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18 Do usufruto

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CESED No. 18
FACISA
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Civil V
PROFESSOR: Mário Vinícius Carneiro
Do Usufruto
Conceito
	Direito real e temporário de usar e fruir a coisa alheia de forma gratuita, sem alterar-lhe a substância. É tratado no Código Civil nos artigos 1.390 a 1.411.
Partes 
	São elas: 
Usufrutuário: É o titular do direito real de usufruto. A ele pertencem o uso e o gozo da coisa, envolvendo todo o valor econômico da coisa. Poderá usá-la, fruir-lhe as vantagens, alugá-la, etc. Não poderá, contudo, mudar-lhe a destinação econômica sem expressa autorização do nu proprietário. 
Nu proprietário; Tem apenas a nua propriedade, despida dos direitos de usar e fruir. Tem apenas a essência da propriedade que lhe pertence. Poderá dispor da coisa, no sentido de aliená-la. Contudo, quem a adquirir deverá respeitar o direito do usufrutuário.
 	Em resumo, podemos dizer que o nu proprietário ostenta a condição de dono; ao usufrutuário, compete o uso e gozo da coisa. 
Características
	O usufruto apresenta as seguintes características: 
É temporário
É direito real sobre coisa alheia
É inalienável, permitindo-se, contudo, a cessão de seu exercício, conforme prevê o artigo 1.393 do Código Civil
É impenhorável. 
 
Constituição
	O usufruto é instituído: 
Por convenção (doação, casamento, etc.)
Por ato de vontade (testamento)
Por determinação legal.
 	O ato de constituição está sujeito à inscrição no registro imobiliário, se recair sobre imóveis, exceto que resulte da própria lei, como o usufruto dos pais sobre os bens dos filhos sob poder familiar. 
Objeto
	Podem ser objeto de usufruto um ou mais bens, móveis ou imóveis, um patrimônio inteiro ou parte dele (art. 1.390, CC). 
	O usufruto de bens móveis consumíveis é denominado quase usufruto ou usufruto impróprio. Tem semelhança com o mútuo, porque o usufrutuário torna-se verdadeiro proprietário, ficando obrigado a restituir coisa equivalente. 
Espécies
	Quanto à origem, pode ser: 
Legal
Convencional
Quanto à sua duração: 
Temporário – estabelecido com prazo certo de vigência. 
Vitalício: perdura até a morte do usufrutuário ou enquanto não sobrevier causa legal extintiva (arts. 1410 e 1411, CC). 
Quanto ao objeto:
Usufruto próprio: tem por objeto coisas inconsumíveis e infungíveis, cujas substâncias são conservadas e restituídas ao nu proprietário.
Usufruto impróprio: é o que incide sobre bens consumíveis ou fungíveis, sendo denominado quase usufruto. 
 		Quanto aos titulares: 
Simultâneo: é constituído em favor de duas ou mais pessoas, ao mesmo tempo, extinguindo-se gradativamente em relação a cada uma das que falecerem, exceto se previsto expressamente o direito de acrescer (art. 1411, CC). 
Sucessivo: não é previsto no ordenamento jurídico pátrio. É instituído em favor de uma pessoa, para que depois de sua morte transmita-se a terceiro. 
Da extinção do usufruto
	A extinção do usufruto ocorre nos termos dos artigos 1410 e 1411 do Código Civil. 
Bibliografia: 
FIÚZA, César. Direito Civil: curso completo. 14ª ed., revista, atualizada e ampliada. Belo Horizonte: Del Rey, 2010. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Coisas. 11ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

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