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Disciplina: Nutrição Esportiva Profa.: Gilcelia Lino gilceliajanaina@gmail.com Centro Universitário Maurício de Nassau Curso de Nutrição Macronutrientes e exercício físico: carboidratos A energia contida nos alimentos não é transferida diretamente para as células para a realização de trabalho mecânico Toda a energia consumida é orientada para formação de ATP Sistema Fosfogênio principal fonte de energia para o músculo é o ATP. Sistemas de produção de energia Sistemas de produção de energia Sistema Fosfogênio ATP Cada ligação armazena 7.3 Kcal; Mantém a potência muscular por 3 segundos; Corrida de 50 metros. Sistema Fosfogênio Fosfocreatina A ligação fosfato fornece 10.3 Kcal; As células tem 4 a 5 vezes mais fosfocreatina (ATP 6mmol/Kg músculo; Fosfocreatina 28mmol/Kg músculo); Sistemas de produção de energia Sistemas de produção de energia Sistemas de produção de energia • Produção de ATP através da fosfocreatina Sistemas de produção de energia A suplementação de creatina pode aumentar em 10- 40% as concentrações de fosfocreatina; Juntos ATP e fosfocreatina fornecem potência muscular máxima por 8 – 10 segundos; Corrida de 100 metros. Sistemas de produção de energia Sistema Glicogênio – Ácido Lático Metabolismo anaeróbico Piruvato Fermentação lática Lactato + 2 ATP Sistemas de produção de energia Ciclo de Cori Sistemas de produção de energia Fadiga muscular Sistemas de produção de energia 2,5 vezes mais rápida comparado aos sistemas oxidativos; Pode ser utilizado como forma rápida de energia; Permite 1.3-1.6 minutos de atividade muscular; Corrida de 400 – 800 metros. Piruvato Ácidos graxos Aminoácidos Ciclo de Krebs CTE CO2 + H2O + ATP Sistemas de produção de energia Sistema Aeróbico O2 Sistemas de produção de energia Sistema Aeróbico Necessário para atividade prolongada; Estudos apontam que esforços contínuos que duram de 1 a 2 min -> sistema fosfogênio e sistema glicogênio – ácido lático; Acima de 2 min -> sistema aeróbico. Sistema fosfogênio, quase interamente Sistema fosfogênio e sistema glicogênio – ácido lático sistema glicogênio – ácido lático principalmente sistema glicogênio – ácido lático e aeróbico Sistema aeróbico Corrida, 100 m Corrida, 200 m Corrida, 400 m Corrida, 800 m Corrida da maratona 42,2 Km Levantamento de peso Basquete Nado, 100 m Nado, 200 e 400 m Patinação , 10.000 m Mergulho Corrida pelas bases no baseball Tênis Boxe Esqui Corridas no futebol norte- americano Corridas de hóquei sobre o gelo Futebol Remo, 2000 m Jogging Conceito Carboidratos são polihidroxialdeídos ou polihidroxicetonas ou substâncias que liberam estes compostos por hidrólise. Os Carboidratos também são conhecidos como açúcares, hidratos de carbono ou sacarídeos. Digestão dos carboidratos Absorção de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos O que é? Quando acontece? E no exercício? Glicogênese Glicólise Glicogenólise Gliconeogênese Carboidratos • Índice Glicêmico É um indicador baseado na habilidade da ingestão do carboidrato (50g) de um dado alimento elevar os níveis de glicose sanguínea pós-prandial, comparado com um alimento referência, a glicose ou o pão branco. Carboidratos Classificação do índice glicêmico Alimentos de alto índice glicêmico (> 85) Alimentos de moderado índice glicêmico (60-85) Alimentos de baixo índice glicêmico (< 60) Consumo de carboidratos • Cereais, tubérculos, raízes, vegetais, frutas e leguminosas; • Carboidratos purificados adicionados as preparações; • Carboidratos dissolvidos em bebidas. Carboidratos Benefícios da utilização correta dos diferentes tipos de carboidratos na prática esportiva mais energia para o treino; maior estoque de glicogênio muscular e no fígado,; glicose estabilizada durante a prática da atividade; retardamento da fadiga; melhor recuperação muscular. Recomendações Importância no desempenho: Recuperação do glicogênio hepático: manutenção da glicose sanguínea; Recuperação do glicogênio muscular: energia para os músculos (24 horas); Redução da utilização de proteína (aas) como fonte de energia - EVITA A PERDA DE MASSA MUSCULAR. Recomendações no exercício ANTES: Objetivos: proporcionar tempo necessário para o esvaziamento gástrico; Providenciar quantidade extra de glicogênio e glicose sanguínea; Impedir que ocorra sensação de fome. Recomendações no exercício DURANTE: Objetivo: aumentar a performance (poupa glicogênio muscular); manutenção da glicemia. Pós treino • Alimentação pós treino Fornecer alimentos com carboidratos de alto índice glicêmico; Objetivo inicial é a recuperação dos estoques de glicogênio; Promover a recuperação muscular; E nas próximas 24 horas; Nutrientes como proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais, estão envolvidos nos processos de síntese de proteínas; Recomendações Recomendações Consumo diário 60-70%VCT Recuperação muscular 5-8g/Kg/dia Longa duração e treinos intensos Até 10g/Kg/dia •Recomendações diárias de carboidratos (SBME, 2009) Momento Recomendações Pré-treino (1-4h antes) 1-4g/Kg Durante o treino (longa duração) 30-60g/h Pós-treino 0,7-1,5g/Kg/dia •Recomendações de carboidratos para momentos específicos (SBME, 2009) Recomendações Nível de atividade Recomendações Condicionamento em geral (30-60min/dia, 3- 4x/sem) 3-5g/Kg/dia Treino moderado a alto volume (2-3h/dia, 5- 6x/sem) 5-8g/Kg/dia Longa duração ou treinos intensos (3-6H/dia, 5- 6x/sem) 8-10g/Kg/dia •Recomendações diárias de carboidratos (ISSN, 2010) Momento Recomendações Pré-treino (1-2h antes) 1-2g/Kg Durante o treino 0,6-1g/Kg/dia Pós-treino 1-1,2g/Kg/dia •Recomendações de carboidratos para momentos específicos (ISSN, 2010) Nível de atividade Recomendações Exercício leve (baixa intensidade ou recreacionais) 3-5g/Kg/dia Exercício moderado (intensidade moderada de até 1h) 5-7g/Kg/dia Exercício intenso (programas de endurance, 1-3h/d) 6-10g/Kg/dia Exercício muito intenso (programas de endurance, 4-5h/dia) 8-12g/Kg/dia •Recomendações diárias de carboidratos (ACSM, 2016) •Recomendações de carboidratos para momentos específicos (ACSM, 2016) Momento Condições Recomendações Pré-treino 1 - 4h antes do exercício 1-4g/Kg de peso Durante o treino (exercício de alta intensidade) <45min 45-75 min Não é necessário Bochecho de carboidrato Durante exercício de endurance, incluindo jogos 1 - 2,5h 30-60g/h Durante exercícios de ultra- endurance > 2,5-3h 90g/h Pós-treino (reposição rápida) < 8h de recuperação entre 2 sessões de treino intenso 1-1,2g/Kg/h nas primeiras 4 horas CHO loading Preparação para eventos < 90 min contínuo ou intermitente 10-12g/Kg/24h (36-48h pré-evento) Pós treino Após o exercício físico a síntese de glicogênio é bifásica 1ª Fase rápida: até 60 min após o exercício não requer insulina (> número de GLUT 4 ) 2ª Fase lenta: queda na síntese e requer insulina. O que são 30 a 60 g de carboidrato? • Tipos de carboidratos Opções: Glicose, sacarose e/ou maltodextrina Atenção: Não ofertar frutose de forma isolada. Recomendações no exercício Carboidratos no exercício Supercompensação do glicogênio muscular Método que envolve a diminuição dos níveis de glicogênio por meio de treinos exaustivos, consumo de refeições pobres em carboidratos, seguida deuma sobrecarga de ingestão de carboidratos. Carboidratos no exercício • Quando utilizar Exercícios moderadamente intensos; Duração: > 90 min; Não há contraindicações médicas em se fazer um dieta rica em carboidratos por 3 a 5 dias. • Quando não utilizar O exercício não é tão intenso e as reservas de glicogênio são suficientes; Duração: < 60-80 min; O atleta tem diabetes ou dislipidemia. Supercompensação do glicogênio • Protocolo de Sherman et al (1981) Consiste em 5 dias de exercícios moderados (70 a 75% VO2 máx) e 1 dia de repouso; Duração gradualmente diminuída (90 min, 40 min, 40 min, 20 min, 20 min e repouso); 3 primeiros dias (50% de carboidrato , 20-25% ptn e 25-30% de lip); 3 últimos dias (70% de carboidratos, 15% ptn e 15% de Lip); Carboidratos no exercício • Resultado: elevação em média de 40% do glicogênio total. • Os atletas que se beneficiam são os que praticam treinamento moderados a intensos, como ciclistas, triatletas e tenistas. Tipos de carboidratos Características Dextrose Maltodextrina Waxy Maize Palatinose Composição Amido de milho Amido de milho Amido de milho ceroso (80% de amilopectina) Isomatulose Tipo de CHO Simples (alto IG) Complexo (moderado IG) Complexo (baixo IG) (baixo IG) Benefícios Rápida absorção Pico de insulina Lenta absorção Moderado pico de insulina Lenta absorção Menor pico de insulina Lenta absorção Menor pico de insulina Utilização Pós-treino Pré e durante o treino Pré-treino e durante associado a maltodextrina Pré-treino e durante associado a maltodextrina Exercício • Calcule qual deve ser a ingestão diária de carboidratos de um maratonista (2,5h) com peso igual a 70Kg, a ingestão antes, durante e pós treino de acordo com a ACMS 2016. Ele realiza a refeição pré-treino duas horas antes. • Calcule qual deve ser a ingestão diária de carboidratos de um fisiculturista (1h) com peso igual a 80Kg na fase de hipertrofia, a ingestão antes, durante e pós treino de acordo com a ACMS 2016. Ele realiza a refeição pré-treino duas horas antes. Exercício • Calcule qual deve ser a ingestão diária de carboidratos de um praticante de musculação (1h) com peso igual a 60Kg na fase de hipertrofia, a ingestão antes, durante e pós treino de acordo com a ACMS 2016. Ele realiza a refeição pré-treino duas horas antes. • Calcule qual deve ser a ingestão diária de carboidratos de um atleta de natação (3h) com peso igual a 80Kg na fase de hipertrofia, a ingestão antes, durante e pós treino de acordo com a ACMS 2016. Ele realiza a refeição pré-treino duas horas antes. Referências • PALERMO J.R.. Bioquímica da Nutrição. Rio de Janeiro: Atheneu, 2008. • Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Suplemento – Rev Bras Med Esporte – Vol. 15, No 2 – Mar/Abr, 2009 • Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte - 2ª edição. Simone Biesek, Letícia Azen Alves e Isabela Guerra. Editora:Manole.2010
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