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APOIO PARA ESTUDO - Módulo 1 – Leis de Mendel

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Módulo 1 – Leis de Mendel 
Conteúdo: 
• Primeira Lei de Mendel 
• Segunda Lei de Mendel 
Orientações para estudo 
• Utilizar a bibliografia indicada; 
• Estabelecer horários de estudo; 
• Utilizar o banco de questões (on line) para estudar e verificar os conhecimentos que 
estão sendo adquiridos. 
APOIO PARA ESTUDO: 
Mendel, por meio de experimentos muito bem elaborados, propôs uma teoria de herança 
particulada, ou seja, sugeriu que as características são determinadas por unidades discretas 
(“partículas”) que, ao invés de se misturarem umas com as outras na prole, passam intactas 
ao longo das gerações. 
Mendel escolheu para estudo a ervilha de jardim (Pisum sativum), principalmente pelo fato 
de haver uma grande variabilidade de características nesta espécie, e também porque estas 
plantas podem ser facilmente autofecundadas por manipulação. Além disso, são plantas que 
têm um curto tempo de geração e produzem uma grande prole. Seu programa de pesquisa 
sobre hibridação em ervilhas lhe rendeu, postumamente, o título de fundador da ciência da 
genética. 
As características selecionadas por Mendel encontram-se listadas abaixo: 
Cor da semente: Amarela ou verde 
Cor das flores: Púrpura ou branca 
Formato da vagem: Inflada ou murcha 
Cor da vagem: Verde ou amarela 
Posição das flores no caule: Axial ou terminal 
Comprimento do caule: Longo ou curto 
 
O ponto de partida em qualquer análise genética é a existência de fenótipos contrastantes 
para uma determinada característica. O passo seguinte é a delineação de cruzamentos entre 
indivíduos divergentes quanto a estes fenótipos, e este foi o procedimento adotado por 
Mendel após a obtenção das linhagens puras para cada uma das sete características 
selecionadas. 
Em um de seus primeiros experimentos, Mendel polinizou uma planta de flor púrpura com o 
pólen de planta de flor branca, ambas puras quanto ao seu fenótipo. Estas plantas de 
linhagens puras 
empregadas nos cruzamentos constituem o que se denomina, em genética, de geração 
parental (ou, 
simplesmente, geração P). A partir do cruzamento mencionado acima, nasceram apenas 
plantas que tinham flores púrpuras. Esta geração de prole é chamada de primeira geração 
filial (ou, simplesmente, geração F1). (As gerações subseqüentes produzidas por 
autofecundação são simbolizadas por F2, F3, e assim por diante). 
 
Mendel empregou os termos dominante e recessivo para explicar o fenômeno observado 
na geração F1. O fenótipo que se manifestava na F1 foi considerado dominante, e aquele 
fenótipo não manifestado nesta geração recebeu o nome de recessivo. Assim, 
flor púrpura é dominante sobre flor branca. A flor branca, por sua vez, é recessiva em 
relação à flor 
púrpura. Por definição, o fenótipo parental que se expressa na F1 é o dominante. 
 
Ao deixar as plantas F1 se autofecundarem, Mendel obteve a geração F2 composta tanto 
por plantas de flores púrpuras quanto de plantas de flores brancas, na proporção de 3:1. Ou 
seja, a cada quatro indivíduos pertencentes à F2, a proporção era de três fenótipos 
dominantes para um fenótipo recessivo. 
Baseando-se em seus resultados, Mendel propôs uma hipótese que explicava de maneira 
engenhosa os números que obteve em cada geração: 
a. A herança deveria ser particulada, e tais “partículas hereditárias” (às quais ele denominou 
“fatores”) determinariam as características do indivíduo e passariam intactas para sua prole. 
b. As partículas hereditárias se combinariam aos pares em cada indivíduo. 
c. Na formação de um novo indivíduo, seria necessário que um dos genitores enviasse, por 
via 
gamética, apenas uma dessas partículas, as quais constituiriam um novo par neste indivíduo 
em formação. Sendo assim, na formação dos gametas dos genitores, suas partículas seriam 
segregadas, ou seja, seriam separadas, de modo que cada gameta deveria conter apenas 
uma 
dessas partículas. 
d. A combinação entre os gametas provenientes de cada genitor ocorreria ao acaso, sem 
haver 
nenhum tipo de favorecimento. 
Hoje sabemos que as partículas hereditárias ou fatores mendelianos correspondem aos alelos 
de um determinado gene. Durante a meiose, o par de alelos encontrados em cromossomos 
homólogos serão separados, de tal modo que um determinado gameta contenha apenas um 
dos elementos do par. Esse fenômeno é descrito na Primeira Lei de Mendel: “Os alelos, que 
encontram-se aos pares nas células somáticas dos indivíduos, separam-se durante a 
produção dos gametas.” Essa lei também é conhecida como “lei da segregação dos alelos” ou 
“lei da pureza dos gametas”. 
Mendel também analisou os descendentes de linhagens puras que diferiam em duas 
características. Por exemplo, uma planta que produzia sementes amarelas e rugosas, pura 
quanto 
às duas características (genótipo AAbb), com outra planta que produzia sementes verdes e li
sas, 
igualmente pura (genótipo aaBB). O cruzamento entre estas duas linhagens produziu sement
es 
diíbridas de F1 com o genótipo AaBb, que ele verificou serem lisas e amarelas. Mendel já tinh
a 
conhecimento prévio de que os fenótipos “amarelo” e “liso” eram dominantes, e este resulta
do mostrou que a heterozigose em um par de alelos em F1 não interferia na manifestação do 
fenótipo do outro par. 
O próximo passo foi autofecundar indivíduos F1 diíbridos para obter a geração F2. Os 
resultados de F2 revelaram quatro fenótipos diferentes: amarela/lisa, amarela/rugosa, 
verde/lisa e verde rugosa, na proporção de 9:3:3:1, respectivamente. 
O modo como Mendel concebeu essa explicação para a proporção 9:3:3:1 ficou conhecido 
como segunda lei de Mendel, e pode ser expressa da seguinte forma: "pares de genes 
diferentes se segregam independentemente na formação dos gametas".

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