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1 TRABALHO PPE VI (2)

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CAMPUS BUENO
CURSO DE PESQUISA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO VI
ELIETE MARIA RIBEIRO CAMPOS
 LEITURA NA EDUCAÇAO INFANTIL E NAS SÉRIES INICIAIS
 GOIÂNIA – GO
2017
 
 
ELIETE MARIA RIBEIRO CAMPOS
 LEITURA NA EDUCAÇAO INFANTIL E NAS SÉRIES INICIAIS
Monografia apresentada para exigido para conclusão de curso e da disciplina: Pesquisa e Prática em Educação V (CEL 0363/2287701) 9014 sob a orientação da Professora JOANA DARC VENANCIO
 Curso: Pedagogia
GOIÂNIA – GO
2017
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................4 
 
2. CAPÍTULO 1: BREVE HISTÓRICO DAS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA NO BRASIL: DO TRADICIONALISMO AO SÓCIOINTERACIONISMO.........................................................................5 a 11
 
3. CAPÍTULO 2: A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO NA 1ª FASE DO ENSINO FUNDAMENTAL.............................................12 A 16
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................17
 
5. REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS ....................................................18 a 19
 
INTRODUÇÃO
 Este trabalho apresenta uma investigação acerca das possiblidades de uso da literatura infantil como uma ferramenta auxiliar no processo de ensino aprendizagem. 
Para isso vários autores, nos trazem uma ideia ampla e clara de como devemos agir para ministrarmos aulas de qualidade em que o educando dos anos iniciais aprenda a decodificar com compreensão o encantado mundo das letras e estejam aptos a criar e redigir textos claros, coerentes, coesos. Dentre os principais autores trabalhados temos: Liliane Soares, Ferreira, Magnani, Bagão, Batista além do Estatuto da Criança e do Adolescente.
 Como metodologia, propôs-se realizar uma investigação de cunho bibliográfico e assim obteve-se a convicção da necessidade de cada vez mais compreender os processos sociais que envolvem a leitura e produção de textos diversos que circulam socialmente, levando o aluno a se tornar um cidadão crítico, como também gerando nele autonomia. Pensando em implementar estratégia de produção textual a partir da leitura significativa de textos literários, também apresenta-se um procedimento metodológico, que vise trazer uma contribuição teórica de vários autores que discutem a temática. 
Tem como objetivo geral: tratar da importância da leitura para o desenvolvimento na aprendizagem das crianças dos anos iniciais, valorizando estas atividades que podem e devem ser utilizadas como estímulos para o seu desenvolvimento. E como objetivos específicos: abordar, com base na perspectiva interacionista de linguagem, a importância dos gêneros textuais no ensino de língua portuguesa na sala de aula, com a discussão sobre questões que mostram que o estudo dos gêneros textuais é hoje uma fértil área interdisciplinar.
 Diante do citado acima, este trabalho se justificativa e é relevante por mostrar de maneira clara do quão importante se faz a utilização da leitura como estratégia de ensino e que a experiência do ser humano com elas se dá de uma maneira intensa e interativa. Sendo assim,  leitura para as crianças é importante para formar adultos leitores, com mais facilidade para escrever e se comunicar. O contato com a leitura nos proporciona a ampliação da percepção do mundo que está a nossa volta. Como cita Freire (1989) a leitura da palavra é precedida da leitura do mundo. Ler é atribuir sentido ao texto, é relacioná-lo com o contexto e com as experiências vivenciadas pelo leitor.
 De acordo com o contexto citado, este trabalho que dará um futuro TCC seguirá as seguintes problemáticas que o norteia: 
A leitura pode abrir caminho para a imaginação e para as crianças d Educação infantil e séries iniciais?
Como a leitura contribi para que as criançam vençam seus conflitos?
Como tornar futuros leitores?
CAPÍTULO 1- BREVE HISTÓRICO DAS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA NO BRASIL: DO TRADICIONALISMO AO SÓCIOINTERACIONISMO
O ensino da leitura e a escrita são também parte essencial do trabalho, do empenho, da perseverança, da dedicação em aprender. Para entender um pouco de como era a leitura e escrita no Brasil, apresenta-se um breve histórico, tanto da dificuldade em efetivar leitura no âmbito escolar como as contribuições neste processo de ensino-aprendizagem, a partir do século XVI até o final do século XX.
Com a chegada dos padres Jesuítas, em 1549, inicia-se um tipo de educação baseada nas “escolas de ler e escrever”, com o objetivo de catequizar e instruir os índios. Aos poucos a Companhia de Jesus foi adquirindo na vida da nação, particularmente no ensino, uma intromissão dominadora em todas as atividades nacionais, como também relativamente ao ensino. Em 1599, o plano inicial da Companhia de Jesus deixou de direcionar primeiramente aos indígenas e se destinou aos filhos dos colonizadores, de Senhores de Engenho, ou seja, aos meninos pertencentes as famílias privilegiadas. BAGÃO (1998).
O material utilizado nesta época para se ensinar a ler era a Bíblia Sagrada, já que começaram com o objetivo de ensinar o caminho da verdade. Na que medida que o ensino foi sendo expandindo, o material, deixou de ser apenas a Bíblia e passando a fazer uso da literatura em geral. (idem, 1998).
Os livros de estudo também foram cuidadosamente preparados e organizados. Esses livros, eram redigidos em latim e foram à base do ensino até ao tempo de Pombal, que lhes proibiu o uso. O ensino livresco dos Jesuítas era dividido em duas séries: a inferior, com duração de seis anos, dedicados ao estudo da Retórica, Humanidades e Gramática; e a superior com duração de três anos, que ensinava Lógica, Moral, Física, Matemática e Metafísica.
Apesar de os Jesuítas utilizarem um sistema metodológico cultural escolástico, não se pode diminuir o êxito e contribuição que eles tiveram na alfabetização brasileira da época, mesmo ciente que visavam a catequese. A expulsão deles, trouxe conseqüências negativas, como pronuncia Ferreira:
A expulsão dos jesuítas do país causou um vácuo na educação. Com falhas ou não, reacionário ou não, contrário ou não às ideias políticas portuguesas, os jesuítas, ao deixarem o país, deixaram acéfalo a educação. (FERREIRA, 2001, p.38).
E Magnani (1989), revela que com a expulsão, o ensino antes seriado:
passa a ser organizado em forma de aulas avulsas de latim, grego, filosofia, retórica. Com o objetivo maior de tornar o ensino o mais prático possível, o ensino de latim visava apenas ao domínio da cultura latina e a auxiliar a língua portuguesa; o de grego previa o vencimento gradual das dificuldades; e “a retórica não deveria ter seu uso restrito ao público e à catequese”, mas também “tornar-se útil ao contato cotidiano”. (MAGNANI, 1989, p.14). 
O sistema de educação nesta época era bastante precário em relação à instrução primária, o conteúdo de ensino era estabelecido de normas burocráticas em que as escolas eram obrigadas a seguir. Essa burocracia era estabelecida pela adoção rígida de um método educacional, definição de livros de conteúdos de ensino e autorização ou proibição de livros. BAGÃO ( 1998).
Os professores não tinham formação adequada para atuar na educação, somente em 1827 (Brasil Império) é que ocorre a normatização para o reconhecimento da classe do docente. A partir desse instante, com a normatização do Estatuto, teve início o processo de reestruturação e hierarquização, com relação à classe dos professores. Ferreira (2001) mostra que:
O império surgiu para uma população analfabeta, sem escolas à sua disposição. Ler, nesta época era uma atividade de poucos aristocratas. O movimento literário conhecido como romantismo, engajado no processo de nacionalizaçãoda incipiente nação, muito auxiliou para a divulgação das produções literárias de nossos escritores. (FERREIRA, 2001, p. 39).
Percebe-se que o período imperial também teve suas contribuições para o avanço da literatura no Brasil, pois já se tinha em mente a necessidade de que a literatura passasse a ser um prazer, um desejo e um hábito entre todos os profissionais liberais e também entre as mulheres. Na perspectiva de BATISTA (1998), mesmo que a educação tenha sido marcada por influências religiosas/moralizantes, é reservada a ela também a incumbência de preparar a criança para o convívio com os adultos. Surge daí a necessidade de fazer um trabalho literário inicialmente dirigido às crianças. Até meados do século XIX, os livros de leitura praticamente não existiam nas nossas escolas várias fontes, como relatos de viajantes, autobiografias e romances indicam que textos manuscritos, como documentos de cartório e cartas, serviam de base ao ensino e à prática da leitura. Em alguns casos, a Constituição do Império (e a lei de 1827, a primeira lei brasileira especificamente sobre instrução pública, prescreve isso), o Código Criminal e a Bíblia serviam como manuais de leitura nas escolas.
Inicia-se um processo de mudança no ensino da leitura ao final do século XIX e ao longo das cinco primeiras décadas do século XX, dois modelos de ensino da leitura competem pelas formas legítimas de ensinar a "leitura corrente". Ressalta Batista sobre os dois modelos de leitura:
 O primeiro modelo é o dos livros enciclopédicos de leitura, que podem ser ilustrados pela Coleção de Felisberto de Carvalho. Com base nesses livros, o conteúdo pedagógico do ensino da leitura é identificado aos conteúdos instrutivos (de Ciências, Geografia, História). O segundo modelo do qual os livros de Olavo Bilac são um dos exemplos mais bem-acabados identifica o conteúdo do ensino da leitura aos conteúdos morais, cívicos, ideológicos, expressos pelos textos utilizados. (BATISTA, 1998, p. 26).
Um trecho do prefácio de Através do Brasil, de Olavo Bilac, evidencia a preocupação em editar livros especialmente para atender as necessidades escolar.
Já na virada século XIX, verifica-se preocupação de autores brasileiros, como Olavo Bilac, com uma produção literária escolar que atendesse a finalidades educacionais específicas. do (MAGNANI, 1989, p.58).
Percebe-se que essas mudanças dentro da instituição escolar não foram aceitas de imediato. A literatura ainda tinha um cunho estritamente pedagógico. Por ser assim, não favorecia ao leitor se socializar, mas o adestrava para reforçar a ideologia da classe social dominante. Ferreira (2001) enfatiza que nesta época: Começou a surgir uma literatura menos utilitária. Obviamente, não foi um tendência imediatamente reconhecida, “o caráter pedagogizante da literatura reinará neste campo.” (FERREIRA, 2001, p. 35).
Esta realidade escolar foi elucidada por Perrotti, trazendo à tona o caráter utilitário da leitura.
O discurso literário pretendeu sempre assimilar o leitor a um certo “modus vivendi” que coincidiam com as camadas superiores da sociedade. O discurso utilitário não servia apenas para sua associação do leitor, mas para a sua socialização dentro dos padrões das classes superiores. (Apud. FERREIRA, 2001, p. 35).
Neste período, a educação era diferenciada para meninos e meninas. Esta realidade mudou aos poucos, como afirmou Batista:
para as meninas, considerava-se necessário oferecer-lhes apenas uma educação geral necessária para bem cumprirem as atividades domésticas. Esta realidade mudou aos poucos. Principalmente a partir do período imperial, algumas iniciativas foram sendo tomadas no sentido de ampliar a oferta de escolarização da população. A sociedade começou a se tornar mais complexa, e as demandas em torno da escolarização aumentaram significativamente. Mais postos de trabalho surgiram, outros costumes culturais foram adotados: instrução e a educação passaram a ser vistas; como necessárias ao desenvolvimento econômico e cultural do País e um dos signos da “civilidade”. (BATISTA, 1998, p. 26).
É somente também no século XIX, com a implantação da imprensa régia em 1808 que o Brasil iniciou sistematicamente a impressão de livros. Por ser assim, Ferreira (1998) afirma “A invenção da imprensa, em 1455, permitiu o surgimento de uma forma diferenciada de circulação de textos. Até então, um mesmo livro era lido, relido, saboreado intensamente”. Então, não só na escola, mas nas diversas instâncias sociais, eram raros os livros disponíveis para a leitura, como também, eram poucos os lugares onde se poderiam adquirí-los (bibliotecas e livrarias só existiam nas cidades mais populosas) e, assim, tinham poucos leitores.
A partir da segunda metade do século XIX, começaram a surgir no País, ainda que alguns fossem impressos na Europa, livros de leitura destinados especificamente às séries iniciais da escolarização. Em 1868, Abílio César Borges iniciou a publicação de uma das séries mais editadas no período. Os livros foram considerados inovadores no momento em que foram editados: o Primeiro Livro, destinado ao aprendizado inicial da leitura e da escrita, poderia substituir as cartilhas grosseiras ou os materiais manuscritos. Os demais livros da série tinham um caráter enciclopédico, trazendo conteúdos de várias áreas do conhecimento, de cunho mais instrutivo do que moral. 
Um pouco depois, mas ainda no século XIX, outras séries de livros de leitura foram editadas, destacando-se a de Felisberto de Carvalho, utilizada em todo o País, até meados do século XX. Nesses livros, com algumas ilustrações em cores, as lições, que como a coleção de Abílio César Borges - traziam conteúdos das diversas áreas do conhecimento, vinham geralmente seguidas de exercícios. Alguns dos textos buscavam oferecer à criança, além da instrução, ensinamentos morais. 
Apesar de todo esse movimento inovador na produção intelectual sobre a leitura escolar, o dia-a-dia da maioria das escolas continuava sem muitas inovações. Algumas autobiografias revelam por exemplo que, na década de 30, os alunos continuavam temerosos em ler as lições, ainda tomadas em voz alta, e a angústia e o tédio continuavam a marcar a sua relação com a leitura prescrita pela escola. A leitura era considerada um momento de terror pois, os professores controlavam o que o aluno deveria ler, como também não permitiam a leitura de gibi. Assim anunciou Batista: 
Em muitas escolas, alguns objetos de leitura eram Proibidos –histórias em quadrinhos e algumas práticas de leitura também. Em alguns casos, nas mesas de estudo, enquanto estavam de castigo, colocavam revistas, histórias em quadrinhos ou mesmo livros que a escola julgava prejudiciais à formação do aluno, dentro do compêndio que oficialmente deveriam ler. Havia - e ainda hoje há - uma rede de circulação de objetos de leitura entre os alunos, independente do que a escola previa. (BATISTA, 1998, p.27).
Nessa época, assistia-se no Brasil a um crescimento expressivo das editoras, e algumas cada vez mais especializadas em livros didático, que se tornou uma fatia desejada pelo mercado. O público leitor cresceu e se diversificou. De modo geral, a produção literária brasileira crescia muito e os livros de Literatura Infantil conquistavam, a cada dia, um espaço nessa produção, revelando a existência de uma parcela de leitores até então quase ignorada. 
Concepção Sócio interacionista
Na teoria Vygotskyana, a visão de desenvolvimento é baseada na concepção de um organismo ativo, cujo pensamento é construído paulatinamente em um ambiente que é histórico e, em essência, social. Este pensador dialético mantém a cultura como elemento primordial do desenvolvimento humano.
Nesta concepção duas ideias são peculiares no processo ensino-aprendizagem: 
Internalização;
ZDP.
Internalização – É o desenvolvimento realizado de fora para dentro, pois, no cotidiano das crianças, elas observam o que os outros dizem, porque dizem, o que falam por que falam, internalizando tudo o que é observado. ZDP – Zona de Desenvolvimento Proximal - representa um espaço entre o nível de desenvolvimento real, ou seja, aquele momento no qual a criança era capaz de resolver o problema sozinho, e o nível de desenvolvimento potencial, isto é aquele momento, em que, na resolução de problema, a criança, o faziam com ajuda de um companheiro ou com orientação de adulto. VYGOTSKY (2002).
CAPÍTULO 2
 2.1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO NA 1ª FASE DO ENSINO FUNDAMENTAL E SUGESTÃO DE UM PROJETO A SER TRABALHADO	
A inserção da leitura sempre foi um grande desafio para os profissionais das séries iniciais do ensino fundamental. No entanto, inúmeros trabalhos acadêmicos (artigos, livros, monografias etc.) se dedicam a abordar sobre essa questão, no intuito de auxiliar os professores na árdua tarefa de ensinar as crianças a gostarem de ler de forma mais reflexiva, através de vários recursos e da escrita. 
Sendo assim, o objetivo é abordar, com base na perspectiva interacionista de linguagem, a importância da leitura na sala de aula da educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental. Por isso, a discussão em capítulos fala sobre questões que mostram que o estudo aqui abordado é hoje uma fértil área interdisciplinar, com atenção especial para a linguagem em funcionamento e para as atividades discursivas, imaginativas, culturais e sociais das crianças nas séries iniciais do ensino fundamental.
Para isso vários autores, nos trazem uma ideia ampla e clara de como devemos agir para ministrarmos aulas de qualidade em que o educando dos anos iniciais aprenda a decodificar com compreensão o encantado mundo das letras, fazendo várias formas de leitura.
O processo de ensino-aprendizagem é uma atividade conjunta de professor e aluno, organizado sob a direção do professor, com a finalidade de implementar estratégias de ensino fundamentadas na leitura literária e na produção textual, para que os alunos assimilem ativamente conhecimentos e desenvolvam habilidades críticas para organizar ideias de modo a fortalecer sua argumentação. Portanto, a leitura e a produção textual é de suma importância nessa primeira fase do ensino fundamental, pois visa como propósito problematizar as atividades de produção de texto e a literatura infantil em relação ao ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa entre vários aspectos: a questão da literatura; dos gêneros; análise linguísticas e, especialmente, das práticas pedagógicas em leitura e da produção escrita.
Durante todos esses anos de curso e estudos teóricos de vários autores, percebi o quanto a leitura e a produção textual é importante na vida escolar e através dos estágios, percebi a grande dificuldade enfrentada pelos estudantes na hora de produzir textos. Isto significa que deve- se buscar incentivos, para que o aluno sinta prazer no ato de ler uma boa literatura, já que estamos vivendo uma era tecnológica em constante crescimento e os livros ficam esquecidos.
Esse trabalho contribui de forma significativa para um bom desenvolvimento na vida profissional, de um educador comprometido com o ensino aprendizagem da brasileira. 
2.2 Justificativa
	O tema “LEITURA E PRODUÇÂO DE TEXTO NA 1ª FASE DO ENSINO FUNDAMENTAL”, foi abordado depois de varias pesquisas, visando assim a necessidade que os professores tem em encontrar metodologias apropriadas para se trabalhar nessa fase da aprendizagem.
 	Considerando que os processos de leitura e escrita são primordiais para o desenvolvimento dos educandos, as relações que se estabelecem entre interlocutores e textos, precisam ser analisados com cuidado, visto que o processo de aquisição da leitura tem sido pautado meramente na codificação desses textos. Portanto, a necessidade de se entender a prática da leitura e escrita como partes indissociáveis, que são responsáveis pela autonomia e senso crítico-reflexivo do educando. Sendo assim, a leitura é a chave no qual o aluno entra em contato com outros mundos, amplia seus horizontes e desenvolve a compreensão e a comunicação.
2.3 Problematizações
Analisando a forma como o ensino da leitura, interpretação e produção textual vem sendo concebido, nos deparamos com diversas dificuldades, no que tange a construção do sentido, ou seja, o educando lê os textos, porém não consegue estabelecer uma relação entre os textos escritos e os seus significados. Portanto, quais os mecanismos de ensino que estão sendo abordados pela docência, no âmbito escolar que de forma critica e reflexiva, faz com que o aluno sinta prazer na prática da leitura e escrita?
Estes são questionamentos que nos levam a pensar sobre a necessidade de formarmos leitores e escritores que estejam aptos a participar na politica, nos meios sociais na qual esse educando está inserido.
Para produzir textos de qualidade, os alunos têm a necessidade de compreender o que querem dizer, para quem escrever e qual é o gênero que melhor exprime essas ideias. A chave para se obter sucesso nessa fase de ensino é o incentivo a boa leitura. 
2.4 Objetivos
 	O propósito principal do projeto “LEITURA E PRODUÇÂO TEXTUAL NA 1ª FASE DO ENSINO FUNDAMENTAL”, é criar no aluno o desejo pela leitura e a escrita, fazendo com que o mesmo entenda a necessidade de se interagir com mais desenvoltura nas suas atividades cotidianas e que também perceba que, quanto mais se lê, mais chance terá de elaborar suas produções.
Analisar a leitura, interpretação e produção de texto de cada aluno antes e depois do trabalho contextualizado.
Estimular o hábito pela leitura e a escrita.
Trabalhar diferentes tipos de textos de forma diversificada, com o intuito de tornar o processo de ensino - aprendizagem mais prazeroso e significativo.
2.5 Conteúdos
 	Tipologias textuais: narrativa, poesias, fábulas. 
 	Gêneros textuais: textos jornalísticos e de revistas, contos, crônicas, histórias em quadrinhos. 
 	Produção textual.
2.6 Processo de desenvolvimento
	O processo de seleção e de organização do conhecimento escolar, não deve ser restrito e sim baseado no conhecimento que o aluno já trás de seu convívio familiar. Esses fatores determinam o que deve ser ensinado às crianças. Portanto, para se desenvolver aulas atrativas e dinâmicas deve- se priorizar conteúdos que estimulem a conversa informal, a rodinha de leitura com diversos tipos de literaturas, discussão sobre a temática apresentada nas leituras realizadas, pesquisas na internet, jogos didáticos e trabalhos em grupo, todos esses recursos quando bem elaborados, serão de fundamental importância para o desenvolvimento da leitura e da construção de textos nessa fase do ensino- aprendizagem. Todo esse trabalho deverá ser desenvolvido por etapas:
1º Selecionar uma fábula ou um conto que seja conhecido pelos alunos. É importante que o texto não seja memorizado pelo aluno, apenas conhecido. Explicando que você vai reler esse texto e em seguida, eles vão reproduzir por escrito a história.
2º Depois da leitura, conversar sobre o enredo para que as crianças se familiarizem ao máximo com a história. Em seguida, solicitar que contem a fábula oralmente para ter a certeza de que todos têm condições de reproduzi-la por escrito.
3º Pedir que os alunos escrevam a fábula ou conto lido. Deixar claro que essa atividade será importante para o planejamento das próximas aulas e vai ajudar todos a escrever com mais segurança. Portanto, os alunos precisam se esforçar para escrever sozinhos, da maneira como sabem. Esclarecendo que ninguém precisa ter medo de errar nesse momento, e que é muito importante que ninguém copie o texto do colega. Logo em seguida, será feita uma avaliação dos textos produzido, observando se respeitam as características do gênero escolhido e os padrões da linguagem escrita. 
2.7 Tempo para a realização do projeto
	Esse projeto deverá ser desenvolvido ao longo do ano letivo, pois a progressão da leitura e das produções textuais são de forma gradativa, portanto deve-seorganizar um arquivo com cópias de todos os trabalhos e no encerramento do ano fazer a comparação dos resultados obtidos. É importante que esse resultado seja acompanhado pela comunidade escolar.
2.8 Recursos humanos e materiais
	Livros diversos que contenham fábulas e cópias das versões de A Menina do Leite presentes em 12 Fábulas de Esopo (Hans Gärtner, 32 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 28,90 reais) e em Fábulas (Monteiro Lobato, 120 págs., Ed. Globo, tel. 11/3767-7400, 26 reais).
 http://www.s1noticias.com/sugestoes-de-atividades-para-series-finais-do-ensino-fundamental-lingua-portuguesa.html#ixzz482KEfSb5 
2.9 Avaliação
	A avaliação será continua no processo de aprendizagem, pois a mesma representa um importante momento enquanto norteadora de rumos e decisões a serem tomadas durante a execução do projeto leitura e produção de texto e também de modo abrangente considerando a variedades de habilidades condizente a fim de que todos os alunos possam desenvolver uma aprendizagem satisfatória. Em relação à escrita, deve- se observar se os alunos aprenderam a planejar, a articular os acontecimentos da narrativa em uma sequência temporal, a usar palavras, expressões e recursos (como a pontuação) de forma a deixar os textos bem escritos e interessantes a fim de proporcionar boas leituras. 
Considerações finais 
	A relação entre a escola, leitura e a vida pode ser muito significativa quando criados espaços para conversas, manuseio e leitura de materiais escritos variados e situações em que os alunos escrevam atendendo a múltiplas propostas, para que possam se tornar íntimos de diversos tipos de texto que, na sociedade letrada, cumprem funções específicas e diferenciadas. Nessa 1ª fase de descobertas do ensino-aprendizagem deve- se permitir que o educando tenha contato direto com diversos tipos de literatura e que participem de atividades sugeridas como ampliação de situações comunicativas que permitam a plena participação com o mundo letrado. A importância do contato direto com livros, revistas, jornais despertam, a habilidade motora e cognitiva na escrita, suscitam questões sobre a grafia das palavras e ao mesmo tempo trazem oportunidades aos alunos de vivenciarem importantes funções da escrita. 
 É primordial levar em consideração e valorizar as pessoas que os alunos são. Os conhecimentos que têm, pela sua história e com esse procedimento eles terão a oportunidade de revisar e reelaborar a própria escrita, melhorando e adequando suas escolhas ao vocabulário e à gramática, envolvendo dedicação e atenção à escolha de palavras no texto em que está redigindo. Como se pode ver se faz necessário preparar o aluno para a leitura e a produção de texto oral e escrito, através de um planejamento criterioso dos ambientes de trabalho e das rotinas do cotidiano de professores e alunos e dessa forma alargar o próprio conceito de método como um conjunto de procedimentos e de várias decisões responsáveis pelas sistematizações do Ensino Fundamental, na tarefa de ensinar a leitura e a produção textual, adequando sempre o conteúdo à realidade.
 A leitura é uma das criações humanas mais importantes para a formação das crianças, a sua matéria, a palavra e o pensamento definem a ideia do ser humano. É muito importante para os professores orientarem seus alunos a lêem bastante histórias e a também ouvir. Pois, é um caminho para as descobertas do mundo e também para a compreensão.
Podendo abrir também, um espaço para a mente e os sonhos para que usem a imaginação, é através das histórias que as crianças podem encarar o mundo diferente, facilitar suas dificuldades no convívio com a leitura. 
Ao se chegar ao final da execução do projeto, ficou clara a necessidade de se trabalhar a leitura em sala de aula, o valor dos diferentes gêneros textuais bem como, a função da leitura. Assim, a produção do texto oral e escrito tornou-se uma atividade mais prazerosa e significativa.
 
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CITELLI, Beatriz. Produção e leitura de textos no ensino fundamental. São Paulo:
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FERREIRA, Emília.Com todas as letras. 11 ed. São Paulo: Cortez, 2003.
FREIRE, Paulo. A importância de ler. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1982. 
GERALDI, João Wanderlei. (org.). O Texto na Sala de Aula. 2.ed. Ática: São Paulo, 1999.
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JAKOBSON, Roman de. Lingüística e comunicação. 10. ed. São Paulo: Cultrix, 1983
LÜCK, G. Página à página: faça seus alunos se interessarem pela leitura. Curitiba: Profissão Mestre, set.200, p.10-13
MAGNANI, Maria do Rosário. Leitura, Literatura e escola. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
MANGUEL, Alberto. Uma História de Leitura. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 19 ed., São Paulo: Brasiliense, 1999
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. "Língua Portuguesa”. Brasília. Mec/Self, 1997.

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