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MICROBIOLOGIA ORAL (VIROSES DE INTERESSE ODONTOLÓGICO) Vírus Parasitas intracelulares obrigatórios que infectam diferentes hospedeiros Existem mais de 300 vírus que infectam seres humanos • A mesma doença pode ser produzida por vários tipos de vírus; • O mesmo vírus pode produzir diferentes doenças; • A doença produzida não tem relação com a morfologia do vírus; • A evolução da doença é determinada pela constituição genética do vírus e do hospedeiro; • As infecções podem ser subclínicas. Doenças Virais Tipos de Vírus: Vírus RNA envelopados Flavivírus ✓ Genoma de RNA de fita simples; ✓ Poliédricos; ✓ Transmitidos por mosquitos e carrapatos; ✓ Responsáveis por várias encefalites ou febres hemorrágicas (Ex: vírus da febre amarela e da dengue). ✓ As infecções pelo vírus da febre amarela são caracterizadas por uma doença sistêmica grave com degeneração do fígado, rins e coração; ✓ Há também presença de hemorragias gastrointestinais. Vetores de Transmissão Vírus RNA envelopados ✓ RNA segmentado; ✓ Facilita o desenvolvimento de novas linhagens; ✓ Pleomórficos; ✓ Responsáveis pela Influenza em humanos. ✓ Transmitidos por mosquitos e carrapatos; Ortomixovírus Vírus RNA envelopados ✓RNA Fita Simples; ✓Helicoidais; ✓Responsáveis pela caxumba, sarampo, pneumonia viral. Paramisovírus Vírus RNA envelopados ✓Vírus envelopados; ✓Duas fitas de RNA; ✓ Possuem enzima transcriptase reversa, que utiliza o RNA viral para formar uma fita complementar de DNA, o qual então duplicado, produzindo uma cópia de DNA de fita dupla; ✓Causam tumores e Leucemia; ✓ São agentes etiológicos da imunodeficiência adquirida (AIDS). Retrovírus Vírus RNA não envelopados ✓Vírus muito pequenos; ✓ Poliédricos; ✓ Tem mais de 230 membros, sendo que 150 causam doenças em humanos; ✓Após infecção, eles interrompem todas as funções do DNA e RNA da célula hospedeira; ✓Responsáveis pela Poliomielite, Hepatite A e resfriado comum. Picornavírus Vírus DNA envelopados ✓ Envelopados; ✓Replicam-se no núcleo da célula; ✓ Produzem infecções latentes que podem perdurar por toda a vida do hospedeiro; ✓Responsáveis pela Herpes Simples, Herpes-Zoster, Varicela (catapora); Herpesvírus Vírus DNA envelopados MICROBIOLOGIA ORAL (BIOFILME DENTÁRIO) Biofilme Complexas comunidades de micro-organismos envolvidos em uma matriz extracelular • Biopelícula formada por proteínas e glicoproteínas salivares e do fluido gengival na superfície dentária; • Adere ao esmalte; • Esse filme orgânico já está presente após 15 minutos, apresentando formação mais rápida nas primeiras 2 horas; • A seguir, ela começa a ser colonizada por bactérias. Película Adquirida Acúmulo de micro-organismos na superfície dos dentesBiofilme Dentário Comunidade microbiana embebida por uma matriz aglutinante e firmemente aderida sobre os dentes ou outras estruturas bucais sólidas (próteses, aparelhos ortodônticos, restaurações, superfície de implantes). Película Adquirida Primeiro estágio na formação do biofilme dentário Ações da película ✓ Proteção da superfície do esmalte; ✓ Influência na aderência de micro-organismos bucais; ✓ Substratos para micro-organismos adsorvidos; ✓Reservatório de íons protetores, incluindo o flúor. Composição do biofilme dentário ✓Pode apresentar um único microorganismo (normalmente – várias espécies); Microcolônias Biofilme Vantagens para os micro-organismos ✓ Proteção frente a fatores ambientais como os mecanismos de defesa do hospedeiros; ✓ Proteção contra substâncias tóxicas (antibióticos); ✓ Facilitar obtenção de nutrientes (utilização de outras bactérias); Etapas de formação Biofilme Comunidade Pioneira ✓ 15 minutos a 8 horas após a limpeza adequada; ✓ Colonizado por Streptococcus (60 a 80%); ✓ São necessário pelo menos 24 horas sem limpeza para que haja a formação de uma camada de biofilme clinicamente evidenciável. Etapas de formação Biofilme Comunidade Intermediária ✓ Microbiota mais complexa; ✓ Diminuição dos Streptococcus (45%) e surgimento do grupo Veillonella (20%); ✓ Aumento de outras espécies como Actinomyces (25%) e Fusobacterium (5%) após 3 dias. Etapas de formação Biofilme Comunidade Clímax ✓ Crescimento do biofilme no sentido apical e aumento da espessura; ✓ Favorecimento dos micro-organismos anaeróbios (Prevotella, Porphyromonas, Eubacterium) e Espiroquetas (Treponema) aumentam em número. Existe diferença entre o tipo de biofilme correlacionado com a cárie e com doença periodontal. Aspectos Morfológicos do Biofilme ✓Biofilme da superfície dentária – assentamento das bactérias sobre a película adquirida; ✓Camada bacteriana condensada – camada preenchida por micro-organismos cocoides; ✓Corpo do biofilme dentário – maior porção do biofilme. Diferentes espécies arranjados ocasionalmente. ✓ Superfície do biofilme dentário – grande variedade de micro-organismos. Biofilme dentário supragengival ou coronária Aspectos Morfológicos do Biofilme Biofilme dentário subgengival Forma-se abaixo da borda gengival. É mais fino. ✓Biofilme aderido – associado ao dente. ✓Biofilme não aderido – associado ao epitélio do sulco gengival. ✓Camada interposta entre Biofilme aderido e não aderido – microorganismos ✓ flutuam no exsudato gengival. Fatores que afetam o desenvolvimento do biofilme ✓ Anatomia dos dentes e tecidos; ✓ Estrutura dentária; ✓ Higiene bucal; ✓ Atrito com a dieta. As mais importantes reações que acontecem no biofilme estão relacionadas com a utilização metabólica de substratos fornecidos pela mistura alimento-saliva. Potencial Patogênico Biofilme Cárie e Doença periodontal são as principais enfermidades da cavidade bucal influenciadas pela atividade patológica do biofilme. Formação do Biofilme Dentário ✓ Forças de Van der Waals (energia cinética) – atração das bactérias; ✓ Nessa fase a adsorção é reversível. Fase inicial Fase de acumulação ➢ As bactérias se tornam aderidas à superfície dos tecidos bucais; ✓ Camada de hidratação – imersão de saliva no esmalte (neutraliza); ✓ Glicocálice – aderência de micro-organismos (parede celular); ✓ Pili ou Fímbrias – organelas filamentosas que participam da aderência; ✓ Adesinas – moléculas que reconhecem receptores específicos; ✓ Polímeros bacterianos extracelulares – material de reserva (retenção mecânica) Polímeros Bacterianos Extracelulares Glicanos ✓ Produzidos pela ação enzimática de certos micro-organismos sobre a sacarose; Ex: Streptococcus mutans – o processo facilita a aderência a superfície dos dentes. Levanos ✓ Definidos como frutanos (cadeias de frutose). São encontrados em muitos tecidos vegetais como material de reserva; Métodos de controle de Biofilme Dentário ✓ Químicos - Goma de mascar, dentifrícios e antissépticos; ✓ Enzimas – Dextranase produzida por fungos; ✓ Antibióticos; ✓ Fluoretos; ✓ Biológios – Vacinação; ✓ Dieta. Composição da dieta DIETA + SALIVA Nutrientes para os micro-organismos Composição da dieta ✓ 0,1% de sacarose na cavidade bucal diminui o pH do biofilme dentário em 1 unidade em 5 minutos; ✓ Só retorna ao normal após 20-30 minutos; ✓ Concentrações de 10% produzem um pH abaixo de 4; ✓ O pH crítico para ocorrer desmineralização do esmalte está entre 4,5 e 5,5. Principais fontes de carboidratos ✓ Glicoproteínas salivares; ✓ Polímeros extracelulares (glicanos e frutanos); ✓ Amido; ✓ Dissacarídeos: sacarose, maltose e lactose; ✓ Monossacarídeos: frutose, glicose; ✓ Açúcares alternativos: manitol e sorbitol – metabolizados em frutose (xilitol) MICROBIOLOGIA ORAL (DROGAS ANTIMICROBIANOS) Pré-operatório• Ansiolíticos • Antiinflamatórios • Antimicrobianos Trans-operatório • Anestésicos locais Pós-operatório • Analgésicos • Antimicrobianos • Antiinflamatórios Toxicidade Seletiva Propriedade que o antibiótico deve ter de lesar APENAS o microrganismo, deixando intactas as células do hospedeiro Os antibióticos podem ser classificados de acordo com inúmeros critérios: químico, origem, farmacocinético, farmacodinâmico. QUIMICO ORIGEM Mecanismo de ação Atividade Mecanismo de ação Mecanismo de ação Mecanismo de ação Inibição da síntese de RNA Alterações na membrana celular Membrana celular bacteriana: Mecanismos adicionais
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