Saneamento básico. Campanhas de vacinação em massa. Segurança no trabalho. Criminalidade. Ausência de guerras ou conflitos militares. A expectativa de vida no Brasil aumentou 17,9% entre 1980 e 2013, passando de 62,7 para 73,9 anos, um aumento real de 11,2 anos, segundo o PNUD. As principais ações na atenção básica e urgência/emergência foram: o medidas de combate à desnutrição, o redução da mortalidade materna e infantil, o ampliação do acesso a vacinas e medicamentos gratuitos, o melhoria do atendimento às mães e bebês, o enfrentamento das doenças crônico-degenerativas e das mortes violentas. (MS) A expectativa de vida do brasileiro teve um aumento de 30,3 anos de 1940 até 2016, as ações mais objetivas foram: o campanhas de vacinação em massa, o atenção ao pré-natal, o incentivo ao aleitamento materno, o contratação de agentes comunitários de saúde e o programas de nutrição infantil. Segundo a Tábua de Mortalidade2016, expectativa de vida entre os estados brasileiros: o Santa Catarina: com 79,1 anos; o Espírito Santo: 78,2 anos; o Distrito Federal e São Paulo: 78,1 anos; o Rio Grande do Sul: 77,8 anos; o Minas Gerais: 77,2 anos; o Paraná: 77,1 anos; o Rio de Janeiro: 76,2 anos. Estados com as menores taxas de expectativas de vida: o Maranhão, com 70,6 anos e do Piauí, com 71,1 anos As mulheres vivem em média mais do que homens: o Em 2016: homens (72,9 anos), mulheres (79,4 anos). Em Santa Catarina, Espírito Santo, Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, as mulheres vivem mais de 80 anos. No Maranhão, Alagoas e Piauí os homens vivem cerca de 66,9 anos, valor bem inferior à média nacional. “Esse comportamento nacional se repetiu em todos os estados, sendo que a maior diferença foi registrada em Alagoas, onde as mulheres vivem, em média, mais 9,5 anos do que os homens; em seguida, vem a Bahia (9,2 anos) e Sergipe (8,4 anos)”, diz o informe do IBGE. “A diferença nas expectativas de vida entre homens e mulheres reflete os altos níveis de mortalidade, principalmente de jovens, por causas violentas, que incidem diretamente na esperança de vida ao nascer da população masculina” Segundo a OMS a expectativa de vida no mundo: o Japão: 86 anos, o Andorra e Singapura: 84 anos, o Hong Kong, Suécia, Austrália, Islândia e Itália: 83 anos, o Suíça, Espanha, França e Canadá: 82 anos. o Serra Leoa (África): 38 anos; o Guiné Bissau e Somália (África): 50 anos; o Angola e Moçambique (África): 42 anos.