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Microbiologia Oral - Controle de Infecções

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Professor Dr. Moisés Franco Barbosa da Silva 
MICROBIOLOGIA ORAL 
(CONTROLE DE INFECÇÃO) 
CURSO DE ODONTOLOGIA 
Microbiologia Oral 
Biossegurança em Odontologia é o conjunto de procedimentos adaptados no 
consultório com o objetivo de dar proteção e segurança ao paciente, ao profissional 
e sua equipe 
BIOSSEGURANÇA 
Microbiologia Oral 
BIOSSEGURANÇA 
O único meio de prevenir a transmissão de doenças é o emprego de medidas de controle 
de infecção como equipamento de proteção individual (EPI), esterilização do instrumental, 
desinfecção do equipamento e ambiente, anti-sepsia da boca do paciente. 
Microbiologia Oral 
 São essenciais a padronização e manutenção das medidas de biossegurança como 
forma eficaz de redução de risco ocupacional, de infecção cruzada e transmissão de 
doenças infecciosas. 
BIOSSEGURANÇA 
Microbiologia Oral 
 Paciente para o profissional e para a equipe 
 Profissional e equipe para o paciente 
 Paciente para paciente 
INFECÇÃO CRUZADA EM ODONTOLOGIA 
Microbiologia Oral 
CONCEITOS 
 Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração 
de microorganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um 
ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. 
 73% das pessoas saem do banheiro com as mãos contaminadas 
 Após duas horas 77% exibem o mesmo germe na boca 
 50% das pessoas saem do banheiro sem lavar as mãos 
Moriya T. et al. ASSEPSIA E ANTISSEPSIA: TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 265-73. 
Microbiologia Oral 
CONCEITOS 
 Anti-sepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de 
microorganismos ou removê-los de um tecido vivo, podendo ou não destruí-
los. 
Aplicação de um agente 
germicida com ação contra 
microorganismos 
Microbiologia Oral 
CONCEITOS 
 Degermação: é a erradicação total ou parcial da microbiota da pele e/ou 
mucosas por processos físicos e/ou químicos. É a remoção de detritos e 
impurezas na pele 
Microbiologia Oral 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 A higienização das mãos é considerada a ação isolada mais importante no 
controle de infecções em serviços de saúde. 
 As mãos são a principal via de transmissão de microrganismos. 
Microbiologia Oral 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
Microbiota da pela 
TRANSITÓRIA 
 
 Microorganismos adquiridos por contato direto com o meio ambiente, 
contaminam a pele temporariamente. 
 
RESIDENTE 
 
 Microorganismos que vivem e se multiplicam nas camadas profundas 
da pele, glândulas sebáceas e folículos pilosos. 
Microbiologia Oral 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 A utilização simples de água e sabão pode reduzir a população microbiana 
presente nas mãos e, na maioria das vezes, interromper a cadeia de 
transmissão de doenças. 
Microbiologia Oral 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
FATORES DE RISCO PARA A NÃO ADESÃO ÀS PRÁTICAS DE HIGIENE DAS MÃOS 
REFERIDOS PELOS PROFISSIONAIS: 
 
 Irritação e ressecamento da pele; 
 Falta de sabão e papel toalha; 
 Excesso de trabalho; 
 As necessidades dos pacientes são prioridades; 
 A higiene das mão interfere na relação com o paciente; 
 Baixo risco de alguns pacientes; 
 Uso de luvas dispensa a lavagem das mãos; 
 Falta de conhecimento e/ou ceticismo quanto ao real valor; 
 Ausência de exemplos de colegas e superiores; 
 Ausência de informação científica de impacto definitivo. 
Microbiologia Oral 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
Produto alcoólico reduz o tempo necessário para a higiene das mãos, porém 
não substitui a lavagem com água e sabonete líquido quando esta é possível. 
SABÃO 
COMUM 
BOM 
SABÃO 
ANTISSEPTICO 
MELHOR 
 
ÁLCOOL 
MUITO MELHOR 
Microbiologia Oral 
TÉCNICA DA LAVAGEM DAS MÃOS 
Microbiologia Oral 
CONCEITOS 
 Limpeza: é a remoção da sujidade de qualquer superfície, reduzindo o 
número de microrganismos presentes. Esse procedimento deve 
obrigatoriamente ser realizado antes da desinfecção e/ou esterilização. 
Microbiologia Oral 
CONCEITOS 
 Desinfecção: é um processo que elimina microrganismos patogênicos de 
seres inanimados, sem atingir necessariamente os esporos. Pode ser de alto 
nível, intermediário ou baixo. 
Microbiologia Oral 
CONCEITOS 
 Esterilização: é um processo que elimina todos os microrganismos: 
esporos, bactérias, fungos e protozoários. Os meios de esterilização podem 
ser físicos ou químicos. 
Microbiologia Oral 
CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS 
 Instrumentos críticos: são instrumentos de corte ou ponta que penetram 
nos tecidos sub-epiteliais (entra em contato com sangue e secreções). 
Devem ser obrigatoriamente esterilizados. 
Microbiologia Oral 
CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS 
 Instrumentos semi-críticos: são instrumentos que entram em contato com a 
mucosa ou pele íntegra (moldeiras, espelhos, instrumentais para restaurações). 
Podem ser desinfetados, mas quando possível e preferencialmente esterilizados. 
Microbiologia Oral 
CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS 
 Instrumentos não críticos: entram em contato apenas com a pele íntegra ou 
não entram em contato com o paciente (pinça perfuradora de lençol de 
borracha, arco de Young, mufla). 
Devem ser desinfetados. 
Microbiologia Oral 
PROCEDIMENTOS SEGUNDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO 
 Procedimentos críticos: quando há penetração no sistema vascular 
(cirurgias e raspagens sub-gengivais). 
Microbiologia Oral 
PROCEDIMENTOS SEGUNDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO 
 Procedimentos semi-críticos: quando entram em contato com secreções 
orgânicas (saliva) sem invadir o sistema vascular (inserção de material 
restaurador, aparelho ortodôntico). 
Microbiologia Oral 
PROCEDIMENTOS SEGUNDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO 
 Procedimentos não críticos: quando não há contato com secreções 
orgânicas nem penetração no sistema vascular. Na Odontologia não existe 
nenhum procedimento que possa ser classificado nessa categoria. 
Microbiologia Oral 
PROCEDIMENTOS SEGUNDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO 
 Procedimentos semi-críticos: quando entram em contato com secreções 
orgânicas (saliva) sem invadir o sistema vascular (inserção de material 
restaurador, aparelho ortodôntico). 
Microbiologia Oral 
PROCEDIMENTOS SEGUNDO O RISCO DE CONTAMINAÇÃO 
 Procedimentos não críticos: quando não há contato com secreções 
orgânicas nem penetração no sistema vascular. Na Odontologia não existe 
nenhum procedimento que possa ser classificado nessa categoria. 
Microbiologia Oral 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) 
Os profissionais da área da saúde, por estarem mais expostos, possuem um risco elevado 
de aquisição de doenças infecciosas, devendo estar devidamente imunizados. 
As vacinas mais importantes para os profissionais da Odontologia são: 
• Hepatite B, 
• Influenza, 
• Tríplice viral, 
• Dupla tipo adulto. 
Microbiologia Oral 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) 
Imunização contra Hepatite B 
• A imunização contra a Hepatite B é realizada em três doses. 
 
• Em períodos de zero, um e seis meses de intervalo. 
 
• Deve-se fazer teste sorológico para confirmação da imunização. 
 
• Deve ser feito reforço da vacina a cada 5 anos. 
Microbiologia Oral 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) 
Equipamento de Proteção Individual (Barreiras) 
 Gorro (tipo touca): deve recobrir todo o cabelo e orelhas, protegendo-os 
principalmente dos aerossóis. Deve ser de uso único e descartáveis em lixo 
contaminado. 
Microbiologia Oral 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) 
Equipamento de Proteção Individual (Barreiras) 
 Avental:evita o contato da pele e roupas pessoais com os microrganismos 
do campo de trabalho. Seu uso deve ser restrito ao local de trabalho. Podem 
ser: 
 não cirúrgico: para procedimentos semi-críticos. Devem ser trocados diariamente ou 
quando apresentarem contaminação visível por sangue ou fluidos. 
 
 cirúrgico estéril: para procedimentos críticos. É vestido após a paramentação do 
profissional e degermação das mãos. 
Microbiologia Oral 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) 
Equipamento de Proteção Individual (Barreiras) 
Microbiologia Oral 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) 
Equipamento de Proteção Individual (Barreiras) 
Microbiologia Oral 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) 
 Máscara: proteção das vias aéreas superiores (3 camadas) - descartável. 
Equipamento de Proteção Individual (Barreiras) 
 Óculos de Proteção: proteção biológica e mecânica. Devem ser fechados 
lateralmente. Devem ser lavados e desinfetados. 
Microbiologia Oral 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) 
Equipamento de Proteção Individual (Barreiras) 
Microbiologia Oral 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) 
Equipamento de Proteção Individual (Barreiras) 
Microbiologia Oral 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) 
 Luvas: as mãos devem ser lavadas antes de calçar as luvas que devem ser 
descartadas a cada procedimento em lixo contaminado. 3 tipos: 
Equipamento de Proteção Individual (Barreiras) 
 Procedimentos: não estéreis para procedimentos semi-críticos. 
 
 Cirúrgicas: embaladas individualmente para procedimentos críticos. 
 
 Limpeza: látex grosso e resistente. Para a manipulação de instrumental contaminado, para 
procedimentos de limpeza e desinfecção do consultório. Devem ser desinfetadas após o uso. 
São reutilizáveis. 
Microbiologia Oral 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PESSOAL (PROFISSIONAL E EQUIPE) 
Equipamento de Proteção Individual (Barreiras) 
Microbiologia Oral 
CAMPOS DE TRABALHO 
 Campo estéril: para procedimentos críticos. 
 Barreiras de PVC: para procedimentos semi-críticos. Devem ser trocadas a 
cada paciente. 
Microbiologia Oral 
PREPARO DO MATERIAL PARA ESTERILIZAÇÃO 
 Pré lavagem: remoção da sujidade. 
 Ultra-som: com solução enzimática ou desencrostante (2 à10 min.); 
 Mecânica: o instrumental deve ficar imerso em solução enzimática (2 à 10 min) e depois 
lavado em água corrente. 
 Embalagem: de acordo com o método de esterilização. 
 Secagem: toalha ou ar. 
Microbiologia Oral 
PREPARO DO MATERIAL PARA ESTERILIZAÇÃO 
Microbiologia Oral 
PREPARO DO MATERIAL PARA ESTERILIZAÇÃO 
Microbiologia Oral 
PREPARO DO MATERIAL PARA ESTERILIZAÇÃO 
Microbiologia Oral 
PREPARO DO MATERIAL PARA ESTERILIZAÇÃO 
Microbiologia Oral 
MÉTODOS DE DESINFECÇÃO 
Microbiologia Oral 
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO 
 Calor Úmido (Autoclave) 
 Vapor sob pressão (1 à 2 atmosferas). 
 Tempo de 15 à 30 minutos. 
 Temperatura de 121 à 132 °C. 
 Calor Seco (Estufa) 
 Tempo de 1 hora à 170°C ou 2 horas à 160°C. 
 Sem a abertura da mesma durante o processo. 
Microbiologia Oral 
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO 
Microbiologia Oral 
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO 
Microbiologia Oral 
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO 
Microbiologia Oral 
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO 
Microbiologia Oral 
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO 
 Processos Químicos 
 Óxido de etileno por 4 horas. 
 Glutaraldeído 2% por 10 horas 
 Solução de formaldeído 38% por 18 horas. 
Microbiologia Oral 
DESCARTE DE LIXO 
 Não contaminado: lixo comum, saco preto. 
 Contaminado (contém sangue e secreções): saco branco identificado. 
 Perfuro–cortantes: Caixa de papelação Descartex. 
Microbiologia Oral 
DESCARTE DE LIXO 
Fisiologia 
Referência Bibliográfica: 
Cap. 
Email: moises_franco@uol.com.br 
JORGE, A. O. C., Microbiologia e Imunologia Oral. 2ª ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 
Parte IV

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