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DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL 1 SEMANA DA FISIOTERAPIA 2017 APRESENTAÇÃO MINISTRADA PELOS ALUNOS DO 8º PERÍODO DE FISIOTERAPIA FTGA - 2017 ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL 2 ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL Anatomia É uma articulação sinovial esferóide que existe entre a cabeça do úmero e a cavidade glenóide da escapula. Função dos ligamentos do ombro 3 ÚMERO ESCÁPULA ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL Anatomia 4 ÚMERO ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL Anatomia 5 ESCÁPULA ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL Anatomia 6 ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL Anatomia Os ligamentos responsáveis pela estabilização desta articulação são: Ligamento coracoumeral: origina-se do processo coracóide da escápula e se insere próximo ao tendão do músculo bíceps braquial, fortalecendo a parte superior da escápula. Ligamento glenoumeral: é muito espesso e resistente. Circunda quase que totalmente a cabeça do úmero fixando-a aos lábios da cavidade glenoidal. È dividido em três porções – superior, média e inferior. Ligamento umeraltransverso: é bastante estreito e forma um canal para o tendão do bíceps ao saltar de um tubérculo ao outro. 7 ARTICULAÇÃOESCÁPULO-UMERAL Biomecânica É uma articulação dotada de amplos movimentos de: rotação, flexão, extensão, adução, abdução e circundação. 8 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL 9 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Definição A Distrofia Facio-Escápulo-Umeral , é uma patologia que causa fraqueza e perda muscular, atingindo a cintura escapular, ombro, face e musculatura abdominal com hiperlordose lombar, podendo em alguns casos, comprometer a cintura pélvica 10 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Músculos Musculaturas atingida na doença 11 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Etiologia e epidemiologia Doença hereditária autossômica dominante e está localizado no cromossomo 4 portanto, qualquer indivíduo afetado pela FSH corre o risco de 50% de transmitir o gene defeituoso a seus descendentes. A doença se inicia entre os 10 e os 25 anos e a incidência é de 1 para cada 20000 habitantes, em ambos os sexos. 12 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Quadro clínico A FSH escrita inicialmente por dois médicos após monitorar uma família por 11 anos.Descobriram que o modo como a da doença se inicia e a sequencia dos músculos afetados é bem característica. Foram avaliados 17 pacientes, e foi descrito como primeiro sintoma da doença, fraqueza na musculatura da cintura escapular, fraqueza na musculatura da face e fraqueza na musculatura do tornozelo. No exame clinico 94% dos pacientes tinham fraqueza na musculatura da face, 93% fraqueza na musculatura da cintura escapular, 67% fraqueza na musculatura do tornozelo e 50% fraqueza na cintura pélvica. 13 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Quadro clínico FRAQUEZA DA MUSCULATURA FACIAL Incapacidade do paciente em fechar os olhos com força; Sorriso assimétrico; Dificuldade na deglutição 14 FRAQUEZA DA MUSCULATURA DA CINTURA ESCAPULAR Posição elevada da escápula; Dificuldade de elevar os braços. FRAQUEZA DA MUSCULATURA ABDOMINAL Pode estar presente no inicio da doença; Pacientes com lordose; Sinal de Beevor DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Quadro clínico FRAQUEZA DA MUSCULATURA DOS MEMBROS INFERIORES Os músculos extensores do pé e os da cintura pélvica também podem ser afetados pela doença, de maior prevalência os do compartimento posterior, tibial anterior e gastrocnêmicos; 20% dos pacientes acabam precisando usar cadeira de rodas. 15 ASSIMETRIAS Assimetria do desenvolvimento muscular é presente, explicado, com a influencia do paciente ser destro ou canhoto ou o excesso de atividade ENVOLVIMENTO CARDIACO E PULMONAR Associação de pacientes com FSH gravemente afetados com insuficiência respiratória, aproximadamente 3% desses pacientes. Estudo comparando 24 pacientes com 24 controles normais, observou-se um envolvimento cardíaco entre os pacientes com FSH. DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Quadro clínico PROGRESSÃO Aproximadamente 30% de todos os casos não progridem além da fraqueza da cintura escapular.Nos casos restantes, 80% progridem até a fraqueza dos músculos extensores do pé e outros 20% até a fraqueza da cintura pélvica; Nos MMSS, a fraqueza progride atingindo o bíceps e o tríceps. Os pacientes com FSH apresentam expectativa de vida normal, embora 20% ficam gravemente debilitado devido á fraqueza; Em geral a progressão é lenta, o que permite que os pacientes se adaptem. 16 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Quadro clínico OUTRAS CARACTERISTICAS CLINICAS Deficiência auditiva; Retinopatia; Dores; Depressão; Fadiga; Em casos mais graves retardo mental. 17 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Quadro clínico FORMAS INFANTIS E DE INICIOS PRECOCE Embora a faixa comum seja de 20-30 anos, há casos de formas infantis Descrita como a presença dos sinais e sintomas antes dos 05 anos de idade( 4% da população); Um estudo do Japão tem associado retardo mental e epilepsia a pacientes com inicio precoce que são gravemente afetados . 18 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Quadro clínico VARIABILIDADE CLINICA Pacientes com FSH podem ter variabilidade no quadro clínico, em que os sintomas mais graves aparecem na infância ; Na fase adulta os pacientes se caracterizam como portadores assintomáticos; Mulheres apresentam sintomas mais brando que homens. 19 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Teste Genético: Análise direta da deleção da região do cromossomo 4 (4q35) por Southern blotting. Fragmentos com tamanho menor do que 35kb estão associados à presença da doença, na grande maioria dos casos. É norma do laboratório não realizar o exame em crianças assintomáticas. 20 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL Métodos de diagnóstico O diagnóstico molecular baseia-se na detecção de região repetitiva D4Z4 em 4q35, sendo o resultado do teste molecular considerado positivo se o número de repetições for inferior a 10 de 11. No entanto, esta anomalia não foi detectada em 5% dos doentes com diagnóstico clínico da distrofia. Existem duas variantes (A e B) do cromossomo 4 e a distrofia escápulo-umeral só se manifesta em portadores da variante 4qA 21 DISTROFIA ESCÁPULO-UMERAL CONCLUSÃO A FSH é definida como uma doença hereditária autossômica dominante, podendo manifestar-se em ambos os sexos, com idade de início, gravidade e o curso de ampla variedade. A denominação reflete a distribuição característica da fraqueza, com uma grande probabilidade de afetar a face do portador, progredindo para a cintura escapular. É uma distrofia muscular rara, devido a um defeito molecular no locus 4q. Contudo, a FSH é uma das formas mais benignas das distrofias musculares progressivas, sendo o terceiro distúrbio neuromuscular hereditário mais comum, perdendo apenas para a Distrofia Muscular de Duchenne e a Distrofia Miotônica. 22 OBRIGADA !
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