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PEDIATRIA – SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – DORES RECORRENTES – Transcritor: FG ANAMNESE OBEJTIVO: é recordar junto com a mãe o porque a criança está ali e o que acontece com ele. No consultório/ambulatório/puericultura: Alimentação, peso, estatura, vacinação, independente da queixa pela qual o paciente veio. Pronto socorro – TRATA A DOENÇA - atender o sintoma específico que ele veio naquele momento, a função não é corrigir alimentação ou aleitamento, por exemplo, trata só a queixa principal. A primeira coisa a se ver é a queixa principal e a quanto tempo, porque você está aqui e o que lhe faz vir aqui. Ex: há, uma dor de barriga e a 24horas. Note que o tempo é muito importante, seria, pois uma dor de barriga a 5 anos, o olhar clínico seria outro. História da moléstia atual: a quanto tempo, fator de melhora, fator de piora, o que acontece, quantas horas tem por dia, quantas vezes, em suma, o médico tem que ELUCIDAR essa queija a ele trazido. E o que mais?? entra na investigação dos sistemas (IS). Interrogatório sintomatológico: Coceira no nariz, espirro, coceira na cabeça, etc. O IS é sobre a história atual, antigo entra na HPP. História de Parto: INDEPENDENTE DA IDADE DA CRIANÇA. Fez pré-natal? Quantas consultas? Teve alguma infecção durante o pré-natal (isso é muito importante em crianças de uma, pois podemos estar diante de uma SEPSE)? Parto normal ou cesárea? Houve intercorrência durante o parto? Ficou internado na UTI? Teve alta com 48 horas de vida? Dia alimentar/História alimentar: aleitamento materno até quando? Introdução de alimento quanto? E hoje qual é o dia alimentar da criança (acorda come o que? Almoço? A tarde? Noite? Antes de dormir?) – é muito importante, pois pode achar outras causas e causas futuras. Exemplo: se um menino come muito isso vai levar a problemas como obesidade, hipertensão, diabetes, disfunção erétil, logo, É AGORA QUE SE DE DEVE CORRIGIR OS PROBLEMAS DO FUTURO. História vacinal: está em dia a vacinação SIC? Está em dia a vacinação trouxe o cartão (ideal)? História do desenvolvimento neuropsicomotor: o que se pretende saber aqui? MARCOS DO DESENVOLVIMENTO: sustenta o pescoço com que idade (normal 3 meses)? Senta com (6 meses)? Engatinha com (normal 9 meses)? Anda com (normal 9 meses, 1 ano e 3 meses, 1 ano e 5 meses)? Falou com que idade (ficar atendo em crianças com 3 anos, por exemplo, que não falam, falava uma língua que ninguém entendia – pode estar diante de um autista)? Falou uma língua que todos entendiam ou só quem estava com ele entendia? Deve ainda adequar os marcos do desenvolvimento a idade: Menino de 9 anos: não é importante saber os marcos, mas sim saber como ele está na escola, está conseguindo aprender? Convive bem? Tem uma boa relação social? É agressivo? Com 11 anos: tem namorada? Já teve relação sexual? Já experimentou drogas? Agora volta para anamnese tradicional: segue o roteiro normal. PEDIATRIA – SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – DORES RECORRENTES – Transcritor: FG História patológica pregressa HPP: já teve internado? Quantas vezes e como foi. Etc. História patológica familiar HPF: diabetes, hipertensão, asma, alergia, tuberculose, doenças psiquiátricas – dos pais, dos avós. (não esquecer de incluir o pai). História social: mora onde? Com quem? Quantas pessoas vivem na casa? Quantos filhos tem? Tem agua encanada? Tem banheiro? Tem fossa? Como é a vida dessa criança? Fazer diagnóstico do risco social (aviar onde ela mora, como é a renda dessa família, quais as condições sociais dela)? ATENÇÃO, É ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO SOCIAL QUE SE VAI ADEQUAR A CONDUTA PARA A CRIANÇA, À REALIDADE EM QUE ELA VIVE, NÃO ADIANTA, POR EXEMPLO, QUERER RECEITAR MAÇA, BRÓCOLIS, NAM, PARA UMA CRIANÇA CUJO A MÃE NÃO TEM CONDIÇÕES, POIS ELA NÃO VAI ADERIR. Algumas orientações têm relação com a religião, portanto deve-se investigar a religião. EXAME FÍSICO DEVE SER FEITO IGUAL AO ADULTO: não esquecer incluir OUVIDO, GARGANTA E GENITAL, frequência respiratória, frequência cardíaca, auscultar pulmão, auscultar coração, palpar abdômen, palpar a cabeça, ver couro cabeludo, perna, mão, braço, unha, marcha, TEM QUE VER TUDO, POIS A CRIANÇA NÃO FALA (mesmo quando fala está influenciada pelo que ela ouve da mãe). DESCRIÇÃO DAS HIPOTESES PELO MENOS 5 HIPÓTESES: 1- diagnóstico nutricional: peso e estatura coloca - na linha e ver se está adequado no score do cartão, se sim coloca OK. 2- Diagnóstico alimentar: adequado ou inadequado. 3- Desenvolvimento neuropsicomotor: adequado para idade ou inadequado. 4- Vacinação: adequada ou inadequada. 5- Patologico: dor abdominal – verminose, constipação, qual diagnóstico em cima da queixa. Exemplo de caso: Mãe chega com filho que tem queixa de dor abdominal a 6 meses. Na investigação do sistemas descobre que a criança espira muito e tem conceira no nariz (rinite), coça a cabeça (dermatite), como de manha, as nove come pão, bolacha, nescal, almoça muito, as 16 come pão e bolo e refrigerante, as 18 como novamente, janta como no almoço, antes de dormir toma leite com nescal, e vive em uma casa com várias pessoas, filhos do pai, mais filhos da mãe, mas avós (ambiente com risco social). DORES RECORRENTES NA INFÂNCIA Definição: Dor de origem funcional, que eu não encontro a causa, com exame físico dentro da normalidade, exames laboratoriais dentro da normalidade. PEDIATRIA – SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – DORES RECORRENTES – Transcritor: FG São queixas de ambulatório: as vezes vão parar no pronto socorro porque a mãe não tem uma resposta e as vezes o menino está com urgência naquela hora, mas é uma queixa de ambulatório. Mas o que é uma queixa recorrente? É uma queixa que acontece mais de uma vez, que vem, que vai, que vem que vai, repetitiva... é uma dor, onde não se identifica nenhuma condição patológica adjacente, exame físico e laboratorial normais, mas a dor volta, volta, volta, está presente, é um contínuo na vida da criança, ou seja, dor de origem funcional, MAS é uma dor real, a criança sente a dor, mas não acha a causa etiológica, nem anatômica, nem patológica, nem metabólica, nem nutricional, nem infecciosa, nem neoplásica. Aí que é a dificuldade, existe a dor, mas nós não sabemos explicar, nem pra mãe, nem pra criança a origem da dor. E como eu vou saber quando é uma dor recorrente? A criança tem 3 episódios de dor num período de 3 meses, com intensidade suficiente para intervir nas atividades habituais da criança, por 3 meses eu tenho um episódio de dor por mês. E o que dói? É a cabeça, a barriga, ou os membros inferiores. São as 3 dores de recorrência de infância mais frequente: Cefaléia, dor abdominal, dor em membro inferior. Então ela tem dor em um período de 3 meses, onde para sua atividade, para o que está fazendo, depois ela volta a fazer o que estava fazer o que estava fazendo, mas naquele momento ela para o que estava fazendo. MAS ATENÇÃO: INTERFERE NA ATIVIDADE, MAS NÃO INTERFERE NO CRESCIMENTO E NEM NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR, é uma criança que brinca, que fala, que corre, tem uma estatura normal para idade, peso normal para idade e as capacidades cognitiva que ela tem que ter para aquela idade está normal. O problema maior é a dor abdominal, é complicado de fazer os pais entenderem. Característica de dor recorrente: período assintomático, com período de dor, exemplo, passa 20 dias sem dor, dor, 1 semana sem dor, dor. Quadro clínico: a dor é sempre do mesmo modo e intensidade, o crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor preservado, exame físico normal, exame complementar sem alteração – QUADRO DE DOR RECORRENTE. Quem é que tem dor recorrente, como é a personalidade da criança? É uma criança que tem umahipersensibilidade funcional, que tem muitas vezes dificuldades emocionais, é aquela criança introspectiva, fechada, não fala muito, não fala muito de si, não expressa muito, ela tem sempre um olhar triste, há uma dificuldade de expressar sentimento, e quando tem dificuldade de expressar sentimento quem expressa é o corpo. Localidade da dor: Pode ter coexistência ou alternância de localizações, hoje tem dor de cabeça, daqui um mês tem dor de barriga, no outro dor na perna, no outro dispneia suspirosa (exame pulmonar e cardíaco normal). CEFALEIA/ENXAQUECA/MIGRANI 40% MENOS 7 ANOS, 70% ABAIXO DOS 15 APRESENTAM DOR DE CABEÇA, MAS APENAS 5% POR CENTO APRESENTAM CEFALEIA CRÔNICA. O QUE É CEFALÉIA CRÔNICA RECORRÊNTE? É uma cefaleia que volta, volta e volta. PEDIATRIA – SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – DORES RECORRENTES – Transcritor: FG TIPOS: Cefaleia aguda: dor de cabeça não frequente, tem de vez em quando, comeu mal dormiu mal, passou estresse, aborrecimento. Crônica progressiva: nunca teve dor de cabeça, e de repente começa a ter dor de cabeça todos os dias, essa dor de cabeça vai aumentando a medida que os dias passam. Característica dos tumores, dos AVC’s, ou seja, é indício de patologia. Crônica não progressiva: todo dia tem uma dor de cabeça, suportável, É A CEFALEIA TENSIONAL, acorda ela está lá, dorme ela está, sai pra balada e ela está lá. AGUDA RECORRENTE: dor de cabeça do nada agora, daqui um mês tem de novo, com 15 dias de novo... essa é a dor recorrente da infância. Outros nomes: enxaqueca ou migrani. ENXAQUECA CLÁSSICA: sem aura. EXANQUECA COMUM: com aura. ENXAQUECA COMPLICADA: dor de cabeça com manifestações neurológica intensa, que no primeiro momento pode confundir com patologia (ex: perda de força em membros inferiores). ANAMNESE DA ENXAQUECA: Quantas vezes tem? Já teve antes, é diária, quanto em quanto tempo? Fator de melhora e piora? Tem vômito? Tem náusea? Como é a família – quanto mais tenso é o relacionamento na família, mais introspectiva é a criança, maior a chance de ela ter DR, ex: mãe superprotetora: calça o sapato, penteia o cabelo, passa o gel, roupa está suja, não faz isso, não faz aquilo, é a mãe não não.., “não deixa a criança viver”, ausência da figura paterna – ou o pai foi embora ou é ausente, relação tensa entre os pais (brigas, separados, muitas pessoas em casa), PORÉM, a família pode ser normal e a criança ter dor recorrente, COMO TAMBÉM, a família pode ser totalmente desestruturada e a criança ser normal – é relativo. Antecedentes patológicos – criança que tem enxaqueca a mão ou tem enxaqueca ou teve dor recorrente na infância. Criança auto-cobradora: é aquela que tem que fazer tudo perfeito, tem que tirar boas notas, trabalho perfeito, tudo perfeito, ou seja, ela exige muito de si. Local: no adolescente e adulto unilateral, na criança frontotemporal (ela diz que dói a testa). Definição de enxaqueca: são crises de dor recorrente, de início súbito, unilateral (criança frontotemporal), pulsátil, acompanhada de náuseas e vômitos, com ou sem áura (sinal ou sintoma PEDIATRIA – SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – DORES RECORRENTES – Transcritor: FG que anteceda a enxaqueca. OBS: CRIANÇA PODE TER OU NÃO AURA, não sabe dizer se é pulsátil). ETIOLOGIA: é dada por um estímulo desconhecido no nervo aferente do trigêmeo, que é localizado próximo a um vaso, ou seja, tem a extremidade do trigêmeo e tem o vaso, há então um estímulo que leva a um processo inflamatório no vasos que leva a liberação de peptídeos vasoativos e faz a dilatação da arteríola, em consequência aumenta a permeabilidade do vaso, extravasa líquido e inflama a arteríola. Esse estímulo segue pelo trigêmeo e vai até o tronco cerebral desencadeando a dor (TEORIA MAIS ACEITA). Pode ter uma irritação no tronco, alterando o centro emético, que leva ao vômito. Tratamento enxaqueca: descanso, sono. eliminar o fator precipitante (alimento, estresse familiar) recordatório dos episódios álgicos (anota todas as vezes que a criança teve dor, se precisou de tomar remédio ou não – muitas vezes só de fazer isso a dor acaba, porque a mãe começa a conversar com a criança questionando: “teve dor”, isso pode diminuir a dor e a tensão). Repouso e técnica de relaxamento: ajuda em todas as dores recorrentes – pede a presença dos anjos, dos espíritos, fazer oração, meditação, imagem de santo – tem que aproveitar do que tem. Isso vale para terror noturno, crise de ansiedade, criança que não consegue sair da cama dos pais, dor recorrente – são técnicas de relaxamento. Massagem no pé da criança: pode ser qualquer creme, com o intuito de aproximar os pais da criança – tudo isso são técnicas de relaxamento. ATENÇÃO: Técnicas de relaxamento não é para dor, mas sim para EVITAR QUE TENHA A DOR. Rotina de sono: ter sempre um horário para dormir, desliga tv, vídeo-game, celular, troca a roupa (tem que ter uma roupa que simbolize o sono, exemplo, pijama). MEDICAMENTO: não dá AAS (por conta dos virais). Dor: paracetamol, dipirona, ibuprofeno. PROFILÁTICO: indicado quando: a dor é muito intensa e não consegue resolver com a técnica de relaxamento, quando a criança perde aula porque não conseguiu dormir direito, quando ela tem muitas náuseas e vômito, quando está interferindo muito na vida da criança. # Dicloridrato de funazirina (VERTIX®): durante 04 meses a 01 ano. # Propanol: contraindicado para criança com asma, diabetes e criança que tenha arritmia cardíaca – usado porque o problema é justamente lá na arteríola que faz vasodilatação. # Cicloeptadina: pouco usado (professora nunca usou). # Antidepressivo leve Imipranil (Tofranil®): controla ansiedade, controla nível de estresse, é leve, ajuda na concentração – durante 04 meses até 01 ano. CEFALEIA TENSIONAL (crônica não progressiva) PEDIATRIA – SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – DORES RECORRENTES – Transcritor: FG Atende muito. É ocasionada pela contratura da musculatura do pescoço e do coro cabeludo, gerando a cefaleia tensional, piora no fim do dia. Ocorre de 5 até 30 vezes por mês. Não melhora com o sono. Como diferenciar cefaleia tensional de enxaqueca: a recorrente é aguda e recorre, tenho hoje, durmo e ela vai embora, a tensional eu tenho, durmo, acordo e ela está lá. Criança: quando dorme muito em rede, fica muito no videogame, celular, computador, etc... Tratamento: relaxamento, Yoga, massagem, postura correta, não usar vídeo game em cama, não dormir em rede, mudar altura do travesseiro, passar mês de prova (kkk). DOR ABDOMINAL O QUE DÓI? É a barriga. Onde dói? Região supra-umbilical, linha mediana. Qual o problema da dor abdominal? A família, muitas vezes, não consegue compreender, e o Dr. tão pouco. Como proceder a conduta? Mesma coisa, tem que fazer a anamnese, ver a história familiar, hábito intestinal (se é constipado – aí a barriga vai doer mesmo – Atenção: constipação não é a quantidade de cocô, mas sim a qualidade, pode fazer todo dia, mas só faz bolinha, pode demorar dias, mas faz fezes grande, a criança é constipada). Caso clínico: criança chega queixando de dor abdominal, a médica passa albendazol e metronidazol, e libera – como é uma dor recorrente ela vai passar. Com 2 meses volta, acha que não tratou a verminose direito, prescreve Annita®. Com 2 meses volta, pede USG, normal, EAS, normal. 2 meses tem dor de novo, vai a outro médico, que pede outro USG, normal, faz tomografia, normal, trata verme de novo. Passou 2 meses, de novo, a médica desconfia de gastrite, faz endoscopia, normal. Não resolveu a mãe resolve ir a SP, que desconfiam de intolerância a lactose, tira todosos derivados da lactose. A criança tem nova dor, aí desconfia de intolerância ao trigo, que pode estar acompanhada a intolerância a lactose, aí pede endoscopia, biopsia de duodeno e normal, sem doença celíaca – então tira o trigo, lactose, etc. Aí dor de novo, procura outro médico no RS, que analisa tudo e vê que se trata de DOR RECORRENTE, o médico analisa e vê que essa mãe é ansiosa, que o pai está muito nervoso, casal vive discutindo, a criança é o terceiro filho, o mais velho já vai mal na escola, o que se pode constatar e explicar a mãe o que é uma dor de origem idiopática. ENTÃO, olha o sofrimento que a criança passou até que chegasse em um médico que compreendesse e escutasse o problema que estava ocorrendo. FISIOPATOLOGIA: Trata-se de uma anormalidade do sistema nervoso entérico – hiper- reatividade da inervação simpática e parassimpática, que faz a criança ter uma dor abdominal diferenciada, de causa idiopática. É como a cólica do RN, que só passa após os 3 meses. PEDIATRIA – SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – DORES RECORRENTES – Transcritor: FG QUADRO CLÍNICO: Essas crianças podem ter o que se chama de diarreia crônica inespecífica, fazem coco mole, coco mole, coco mole, por vezes com pedaços de alimento. Quando adulto podem ter a síndrome do intestino irritado, que é aquela pessoa que em toda situação de estresse tem diarreia, e não tem nada de errado com ele, é só resposta a um estímulo. Ambas o paciente só tem diarreia, não tem crise disabsortiva, não tem perda de peso, nem nada. Sensação álgica na linha média, supra-umbilical, que dura minutos a horas, NÃO ACORDA A CRIANÇA, ela dorme muito bem a noite, não tem nenhuma relação com o alimento, normalmente supra-umbilical, raramente precisa tomar remédio, pode ser acompanhada de diarreia ou constipação. PACIENTE TÍPICO: ambiente hostil, paciente retrospecto, mais fechado, história materna de enxaqueca. DIAGNÓSTICO: 1- anamnese normal 2- exame físico normal (sem massa, sem viceromegalia, sem regiões dolorosas). 3- Faz exame de fezes, MIF - de 3 amostras. 4- Pesquisa de sangue oculto nas fezes – PSO. 5- Hemograma e VHS 6- EAS colhido de forma correta, cultura da urina 7- Raio X simples 8- Ultrassom TODOS OS EXAMES NORMAIS? FECHA COMO DOR RECORRENTES. CONDUTA: 1- EXPLICAR A MÃE/ORIENTAR A FAMÍLIA: que todos os exames estão normais, pode ser o que a criança tem é uma ansiedade que manifesta-se como uma dor abdominal. 2- Tratar constipação se tiver: muitas vezes só arrumando a alimentação da criança já melhora a dor – para com refrigerante e doce toda hora, para de substituir a comida por lanche, almoçar junto com a família. 3- Fazer a rotina do sono: lâmpada azul no quarto da criança (cromoterapia). 4- Pode fazer Healing – alinhamento dos Chakras, terapia energética. 5- Técnica de relaxamento. 6- Yoga 7- Família de baixa renda: pede para mãe conversar com ele quando ele estiver dormindo, pois quando conversa com ele, ao mesmo tempo em que diz o que está sentindo, vai regravando as dores do inconsciente – diz tudo de bom ou ruim o que está sentindo, as mágoas que guarda com relação ao filho. Isso aproxima a mão do filho, restaura as dores que a mãe as vezes nem sabe que tem. PEDIATRIA – SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – DORES RECORRENTES – Transcritor: FG 8- O que é mais prático e que o clínico pode fazer: rotina do sono, orientar a mãe para que converse com o filho durante o sono, massagem nos pés. 9- Psicólogo: se fez tudo isso e não melhorou, essa criança precisa de ajuda, a família precisa ser reajustada. LEMBRE-SE QUE O PRIMEIRO CONTATO É COM O CLÍNICO. LEMBRAR QUE, ACIMA DE TUDO: deve-se adequar o tratamento a REALIDADE DO PACIENTE. Não deve dar compensação para criança – nada de presentes, sorvetes, etc... SINAIS DE ALERTA Quando eu sei que, na chegada do paciente (primeiro atendimento) não se trata de dor recorrente? Perda de peso. Dor periférica (FORA DA LINHA MÉDIA). Evidência de doença orgânica na anamnese: dispepsia, dor quando come algo, evidência que tem algo, acorda a noite com dor, febre de origem determinada (se tem febre já está descartado DR), artrite, melena, anemia, vômitos habituais, urocultura positiva INVESTIGAR PORQUE O MENINO TEM ALGUMA COISA. LEMBRE-SE: TEM SINAL? NÃO É DR. NÃO TEM? NÃO INVENTA MODA, FECHA COMO DR. O QUE NÃO VAMOS DIZER A FAMÍLIA? Não se preocupe, não tem nada errado, está tudo bem. Se está dizendo isso a família vai entender que a criança não tem nada, que é “frescura”. ISSO É MENTIRA, não deve dizer isso. A criança tem realmente uma dor, e precisa ver o que está acontecendo com ela, pois essa dor só expressa algo que está acontecendo aqui fora e que precisa ser corrigida. DORES DOS MEMBROS (CRESCIMENTO) TUDO IGUAL: anamnese, exame físico, exames complementares. Anamnese bem feita, como dói, que jeito que dói, quando dói, ver postura, marcha, examinar a articulação, ver se tem manifestação cutânea (febre reumática), pulso presente bilateral, e força muscular está mantida. Então o que dói na dor dos membros? São ossos longos, a dor é em MEMBROS INFERIORES (dor no membro superior NÃO é DR) – coxa, perna, especificamente ossos longos (Fêmur, tíbia e fíbula). Quando dói? É uma dor vespertina, no fim da tarde, não tem relação com exercício físico. É uma dor que passa com massagem. Quando clínico: Dor nos membros inferiores, bilateral ossos longos, não tem artralgia, artrite, não tem dificuldade de movimentar, não tem alteração na marcha, não tem febre, exame físico normal. Faz exames? Sim, Raio X de membros – descarta possível massa tumoral, Provas reumáticas. PEDIATRIA – SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA – DORES RECORRENTES – Transcritor: FG LEMBRAR- DOR UNILATERAL DE MEMBRO NÃO É DOR RECORRENTE. NÃO ESQUEÇA: DOIS MEMBROS, VESPERTINO, NÃO PRECISA DE MEDICAÇÃO, PASSA COM MASSAGEM, NÃO ALTERA MARCHA, CRESCIMENTO E NÃO TEM DOR ARTICULAR. SINAIS DE ALERTA Dor localizada em um ponto fixo, dor no quadril (NÃO É DOR DO CRESCIMENTO). Dor a movimentação passiva, dor que não responde a analgésicos, manifestação sistêmica (febre, vômito, hiperemia na pele, rush cutâneo, nódulos de pele não é DR. TRÊS TEORIAS Fadiga, fatores anatômicos e fatores psicológicos Nenhum explica nada. TRATAMENTO Exercício físico, massagem e ver o que pode estar acontecendo de conflito. NÃO PRECISA MEDICAR, A DOR VAI PASSAR SOZINHA. CONSIDERAÇÕES - se perceber que há conflito com a mãe, para com a criança, não falar na frente da criança, pede pra criança sentar lá fora, “enquanto o tio(a) conversa com a mamãe”. - dar orientações genéricas: ver como pode fazer, o que a sra consegue fazer. Tenta fazer a rotina do sono, massagem nos pés, fale com ele enquanto ele dorme. Na próxima consulta pergunta o que ela conseguiu fazer, etc... - NUNCA DIZER: que ela precisa mudar, que precisa dar mais atenção a ele, porque muitas vezes ela já está dando o que ela pode. - Toda vez que for falar algo que envolva negativamente a criança, retira-la da sala, ex: mãe não gosta ou tem raiva da criança. - LEMBRE-SE: nunca dar normativas para mãe, sempre SUGESTÕES. Por isso pode aproveitar a religião. - Aproveite o que tem para trabalhar: religião, adequar a realidade da família, etc...
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